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N-1882 REV. F 11 / 2023

Critérios para Elaboração de


Projetos de Instrumentação

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS ou da participação societária
usuária desta Norma é a responsável pela adoção e aplicação das suas seções,
subseções e enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve


ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual
decisão de não a adotar deve ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser
aprovada e registrada pela Unidade da PETROBRAS ou da participação
societária usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter impositivo.

CONTEC Para adoção da Norma, o prazo efetivo para implementação ou substituição à


revisão anterior é de até 180 dias a partir da data de sua publicação. Caso a
Comissão de Normalização unidade da Petrobras que está aplicando a Norma entenda que não é possível
Técnica implementá-la neste prazo, deve registrar em até 180 dias um Plano de
Implementação definindo as ações necessárias e os respectivos prazos.

A definição do prazo efetivo de implementação dos requisitos desta Norma,


quando esta é referenciada em contratos de prestação de serviços e aquisição
de bens, é prerrogativa exclusiva da Petrobras.

SC – 10 Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
Instrumentação e Automação alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
Industrial alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Para a melhoria contínua da Norma, solicita-se o envio à Subcomissão Autora


das cópias dos registros das decisões técnico-gerenciais elaboradas pelas
unidades da PETROBRAS e das participações societárias que possam contribuir
para o aprimoramento desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na PETROBRAS, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente, através
da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A circulação
externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho (GT),
formados por especialistas da Companhia e de suas Participações Societárias, comentadas e votadas pelas
Unidades da Companhia e por suas Participações Societárias e aprovadas pelas Subcomissões Autoras (SC). A
Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela SC e deve ser reanalisada a cada 5
anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1.

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PROPRIEDADE DA PETROBRAS 84 páginas e Formulário de Registro de Impactos
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Sumário

1 Escopo.................................................................................................................................................7
2 Referências Normativas ...................................................................................................................... 7

3 Termos e Definições.......................................................................................................................... 13

4 Símbolos ou Siglas ............................................................................................................................ 16

5 Documentação, Unidades de Engenharia, Simbologia e Identificação ............................................ 16

5.1 Documentação do Projeto .................................................................................................... 16

5.2 Unidades de Engenharia...................................................................................................... 17

5.3 Simbologia e Identificação de Instrumentos ........................................................................ 17

6 Sistemas de Supervisão, Controle e Segurança .............................................................................. 17

6.1 Geral ..................................................................................................................................... 17

6.2 Sistema de Alarme ............................................................................................................... 18

6.3 Sistema Instrumentado de Segurança ................................................................................. 18

6.4 Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio e Gás ........................................................... 18

7 Sala de Controle ................................................................................................................................ 18

7.1 Geral ..................................................................................................................................... 18

7.2 Condicionamento de Ar e Pressurização ............................................................................. 19

7.3 Arranjo dos Equipamentos e Painéis ................................................................................... 19

7.4 Instalação Elétrica ................................................................................................................ 20

7.5 Aterramento.......................................................................................................................... 20

8 Sistema de Alimentação para Instrumentação.................................................................................. 21

8.1 Sistemas Pneumáticos ......................................................................................................... 21

8.1.1 Geração de Ar de Instrumento..................................................................................... 21

8.1.2 Distribuição de Ar de Instrumentos .............................................................................. 21

8.1.3 Gás Natural como Suprimento Pneumático ................................................................ 22

8.2 Sistemas Elétricos ................................................................................................................ 22

8.3 Sistemas Hidráulicos ............................................................................................................ 24

9 Seleção e Especificação de Instrumentos ........................................................................................ 24

9.1 Geral ..................................................................................................................................... 24

9.2 Instrumentos de Temperatura .............................................................................................. 26

9.2.1 Critérios de Seleção e Especificação .......................................................................... 26


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9.2.2 Termômetros ................................................................................................................ 26

9.2.3 Termopares e Termorresistências (RTD) .................................................................... 27

9.2.4 Termostatos ................................................................................................................. 28

9.2.5 Poços para Elementos de Medição de Temperatura .................................................. 28

9.3 Instrumentos de Pressão ..................................................................................................... 29

9.3.1 Critérios de Seleção e Especificação .......................................................................... 29

9.3.2 Manômetros ................................................................................................................. 29

9.3.3 Acessórios para Instrumentos de Pressão .................................................................. 30

9.4 Instrumentos de Vazão ........................................................................................................ 31

9.4.1 Critérios de seleção ..................................................................................................... 31

9.4.2 Medidores por Placa de Orifício................................................................................... 32

9.4.3 Medidores Tipo Vórtice ................................................................................................ 33

9.4.4 Medidores Tipo Venturi, Bocais de Vazão, ”Pitot” Multifuro, Cone e Placa de Orifício
Multifuro.................................................................................................................................. 34

9.4.5 Orifícios de Restrição ................................................................................................... 35

9.4.6 Medidores Ultrassônicos .............................................................................................. 36

9.4.7 Os Medidores Tipo Coriolis .......................................................................................... 36

9.4.8 Medidores de Área Variável (Rotâmetros)................................................................... 36

9.4.9 Medidores do Tipo Deslocamento Positivo.................................................................. 37

9.4.10 Medidores Tipo Turbina ............................................................................................. 37

9.4.11 Medidores Tipo Eletromagnéticos ............................................................................. 37

9.4.12 Chaves de Fluxo ........................................................................................................ 37

9.5 Instrumentos de Nível .......................................................................................................... 38

9.5.1 Critérios de Seleção e Especificação .......................................................................... 38

9.5.2 Visores de Nível de Vidro ............................................................................................ 38

9.5.3 Visor de Nível Magnético ............................................................................................. 39

9.5.4 Medidor de Nível por Pressão Diferencial ................................................................... 40

9.5.5 Medidor do Tipo Radar de Onda Guiada ..................................................................... 41

9.5.6 Medidor do Tipo Radar sem Contato ........................................................................... 41

9.5.7 Medidor do Tipo Ultrassônico ...................................................................................... 42

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9.5.8 Medidor do Tipo Empuxo (“Displacer”) ........................................................................ 42

9.5.9 Transmissor Tipo Capacitivo ....................................................................................... 42

9.5.10 Chaves de Nível ......................................................................................................... 42

9.5.11 Medição de Nível em Tanques de Armazenamento (Telemedição) ......................... 43

9.6 Válvulas de Controle ............................................................................................................ 43

9.6.1 Seleção ........................................................................................................................ 43

9.6.2 Dimensionamento ........................................................................................................ 44

9.6.3 Característica de Vazão Inerente ................................................................................ 45

9.6.4 Características Construtivas ........................................................................................ 46

9.6.5 Atuadores ..................................................................................................................... 48

9.6.6 Posicionadores............................................................................................................. 48

9.6.7 Acessórios .................................................................................................................... 48

9.6.8 Tubos DE e Conexões Pneumáticas ........................................................................... 49

9.6.9 Requisitos de Desempenho ......................................................................................... 49

9.6.10 Estações de Controle ................................................................................................. 50

9.7 Válvulas “On-Off”.................................................................................................................. 50

9.7.4 Acessórios .................................................................................................................... 52

9.8 Válvulas de Alívio e Segurança ........................................................................................... 53

9.8.1 Seleção e Dimensionamento ....................................................................................... 53

9.8.2 Características Gerais.................................................................................................. 55

9.8.4 Acessórios .................................................................................................................... 56

9.9 Válvulas de Alívio de Pressão e Vácuo ............................................................................... 56

9.10 Discos de Ruptura .............................................................................................................. 56

9.11 Analisadores de Processo ................................................................................................. 57

9.12 Sensores de Chama .......................................................................................................... 57

9.13 Detectores de Fogo e Gás ................................................................................................. 58

9.13.1 Geral .......................................................................................................................... 58

9.13.3 Detectores de Fogo.................................................................................................... 59

10 Especificação de Cabos para Instrumentação ................................................................................ 59

10.1 Cabos Elétricos de Instrumentação para Uso em Instalações Terrestres......................... 59


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10.1.3 Cabos para Comunicação Serial e Redes ................................................................. 62

10.2 Cabos Elétricos de Instrumentação para Uso em Instalações Marítimas ......................... 63

10.2.1 Condições de Serviço ................................................................................................ 63

10.2.2 Características Construtivas ...................................................................................... 63

10.3 Cabos Ópticos de Instrumentação para Uso em Instalações Terrestres e/ou Marítimas . 64

11 Instrumentação sem fio (Wireless) .................................................................................................. 64

12 Especificação de Painéis de Instrumentação e Automação ........................................................... 66

12.1 Requisitos Construtivos ..................................................................................................... 66

12.2 Requisitos de Interligação Interna dos Componentes ....................................................... 67

12.3 Requisitos para os Componentes Internos ........................................................................ 68

13 Especificação da Instrumentação em Unidades Pacotes ............................................................... 68

14 Projeto de Instalação de Instrumentos ............................................................................................ 69

14.1 Geral ................................................................................................................................... 69

14.2 Acessibilidade .................................................................................................................... 70

14.3 Alimentação Pneumática de Instrumentos ........................................................................ 70

14.4 Instalação de Instrumentos de Temperatura ..................................................................... 70

14.5 Instalação de Instrumentos de Pressão e Pressão Diferencial ......................................... 70

14.6 Instalação de Instrumentos de Vazão ................................................................................ 71

14.7 Instalação de Instrumentos de Nível .................................................................................. 71

14.8 Instalação de Válvulas de Controle.................................................................................... 72

14.9 Instalação de Válvulas de Segurança e Alívio ................................................................... 72

14.10 Instalação de Sensores de Chama em Queimadores ................................................. 72

15 Projeto de Instalação para Transmissão de Sinais ......................................................................... 73

15.1 Geral ................................................................................................................................... 73

15.2 Alimentação Elétrica dos Instrumentos de Campo ............................................................ 74

15.3 Instalação para Transmissão de Sinais ............................................................................. 74

15.3.3 Cabos Metálicos......................................................................................................... 74

15.3.4 Aplicação de DPS em Circuitos de Redes de Campo ............................................... 75

15.3.5 Infraestrutura dos Cabos ........................................................................................... 75

15.3.6 Redes de Campo ....................................................................................................... 76


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15.3.7 Aterramento de Infraestruturas e Invólucro de Instrumentos .................................... 76

15.4 Identificação ....................................................................................................................... 76

Figuras

Figura 1 - Malha de Terra de Referência (MTR) ................................................................................... 20

Figura 2 - Acabamento na Superficie de Assentamento da Junta da Placa de Orifício ...................... 33

Figura A.1 - Instalação Flangeada em Tubulação ................................................................................ 78

Tabelas

Tabela 1 - Diâmetro Nominal da Linha Versus Espessura da Placa .................................................... 32

Tabela 2 - Limites de Velocidade na Entrada da Válvula de Controle .................................................. 45

Tabela 3 - Resposta ao Degrau para Válvulas de Controle.................................................................. 49

Tabela 4 - Grau de Proteção ................................................................................................................. 66

Tabela A.1 - Comprimento de Imersão para Poços Instalados em Tubulação .................................... 77

Tabela A.2 - Comprimento de Imersão para Poços Flangeados Instalados em Vasos ou Torres .. 77

Tabela B.1 - Cálculo do Dimensionamento do Orifício de Restrição em Regime de Escoamento Crítico


Isentrópico para Gás Real ..................................................................................................................... 79

Tabela D.1 - Tomadas ao Processo para Instrumentação de Vazão ................................................... 81

Tabela D.2 - Tomadas ao Processo para Instrumentação de Pressão ................................................ 81

Tabela D.3 - Tomadas ao Processo para Instrumentação de Nível ..................................................... 82

Anexos

Anexo A - Dimensões de Hastes e Poços ............................................................................................ 77

Anexo B - Cálculo do Dimensionamento do Orifício de Restrição em Regime de Escoamento Crítico


Isentrópico para Gás Real ..................................................................................................................... 79

Anexo C - Cálculo da Espessura de Orifícios de Restrição .................................................................. 80

Anexo D - Conexões ao Processo ........................................................................................................ 81

Anexo E - Fluidos de Selagem de Instrumentos de Pressão e Pressão Diferencial ............................ 83

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1 Escopo

1.1 Esta Norma estabelece critérios básicos para a elaboração de projetos de instrumentação para
plantas industriais. Outros critérios não citados nesta Norma, ou que complementem os aqui definidos,
devem ser prescritos em documentação complementar visando cobrir as especificidades de cada
projeto.

1.2 Esta Norma é aplicada a:

a) unidades de processamento;
b) terminais;
c) oleodutos e gasodutos;
d) instalações de produção;
e) centrais termelétricas;
f) outras instalações da PETROBRAS que utilizam o mesmo tipo de instrumentação de que
trata esta Norma.

1.3 Esta Norma se aplica a projetos de instrumentação, iniciados a partir da data de sua publicação,
para novas instalações bem como para reformas em instalações existentes.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

NR-10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;

NR-13 - Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações;

NR-23 - Proteção Contra Incêndios;

PETROBRAS N-42 - Projeto de Sistema de Aquecimento Externo de Tubulação,


Equipamento e Instrumentação, com Vapor;

PETROBRAS N-76 - Materiais de Tubulação para Instalações de Refino e Transporte;

PETROBRAS N-115 - Fabricação e Montagem de Tubulações Metálicas;

PETROBRAS N-133 - Soldagem;

PETROBRAS N-332 - Sistema Ininterrupto de Energia Corrente Contínua para Uso Industrial
(UPS-CC);

PETROBRAS N-1883 - Apresentação de Projeto de Instrumentação/Automação;

PETROBRAS N-1931 - Material de Tubulação para Instrumentação;

PETROBRAS N-1996 - Projeto de Infraestrutura de Redes Elétricas Subterrâneas;

PETROBRAS N-1997 - Projeto de Redes Elétricas em Sistemas de Bandejamento para


Cabos;

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PETROBRAS N-2201 - Transformador Seco para Sistemas de Iluminação ou


Instrumentação;

PETROBRAS N-2595 - Critérios de Projeto, Operação e Manutenção de Sistemas


Instrumentados de Segurança em Unidades Industriais;

PETROBRAS N-2760 - Sistema Ininterrupto de Energia para Uso Industrial;

PETROBRAS N-2782 - Técnicas Aplicáveis à Análise de Riscos Industriais;

PETROBRAS N-2791 - Detalhes de Instalação de Instrumentos ao Processo;

PETROBRAS N-2900 - Gerenciamento de Alarmes;

PETROBRAS N-2914 - Critérios de Segurança para Projeto de Sistema de Detecção e


Alarme de Incêndio e Gás em Instalações Terrestres;

ABNT NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão;

ABNT NBR 5419-4 - Proteção Contra Descargas Atmosféricas – Parte 4: Sistemas Elétricos
e Eletrônicos Internos na Estrutura;

ABNT NBR 10300 - Cabos de Instrumentação com Isolação Extrudada de PE ou PVC para
Tensões até 300 V - Requisitos de Desempenho;

ABNT NBR 13225 - Medição de Vazão de Fluidos em Condutos Forçados, Utilizando Placas
de Orifício e Bocais em Configurações Especiais (com Furos de Dreno, em Tubulações com
Diâmetros Inferiores a 50 mm, como Dispositivos de Entrada e Saída e outras Configurações)
- Especificação;

ABNT NBR 13881 - Termômetros Bimetálicos - Recomendações de Fábrica e Uso -


Terminologia, Segurança e Calibração;

ABNT NBR 14105-1 - Medidores de Pressão - Parte 1: Medidores de Pressão com Sensor
de Elemento Elástico - Requisitos de Fabricação, Classificação, Ensaios e Utilização;

ABNT NBR 17240 - Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio - Projeto, Instalação,


Comissionamento e Manutenção de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio - Requisitos;

ABNT NBR IEC 60079-10-1 - Atmosferas Explosivas - Parte 10-1: Classificação de Áreas -
Atmosferas Explosivas de Gás;

ABNT NBR IEC 60079-10-2 - Atmosferas Explosivas - Parte 10-2: Classificação de Áreas -
Atmosferas de Poeiras Explosivas;

ABNT NBR IEC 60079-13 - Atmosferas Explosivas - Parte 13: Proteção de Equipamentos por
Ambiente Pressurizado “p” e por ambiente artificialmente ventilado “v”;

ABNT NBR IEC 60079-14 - Atmosferas Explosivas - Parte 14: Projeto, Seleção e Montagem
de Instalações Elétricas;

ABNT NBR IEC 60079-25 - Atmosferas Explosivas - Parte 25: Sistemas Elétricos
Intrinsecamente Seguros;

ABNT NBR IEC 60529 - Graus de Proteção para Invólucros de Equipamentos Elétricos
(Código IP);

ABNT NBR ISO 5167-1 - Medição de Vazão de Fluídos por Dispositivos de Pressão
Diferencial, Inserido em Condutos Forçados de Seção Transversal Circular - Parte 1:
Princípios e Requisitos Gerais;

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ABNT NBR ISO 5167-2 - Medição de Vazão de Fluidos por Dispositivos de Pressão
Diferencial Inseridos em Condutos Forçados de Seção Transversal Circular - Parte 2: Placas
de Orifício;

IEC 60079-14 - Explosive Atmospheres – Part 14: Electrical Installations Design, Selection
and Erection;

IEC 60092-350 - Electrical Installations in Ships – Part 350: General Construction and Test
Methods of Power, Control and Instrumentation Cables for Shipboard and Offshore
Applications;

IEC 60092-376 - Electrical Installations in Ships - Part 376: Cables for Control and
Instrumentation Circuits 150/250 V (300 V);

IEC 60331-1 - Tests For Electric Cables under Fire Conditions - Circuit Integrity - Part 1: Test
Method For Fire With Shock at a Temperature Of at Least 830 °C for Cables of Rated Voltage
Up to and Including 0,6/1,0 kV and with an Overall Diameter Exceeding 20 mm;

IEC 60331-11 - Tests for Electric Cables under Fire Conditions - Circuit Integrity - Part 11:
Apparatus - Fire Alone at a Flame Temperature of at Least 750 °C;

IEC 60332-1-2 - Tests on Electric and Optical Fibre Cables under Fire Conditions - Part 1-2:
Test for Vertical Flame Propagation for a Single Insulated Wire or Cable - Procedure for 1 kW
Pre-Mixed Flame;

IEC 60332-3-22 - Tests on Electric and Optical Fibre Cables under Fire Conditions -
Part 3-22: Test for Vertical Flame Spread of Vertically-Mounted Bunched Wires or Cables -
Category A;

IEC 60534-2-1 - Industrial Process Control Valves - Part 2-1: Flow-Capacity - Sizing
Equations for Fluid Flow under Installed Conditions;

IEC 60534-4 - Industrial Process Control Valves - Part 4: Inspection and Routine Testing;

IEC 60534-8-3 - Industrial-Process Control Valves - Part 8-3: Noise Considerations - Control
Valve Aerodynamic Noise Prediction Method;

IEC 60534-8-4 - Industrial-Process Control Valves - Part 8-4: Noise Considerations -


Prediction of Noise Generated by Hydrodynamic Flow;

IEC 60584-1 - Thermocouples - Part 1: EMF Specifications and Tolerances;

IEC 60584-3 - Thermocouples - Part 3: Extension and Compensating Cables - Tolerances and
Identification System;

IEC 60751 - Industrial Platinum Resistance Thermometers and Platinum Temperature


Sensors;

IEC 60754-1 - Test on Gases Evolved During Combustion of Materials from Cables - Part 1:
Determination of the Halogen Acid Gas Content;

IEC 60754-2 - Test on Gases Evolved During Combustion of Materials From Cables - Part 2:
Determination of Acidity (by pH Measurement) and Conductivity;

IEC 60794-1-1 - Optical Fiber Cables - Part 1-1: Generic Specification - General;

IEC 60947-1 - Low-voltage Switchgear and Controlgear – Part 1: General Rules;

IEC 60947-2 - Low-voltage Switchgear and Controlgear - Part 2: Circuit-breakers;

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IEC 60947-3 - Low-voltage Switchgear and Controlgear - Part 3: Switches, Disconnectors,


Switch-disconnectors and Fuse-combination Units;

IEC 60947-4-1 - Low-voltage Switchgear and Controlgear - Part 4-1: Contactors and motor-
starters;

IEC 61034-2 - Measurement of Smoke Density of Cables Burning under Defined Conditions -
Part 2: Test Procedure and Requirements;

IEC 61158-2 - Industrial Communication Networks - Fieldbus Specifications - Part 2: Physical


Layer Specification and Service Definition;

IEC 61518 - Mating Dimensions Between Differential Pressure (Type) Measuring Instruments
and Flanged-On Shut-Off Devices Up To 413 Bar (41,3 MPa);

IEC 61892-6 - Mobile and Fixed Offshore Units – Electrical Installations – Part 6: Installation;

IEC TR 60890 - A Method of Temperature-Rise Verification of Low-Voltage Switchgear and


Controlgear Assemblies by Calculation;

ISO 4126-2 - Safety Devices for Protection against Excessive Pressure - Part 2: Bursting Disc
Safety Devices;

ISO 4126-3 - Safety Devices for Protection against Excessive Pressure - Part 3: Safety Valves
and Bursting Disc Safety Devices in Combination;

ISO 4126-6 - Safety Devices for Protection against Excessive Pressure - Part 6: Application,
Selection and Installation of Bursting Disc Safety Devices;

ISO 5167-3 - Measurement of Fluid Flow by Means of Pressure Differential Devices Inserted
in Circular-Cross Section Conduits Running Full - Part 3: Nozzles and Venturi Nozzles;

ISO 5167-4 - Measurement of Fluid Flow by Means of Pressure Differential Devices Inserted
in Circular Cross-Section Conduits Running Full - Part 4: Venturi Tubes;

ISO 5167-5 - Measurement of Fluid Flow by Means of Pressure Differential Devices Inserted
in Circular Cross-Section Conduits Running Full - Part 5: Cone Meters;

ISO 5208 - Industrial Valves - Pressure Testing of Metallic Valves;

ISO 7240-2 - Fire Detection and Alarm Systems - Part 2: Fire Detection Control and Indicating
Equipment;

ISO 7240-5 - Fire Detection and Fire Alarm Systems - Part 5: Point Type Heat Detectors;

ISO 7240-7 - Fire Detection and Alarm System - Part 7: Point-Type Smoke Detectors Using
Scattered Light, Transmitted Light or Ionization;

ISO 7240-10 - Fire Detection and Alarm Systems - Part 10: Point-Type Flame Detectors;

ISO 7240-11 - Fire Detection and Alarm Systems - Part 11: Manual Call Points;

ISO 8573-1 - Compressed Air - Part 1: Contaminants and Purity Classes;

ISO 10497 - Testing of Valves - Fire Type-Testing Requirements;

ISO 10790 - Measurement of Fluid Flow in Closed Conduits - Guidance to the Selection,
Installation and Use of Coriolis Flowmeters (Mass Flow, Density and Volume Flow
Measurements);

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ISO 15156-1 - Petroleum and Natural Gas Industries - Materials for Use in H2S-Containing
Environments in Oil and Gas Production - Part 1: General Principles for Selection of Cracking-
Resistant Materials;

ISO 15848-1 - Industrial Valves - Measurement, Test and Qualification Procedures for
Fugitive Emissions – Part 1: Classification System and Qualification Procedures for Type
Testing of Valves;

ISO 16852 - Flame Arresters - Performance Requirements, Test Methods and Limits for Use;

ISO 28300 - Petroleum, Petrochemical and Natural Gas Industries - Venting of Atmospheric
and Low-Pressure Storage Tanks;

AGA REPORT 9 - Measurement of Gas by Multipath Ultrasonic Meters;

API MPMS 3.1B - Manual of Petroleum Measurement Standards Chapter 3.1B Standard
Practice for Level Measurement of Liquid Hydrocarbons in Stationary Tanks by Automatic
Tank Gauging;

API MPMS 3.3 - Manual of Petroleum Measurement Standards - Chapter 3 - Tank Gauging
Section 3 - Standard Practice for Level Measurement of Liquid Hydrocarbons in Stationary
Pressurized Storage Tank by Automatic Tank Gauging;

API MPMS 4.1 - Manual of Petroleum Measurement Standards Chapter 4: Proving Systems -
Section 1 - Introduction;

API MPMS 4.5 - Manual of Petroleum Measurement Standards Chapter 4.5: Master Meter
Provers;

API MPMS 5.2 - Manual of Petroleum Measurement Standards Chapter 5 - Metering - Section
2 - Measurement of Liquid Hydrocarbons by Displacement Meters;

API MPMS 5.3 - Manual of Petroleum Measurement Standards Chapter 5 - Metering - Section
3 - Measurement of Liquid Hydrocarbons by Turbine Meters;

API MPMS 5.6 - Manual of Petroleum Measurement Standards Chapter 5.6 - Measurement
of Liquid Hydrocarbons by Coriolis Meters;

API MPMS 5.8 - Manual of Petroleum Measurement Standards Chapter 5.8 Measurement of
Liquid Hydrocarbons by Ultrasonic Flow Meters;

API MPMS 14.3.1 - Orifice Metering of Natural Gas and Other Related Hydrocarbon Fluids -
Concentric, Square-Edged Orifice Meters - Part 1: General Equations and Uncertainty
Guidelines;

API MPMS 14.3.2 - Orifice Metering of Natural Gas and Other Related Hydrocarbon Fluids -
Concentric, Square‐edged Orifice Meters Part 2: Specification and Installation Requirements;

API MPMS 14.3.3 - Orifice Metering of Natural Gas and Other Related Hydrocarbon Fluids -
Concentric, Square-edged Orifice Meters Part 3: Natural Gas Applications;

API RP 551 - Process Measurement;

API RP 552 - Transmission Systems;

API RP 553 - Refinery Valves and Accessories for Control and Safety Instrumented Systems;

API RP 554 Part 2 - Process Control Systems - Process Control System Design;

API RP 2218 - Fireproofing Practices in Petroleum and Petrochemical Processing Plants;

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API STD 520 Part I - Sizing, Selection, and Installation of Pressure-Relieving Devices Part I -
Sizing and Selection;

API STD 520 Part II - Sizing, Selection, and Installation of Pressure-Relieving Devices Part II-
Installation;

API STD 526 - Flanged Steel Pressure-Relief Valves;

API STD 527 - Seat Tightness of Pressure Relief Valves;

API STD 598 - Valve Inspection and Testing;

API STD 609 - Butterfly Valves: Double-Flanged, Lug-and Wafer-type, and Butt-welding
Ends;

ASME B16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings NPS 1/2 Through NPS 24 Metric/Inch
Standard;

ASME B16.10 - Face-to-Face and End-to-End Dimensions of Valves;

ASME B16.36 - Orifice Flanges;

ASME B31.1 - Power Piping;

ASME B31.3 - Process Piping;

ASME BPVC SEC I - Section I: Rules for Constructions Power Boilers;

ASME BPVC SEC VIII-1 - Section VIII Division 1 Rules for Construction of Pressure Vessels;

ASME BPVC SEC VIII-2 - Section VIII Division 2 Alternative Rules - Rules for Construction of
Pressure Vessels;

ASME BPVC SEC VIII-3 - Section VIII Division 3 Alternative Rules for Construction of High
Pressure Vessels - Rules for Construction of Pressure Vessels;

ASME MFC-6 - Measurement of Fluid Flow in Pipes Using Vortex Flowmeters;

ASME MFC-12M - Measurement of Fluid Flow in Closed Conduits Using Multiport Averaging
Pilot Primary Elements;

ASME MFC-14M - Measurement of Fluid Flow Using Small Bore Precision Orifice Meters;

ASME MFC-16 - Measurement of Liquid Flow in Closed Conduits with Electromagnetic


Flowmeters;

ASME MFC-18M - Measurement of Fluid Flow Using Variable Area Meters;

ASME PTC 19.3 TW - Thermowells Performance Test Codes;

ASTM A269/A269M - Standard Specification for Seamless and Welded Austenitic Stainless
Steel Tubing for General Service;

Foundation Fieldbus AG-163 - Application Guide 31.25 kbit/s Intrinsically Safe Systems;

Foundation Fieldbus AG-181 - System Engineering Guidelines;

IEEE 1100:2005 - Recommended Practice for Powering and Grounding Electronic


Equipment;

ISA 5.1v - Instrumentation Symbols and Identification;


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ISA 18.1 - Annunciator Sequences and Specifications;

ISA 75.08.01 - Face-to-Face Dimensions for Integral Flanged Globe-Style Control Valve
Bodies (Classes 125, 150, 250, 300, and 600);

ISA 75.08.02 - Face-to-Face Dimensions for Flangeless and Flangeless Rotary Control
Valves (Classes 150, 300, and 600);

ISA 75.08.05 - Face-to-Face Dimensions for Buttweld-End Globe-Style Control Valves (Class
150, 300, 600, 900, 1500, and 2500);

ISA 75.08.06 - Face-to-Face Dimensions for Flanged Globe-Style Control Valve Bodies
(Classes 900, 1500, and 2500);

ISA 75.08.08 - Face-to-Centerline Dimensions for Flanged Globe-Style Angle Control Valve
Bodies (Classes 150, 300, and 600);

NACE MR0103 v- Materials Resistant to Sulfide Stress Cracking in Corrosive Petroleum


Refining Environments;

NAMUR NE 43 - Standardization of the Signal Level for the Failure Information of Digital
Transmitters.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
amplitude de medição
diferença algébrica entre os valores superior e inferior da faixa de medição

EXEMPLOS

faixa de medição: -20 °C a 100 °C; amplitude de medição: 120 °C


faixa de medição: 4 a 20 mA; amplitude de medição: 16 mA

3.2
classe de exatidão
classe de instrumentos de medição ou de sistemas de medição que satisfazem requisitos metrológicos
estabelecidos, destinados a manter os erros de medição ou as incertezas de medição instrumentais
dentro de limites especificados, sob condições de funcionamento especificadas expressa em valor ou
grupo

3.3
comprimento de imersão de poço de temperatura
é o comprimento da ponta livre do poço até a superfície interna da tubulação ou equipamento no qual
o poço está inserido

3.4
condições de referência
conjunto de faixas nominais, normalmente estreitas, correspondentes às condições operacionais sob
as quais determinado instrumento ou equipamento está submetido, quando são determinadas suas
características de desempenho

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3.5
contrapressão
pressão que existe na saída do dispositivo de alívio de pressão, como resultado da pressão no sistema
de descarga. A contrapressão é a soma das contrapressões desenvolvida e superimposta

3.6
contrapressão desenvolvida
aumento da pressão na saída de um dispositivo de alívio de pressão que se desenvolve como um
resultado do fluxo depois da abertura do dispositivo de alívio de pressão

3.7
contrapressão superimposta
pressão estática que existe na saída do dispositivo de alívio de pressão no momento em que o
dispositivo é posto a funcionar. A contrapressão superimposta é o resultado da pressão no sistema de
descarga proveniente de outras fontes, e pode ser constante ou variável

3.8
emissões fugitivas
emissões de gases ou vapores de equipamentos sob pressão que ocorrem devido a vazamentos
involuntários ou irregulares

3.9
faixa de medição
conjunto de valores que o instrumento foi ajustado e calibrado, dentro das quais espera-se que o
mesmo realize medições com o desempenho esperado

3.10
faixa nominal de medição (“nominal range”)
conjunto de valores compreendidos entre indicações extremas que limitam os valores que um
instrumento pode ser ajustado ou utilizado

3.11
fluido tóxico
fluidos cuja emissão para a atmosfera, além de determinados limites admissíveis, apresenta potencial
de risco para pessoas ou ao meio ambiente

3.12
histerese
diferença máxima que se observa nos valores indicados pelo instrumento, para um mesmo valor
qualquer da faixa de medição, quando a variável percorre toda a escala, no sentido crescente em
relação ao sentido decrescente

NOTA A histerese geralmente é expressa em porcentagem da faixa de medição.

3.13
linearidade
grau de proximidade entre uma curva e uma linha reta. Normalmente quantificada como o máximo erro
de medição obtido entre a curva e uma linha reta, posicionada de forma a minimizar tal desvio, ambas
na faixa de medição

NOTA A linearidade geralmente é expressa em porcentagem da faixa de medição.

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3.14
malhas de controle
malhas com a função de manter uma ou mais variáveis de processo dentro de limites especificados ou
de fazer parte de um sequenciamento ou comando de manobra visando a atuação de um elemento
final (válvula de controle, válvula “on-off”, relé de partida de um equipamento etc.)

3.15
malhas de indicação
malhas com a função de indicação ou alarme para fins de supervisão

3.16
malhas de intertravamento
malhas com a função de proteger um equipamento ou de evitar eventos perigosos às pessoas ou ao
meio ambiente

NOTA Inclui as funções instrumentadas de segurança, inclusive os sequenciamentos considerados


como tal (exemplo: malhas que fazem parte do sequenciamento de acendimento de forno).

3.17
metrologia legal
aquela que se refere às exigências legais, técnicas e administrativas, relativas às unidades de medida,
aos métodos de medição, aos instrumentos de medir e às medidas materializadas; aplicadas aos
sistemas de medição que envolvem transações comerciais, bem como aquelas que envolvem a saúde
e a segurança dos cidadãos

3.18
pressão de projeto
valor de pressão utilizado no projeto de um vaso ou outro equipamento de processo, com o propósito
de determinar a mínima espessura admissível ou características físicas das partes internas, para uma
dada temperatura

3.19
repetibilidade de medição
grau de proximidade entre os valores obtidos através de medidas sucessivas, na saída de um
determinado instrumento ou equipamento para um mesmo valor aplicado na entrada, com as demais
condições operacionais mantidas constantes

NOTA Tais medições são realizadas sobre a faixa de medição do instrumento ou equipamento, no
mesmo sentido, de forma a não incluir os efeitos de histerese.

3.20
“skid”
equipamentos e acessórios fornecidos montados sobre uma mesma base comum

NOTA Unidade conjunto pré-montado em chassis e pré-testado, composto pelo equipamento


principal e seus acessórios periféricos, tais como instrumentos, filtros e válvulas, formando
um conjunto completo, que será interligado no campo ao seu respectivo sistema.

3.21
tubo DE (“tubing”, “OD”)
tubo conformável de pequeno diâmetro (menor que 2”) que utiliza conexões de compressão e cujo
padrão dimensional é baseado em seu diâmetro externo

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3.22
unidade pacote
conjunto de equipamentos e acessórios projetados para realizar uma operação unitária definida,
supridos por uma mesma fonte e objeto de um único pedido

3.23
válvula de controle
elemento final de controle que recebe um sinal de comando para ajustar a área de passagem de modo
a modificar o valor da vazão do fluido de processo

3.24
válvula “on-off”
válvula que pode assumir dois estados discretos (aberto ou fechado), liberando ou bloqueando o fluido
de processo

4 Símbolos ou Siglas

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;


ANSI - “American National Standards Institute”;
API - “American Petroleum Institute”;
ASME - “American Society of Mechanical Engineers”;
BDV - “Blowdown Valve”
CA - Corrente Alternada;
CC - Corrente Contínua;
CP - Controlador Programável;
CV - Capacidade de Vazão;
DPS - Dispositivo de Proteção Contra Surtos;
EPL - “Equipment Protection Level”;
IEC - “International Electrotechnical Commission”;
FF - “Foundation Fieldbus”;
IHM - Interface Homem Máquina;
IR - Radiação Infravermelha;
ISA - “The International Society of Automation”;
ISO - “International Organization for Standardization”;
LIE - Limite Inferior de Explosividade;
MTR - Malha de Terra de Referência;
NA - Normalmente Aberto;
NBR - Norma Brasileira;
NR - Norma Regulamentadora;
PE - Condutor de Proteção Elétrica;
PMTA - Pressão Máxima de Trabalho Admissível;
PSV - “Pressure Safety Valve”;
RM - Requisição do Material;
SCADA - Sistema de Supervisão, Controle e Aquisição de Dados;
SDCD - Sistema Digital de Controle Distribuído;
SDV - “Shutdown Valve”
SI - Sistema Internacional de Unidades;
SIS - Sistema Instrumentado de Segurança.

5 Documentação, Unidades de Engenharia, Simbologia e Identificação

5.1 Documentação do Projeto

A documentação do projeto de instrumentação deve ser elaborada de acordo com a PETROBRAS


N-1883.

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5.2 Unidades de Engenharia

5.2.1 Unidades a serem adotadas em projeto:

a) temperatura: °C;
b) vazão (vapor d’água): kg/h ou t/h;
c) vazão (líquidos): kg/h ou m3/h @ 20ºC;
d) vazão (gás): kg/h, m3/h @ 0ºC/1 atm (Nm3/h) ou m3/h @ 20ºC/1 atm;
e) pressão: kPa ou kgf/cm2 (manométrico ou absoluto);
f) vácuo e baixas pressões: Pa ou mmH2O;
g) nível: mm;
h) massa específica: kg/m3;
i) viscosidade absoluta: cP ou Pa.s.;
j) viscosidade cinemática: cSt.

5.2.2 As unidades a serem adotadas em “displays” de instrumentos e IHM devem ser selecionadas
dentre as listadas no item 5.2.1, com exceção da variável nível que deve ser apresentada em % da
faixa de medição.

NOTA 1 Para as demais variáveis devem ser utilizadas as unidades do SI.


NOTA 2 A utilização de mais de uma unidade para cada variável por projeto deve ser submetida à
PETROBRAS.

5.3 Simbologia e Identificação de Instrumentos

5.3.1 A identificação e simbologia a serem utilizadas nos fluxogramas de engenharia devem atender
aos requisitos da ISA 5.1, exceto nos casos de ampliação de unidades existentes, onde é aceitável a
utilização de critérios locais.

5.3.2 Toda a simbologia não coberta pela ISA 5.1 deve ser explicitada em um desenho complementar
de legendas.

5.3.3 As definições abaixo devem ser usadas conforme sugerido pela ISA 5.1:

a) C - condutividade elétrica;
b) D - densidade;
c) M - umidade;

6 Sistemas de Supervisão, Controle e Segurança

6.1 Geral

6.1.1 A arquitetura do sistema de supervisão, controle e segurança bem como as respectivas


especificações dos diversos equipamentos tais como SDCD, SCADA, CP, CP do SIS etc., devem ser
definidos em documento adicional.

6.1.2 Para a elaboração da documentação referente ao 6.1.1, recomenda-se seguir a


API RP 554 Part 2. [Pratica Recomendada]

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6.2 Sistema de Alarme

6.2.1 Devem ser seguidos os critérios de projeto para sistemas de alarmes em instalações industriais
apresentados na PETROBRAS N-2900.

6.2.2 Quando utilizados, os anunciadores de alarmes devem obedecer a ISA 18.1 utilizando-se as
sequências ISA-A ou ISA-F1A.

6.3 Sistema Instrumentado de Segurança

Devem ser seguidos os critérios de projeto para sistemas instrumentados de segurança apresentados
na PETROBRAS N-2595 e N-2782.

6.4 Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio e Gás

6.4.1 Os requisitos do sistema de detecção e alarme de incêndio e gás devem ser definidos em
documento adicional.

6.4.2 Para as instalações terrestres devem ser seguidos os critérios de projeto para sistemas de
detecção e alarme de incêndio, gases e vapores inflamáveis e tóxicos apresentados na PETROBRAS
N-2914.

6.4.3 O projeto de sistemas de detecção e alarme de incêndio deve atender aos requisitos da
ABNT NBR 17240.

7 Sala de Controle

7.1 Geral

7.1.1 Os critérios aqui definidos aplicam-se somente para as salas de controle que abrigam os painéis,
armários ou gabinetes que fazem a interface com os instrumentos de campo e outros equipamentos.

7.1.2 Os critérios para as salas de controle que abrigam as interfaces com o operador (ambiente de
operação) devem ser definidos em um documento adicional.

7.1.3 As áreas onde se localizam as salas de controle devem ser, preferencialmente, não classificadas,
conforme ABNT NBR IEC 60079-10-1 ou ABNT NBR IEC 60079-10-2. No caso da sala de controle se
localizar em área classificada devem ser atendidos os requisitos indicados na
ABNT NBR IEC 60079-13.

7.1.4 Para atender à necessidade futura de instalação de equipamentos, a área interna das salas de
controle deve ser dimensionada de forma que exista uma área disponível de, pelo menos, 10 % da
área total utilizada por todos os equipamentos previstos.

7.1.5 As portas de acesso para os equipamentos devem ser dimensionadas considerando a dimensão
do maior equipamento. Deve ser considerado, no mínimo, uma folga de 30 cm em relação a altura,
largura e profundidade dos equipamentos.

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7.1.6 A menos que especificado em contrário em documento complementar, as salas de controle


devem possuir um sistema de pressurização de ar. Na inexistência de um sistema de pressurização,
medidas alternativas devem ser consideradas a fim de evitar a entrada de salinidade, poeira, gases e
outros poluentes do ambiente externo que possam prejudicar o funcionamento dos equipamentos.
Essas medidas devem ser submetidas à PETROBRAS.

7.1.7 A menos que especificado em contrário em documento complementar, as salas de controle


devem possuir um sistema de ar condicionado e ventilação. Na inexistência de um sistema de ar
condicionado e ventilação, medidas alternativas devem ser consideradas a fim de evitar uma
degradação da vida útil dos equipamentos devido à temperatura do ambiente. Essas medidas devem
ser submetidas à PETROBRAS.

7.1.8 As salas de controle devem ser providas de piso falso elevado a fim de facilitar a instalação dos
cabos para os equipamentos.

7.2 Condicionamento de Ar e Pressurização

7.2.1 Deve ser previsto, quando aplicável, a detecção de gás na entrada do ar de ventilação, um
sistema de proteção para o fechamento dos “dampers” e desligamento dos motores de ventilação na
presença de gás nos dutos de entrada de ar.

7.2.2 Devem ser previstos alarmes, no sistema de supervisão e controle, de modo a anunciar
anormalidades no sistema de ventilação e ar condicionado, tais como: falhas em máquinas e
temperatura alta.

7.2.3 A menos que especificado em contrário em documento complementar, o sistema de ar


condicionado e ventilação deve ser especificado para condicionar o ambiente a uma temperatura de
24 °C ± 1 °C e umidade relativa de 50 % ± 5 %.

7.2.4 A menos que especificado em contrário em documento complementar, o sistema de


pressurização deve ser especificado para uma sobre pressão em relação ao ambiente externo do
prédio de 4 mm H2O para áreas não classificadas e de 6 mm H2O para áreas classificadas.

7.3 Arranjo dos Equipamentos e Painéis

Todos os equipamentos de instrumentação, localizados no interior da sala de controle, devem ser


locados de forma a atender aos seguintes requisitos:

a) prever espaço suficiente para a livre abertura das suas portas ou acessos, para fins de
inspeção ou manutenção dos mesmos bem como atender à largura mínima exigida pela
NR-23 para as vias de acesso a qualquer ponto da sala, considerando as portas dos
equipamentos fechadas;
b) garantir que a distância percorrida de qualquer ponto da sala de controle até a sua saída
atenda a NR-23, considerando ser a sala de controle como um ambiente de baixo risco a
menos que outra análise especifique o contrário;
c) reduzir o comprimento dos cabos através da aproximação dos equipamentos que
possuam interligações entre si;
d) reduzir a possibilidade de interferências eletromagnéticas em equipamentos que recebem
sinais altamente sensíveis (sinais de vibração de máquinas, sinais de termopar e sinais
em pulso) afastando-os de equipamentos geradores de ruídos (sistemas ininterruptos de
potência e variadores de velocidade em motores).

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7.4 Instalação Elétrica

7.4.1 Para a instalação dos cabos de instrumentação e alimentação elétrica dos equipamentos, dentro
da sala de controle, recomenda-se a utilização de bandejas. [Prática Recomendada]

7.4.2 As bandejas de cabos devem ser segregadas por nível de sinal e obedecer às distâncias
definidas pela API RP 552.

7.5 Aterramento

7.5.1 O aterramento dos equipamentos, gabinetes e das blindagens dos cabos de sinais, dentro das
salas de controle, deve atender aos requisitos definidos na API RP 552 e recomendações dos
fabricantes dos equipamentos.

7.5.2 Em cada sala de controle, que abriga painéis, armários e gabinetes de instrumentação, deve ser
prevista uma Malha de Terra de Referência (MTR).

7.5.3 A MTR deve ser conectada à malha de aterramento geral, compondo assim uma malha de
aterramento única conforme indicado na Figura 1.

F Fase;
N Neutro;
TE Barra de terra de referência para equipamentos eletrônicos (isolada da estrutura do painel);
TSI Barra de terra de segurança intrinseca (isolada da estrutura do painel);
TP Barra de terra de proteção dos quadros de equipamentos eletrônicos;
MTR Malha de terra de referência;
DPS Dispositivo de proteção contra surtos.

Figura 1 - Malha de Terra de Referência (MTR)

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7.5.4 A MTR deve ser constituída de infraestrutura reticulada utilizando cabo de cobre nu encordoado
de seção mínima de 16 mm2, formando retículos de 60 cm de lado que podem ser fixados entre si pelos
suportes de piso falso da sala de painéis, conforme sugere a figura 4-71 da IEEE 1100:2005.

7.5.5 Devem ser previstos meios de conexão entre a MTR e as infraestruturas metálicas de cabos e
respectivas barras de aterramento de invólucros metálicos de equipamentos e painéis de
controle/automação e rearranjo.

8 Sistema de Alimentação para Instrumentação

8.1 Sistemas Pneumáticos

8.1.1 Geração de Ar de Instrumento

8.1.1.1 No dimensionamento da capacidade do sistema de geração de ar para instrumentação usar as


recomendações do API RP 552.

8.1.1.2 Sob condições normais de operação, o sistema de suprimento de ar de instrumentos deve ter
uma pressão manométrica mínima e controlada de 7 kgf/cm2 no alimentador principal. A rede de
distribuição de ar de instrumento deve ser projetada para assegurar uma pressão manométrica mínima
de 5 kgf/cm2 em suas extremidades.

8.1.1.3 A qualidade do ar de instrumento deve atender aos requisitos da ISO 8573-1 com as seguintes
classes:

a) partículas sólidas: classe 3;


b) teor de umidade: selecionar a classe cuja temperatura do ponto de orvalho seja pelo
menos 10 ºC mais baixo que a mais baixa temperatura ambiente local;
c) teor de óleo: classe 3.

8.1.2 Distribuição de Ar de Instrumentos

8.1.2.1 Na distribuição de ar de instrumentos usar as recomendações do API RP 552.

8.1.2.2 Recomenda-se a medição de vazão no alimentador principal, na saída do sistema de geração


de ar de instrumento. [Prática Recomendada]

8.1.2.3 Devem ser previstos indicação de pressão e alarme de pressão baixa, no sistema de
supervisão e controle.

8.1.2.4 A rede de distribuição deve ser dimensionada para permitir escoamento do ar a uma velocidade
máxima de 20 m/s.

8.1.2.5 A linha de alimentação pneumática entre o “header” ou “sub-header” de distribuição de ar e o


instrumento deve ser de no mínimo 1/2”. O comprimento máximo desta linha deve ser definido em
função da perda de carga admissível até o elemento final de controle.

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8.1.2.6 O diâmetro da linha de alimentação de ar adequado deve ser avaliado para válvulas que
requeiram velocidade maior de atuação, além das estabelecidas nos itens 9.6.9.3, 9.7.2.9 e 9.7.2.10,
em função de informações específicas de projeto.

8.1.2.7 Todas as tomadas de ar devem ser tiradas do topo da tubulação de origem, com válvulas de
bloqueio individuais. Devem ser previstos, no mínimo, 10 % de reserva nessas tomadas, distribuídas
uniformemente pela área, para futuras derivações.

8.1.2.8 Os pontos baixos de ar devem ser providos de válvulas de dreno.

8.1.3 Gás Natural como Suprimento Pneumático

8.1.3.1 Nas instalações em que o sistema de alimentação pneumático utilize o gás natural como fluido
de acionamento devem ser previstos:

a) filtragem e separação de condensado;


b) instrumentos e elementos finais de controle com alívio para local seguro;
c) material dos internos compatível com a composição do gás natural utilizado.

8.1.3.2 Não deve haver possibilidade de interligação entre sistemas de alimentação pneumático
utilizando gás natural com sistemas de alimentação utilizando ar comprimido.

8.2 Sistemas Elétricos

8.2.1 A configuração do sistema, assim como o seu nível de tensão, devem ser definidos em
documento adicional.

8.2.2 Os projetos para alimentação elétrica dos sistemas de instrumentação e automação devem
atender às recomendações da API RP 554 Part 2 e aos requisitos específicos desta Norma.

8.2.3 A alimentação elétrica dos instrumentos de campo deve ser provida por fontes de alimentação
para os cartões de entrada e saída independentes das fontes dos controladores.

8.2.4 Os circuitos de alimentação em corrente alternada de instrumentos e equipamentos eletrônicos


de controle e automação devem se utilizar de cabos multipolares providos do condutor de proteção
(PE).

8.2.5 Sistemas Ininterruptos

8.2.5.1 Devem ser alimentados por um sistema ininterrupto, todos os instrumentos, equipamentos e
dispositivos dos sistemas de supervisão, controle e segurança envolvidos em:

a) garantir a parada segura do processo;


b) manter a continuidade de operação/produção de equipamentos essenciais (caldeiras,
compressores, poços, entre outros) em unidades cuja parada, mesmo por um curto
período de tempo, não é desejável.

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8.2.5.2 Os sistemas ininterruptos devem ser definidos em documento complementar e atender aos
requisitos das normas abaixo.

a) se em CC (retificador e bateria de acumuladores) conforme PETROBRAS N-332;


b) se em CA com chave estática (retificador, bateria de acumuladores, inversor e chave
estática) conforme PETROBRAS N-2760;
c) em CA com configuração paralelo redundante, caso especificado em projeto, conforme
PETROBRAS N-2760.

8.2.5.3 A menos que especificado em contrário em documento complementar, os sistemas


ininterruptos devem ser dimensionados para manter a carga de saída alimentada por um período
mínimo de 30 minutos de modo a garantir parada segura.

8.2.6 Deve ser previsto no sistema de supervisão e controle pelo menos um alarme de resumo de falha
do sistema ininterrupto.

8.2.7 O circuito de alimentação elétrica para sistemas de controle e de instrumentação deve prever
sempre o uso de transformador isolador (ver Figura 1), que além das características específicas de
dimensionamento, deve possuir blindagem eletrostática entre enrolamentos primário e secundário e
configuração tipo delta-estrela, conforme PETROBRAS N-2201.

8.2.8 O projeto de instalação elétrica do transformador isolador deve atender:

a) o neutro do secundário do transformador isolador e sua blindagem eletrostática devem ser


conectados à malha de aterramento do ambiente através de cabos e terminais;
b) o condutor de proteção PE para distribuição às cargas atendidas pelo alimentador deve ter
origem no mesmo ponto onde o terminal de NEUTRO do secundário do transformador
isolador está conectado.

8.2.9 Podem ser utilizados os seguintes níveis de tensão de alimentação: [Prática Recomendada]

a) instrumentos de campo para monitoração, controle e segurança, incluindo válvulas


solenóides: 24 VCC;
b) instrumentos de campo com alimentação em corrente alternada: 120 VCA ou 220 VCA;
c) painéis para sistemas de supervisão, controle e segurança: 120 VCA, 220 VCA,
125 VCC, 220 VCC ou 24 VCC.

8.2.10 Para proteção contra descargas atmosféricas e medidas de proteção contra surtos, os requisitos
da NBR 5419-4 devem ser atendidos.

8.2.11 Aplicação de Dispositivos de Proteção Contra Surtos (DPS) em Sistemas de Alimentação


Elétrica

8.2.11.1 Nas salas de controle que abrigam equipamentos de instrumentação ou que abrigam as
interfaces com o operador (ambiente de operação) devem ser instalados DPS a montante do quadro
principal de distribuição de alimentação ou como parte integrante dos painéis de automação desde que
instalados imediatamente a jusante do disjuntor principal de entrada.

8.2.11.2 Os painéis de instrumentação e automação instalados no campo, onde ocorram


equipamentos eletrônicos, devem ser providos de DPS em seus circuitos de alimentação elétrica, estes
instalados imediatamente a jusante do disjuntor de entrada. Devem possuir estrutura em cascata e
dispostos eletricamente em paralelo com barramento de alimentação.
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8.3 Sistemas Hidráulicos

As definições sobre tipo de sistema, seu fornecimento e demais características devem ser definidas em
documento adicional.

9 Seleção e Especificação de Instrumentos

9.1 Geral

9.1.1 A definição da tecnologia de medição deve sempre levar em conta os custos de aquisição,
instalação e manutenção ao longo da vida útil.

9.1.2 A padronização para a transmissão dos sinais dos instrumentos de campo deve seguir os
critérios abaixo:

a) instrumentação pneumática: 0,2 kgf/cm2 a 1 kgf/cm2;


b) instrumentação eletrônica analógica: 4 mA a 20 mA;
c) termopares e termorresistências: conforme padrão para os termoelementos;
d) comunicação de instrumentos através de redes de campo: conforme padrão do protocolo
escolhido.

9.1.3 Protocolos de comunicação digital, meios físicos e topologias de redes utilizados para troca de
informações entre os sistemas de supervisão e controle, e demais equipamentos ou subsistemas,
devem ser definidos em documento adicional. Somente os cabos de comunicação para estes sistemas
estão cobertos nesta Norma.

9.1.4 Os transmissores, detectores e posicionadores de válvulas de controle em 4 mA a 20 mA devem


ser providos com protocolo HART. Casos específicos devem ser especificados em documento
complementar.

9.1.5 Todo transmissor deve atender aos requisitos abaixo. Os requisitos de desempenho (classe de
exatidão, tempo de resposta, banda morta etc.) e outros casos devem ser especificados em documento
complementar.

a) ser eletrônico, microprocessado e programável;


b) prover a transmissão do sinal no mesmo meio físico que a alimentação elétrica (dois fios)
e poder operar em 24 VCC, com uma resistência de loop máxima de 500 Ω.
Transmissores a quatro fios podem ser utilizados desde que submetidos à PETROBRAS.
Neste caso, o sinal de saída deve ser isolado;
c) ter capacidade de autodiagnóstico com modos de falha de acordo com a
NAMUR NE 43, no caso de transmissão 4 mA a 20 mA.

9.1.6 A instrumentação pneumática deve atender aos seguintes requisitos:

a) o seu uso se restringir a atuadores e posicionadores de válvulas de controle, atuadores de


válvulas “on-off”, atuadores de “dampers” e conversores eletropneumáticos; o uso de
instrumentação pneumática para medição e controle deve se limitar aos casos onde for
previamente solicitado pela PETROBRAS;
b) deve ser especificada para funcionar, sem restrições, com uma qualidade de ar conforme
definido em 8.1.1.3.

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9.1.7 Todas as partes expostas à atmosfera devem ser resistentes às condições ambientais, inclusive
aquelas potencialmente produzidas pelo processo. Deve ser sempre verificado nos dados de processo
se existe alguma condição especial.

9.1.8 Os instrumentos de campo devem suportar temperaturas ambientes de até 80 ºC. No caso de
impossibilidade de atender esta exigência, o uso do instrumento deve ser submetido à PETROBRAS e
o mesmo deve ser protegido contra a incidência direta de radiação solar e de transferência de calor
proveniente de equipamentos em sua proximidade.

9.1.9 Os instrumentos, principalmente os aplicados em serviços severos ou que requeiram cuidados


especiais (exemplo: H2S e H2) devem atender aos requisitos estabelecidos nas especificações de
material de tubulação no aspecto construtivo (materiais, processo de fabricação, inspeção e testes).

9.1.10 Todas as partes dos instrumentos e válvulas em contato com o fluido de processo devem ser
adequadas para suportar a pressão e temperatura de projeto da linha ou do equipamento associado, e
os materiais devem ser compatíveis com o(s) fluido(s). Atentar que os instrumentos e válvulas com
materiais das conexões diferentes dos materiais da tubulação ou equipamento possuem limites de
pressão e temperatura diferentes.

9.1.11 Nas instalações onde a PETROBRAS N-76 é utilizada como padrão para a especificação de
tubulação, deve ser usada a PETROBRAS N-1931 para especificação de materiais para
instrumentação.

9.1.12 Sempre que requerido aquecimento e isolamento em instrumentos, tomadas de pressão,


“stand-pipes” e válvulas de controle, consultar PETROBRAS N-42.

9.1.13 A menos que especificado em contrário em documento complementar, todos os invólucros de


instrumentos, equipamentos, painéis, caixas de junção e acessórios instalados no campo devem
possuir o seguinte grau de proteção (IP), de acordo com a ABNT NBR IEC 60529:

a) IP-65, para instalações terrestres;


b) IP-56, para instalações marítimas.

9.1.14 Todos os instrumentos, equipamentos, painéis, componentes, sistemas e dispositivos elétricos,


eletrônicos e de automação destinados à instalação em atmosferas explosivas devem possuir os
respectivos certificados de conformidade “Ex”, indicando as marcações do tipo de proteção “Ex” ou o
EPL (“Equipment Protection Level”), compatíveis com a respectiva classificação de áreas de gases
inflamáveis ou de poeiras combustíveis do local da instalação. Os tipos de proteção “Ex” devem estar
de acordo com as respectivas Normas indicadas na Série ABNT NBR IEC 60079. A certificação de
conformidade “Ex” deve estar de acordo com os requisitos legais vigentes no Brasil.

9.1.15 Os transmissores devem possuir invólucros com duplo compartimento (“dual-compartment


housing”).

9.1.16 A conexão elétrica dos instrumentos deve ser 1/2” NPT. Exceções devem ser submetidos à
PETROBRAS.

9.1.17 As chaves devem atender aos seguintes requisitos:

a) ter seus contatos hermeticamente selados;


b) a capacidade de corrente dos contatos das chaves deve ser, no mínimo, o dobro da exigida
em operação normal;
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c) a tensão de operação das chaves, em CC ou CA, deve ser compatível com a alimentação
do circuito ao qual ela está ligada;
d) as chaves de processo devem ter o ponto de atuação ajustável; os dispositivos de ajuste
devem ser internos; quando possuírem acesso externo, devem ser providos de tampa
protetora.

9.1.18 Todos os instrumentos devem ser fornecidos com plaquetas de identificação em AISI 316 e
fixadas permanentemente aos instrumentos, conforme API RP 551, de forma indelével.

9.1.19 Não devem ser especificados instrumentos sem uso consolidado na aplicação desejada ou sem
estudo aprovado pela PETROBRAS quanto a sua aplicabilidade.

9.1.20 Acessórios e ferramentas especiais necessárias para instalação, comissionamento e operação


devem fazer parte do fornecimento do instrumento.

9.2 Instrumentos de Temperatura

9.2.1 Critérios de Seleção e Especificação

9.2.1.1 O uso de termômetro deve ser restrito a aplicações onde haja necessidade de operação no
campo e não exista um transmissor com indicação local disponível.

9.2.1.2 Para medição remota deve ser utilizado o sensor do tipo termopar ou termorresistência.

9.2.1.3 Em aplicações onde seja requerido um erro máximo menor que ± 3 °C, sensores do tipo
termorresistência devem ser utilizados, porém restritos a temperaturas de até 500 ºC.

9.2.1.4 Em malhas de controle ou de intertravamento deve-se utilizar transmissor de temperatura.

9.2.1.5 Para malhas de indicação recomenda-se utilizar transmissor de temperatura conectado ao


elemento sensor. [Prática Recomendada]

9.2.1.6 Não são aceitos transmissores de temperatura do tipo miniatura, tais como os instalados
internamente ao cabeçote dos termopares ou termorresistências.

9.2.1.7 Os sistemas selados de expansão podem ser utilizados somente para termômetros acima de
500 °C.

9.2.1.8 Para dimensionamento do comprimento da haste devem ser seguidos os requisitos do Anexo A.

9.2.2 Termômetros

9.2.2.1 Os elementos sensores devem ser do tipo bimetálico para temperaturas abaixo de 500 °C.

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9.2.2.2 Os termômetros devem ter as seguintes características gerais:

a) mostrador de, no mínimo, 100 mm de diâmetro;


b) conexão ao poço de 1/2” NPT;
c) haste em AISI 304 ou 316 com diâmetro externo de 6 mm;
d) classe de exatidão: A (ABNT NBR 13881);
e) caixa vedada em AISI 304, a menos que a condição ambiental exija outro material;
f) ajuste de zero no ponteiro;
g) as escalas devem ser de fundo branco com caracteres pretos.

9.2.2.3 Em aplicações sujeitas à vibração ou medição em baixas temperaturas, usar termômetros


bimetálicos com enchimento líquido.

9.2.2.4 Recomenda-se a não utilização de termômetros com mostrador ajustável (“every angle”).
[Prática Recomendada]

9.2.3 Termopares e Termorresistências (RTD)

9.2.3.1 Os termopares devem ser do tipo K para aplicações de modo geral. Os termopares do tipo N
devem ser adotados para aplicações em temperaturas elevadas e atmosferas sulfurosas, conforme API
RP 551. As curvas de resposta (mV x temperatura) devem atender aos padrões estabelecidos na
IEC 60584-1 com, caso não especificado no projeto básico, Classe 2 de tolerância.

9.2.3.2 As termorresistências devem ser do tipo 3 ou 4 fios, de platina, padrão 100 ohms a 0 °C e
devem obedecer aos padrões estabelecidos na IEC 60751 com classe A de tolerância, caso não
especificado no projeto básico.

9.2.3.3 Em aplicações que utilizem transmissores programados com os coeficientes


“Callendar-van-Dusen” específicos dos respectivos sensores RTD, estes devem vir programados de
fábrica.

9.2.3.4 Os termopares e termorresistências devem ter isolamento mineral e bainha em AISI 304 ou
AISI 316. Nos casos onde não seja aplicável o uso de poços de proteção, o material da bainha deve
ser especificado de acordo com as condições do meio. Exemplo: “skin point”.

9.2.3.5 O diâmetro externo da bainha deve ser de 6 mm, exceto onde a aplicação venha a requerer
diâmetros maiores, conforme API RP 551.

9.2.3.6 Todas as ligações entre os termoelementos e os cabos para transmissão de sinal devem ser
realizadas no cabeçote dos termoelementos. Conforme API RP 551, a quantidade de conexões ou
terminações deste tipo de sinal deve ser minimizada.

9.2.3.7 Não é aceitável a ligação série ou paralelo de termopares para a medição de diferença de
temperatura ou temperatura média, respectivamente.

9.2.3.8 Os termopares devem ter junta de medição isolada (não aterrada).

9.2.3.9 Todos os acessórios incluindo poço, cabeçote, blocos terminais e outros, devem ser fornecidos
em conjunto pelo fabricante do termoelemento.

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9.2.3.10 Os cabeçotes devem ter grau de proteção conforme item 9.1.13 e ser em alumínio para
instalações terrestres e em AISI 316 para instalações marítimas. A tampa dos cabeçotes deve possuir
corrente de retenção conectada ao corpo.

9.2.3.11 A conexão do termoelemento ao poço deve ser feita através do uso de uma união com niples.
Todas as conexões entre o poço e o termoelemento devem ser em 1/2” NPT.

9.2.4 Termostatos

Os termostatos não devem ser utilizados, a menos que previamente autorizados pela PETROBRAS.

9.2.5 Poços para Elementos de Medição de Temperatura

9.2.5.1 Todos os elementos sensores de temperatura devem ser protegidos com poços, a menos que
especificado em contrário em documento complementar.

9.2.5.2 Os poços devem ser fornecidos em conjunto com os elementos sensores pelo fabricante de
forma a garantir que o elemento sensor esteja em contato com o fundo do poço.

9.2.5.3 Os poços devem possuir diâmetro interno com folga mínima em relação a bainha do
termoelemento. Ex: bainhas de 6 mm devem possuir poços com diâmetro interno de 6,6 mm.

9.2.5.4 Os poços devem atender aos requisitos estabelecidos na ASME PTC 19.3 TW quanto aos
limites dimensionais e aos aspectos de vibração e tensão. Nesta análise, devem ser considerados os
valores da densidade, viscosidade e velocidade máxima de escoamento em condições de operação,
bem como situações de partida e parada quando disponíveis.

9.2.5.5 Os poços devem ser do tipo cônico ou, caso o cônico não atenda aos requisitos de vibração e
tensão, do tipo degrau (“step-shank”). Já os poços com suporte tipo colar, não devem ser utilizados.

9.2.5.6 O dimensionamento dos poços deve atender aos requisitos contidos no Anexo A.

9.2.5.7 Em vasos, torres e tanques, bem como quando houver possibilidade de corrosão galvânica
formada pela contaminação dos intervalos da rosca com o fluido de processo, devem ser utilizados
poços flangeados.

9.2.5.8 Sempre que exigidas conexões ao processo flangeadas, o flange do poço deve ser, no mínimo
de 1 1/2”. Flanges maiores devem ser utilizados para possibilitar a montagem quando o diâmetro
interno do pescoço do flange não for compatível com o diâmetro do poço em função da classe de
pressão.

9.2.5.9 Os poços devem ser usinados a partir de uma barra em AISI 316 ou, nos casos em que esse
material não seja adequado às condições de processo, outro material. A indicação do material do poço
deve ser estampada no flange.

9.2.5.10 Quando permitido o uso de conexões roscadas pela especificação de material de tubulação
estas devem ser de 3/4” NPT a menos que o atendimento aos requisitos de vibração e tensão definidos
no ASME PTC 19.3 TW exija uma conexão de maior diâmetro.
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9.2.5.11 Nos poços flangeados, o flange deve ser de material forjado e os poços devem ser fixados ao
flange por meio de solda de penetração total, seguindo os tratamentos e procedimentos previstos na
PETROBRAS N-133. Devem ser fornecidos os certificados da soldagem atestando os procedimentos
e a qualificação do executante.

9.2.5.12 Para serviços extremos que requerem maior resistência mecânica devem ser avaliados poços
forjados a partir de uma única peça, incluindo seu flange, ou poços usinados do tipo “Van Stone”,
conforme API RP 551.

9.2.5.13 Os poços instalados para medição eventual de temperatura através de sensores portáteis
devem ser providos de bujão e corrente, ambos em AISI 304.

9.3 Instrumentos de Pressão

9.3.1 Critérios de Seleção e Especificação

9.3.1.1 O uso de manômetros deve ser restrito a aplicações onde haja operações de campo que
necessitem a indicação local. Caso já exista disponível uma indicação local através de um transmissor
o uso do manômetro também deve ser evitado.

9.3.1.2 O material das partes em contato com o fluido de processo deve ser em AISI 316, a menos
que o fluido de processo exija outro material.

9.3.1.3 Os pressostatos não devem ser utilizados, a menos que previamente autorizados pela
PETROBRAS.

9.3.1.4 Os transmissores de pressão e pressão diferencial devem possuir acoplamento às linhas de


impulso do tipo flangeado, conforme IEC 61518.

9.3.1.5 Os transmissores de pressão e pressão diferencial utilizados em serviços com hidrogênio ou


em serviços com H2S requerem atenção especial de modo a prevenir a permeação de hidrogênio
através de seus diafragmas. Estes diafragmas devem ser revestidos em material adequado em função
da temperatura, pressão, umidade e concentração de hidrogênio.

NOTA Materiais e/ou revestimentos para o diafragma devem ser submetidos à PETROBRAS.

9.3.1.6 Em medições de pressão diferencial, sempre que houver uma distância grande entre as
tomadas dos instrumentos, avaliar a utilização de dois transmissores de pressão, com a diferença entre
os mesmos sendo calculada no sistema de supervisão e controle. Exceção deve ser considerada nos
casos onde os valores requeridos de medição sejam muito baixos e a incerteza dos transmissores de
pressão gerem ruído em torno dos valores de leitura. Nestes casos, um único transmissor de pressão
diferencial deve ser utilizado.

9.3.2 Manômetros

9.3.2.1 Os elementos sensores do tipo “bourdon” são os recomendados. [Prática Recomendada]

9.3.2.2 Os manômetros do tipo fole devem ser utilizados para pressões até 1 kgf/cm2.

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9.3.2.3 Recomenda-se a adoção de manômetros fabricados conforme a ABNT NBR 14105-1. [Prática
Recomendada]

9.3.2.4 Os manômetros do tipo “bourdon” devem possuir as seguintes características gerais:

a) mostrador de, no mínimo, 100 mm de diâmetro;


b) cor do mostrador do manômetro deve ser branca e os números e caracteres na cor preta;
c) conexão de 1/2” NPT, sempre que a especificação de material de tubulação permitir;
d) caixa vedada em AISI 304 para instalações terrestres ou fenol-formaldeído para
instalações marítimas;
e) ponteiro balanceado e com ajuste micrométrico;
f) disco de ruptura na parte traseira;
g) material do soquete deve ser o mesmo do elemento sensor: AISI 316L;
h) caixa hermética preenchida com glicerina.

9.3.2.5 Os manômetros com escala acima de 1 kgf/cm2 devem possuir frente sólida.

9.3.2.6 O visor do manômetro deve ser de vidro de segurança com, pelo menos, 75 % de
transparência. A tampa do manômetro deve ser do tipo baioneta.

9.3.2.7 Recomenda-se que pressão normal de operação esteja situada entre 30% e 70% da escala do
instrumento. [Prática Recomendada]

9.3.2.8 Os manômetros com contatos elétricos, digitais ou com ponteiros para indicação da pressão
máxima não devem ser utilizados.

9.3.2.9 A escala utilizada nos manômetros diferenciais deve indicar diretamente o valor do diferencial
de pressão medido.

9.3.3 Acessórios para Instrumentos de Pressão

9.3.3.1 O manômetro com amortecedor de pulsação deve ser instalado em serviço onde haja pulsação
do fluido de processo, como em descarga de bombas alternativas e em sucção e descarga de
compressores alternativos.

9.3.3.2 Em linhas e equipamentos com líquido e em temperaturas elevadas, que possam danificar o
instrumento, deve ser previsto e instalado comprimento adicional nas linhas de impulso, para a
dissipação térmica necessária. Para aplicações onde o fluido de processo seja vapor, utilizar tubo sifão
ou serpentina de resfriamento.

9.3.3.3 Para linhas onde o fluido de processo seja corrosivo em relação ao material do sensor, viscoso,
solidificável, com sólidos em suspensão, incrustante ou que contenha a combinação destas
propriedades, os instrumentos de pressão devem:

a) manômetros: utilizar selo diafragma;


b) transmissores: ser instalados com “te” (T) de selagem ou selo diafragma remoto, conforme
a necessidade.

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9.3.3.4 Na seleção do selo diafragma remoto devem ser observados:

a) compatibilidade do fluido de enchimento com a temperatura do processo;


b) adequação dos materiais do diafragma ao fluido do processo e aos limites de pressão e
temperatura;
c) o diafragma e o capilar devem ser fornecidos integrados e pré-montados ao instrumento
pelo fabricante, e com conexão ao processo flangeada;
d) comprimento do capilar deve ser minimizado de forma a reduzir a sobra;
e) em pressão diferencial, variações de temperatura entre as tomadas devem ser
consideradas para a seleção do fluido de enchimento e os capilares de cada lado devem
ter o mesmo comprimento.

9.3.3.5 Aplicações típicas onde selo diafragma remoto deve ser evitado:

a) medição de vazão;
b) a medição da pressão diferencial seja pequena (tipicamente menor que 300 mmH2O) e o
erro proporcionado pelo conjunto medidor-selo possa prejudicar a medição.

9.3.3.6 Para aplicação de selo diafragma remoto em medição de baixa pressão absoluta (vácuo), o
transmissor deve ser posicionado abaixo da tomada de medição.

9.4 Instrumentos de Vazão

9.4.1 Critérios de seleção

9.4.1.1 Na medição de vazão devem ser utilizadas placas de orifício com transmissores de pressão
diferencial.

9.4.1.2 Os demais tipos de instrumentos, tais como vórtice, ultrassônico, coriolis, venturi, cone, “pitot”
multifuro, deslocamento positivo, turbina, eletromagnéticos, e outros, devem ser selecionados onde sua
utilização seja necessária pelas condições do processo, condições de instalação e o tipo de serviço a
que o medidor se destina.

9.4.1.3 Para tubulações com diâmetro interno menor que 50 mm recomenda-se utilizar instrumentos,
para indicação local e transmissão, do tipo: [Prática Recomendada]

a) orifício integral, conforme ASME MFC-14M;


b) medidor tipo coriolis.

9.4.1.4 Para serviços que requeiram apenas indicação local de vazão devem ser utilizados rotâmetros,
medidores de deslocamento positivo ou sensores compatíveis com a aplicação. Para tubulações com
diâmetro interno menor que 50 mm, que operem com fluidos não tóxicos e não inflamáveis, deve-se
utilizar rotâmetros.

9.4.1.5 Na medição de vazão para fins de metrologia legal o tipo do medidor deve ser definido pela
PETROBRAS em documento complementar e sua especificação deve seguir às seguintes normas:

a) deslocamento positivo para medição de líquidos: API MPMS 5.2;


b) turbina para medição de líquidos: API MPMS 5.3;
c) coriolis para medição de líquidos: API MPMS 5.6;
d) ultrassônico para medição de líquidos: API MPMS 5.8;
e) ultrassônico para medição de gás: AGA REPORT 9;
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f) placa de orifício para gás natural: API MPMS 14.3.1, 14.3.2 e 14.3.3, ou ABNT
NBR ISO 5167-1 e NBR ISO 5167-2;
g) provadores para calibração de medidores de líquidos: API MPMS 4.1 e API MPMS 4.5.

9.4.2 Medidores por Placa de Orifício

9.4.2.1 Para aplicações gerais, utilizar placas de orifício concêntricas de bordo reto conforme
ABNT NBR ISO 5167-1, ABNT NBR ISO 5167-2, ABNT NBR 13225 ou API MPMS 14.3.1.

9.4.2.2 As placas concêntricas de bordo reto devem sempre ser utilizadas respeitando-se os limites
indicados nas respectivas normas.

9.4.2.2.1 Caso o número de Reynolds esteja abaixo do admitido utilizar placas de entrada em quarto
de círculo ou entrada cônica, segundo ABNT NBR 13225.

9.4.2.2.2 Caso o fluido de processo contenha sólidos em suspensão, neste caso utilizar placas de
orifício excêntrico, segundo ABNT NBR 13225.

9.4.2.3 Os seguintes requisitos devem ser atendidos na especificação e dimensionamento da placa de


orifício:

a) todos os fatores de cálculo das placas de orifício devem ser tomados nas condições da
vazão máxima de cálculo;
b) a rangeabilidade típica da medição deve ser de até 5:1 para transmissores de pressão
diferencial com classe de exatidão de +/- 0,075 % na faixa de medição;
c) caso a rangeabilidade seja acima de 5:1, deve ser avaliada a utilização
de dois transmissores ou a manutenção de um transmissor em função da incerteza
máxima aceitável para o serviço da medição;
d) a vazão máxima de operação deve ser no máximo igual a 95 % da vazão máxima de
cálculo;
e) a vazão mínima de operação deve ser no mínimo 20 % da vazão máxima de cálculo;
f) utilizar tomadas de pressão nos flanges, a menos que requerido de forma diferente para
o tipo de elemento primário selecionado;
g) para placas de orifício de entrada em quarto de círculo, entrada cônica e orifício excêntrico,
utilizar como referência a ABNT NBR 13225;
h) os orifícios integrais devem ser evitados em fluidos que contenham sólidos em suspensão;
i) o material das placas deve ser AISI 316, a menos que as condições de serviço exijam
outro material;
j) a espessura requerida para as placas de orifício tipo bordo reto deve seguir a Tabela 1.
Estas espessuras são aplicáveis para um diferencial de pressão máximo igual
a 2,5 kgf/cm2.

Tabela 1 - Diâmetro Nominal da Linha Versus Espessura da Placa

Diâmetro nominal da
Espessura [pol.]
linha [pol.]
2a6 1/8
8 a 12 1/4
14 a 20 3/8
22 a 36 1/2

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9.4.2.4 As seguintes práticas são recomendadas na especificação e dimensionamento da placa de


orifício: [Prática Recomendada]

a) recomenda-se que a vazão normal de operação esteja situada entre 50 % e 80 % da vazão


máxima de cálculo;
b) recomenda-se que o diferencial de pressão para o cálculo da placa, bem como o limite
superior da faixa de medição do transmissor seja em torno de 2 500 mmH2O;
c) quando não for possível escolher um valor próximo de 2 500 mmH2O, valores diferentes
poderão ser adotados limitados a perda de carga permanente máxima admissível;
d) recomenda-se que os valores de beta e diâmetro do orifício sejam aproximados para duas
casas decimais;
e) o limite superior da faixa de medição do transmissor de pressão diferencial ou a vazão
máxima de cálculo deve ser revisada após a aproximação dos valores de beta e diâmetro
do orifício.

9.4.2.5 A menos que especificado em contrário em documento complementar, o acabamento da


superfície da placa em contato com a junta de vedação deve seguir o mesmo padrão (rugosidade e
ranhuras) da face do flange de orifício conforme mostrado na Figura 2 e em acordo com a
ASME B16.5.

Figura 2 - Acabamento na Superficie de Assentamento da Junta da Placa de Orifício

9.4.2.6 Os flanges de orifício devem atender as recomendações da ASME B16.36.

9.4.2.7 Os comprimentos de trechos retos a montante e jusante requeridos para a medição, conforme
ABNT NBR ISO 5167-2, devem ser previstos durante a elaboração do projeto. Considerar a coluna
correspondente aos valores para incerteza adicional de 0,5 % constante na Tabela 3 - Trechos retos
requeridos entre placas de orifício e conexões sem o uso de condicionadores de escoamento da
ABNT NBR ISO 5167-2.

9.4.3 Medidores Tipo Vórtice

9.4.3.1 A especificação e o projeto de instalação devem seguir as recomendações do fabricante e da


ASME MFC-6.

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9.4.3.2 Na especificação desses medidores, a vazão mínima de operação deve se situar acima da
vazão de corte do medidor.

9.4.3.3 Estes medidores não devem ser utilizados nos casos em que a vazão de corte do medidor
afeta a operação adequada da malha de controle, por exemplo, malhas de vazão em cascata.

9.4.3.4 Para instalação em locais de difícil acesso, recomenda-se que o transmissor seja fornecido
para instalação remota de forma que este seja acessível a partir do piso ou de plataformas. [Prática
Recomendada]

9.4.3.5 Os medidores tipo vórtice não devem ser utilizados em fluidos com sólidos em suspensão.

9.4.3.6 Os comprimentos de trechos retos a montante e jusante requeridos para a medição devem ser
previstos durante a elaboração do projeto seguindo-se as recomendações do fabricante e da
ASME MFC-6.

9.4.4 Medidores Tipo Venturi, Bocais de Vazão, ”Pitot” Multifuro, Cone e Placa de Orifício
Multifuro

9.4.4.1 Venturi

9.4.4.1.1 O dimensionamento e especificação dos medidores tipo venturi devem seguir as


recomendações da ISO 5167-4.

9.4.4.1.2 Aplicações típicas:

a) quando requerido baixa perda de carga permanente, comparado as placas de orifício;


b) linhas com presença de sólidos em suspensão;
c) dutos de seção retangular;
d) quando necessário mais de dois pares de tomadas de medição de pressão diferencial (ex.:
redundância de medição).

9.4.4.1.3 Os comprimentos de trechos retos a montante e jusante requeridos para a medição,


conforme ISO 5167-4, devem ser previstos durante a elaboração do projeto. Considerar a coluna
correspondente aos valores para incerteza adicional de 0,5 % constante na Tabela 1 (Table 1 -
Required straight lengths for classical Venturi tubes) da ISO 5167-4.

9.4.4.2 Bocais de Vazão

9.4.4.2.1 O dimensionamento e especificação dos bocais devem seguir as recomendações da


ISO 5167-3.

9.4.4.2.2 Aplicações típicas: quando requerido medição em fluidos com alta velocidade de
escoamento.

9.4.4.2.3 Os comprimentos de trechos retos a montante e jusante requeridos para a medição,


conforme ISO 5167-3, devem ser previstos durante a elaboração do projeto. Considerar a coluna
correspondente aos valores para incerteza adicional de 0,5 % constante na Tabela 3 (Table 3 -
Required straight lengths for nozzles and Venturi nozzles) da ISO 5167-3.

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9.4.4.2.4 Não devem ser especificados para conexões flangeadas do tipo face para junta anel (FJA)
nas classes iguais ou superiores a 1500#. Nestas aplicações devem ser adotadas conexões para solda
de topo (ST) ou carretéis com extremidade com encaixe para solda (ES).

9.4.4.3 “Pitot” Multifuro

9.4.4.3.1 O dimensionamento, especificação e projeto de instalação de tubos “pitot” multifuro devem


seguir as recomendações do fabricante e da ASME MFC-12M.

9.4.4.3.2 Aplicações típicas:

a) linhas de grande diâmetro onde os medidores apresentados na ABNT NBR ISO 5167-1,
NBR ISO 5167-2, ISO 5167-3 e ISO 5167-4 não são aplicáveis;
b) quando requerido perda de carga desprezível.

9.4.4.3.3 Deve ser prevista instalação de purga esporádica, usando fluido compatível com o processo,
em serviços com possibilidade de deposição de particulados nos orifícios.

9.4.4.4 Cone

9.4.4.4.1 O dimensionamento, especificação e o projeto de instalação devem seguir as


recomendações da ISO 5167-5.

9.4.4.4.2 Aplicações típicas:

a) locais de medição com pouco trecho reto disponível a montante;


b) quando requerido baixa perda de carga permanente.

9.4.4.5 Placa de Orifício Multifuro

9.4.4.5.1 O dimensionamento, especificação e o projeto de instalação devem seguir as


recomendações do fabricante.

9.4.4.5.2 Aplicações típicas: locais de medição com pouco trecho reto disponível a montante.

9.4.5 Orifícios de Restrição

9.4.5.1 Os orifícios de restrição devem ser utilizados para gerar uma perda de carga permanente no
escoamento de líquidos ou gases ou quando se deseja limitar a vazão de gases em regime de
escoamento crítico.

9.4.5.2 Para dimensionamento de orifícios de restrição em regime de escoamento subcrítico, adotar o


procedimento de dimensionamento de uma placa de orifício de bordo reto tomadas nos tubos
(“pipe taps”).

9.4.5.3 Para dimensionamento de orifícios de restrição em regime de escoamento crítico, utilizar a


expressão do Anexo B.
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9.4.5.4 O material de construção deve ser AISI 316 a menos que as condições de processo exijam
outro material.

9.4.5.5 A espessura mínima dos orifícios de restrição deve ser determinada de acordo com os critérios
apresentados no Anexo C.

9.4.6 Medidores Ultrassônicos

9.4.6.1 O medidor ultrassônico deve ter por princípio de medição o tempo de trânsito, e ser do tipo
inserção. Medidores do tipo externo (“clamp-on”) devem ser submetidos à PETROBRAS.

9.4.6.2 A especificação e o projeto de instalação devem seguir os requisitos das API MPMS 5.8 (para
líquidos) e AGA REPORT 9 (para gases).

9.4.6.3 Aplicações típicas:

a) onde se necessite medir com uma classe de exatidão mais rigorosa que as obtidas com
placas de orifício;
b) onde se necessite rangeabilidade maior do que as obtidas com placas de orifício;
c) onde se requer perda de carga desprezível;
d) produtos de alta viscosidade;
e) metrologia legal para medição de gás natural.

9.4.7 Os Medidores Tipo Coriolis

9.4.7.1 A especificação deve seguir as recomendações do fabricante, da ISO 10790 e, no caso de


metrologia legal para líquidos, a API MPMS 5.6.

9.4.7.2 Deve ser verificada se a perda de carga associada atende às condições de processo.

9.4.7.3 Aplicações típicas:

a) onde se necessite medir com uma classe de exatidão mais rigorosa que as obtidas com
placas de orifício;
b) onde se necessite faixa de medição maior do que as obtidas com placas de orifício;
c) onde a medição mássica é requerida;
d) produtos de alta viscosidade;
e) pouca disponibilidade de trecho reto na instalação;
f) fluidos com variações de propriedades físicas.

9.4.8 Medidores de Área Variável (Rotâmetros)

9.4.8.1 A especificação e o projeto de instalação deve seguir as recomendações do fabricante e a


ASME MFC-18M.

9.4.8.2 Os rotâmetros de corpo não metálico só devem ser utilizados em indicações locais em linhas
menores que 2” desde que os fluidos não sejam tóxicos, inflamáveis ou corrosivos. Nos demais casos
devem ser usados rotâmetros com tubos metálicos e com acoplamento magnético.

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9.4.8.3 Os rotâmetros devem ser especificados de modo que a vazão normal se situe entre 50 % a
60 % da faixa de medição do instrumento.

9.4.9 Medidores do Tipo Deslocamento Positivo

9.4.9.1 A especificação deve seguir as recomendações do fabricante e recomendações da


API MPMS 5.2.

9.4.9.2 Aplicações típicas:

a) serviços de totalização de vazão de líquidos, isentos de sólidos em suspensão;


b) unidade misturadora de “bunker” (combustível para navios);
c) sistemas de metrologia legal de produtos viscosos.

9.4.10 Medidores Tipo Turbina

9.4.10.1 A especificação e o projeto de instalação devem seguir as recomendações do fabricante e da


API MPMS 5.3.

9.4.10.2 Medidores tipo turbina devem possuir trecho reto a montante e a jusante conforme determina
o API MPMS 5.3.

9.4.10.3 Os medidores tipo turbina não devem ser utilizados em fluidos com sólidos em suspensão.

9.4.10.4 Aplicações típicas:

a) sistemas de metrologia legal de líquidos de baixa viscosidade e gases;


b) sistemas de mistura em linha.

9.4.11 Medidores Tipo Eletromagnéticos

9.4.11.1 A especificação e o projeto de instalação devem seguir as recomendações do fabricante e a


ASME MFC-16.

9.4.11.2 Aplicações típicas:

a) água;
b) fluidos com sólidos em suspensão;
c) fluidos corrosivos;
d) onde se deseja a perda de carga desprezível;
e) fluidos com variações nas propriedades físicas.

9.4.11.3 A aplicabilidade do medidor deve ser confirmada junto ao fabricante a partir de informações
do fluido e da condutividade mínima requerida pelo instrumento.

9.4.12 Chaves de Fluxo

9.4.12.1 As chaves de fluxo não devem ser utilizadas, a menos que previamente autorizados pela
PETROBRAS.

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9.4.12.2 Não são aceitáveis chaves de fluxo com partes móveis em linhas de processo e de utilidades.

9.5 Instrumentos de Nível

9.5.1 Critérios de Seleção e Especificação

9.5.1.1 Para indicação local de nível em vasos e torres devem ser utilizados visores de nível, e em
tanques, indicadores de nível tipo régua. Para indicação local de nível em tanques pequenos (ex:
tanques de produtos químicos), devem ser utilizados visores de nível.

9.5.1.2 Todo tanque sem indicação remota de nível deve possuir, pelo menos, um indicador local de
nível.

9.5.1.3 Na medição de nível em vasos e torres devem ser utilizados instrumentos eletrônicos do tipo
pressão diferencial ou radar de onda guiada. Os demais tipos de instrumentos, tais como: empuxo,
radar, capacitivo, ultrassônico, condutividade, radioativo, borbulhamento, servo-operado,
magnetostrictivo e outros devem ser usados onde sua utilização seja necessária pelas condições do
processo.

9.5.1.4 Instrumentos de indicação ou medição de nível que tenham como elemento primário um
flutuador tipo boia associados a transdutores de posição tipo magnético, magnetostrictivo e chave de
nível magnética devem atender às restrições de processo definidas em 9.5.3.2.

9.5.1.5 Na medição de nível para fins de metrologia legal o tipo do medidor deve ser definido pela
PETROBRAS e deve seguir a API MPMS 3.1B e API MPMS 3.3.

9.5.1.6 A instalação de instrumentos de nível deve ter aquecimento adequado, com camisa de vapor,
traço de vapor ou traço elétrico, quando operarem com produtos viscosos, sujeitos a solidificação a
temperatura ambiente.

9.5.1.7 Todas as partes em contato com o fluido de processo tais como, flanges, deslocadores,
diafragmas e bujões, devem ser em AISI 316, exceto quando as condições de processo exigirem outro
material.

9.5.1.8 Instrumentos com eletrônica associada utilizados em serviços com temperaturas superiores a
200 °C ou inferiores a 0 °C devem ser providos de extensão.

9.5.1.9 Quando forem utilizados instrumentos em câmara externa (garrafa de medição), o corpo da
câmara deve possuir conexão do tipo flangeada para permitir a remoção do instrumento. A construção
da câmara externa deve atender aos requisitos da ASME B31.3.

9.5.2 Visores de Nível de Vidro

9.5.2.1 Recomenda-se que os visores de nível de vidro não sejam utilizados em serviços com classe
de pressão igual ou superior a 600, conforme API RP 551. [Prática Recomendada]

9.5.2.2 Conforme API RP 551, visores de nível de vidro não devem ser utilizados em serviços contendo
predominantemente C4 e hidrocarbonetos mais leves.

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9.5.2.3 Os visores de nível do tipo reflexivo devem ser utilizados em aplicações com fluidos
transparentes, limpos e com pontos de fluidez abaixo da temperatura ambiente.

9.5.2.4 Os visores de nível do tipo transparente devem ser utilizados nas seguintes aplicações:

a) produtos de cor escura;


b) interface de líquidos de coloração distinta;
c) petróleo com grau API inferior a 25 e resíduos destilados;
d) produtos que ataquem o vidro, como vapor d’água e soda cáustica, e que requerem a
aplicação de proteção como mica.

9.5.2.5 Os visores de nível tipo tubular, podem ser usados em vasos não pressurizados contendo
produtos não inflamáveis, não tóxicos e não corrosivos que operem em temperaturas inferiores a 90 °C,
desde que com varetas de proteção em comprimento não superior a 760 mm.

9.5.2.6 Os visores de nível devem abranger as faixas de medição dos demais instrumentos de medição
de nível.

9.5.2.7 Quando a amplitude de medição dos visores de nível for superior a 3 400 mm, recomenda-se
a utilização de visores de nível cobrindo somente os pontos de nível mínimo, normal, máximo, alarme
e intertravamento. Neste caso, a seção visível de cada visor de nível deve ser de no mínimo 500 mm.
[Pratica Recomendada]

9.5.2.8 Os visores de nível reflexivo e transparente, de vidro plano, somente devem utilizar seções
com vidro de dimensão nominal 7 e 9, ficando o número máximo de seções limitado em 5.

9.5.2.9 Quando a faixa de medição a ser coberta requerer mais de um visor, os visores devem ser
superpostos de modo a não perderem a continuidade de indicação.

9.5.2.10 Os visores de nível de vidro devem ser fornecidos com bloqueios com esferas de segurança
e válvulas de dreno e alívio com tampão, com conexão compatível com a especificação de material de
tubulação.

9.5.2.11 O material do corpo do visor deve ser compatível com a especificação de material de
tubulação ou equipamento.

9.5.2.12 Para aplicações em baixas temperaturas, os visores de nível devem ser providos de extensão
anti-congelante.

9.5.2.13 Para aplicações em altas temperaturas, os visores de nível devem ser providos de recursos
para compensar sua deformação devido a dilatação térmica (ex: uso de “loop” de expansão ou molas
prato).

9.5.3 Visor de Nível Magnético

9.5.3.1 São recomendados em serviços com fluidos tóxicos (ex: H2S), ou que tenham suas
propriedades alteradas com a presença da luz (exemplo: peróxidos) ou indicação de interface de fluidos
com coloração próxima (ex.: água e nafta). [Prática Recomendada]

9.5.3.2 Em qualquer situação não devem ser aplicados nas seguintes condições:

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a) fluido de processo com ocorrência de sólidos, possua característica incrustante,


cristalizante, ou que seja sujeito a parafinação nas condições de operação;
b) em temperaturas de processo que venham a comprometer a magnetização do flutuador.

9.5.3.3 O visor magnético não deve ser usado para indicação de interface quando o princípio de
medição do transmissor de nível também dependa das densidades dos fluidos da aplicação.

9.5.3.4 O flutuador deve ser selado e percorrer livre dentro da coluna de medição, não devendo possuir
hastes ou cabos guias para seu deslocamento na coluna de medição.

9.5.3.5 Devem ser previstos mecanismos para amortecer impactos do flutuador nas extremidades das
colunas de medição durante maiores variações de nível ou pressão.

9.5.3.6 O diâmetro mínimo da coluna de medição deve ser de 2”. Em aplicações com a presença de
sólidos em suspensão devem ser utilizadas colunas de maior diâmetro.

9.5.3.7 A coluna de medição deve ser fabricada em conformidade com ASME B31.1 ou ASME B31.3
para aplicações em caldeiras.

9.5.3.8 Quando aplicável em medição de nível de interface, a densidade relativa nas condições de
operação do fluido superior deve ser inferior a 85 % da densidade relativa do fluido inferior
(psup /pinf < 0,85).

9.5.3.9 O material do corpo do visor deve ser adequado ao fluido de processo e à especificação de
material de tubulação ou equipamento.

9.5.3.10 A câmara onde são instaladas as palhetas indicadoras deve ser hermeticamente selada. O
invólucro das palhetas não deve ter contato com o processo.

9.5.4 Medidor de Nível por Pressão Diferencial

9.5.4.1 Os medidores de nível por pressão diferencial devem ser utilizados em aplicações gerais,
observando-se o efeito da variação da densidade dos fluidos de processo (nível ou interface) no erro
máximo admitido pelo processo.

9.5.4.2 Deve ser evitado na medição de nível ou nível de interface, quando estas implicarem em
amplitudes de medição de pressão inferiores a 300 mm H2O. Nestas condições deve ser avaliado o
erro provável introduzido na medição em função de possível perda do fluido de selagem nas tomadas
de impulso.

9.5.4.3 Os transmissores de nível por pressão diferencial devem possuir o material das partes em
contato com o fluido de processo em AISI 316, a menos que as condições de processo exijam outro
material (ex.: revestimento contra permeação de hidrogênio).

9.5.4.4 A utilização de instrumentos de pressão diferencial com selo diafragma remoto deve se
restringir às seguintes aplicações:

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a) onde seja difícil garantir a integridade da selagem convencional;


b) serviços com produtos tóxicos, corrosivos ou com sólidos em suspensão;
c) serviços com produtos viscosos para evitar a necessidade de aquecimento das linhas de
impulso;
d) temperaturas muito elevadas ou criogênicas;
e) onde se deseja instalar o transmissor acima das tomadas de pressão;
f) serviço com vácuo, desde que o transmissor seja instalado abaixo das tomadas de
pressão.

9.5.4.5 Não deve ser utilizado selo diafragma remoto em medições onde a amplitude de medição de
nível por pressão diferencial seja pequena (tipicamente menor que 300 mmH2O) e o erro proporcionado
pelo conjunto medidor-selo possa ser elevado.

9.5.4.6 Quando for utilizado selo diafragma remoto devem ser observados os seguintes aspectos:

a) capilares com o menor comprimento possível, evitando excedente enrolado junto ao


instrumento;
b) proteção mecânica externa para os capilares (ex.: canaleta, perfilado);
c) fluido de enchimento compatível com a maior temperatura do processo;
d) diâmetro mínimo de 3” para o diafragma remoto.

9.5.5 Medidor do Tipo Radar de Onda Guiada

9.5.5.1 Os medidores do tipo radar de onda guiada são aplicáveis em medição de nível de líquidos,
sólidos e medição de nível de interface, respeitando-se os limites para as constantes dielétricas em
cada aplicação.

9.5.5.2 Quando aplicados em medição de nível de interface entre líquidos, os limites de utilização
devem estar adequados às constantes dielétricas dos fluidos superior e inferior bem como a diferença
entre as mesmas.

9.5.5.3 Na impossibilidade de atendimento à 9.5.5.2 é permitida a medição baseada em empuxo ou


posição de um flutuador.

9.5.5.4 Deve ser evitado em serviços onde o fluido de processo, dada a suas características, esteja
sujeito a incrustação, polimerização, cristalização, ou parafinação nas condições de operação.

9.5.5.5 O guia de onda deve ser adequado ao fluido de processo.

9.5.6 Medidor do Tipo Radar sem Contato

9.5.6.1 Constituem-se dos medidores com antena cônica ou diretiva, aplicáveis em tanques em geral.

9.5.6.2 Devem ser do tipo quatro fios, com indicação remota para fácil visualização local da variável
de processo e acesso de manutenção.

9.5.6.3 Em caso de fluidos tóxicos recomenda-se sua instalação no topo de garrafas de medição ou
“stand-pipe” exclusivo para a aplicação, estes providos de válvulas de bloqueio ao processo. [Prática
Recomendada]

9.5.6.4 Não devem ser aplicados na ocorrência de fluidos susceptíveis a formação de espuma.
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9.5.6.5 O material da antena deve ser adequado à condensação da fase gasosa do processo.

9.5.7 Medidor do Tipo Ultrassônico

9.5.7.1 Devem ser aplicados apenas em canais ou reservatórios abertos, na medição de nível de
líquidos ou sólidos.

9.5.7.2 Não devem ser utilizados em aplicações com presença de névoa, poeira ou espuma.

9.5.8 Medidor do Tipo Empuxo (“Displacer”)

9.5.8.1 Os medidores do tipo empuxo podem ser utilizados para medição de nível de interface, desde
que:

a) o fluido de processo não possua característica incrustante, polimerizante, cristalizante, ou


esteja sujeito a parafinação nas condições de operação;
b) a densidade relativa nas condições de operação do fluido superior seja inferior à 85 % da
densidade relativa do fluido inferior (psup /pinf < 0,85).

9.5.8.2 O uso de instrumentos de nível do tipo empuxo deve ser restrito a amplitudes de medição de
até 1220 mm (48”).

9.5.8.3 O deslocador deve ser acondicionado em câmara externa provida de válvulas de bloqueio ao
processo e conexões para dreno.

9.5.9 Transmissor Tipo Capacitivo

9.5.9.1 Aplicáveis em medição de nível de interface entre dois líquidos e apenas em sistemas
afogados.

9.5.9.2 Os limites de utilização devem estar adequados às constantes dielétricas dos fluidos superior
e inferior bem como a diferença entre as mesmas.

9.5.9.3 Devem possuir haste rígida para aplicações com faixas de medição inferiores a 2 m.

9.5.10 Chaves de Nível

9.5.10.1 As chaves de nível não devem ser utilizadas, a menos que previamente autorizadas pela
PETROBRAS.

9.5.10.2 Quando aplicável, recomenda-se a utilização de chaves de nível do tipo vibratória.


[Prática Recomendada]

9.5.10.3 Em detecção pontual de nível de tubulão em caldeiras de geração de vapor, são aceitas
chaves de nível única e exclusivamente do tipo eletrodo (condutividade).

9.5.10.4 Instrumentos tipo admitância devem ser aplicados também na detecção pontual de nível de
emulsão (ex. detecção de nível de emulsão em dessalgadoras).
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9.5.11 Medição de Nível em Tanques de Armazenamento (Telemedição)

9.5.11.1 Em tanques de armazenamento devem ser utilizados medidores de nível de tecnologia radar
ou servo-operado. Onde for indispensável à medição associada de densidade do fluido e interface
(lastro de água) deve ser utilizado o servo-operado.

9.5.11.2 Deve ser utilizado tubo acalmador nos seguintes casos:

a) tanques que operem com teto flutuante ou selo flutuante;


b) tanques que operem com agitadores ou misturadores;
c) fluidos sujeitos a borbulhamento;
d) tanques pressurizados, como por exemplo: esferas de GLP.

9.6 Válvulas de Controle

9.6.1 Seleção

9.6.1.1 Respeitados os limites de aplicabilidade, o tipo de válvula adotado para serviços usuais deve
ser, em ordem de preferência:

a) válvulas globo gaiola, válvulas rotativas esfera segmental ou obturador excêntrico;


b) válvulas globo convencionais de sede simples;
c) válvulas borboleta.

NOTA Outros tipos de válvulas podem ser utilizados em casos onde os tipos citados não sejam as
melhores soluções. [Prática Recomendada]

9.6.1.2 Podem ser adotadas as recomendações para seleção e especificação de válvulas em plantas
referenciadas no API RP 553. [Prática Recomendada]

9.6.1.3 Em serviços com líquido em alta temperatura e com possibilidade de formação de coque nos
internos da válvula, deve ser dada preferência à utilização de válvulas rotativas do tipo esfera segmental
ou obturador excêntrico. [Prática Recomendada]

9.6.1.4 Em serviços com sólidos em suspensão ou onde haja risco de erosão deve ser dada
preferência à utilização de válvulas globo angulares com corpo a jusante revestido de material de
dureza apropriada. [Prática Recomendada]

9.6.1.5 Em serviços com elevado diferencial de pressão, deve ser dada a preferência à utilização de
válvulas com internos especiais, multi-estágios e/ou multipassagem, adequados a estes serviços. O
arranjo de tubulação na saída da válvula deve prever um comprimento de trecho reto adequado de
modo a minimizar a vibração causada pela velocidade do fluido.

9.6.1.6 Válvulas de controle operando com fluidos tóxicos devem ser especificadas para atenderem a
requisitos de controle de emissões fugitivas. A relação de produtos tóxicos bem como os valores
mínimos de suas concentrações deve ser definida em documento complementar ou no projeto básico.

9.6.1.7 Para o controle de emissões fugitivas recomenda-se o uso de válvulas com duplo
engaxetamento com molas para manter carga constante nas gaxetas. [Prática Recomendada]

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9.6.1.8 As válvulas borboleta podem ser aplicadas em diâmetros elevados e em serviços onde se
requeira uma resposta de controle rápida. Exemplo: controle anti-surge de compressores. [Prática
Recomendada]

9.6.1.9 Válvulas borboleta com tripla excentricidade podem ser aplicadas em serviços que operam em
temperaturas elevadas e requeiram elevada estanqueidade. [Prática Recomendada]

9.6.1.10 Admite-se válvulas auto-operadas e piloto operadas para controle de pressão e temperatura
nas seguintes situações: [Prática Recomendada]

a) sistemas auxiliares com variação não considerável de pressão e vazão;


b) serviços auxiliares em sistemas que não operem de forma contínua;
c) onde não haja disponibilidade de ar de instrumento.

9.6.1.11 Em serviços que requeiram um desvio/mistura de fluxo (exemplo: controle de troca térmica
em permutadores de calor), recomenda-se evitar válvulas globo de três vias do tipo
divergente/convergente em função da complexidade do arranjo de instalação e dificuldades para
futuras intervenções. Nestes casos recomenda-se a utilização de duas válvulas em configuração “split-
range”. [Prática Recomendada].

9.6.1.12 Aquecimento interno e/ou externo a válvula deve ser previsto em situações onde o fluido
possa se solidificar a temperatura ambiente. Exemplo: enxofre e asfalto.

9.6.2 Dimensionamento

9.6.2.1 Para o dimensionamento de CV das válvulas de controle, deve ser utilizada a IEC 60534-2-1,
sendo obrigatório, em todas as condições de operação, verificação e tratamento adequado dos itens
abaixo relacionados:

a) escoamento crítico, vaporização e cavitação;


b) influência da viscosidade no escoamento de líquidos;
c) estimativa de nível de ruído em gases segundo a IEC 60534-8-3, e líquidos segundo a
IEC 60534-8-4;
d) limite de velocidade na entrada da válvula;
e) característica de vazão inerente;
f) diâmetro mínimo em escoamentos com gases, para evitar velocidades sônicas na saída
da válvula.

NOTA Para dimensionamento de válvulas de controle para aplicações onde ocorra o fenômeno
“out-gassing” devem ser adotados os critérios da API RP 553.

9.6.2.2 Quanto à rangeabilidade e a seleção do CV a 100 % de abertura, as válvulas de controle devem


atender os seguintes critérios:

a) o CV calculado na condição máxima deve corresponder a uma abertura inferior a 90 % do


seu curso total;
b) o CV calculado na condição mínima deve corresponder a uma abertura superior a 10 %
do seu curso total;
c) caso não seja possível atender aos limites definidos acima com uma válvula de controle,
utilizar duas válvulas de controle em paralelo. Esta alternativa deve ser submetida à
PETROBRAS.

9.6.2.3 É recomendado que o CV calculado na condição normal de operação esteja na faixa de 30 %


a 70 % da abertura da válvula de controle. [Prática Recomendada]

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9.6.2.4 Para o dimensionamento de válvulas em paralelo devido a elevada rangeabilidade, deve ser
garantido que o CV calculado na condição normal de operação esteja na faixa de 20 % a 80 % de
abertura de qualquer uma das válvulas. [Prática Recomendada]

9.6.2.5 Para válvulas borboleta, devem ser observados os seguintes critérios:

a) o CV calculado na condição máxima deve ser limitado a 70° da abertura da válvula de


controle;
b) o CV calculado na condição mínima deve ser limitado a 10° da abertura da válvula de
controle.

9.6.2.6 Válvulas de controle não devem operar com diferencial de pressão muito baixo, tipicamente
menores do que 0,1 kgf/cm2. [Prática recomendada]

9.6.2.7 A cavitação deve ser tratada através de uma das seguintes alternativas:

a) alteração das condições de processo, como por exemplo, mudança da posição da válvula
no sistema de escoamento;
b) utilização de válvula de controle com internos anti-cavitantes. Neste caso deve ser
avaliada a possibilidade de obstrução dos internos quando em serviço com líquidos com
presença de sólidos.

9.6.2.8 A utilização de orifícios de restrição para se reduzir ou eliminar condição de cavitação deve ser
restrita às plantas existentes onde haja dificuldade para a substituição da válvula de controle.

9.6.2.9 O nível de ruído máximo admissível é de 85 dB(A) a 1 m da válvula. Níveis de ruído acima
deste valor devem ser reduzidos através de uma das seguintes alternativas:

a) utilização de válvula de controle com internos para redução de ruído;


b) utilização de dispositivos externos para redução de ruído, como difusores, silenciadores e
outros atenuadores de ruído, desde que avaliados em conjunto com o fornecimento da
válvula de controle.

9.6.2.10 O limite de velocidade na entrada da válvula de controle deve estar de acordo com
Tabela 2.

Tabela 2 - Limites de Velocidade na Entrada da Válvula de Controle

Serviço Valor recomendado Valor máximo aceitável


Gases e vapores < 0,3 MACH 0,5 MACH

Líquidos < 7 m/s 10 m/s

9.6.3 Característica de Vazão Inerente

9.6.3.1 A característica de vazão deve ser escolhida de acordo com o seguinte critério:

 ΔP 
X= 
 ΔPs 

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Onde:
∆P é o diferencial de pressão na válvula na condição de vazão normal de operação;
∆Ps é o diferencial de pressão dinâmico total do sistema em que a válvula está inserida,
incluindo o próprio ∆P da válvula, na vazão normal de operação.

NOTA 1 Valores de pressão estática não devem ser considerados.


NOTA 2 Devem ser consideradas para cálculo do ∆Ps todas as perdas de carga que ocorrem no
sistema (tubulação, equipamentos, acessórios) precedente à válvula de controle e que a
sucedem, respectivamente.

Então:
a) para X ≥ 0,6 utilizar característica linear;
b) para 0,4 < X < 0,6 utilizar característica parabólica modificada ou igual percentagem;
c) para 0,2 ≤ X ≤ 0,4 utilizar característica igual percentagem;
d) evitar X < 0,2, pois a capacidade de controle da válvula fica comprometida nessa faixa.

9.6.3.2 Excepcionalmente, quando a perda de carga não for conhecida e o projeto básico não tenha
definido a característica inerente requerida, deve ser adotado o seguinte critério:

a) válvulas em recirculação de bombas e compressores, e em serviços que alinhem regiões


da planta de alta pressão para baixa pressão devem possuir característica linear;
b) admissão de vapor em sistemas e equipamentos e alinhamento de gases para “flare”
devem possuir característica linear;
c) válvulas de controle controlando temperatura em “split range” e instaladas em série e no
“by-pass” de trocadores de calor devem possuir característica linear;
d) válvulas em sistemas de escoamento com a presença de muitos equipamentos em série
ou alinhados a limites de bateria, utilizar característica igual percentagem;
e) válvulas sujeitas a condições de diferencial de pressão muito diferentes durante fases
distintas de operação devem possuir característica igual porcentagem.

9.6.3.3 A característica inerente selecionada deve ser obtida através do projeto construtivo da válvula.
O uso de ajuste da característica inerente através de posicionadores deve ser submetido à
PETROBRAS.

9.6.3.4 A utilização de característica igual percentagem no lugar de uma linear em função da


necessidade de adequar a rangeabilidade da válvula deve ser submetida à aprovação da Petrobras.

9.6.4 Características Construtivas

9.6.4.1 A classe de pressão das válvulas de controle deve estar de acordo com a especificação de
material de tubulação.

9.6.4.2 A classe de vazamento para o assentamento das válvulas de controle deve seguir a
IEC 60534-4.

9.6.4.3 Dimensões e conexões:

a) válvulas de controle devem possuir conexões flangeadas;


b) conexões do tipo soldadas devem ser utilizadas apenas quando a conexão do tipo
flangeada não for permitida pela especificação de material da tubulação, como, por
exemplo, em serviços com temperaturas e pressões muito elevadas, e os internos sejam
possíveis de serem acessados pelo topo sem a retirada da válvula da tubulação;
c) conexões do tipo “wafer” e “lug” podem ser utilizadas somente quando permitidas pela
especificação de material da tubulação;
d) o menor corpo-de-válvula de controle permitido é 3/4”;
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e) diâmetro do corpo-da-válvula de controle inferior à metade do diâmetro nominal da


tubulação deve ser submetido à análise de especialistas de tubulação com relação a
suportação, análise de flexibilidade e integridade da instalação;
f) dimensões face-a-face:
— globo: de acordo com a classe de pressão e o tipo de conexão, atender a
ISA 75.08.01, ISA 75.08.05, ou ISA 75.08.06;
— globo angular: ISA 75.08.08 (classes 150, 300 e 600) e ASME B16.10 (classes 900,
1500 e 2500);
— rotativa esfera segmental ou obturador excêntrico: ISA 75.08.02;
— esfera: ASME B16.10;
— borboleta: API STD 609.

9.6.4.4 Castelo:

a) os castelos devem ser conectados ao corpo por flange;


b) todas as válvulas devem possuir indicador local de posição de abertura por meio de
dispositivos ligados à haste (lineares) ou ao eixo (rotativas);
c) os castelos devem ser estendidos em função dos limites aceitáveis de temperatura do
atuador e do posicionador, bem como em serviços criogênicos.

9.6.4.5 Materiais:

9.6.4.5.1 O material para a fabricação do corpo e interno das válvulas de controle deve ser de acordo
com as especificações de material de tubulação para válvulas manuais de regulagem, levando-se em
consideração inclusive o tipo de fluido, como gás sulfídrico (H2S), hidrogênio (H2) etc.

9.6.4.5.2 O material AISI 316 deve ser utilizado para os internos das válvulas de controle em
substituição ao AISI 304. O material AISI 416 pode ser utilizado para os internos das válvulas de
controle em substituição ao AISI 410.

9.6.4.5.3 Para aplicações identificadas como sendo serviço com H2S sujeito a corrosão sob tensão, os
materiais devem atender aos requisitos da NACE MR0103 ou ISO 15156-1, conforme aplicação.

9.6.4.5.4 Internos endurecidos devem ser utilizados nos seguintes casos:

a) ∆P superior a 14 kgf/cm2, conforme API RP 553;


b) fluidos contendo partículas sólidas;
c) vaporização ou cavitação.

9.6.4.5.5 Internos endurecidos a partir de aços inoxidáveis martensíticos com tratamento térmico
devem ser avaliados no lugar de AISI 316 com revestimento em Stellite ou carbeto de tungstênio,
atendidos outros requisitos como corrosividade e compatibilidade ao fluido de processo.

9.6.4.5.6 O material das gaxetas deve ser o PTFE. Para temperaturas fora do seu limite de aplicação,
deve ser utilizado o grafite. A seleção de gaxetas com presença de fios metálicos em sua composição
deve considerar a dureza da haste da válvula de modo a não causar seu desgaste.

9.6.4.5.7 O sistema de engaxetamento da haste deverá ser submetido a testes de emissões fugitivas
conforme ISO 15848-1, e atender a requisitos de desempenho estabelecidos em documento
complementar para materiais tanto a base de PTFE como grafite.

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9.6.4.5.8 Para todos os itens acima, outros tipos de material do padrão do fabricante podem ser
utilizados desde que submetidos à PETROBRAS.

9.6.4.6 As válvulas de controle devem ser fornecidas com plaquetas de identificação em AISI 316,
fixadas permanentemente no corpo das válvulas, no mínimo com gravação dos respectivos “tags”, CV,
modelo, material do corpo, fabricante, diâmetro, tipo, característica, número de série e classe de
pressão, de forma indelével.

9.6.5 Atuadores

9.6.5.1 Os atuadores das válvulas de controle devem ser pneumáticos. Aplicação de outros tipos de
atuadores tais como hidráulico, eletro-hidráulico ou motor elétrico deve ser restrito a serviços especiais,
e sua aplicação deve ser submetida à PETROBRAS.

9.6.5.2 Os atuadores pneumáticos devem ser dimensionados para movimentar a válvula considerando
o suprimento de ar na pressão manométrica mínima de 4,5 kgf/cm2 e que a válvula esteja submetida
ao máximo diferencial de pressão previsto no processo.

9.6.5.3 O modo de falha do conjunto válvula/atuador deve ser conforme requerido pelo projeto em
função da segurança da planta. Exemplos: falha abre, falha fecha ou falha estacionária. O modo de
falha deve ser garantido tanto para falha de energia elétrica quanto pneumática ou hidráulica.

9.6.5.4 Quando requerido modo de falha estacionária utilizar atuadores tipo dupla ação.

9.6.5.5 Mecanismos de limitação de curso de uma válvula de controle devem ser implementados
externamente ao atuador. Não é aceitável a implementação no corpo da válvula ou internamente a
câmara do atuador. A marcação da limitação de curso deve estar bem sinalizada permitindo fácil
intervenção e ajuste.

9.6.6 Posicionadores

O posicionador deve possuir as seguintes características:

a) ser eletrônico, microprocessado e programável;


b) prover a recepção do sinal no mesmo meio físico que a alimentação elétrica (dois fios) e
operar em 24 VCC, com uma resistência de loop máxima de 600 ohms;
c) possuir monitoração de agarramento do conjunto haste/obturador, existência de folgas
entre acoplamentos mecânicos, e problemas nos circuitos pneumático e elétrico;
d) ser capaz de armazenar as curvas de linearização da válvula;
e) prover a monitoração da pressão de ar de suprimento, da pressão de operação do atuador,
do sinal de saída do posicionador e da indicação de posição da válvula.

9.6.7 Acessórios

9.6.7.1 Volantes podem ser utilizados quando as válvulas de controle forem instaladas sem
“by-pass” ou para limitar seu curso de operação. [Prática Recomendada]

9.6.7.2 Volantes não devem ser utilizados em válvulas auto-operadas.

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9.6.7.3 O filtro regulador é um acessório obrigatório, devendo este possuir corpo, castelo e copo
metálicos, dreno incorporado e elemento filtrante para partículas sólidas compatível com os requisitos
do posicionador e, capacidade de vazão para atender o suprimento de ar do atuador. O material do
elemento filtrante não deve ser de celulose, mas sim de material sinterizado metálico (aço inoxidável
ou bronze) ou polietileno.

9.6.8 Tubos DE e Conexões Pneumáticas

Os tubos DE devem ser de 3/8” e as conexões DE devem ser conexões de compressão providas de
anilha dupla, ambos com material compatível aos padrões definidos na N-1931. Tubos DE com
diâmetros maiores devem ser usados quando for necessário aumentar a velocidade de
abertura/fechamento da válvula.

9.6.9 Requisitos de Desempenho

9.6.9.1 As válvulas de controle devem atender aos requisitos mínimos de desempenho, conforme
apresentado nos itens a seguir. Estes requisitos se aplicam a todo o conjunto que inclui a válvula,
atuador pneumático, posicionador, conversor eletro-pneumático, filtro regulador, válvulas de escape
rápido e "booster", caso requeridos.

9.6.9.2 As mesmas considerações de desempenho devem ser aplicadas as válvulas de controle com
atuadores elétricos e eletrohidráulicos, bem como a todos os seus componentes.

9.6.9.3 A menos que especificado em contrário no projeto básico, as respostas das válvulas de
controle para um degrau de 2 % a 10 % aplicado sobre seu sinal de comando deve atender ao
desempenho mínimo estabelecido na Tabela 3.

Tabela 3 - Resposta ao Degrau para Válvulas de Controle

Tempo Máximo de Tempo Máximo de


Tamanho da Tempo
Resposta T63 ao Resposta T86 ao
Válvula (pol.) Morto Máximo (s)
Degrau (s) Degrau (s)

0–2 0,25 0,5 0,75


3–6 0,5 1,0 1,5
8 – 12 0,75 1,5 2,25
14 – 20 1,0 2,0 3,0
20 – 24 1,25 2,5 3,75
NOTA T63 e T86 são os tempos necessários para a posição da haste da válvula atingir 63 %
e 86 % do degrau aplicado, respectivamente. Os tempos T63 e T86 já incluem o
tempo morto.

9.6.9.4 A banda morta não deve ser superior a 1 %. Entende-se como banda morta a faixa de variação
no sinal de entrada, a partir da mudança de direção deste sinal, em que não se observa mudança na
posição da válvula. A banda morta é definida em termos de percentual da faixa do sinal de entrada.

9.6.9.5 A resolução ao degrau não deve ser superior a 0,5 % para cursos a partir de 1”, e não superior
a 1% para cursos inferiores a 1”. Entende-se como resolução ao degrau a menor variação no sinal de
entrada, em uma direção, na qual é observada variação na saída. A resolução é expressa em
percentual da faixa do sinal de entrada.

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9.6.9.6 O sobrevalor ("overshoot") não deve ser superior a 10 %. Entende-se como sobrevalor a
quantidade que ultrapassa o valor do degrau em relação ao valor do estado estacionário final. O
sobrevalor é expresso em percentual do degrau aplicado.

9.6.10 Estações de Controle

9.6.10.1 As aplicações que não podem ser interrompidas para a realização da manutenção da válvula
de controle durante a campanha da unidade, e onde o processo possa ser operado manualmente de
forma segura, devem possuir estações de controle.

9.6.10.2 A estação de controle deve ser composta de válvulas de bloqueio e dreno, a montante e a
jusante da válvula de controle, e uma válvula de regulagem na linha de contorno.

9.6.10.3 As válvulas de bloqueio a montante e a jusante da válvula de controle devem ser do mesmo
diâmetro da linha. Para os casos em que a válvula de controle seja dois diâmetros menores que o
diâmetro da linha, as válvulas de bloqueio podem ser um diâmetro menor que o diâmetro da linha.

9.6.10.4 Para efeito de controlabilidade, a válvula de “by-pass” deve possuir uma capacidade de vazão
(CV) equivalente a da válvula de controle.

9.6.10.5 Deve ser avaliada, no projeto básico, a necessidade de se automatizar a válvula de


“by-pass”, ou seja, duplicar a válvula de controle principal quando existe o potencial de se causar a
parada total do processo caso a válvula de controle principal se torne inoperante e não seja possível
operar a planta manualmente através da válvula de “by-pass”.

9.6.10.6 Deve ser avaliada, no projeto básico, a relação custo benefício associada ao uso da estação
de controle, podendo não serem adotadas nas seguintes situações:

a) válvulas de diâmetros muito elevados;


b) serviços onde a válvula não requer movimentação constante (ou seja, opera somente
eventualmente por meio de intervenção operacional) reduzindo assim o seu desgaste.

9.7 Válvulas “On-Off”

9.7.1 Geral

Os critérios que se seguem são aplicáveis a válvulas assistidas por atuador e associadas às malhas
de controle e de intertravamento.

9.7.2 Válvula

9.7.2.1 A menos que especificada em contrário no projeto básico, as válvulas “on-off” em malhas de
intertravamento devem ser do tipo esfera ou do tipo borboleta com tripla excentricidade.

9.7.2.2 A menos que especificada em contrário no projeto básico, as válvulas “on-off” em malhas de
controle podem ser do tipo esfera, borboleta com dupla excentricidade ou borboleta com tripla
excentricidade. [Prática Recomendada]

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9.7.2.3 Válvulas do tipo fluxo axial podem ser utilizadas em serviços de elevado diferencial de pressão,
respeitados seus limites de temperatura. [Prática Recomendada]

9.7.2.4 Caso exigível pelas condições particulares de processo, outros tipos construtivos podem ser
utilizados para serviços de bloqueio desde que submetido à PETROBRAS.

9.7.2.5 O uso de válvulas solenóide instaladas diretamente em tubulações de processo deve ser
submetido à PETROBRAS.

9.7.2.6 Válvulas tipo gaveta devem estar associadas apenas a sistemas de comando de alinhamento
remoto, com atuação motorizada.

9.7.2.7 A especificação do material do corpo da válvula deve seguir a especificação de tubulação


correspondente para válvulas de bloqueio. Especificação de material diferente deve ser submetida à
PETROBRAS.

9.7.2.8 As válvulas devem atender a requisito de estanqueidade estabelecidos pelo projeto básico ou
especificação de tubulação. Na ausência de requisitos de estanqueidade definidos pelo projeto básico
ou especificação de tubulação, as válvulas devem atender aos requisitos do API STD 598 ou critério
da ISO 5208 conforme abaixo:

a) válvulas com assentamento resiliente: Rate A;


b) válvulas com assentamento metal-metal: Rate D.

9.7.2.9 Quando exigido pelo projeto básico que as válvulas sejam do tipo Testada a Fogo
(“Fire Tested Type”), estas devem:

a) atender aos requisitos de teste definidos pela ISO 10497;


b) possuir certificado emitido por sociedade certificadora reconhecida pela PETROBRAS.

9.7.2.10 A menos que especificado em contrário no projeto básico, as válvulas em serviços de


alinhamento remoto em geral e em malhas de intertravamento não pertencentes ao SIS devem atender
ao tempo de acionamento máximo de 1 segundo por polegada.

9.7.2.11 A menos que especificado em contrário no projeto básico, as válvulas em malhas de


intertravamento pertencentes ao SIS devem atender aos tempos de acionamento para a posição de
falha estabelecida a seguir:

9.7.2.11.1 Segundo API RP 553, para válvulas até 12”:

- máximo de 3 segundos para válvulas até 4”;


- máximo de 4 segundos para válvulas entre 6” e 8”;
- máximo de 5 segundos para válvulas entre 10” e 12”.

9.7.2.11.2 Para válvulas acima de 12”, o tempo máximo de movimentação deve ser de 10 segundos.
Valores acima devem ser submetidos à PETROBRAS.

9.7.2.12 Para aplicações com líquidos, assegurar que será evitado o golpe de aríete na tubulação na
definição do tempo de fechamento da válvula.

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9.7.3 Atuadores

9.7.3.1 Os atuadores devem ser do tipo pneumático com retorno por mola ou, caso requerido falha na
posição, pneumático tipo dupla ação.

9.7.3.2 Atuadores elétricos ou eletro-hidráulicos poderão ser utilizados dependo do torque requerido
para a válvula, tempo de movimentação, modo de falha e disponibilidade de ar de instrumentação.
[Prática Recomendada]

9.7.3.3 Os atuadores pneumáticos devem atender aos mesmos requisitos do item 9.6.5.2.

9.7.3.4 Quando requerido reservatório de ar (vaso pulmão) ou acumuladores hidráulicos, se a


capacidade não for definida no projeto básico, estes devem ser dimensionados para dois ciclos de
abertura e fechamento totais da válvula, durante a condição de falta de suprimento externo de energia
pneumática ou hidráulica. No caso do dimensionamento do atuador hidráulico deve ser considerado
que ao iniciar a atuação a pressão no acumulador irá decair com cada atuação.

9.7.3.5 Os vasos pulmões não devem ser instalados sobre o corpo da válvula, reduzindo desta forma
o peso do conjunto. Vasos pequenos fornecidos por meio de montagem integrada ao atuador devem
ser submetidos à PETROBRAS.

9.7.3.6 Na necessidade do uso de vaso pulmão ou acumuladores hidráulicos, deve ser verificada a
necessidade do atendimento às especificações técnicas pertinentes a vasos de pressão, de acordo
com a NR-13.

9.7.3.7 Os atuadores devem ser providos de acessórios devidamente integrados ao conjunto, tais
como: chaves de fim de curso, válvulas piloto/solenóides, reguladores de vazão e/ou válvulas
“boosters” e de escape rápido.

9.7.4 Acessórios

9.7.4.1 Geral

Todas as válvulas “on-off” devem possuir indicador visual local de posição.

9.7.4.2 Válvula Solenóide

9.7.4.2.1 As válvulas solenóides devem atender aos seguintes requisitos:

a) serem de acionamento elétrico, em 24 VDC e com a potência máxima definida em


documento complementar conforme o serviço da válvula e o dimensionamento do sistema
de alimentação;
b) a classe de isolamento das bobinas deve ser adequada à temperatura ambiente, sendo a
classe mínima admissível a classe F;
c) as conexões pneumáticas do corpo devem ser roscadas, com diâmetro não inferior a
1/4” NPTF;
d) em instalações terrestres o corpo deve ser de latão e em instalações marítimas em
AISI 316.

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9.7.4.2.2 Recomenda-se a avaliação quanto a necessidade de diodos supressores integrados as


válvulas solenóide de modo a garantir integridade dos cartões de saída discreto. [Prática
Recomendada]

9.7.4.3 Chave Fim de Curso

9.7.4.3.1 As chaves fim de curso devem ser do tipo magnética e hermeticamente encapsulada.

9.7.4.3.2 Nas válvulas “on-off” associadas à malhas de controle, recomenda-se o uso de chaves de
fim de curso tanto para a posição de válvula aberta como para válvula fechada.
[Pratica Recomendada]

9.7.4.3.3 Nas válvulas “on-off” associadas à malhas de intertravamento, deve-se usar chaves fim de
curso tanto para a posição de válvula aberta como para válvula fechada.

9.7.4.3.4 Chaves fim de curso não devem ser adotadas em elementos finais tais como comportas ou
“dampers” de dutos de admissão ou exaustão em sopradores, caldeiras e fornos. Nestes casos deve
ser adotado transmissor de posição a dois fios (4-20 mA).

9.7.4.3.5 Os contatos das chaves de fim de curso devem seguir o critério de lógica positiva usando o
contato NA, ou seja, Sinal Verdadeiro = Contato Fechado. Na lógica positiva teremos:

a) válvula fechada: contatos ZSL fechado e ZSH aberto;


b) válvula aberta: contatos ZSL aberto e ZSH fechado.

9.7.4.4 Filtro Regulador de Ar

O filtro regulador é um acessório obrigatório, devendo esta possuir corpo, castelo e copo metálicos,
dreno incorporado e elemento filtrante para partículas sólidas compatível com os requisitos da válvula
solenóide ou do dispositivo de teste de movimentação parcial e, capacidade de vazão para atender o
suprimento de ar do atuador. O material do elemento filtrante não deve ser de celulose, mas sim de
material sinterizado metálico (aço inoxidável ou bronze) ou polietileno.

9.7.4.5 Tubos DE e Conexões Pneumáticas

Os tubos DE devem ser de 3/8” e as conexões DE devem ser conexões de compressão providas de
anilha dupla, ambos com material compatível aos padrões definidos na N-1931. Tubos DE com
diâmetros maiores devem ser usados quando for necessário aumentar a velocidade de
abertura/fechamento da válvula.

9.8 Válvulas de Alívio e Segurança

9.8.1 Seleção e Dimensionamento

9.8.1.1 A seleção e o dimensionamento das válvulas de alívio e segurança devem estar de acordo com
a API STD 520 Part I.

9.8.1.2 Os valores para a pressão de ajuste das válvulas de alívio e segurança devem se situar entre
a pressão de projeto e a PMTA do equipamento ou sistema a ser protegido. Variações em torno da
pressão de ajuste para válvulas instaladas em paralelo devem obedecer a faixa definida pela
API STD 520 Part I.

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9.8.1.3 A válvula de alívio e segurança do tipo convencional deve ser utilizada quando o valor da
contrapressão superimposta for constante e quando o valor da contrapressão desenvolvida for menor
do que 10 % da pressão de ajuste.

9.8.1.4 A válvula de alívio e segurança do tipo convencional pode ser utilizada quando o valor da
contrapressão superimposta for variável e baixa, e exista folga suficiente entre a pressão de operação
e a pressão de reassentamento da válvula. [Prática Recomendada]

NOTA Válvulas de alívio e segurança do tipo convencional podem abrir em uma pressão abaixo da
pressão de ajuste caso a contrapressão superimposta esteja inferior a contrapressão
superimposta variável máxima. A contrapressão superimposta máxima é a pressão que deve
ser considerada no ajuste de sua mola.

9.8.1.5 A válvula de alívio e segurança do tipo balanceada deve ser utilizada quando o valor da
contrapressão superimposta for variável e caso o item 9.8.1.4 não seja aplicado.

9.8.1.6 Recomenda-se utilizar válvula de alívio e segurança do tipo balanceada por fole em serviços
com fluidos corrosivos e viscosos. [Prática Recomendada]

9.8.1.7 Recomenda-se que as válvulas de alívio e segurança do tipo balanceadas não sejam utilizadas
em serviços com fluidos tóxicos. [Prática Recomendada]

9.8.1.8 A válvula de alívio e segurança do tipo piloto operada pode ser utilizada quando previamente
aprovada pela PETROBRAS, especificamente nas seguintes condições: [Prática Recomendada]

a) contrapressões superimpostas variáveis elevadas que impossibilitam o dimensionamento


de válvula balanceada;
b) pressão de operação muito próxima da pressão de ajuste, que pode dificultar o
fechamento completo da válvula após sua abertura;
c) contrapressões desenvolvidas elevadas;
d) alívio em escoamento bifásico.

9.8.1.9 Válvulas piloto operadas do tipo modulante podem ser consideradas em aplicações onde se
deseja menores perdas para atmosfera ou para o sistema de tocha. [Prática Recomendada]

9.8.1.10 Não devem ser utilizadas válvulas piloto operadas para fluidos contendo sólidos em
suspensão e líquidos com elevada viscosidade.

9.8.1.11 Os pilotos das válvulas piloto operadas em serviços com fluidos tóxicos não devem ventar
para a atmosfera.

9.8.1.12 Válvula de alívio e segurança atuada por pino pode ser utilizada nos seguintes casos, desde
que submetidos à PETROBRAS:

a) proteção de sistemas não cobertos pelos códigos ASME e sujeitas a baixas pressões de
ajuste;
b) em redundância a válvulas atuadas por mola protegendo equipamentos cobertos pelos
ASME BPVC Section I e BPVC Section VIII Division 1.

9.8.1.13 Os orifícios das válvulas de alívio e segurança devem ser designados por letras, conforme
API STD 526. As dimensões dos bocais de entrada e saída também devem ser padronizadas conforme
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API STD 526. Para o alívio de pequena quantidade de fluidos, cuja área requerida é muito menor do
que o orifício “D”, são aceitas áreas efetivas e dimensões dos bocais conforme padrão do fabricante.
O fornecimento de válvulas especiais para áreas de orifício maiores do que o orifício “T” deve ser
submetido à PETROBRAS.

9.8.1.14 Para seleção de materiais e classe de pressão dos flanges, os valores de referência para
especificação devem ser a pressão de ajuste e a temperatura de projeto. O API STD 526 deve ser
adotado para seleção dos materiais do corpo, castelo, mola e demais internos. Condições específicas
do fluido de processo, bem como ambientais no caso de alívio para a atmosfera, devem ser
adicionalmente consideradas na seleção dos materiais.

9.8.1.15 O material e os limites de resistência do fole devem estar compatíveis com o fluido de
processo e os limites de pressão e temperatura do lado de descarga da válvula de alívio e segurança,
conforme API STD 526.

9.8.1.16 Para aplicações identificadas como sendo serviço com H2S sujeito a corrosão sob tensão, os
materiais devem atender aos requisitos da NACE MR0103 ou ISO 15156-1, conforme aplicação.

9.8.2 Características Gerais

9.8.2.1 As válvulas de alívio e segurança devem possuir conexões flangeadas. Sempre que a
especificação de tubulação permitir. Conexões roscadas podem ser utilizadas nos seguintes casos:

a) serviços de alívio térmico;


b) com bocal de entrada ≤ 1”.

9.8.2.2 Válvulas de segurança convencionais devem possuir castelo aberto ou fechado nos serviços
de vapor d’água, respeitadas as condições definidas pela ASME BPVC Section I e Section VIII.

9.8.2.3 Válvulas de alívio e segurança convencionais devem possuir castelo fechado para os demais
casos.

9.8.2.4 Válvulas de alívio e segurança balanceadas devem possuir castelo fechado e ventado.

9.8.2.5 O parafuso de ajuste da mola deve ser protegido por um capuz roscado ou flangeado.

9.8.2.6 O projeto de instalação da tubulação a montante e a jusante das válvulas de alívio e segurança
deve estar de acordo com o API STD 520 Part II.

9.8.2.7 Válvulas de alívio e segurança em arranjo redundante devem ser adotadas somente com os
volantes das válvulas de bloqueio a montante intertravados mecanicamente. Alternativamente são
aceitas válvulas de três vias e válvulas com volante trancadas com cadeados ou dispositivo
equivalente, onde o sequenciamento de abertura deve ser realizado por meio de procedimento
operacional. Ambas as válvulas de bloqueio à jusante devem estar sempre travadas abertas.

9.8.2.8 Válvulas de alívio e segurança em arranjo redundante não devem ser projetadas para operar
simultaneamente alinhadas. O excesso de área disponível durante o alívio leva a válvula a operar de
forma instável aumentando o seu desgaste.

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9.8.3 Exigências Técnicas

9.8.3.1 Nos documentos certificados das válvulas de alívio e segurança, deve constar a faixa
admissível de ajuste de pressão da mola. A válvula deve permitir ajustes de ± 5 % em torno do valor
de referência, conforme ASME BPCV Section I e Section VIII Divisions 1, 2 e 3. Valores maiores são
aceitáveis desde que admitidos pelo fabricante.

9.8.3.2 A estanqueidade das válvulas de alívio e segurança devem estar de acordo com o
API STD 527.

9.8.3.3 As válvulas de alívio e segurança devem ser fornecidas com plaquetas de identificação em
AISI 316, fixadas permanentemente no corpo da válvula, com a gravação dos respectivos “tags”,
pressão de ajuste, modelo, fabricante, tipo, diâmetro e classe de pressão das conexões de entrada e
saída, de forma indelével.

9.8.3.4 Todas as válvulas de alívio e segurança instaladas para proteger equipamentos que sejam
projetados segundo o ASME BPVC Section I e BPVC Section VIII Divisions 1, 2 e 3, para caldeiras e
vasos de pressão, devem possuir certificados de capacidade de alívio conforme previsto nestes códigos
ASME.

9.8.4 Acessórios

9.8.4.1 Camisas com aquecimento no corpo da válvula devem ser usadas quando a válvula trabalha
com líquidos solidificáveis à temperatura ambiente.

9.8.4.2 Recomenda-se que o vent do castelo de válvulas balanceadas seja conectado a um tubing e
direcionado para local seguro. [Prática Recomendada]

9.9 Válvulas de Alívio de Pressão e Vácuo

A seleção e o dimensionamento das válvulas de alívio de pressão e vácuo devem seguir a ISO 28300
e devem possuir certificados de capacidade de alívio. Caso sejam instalados dispositivos
"corta chamas" em conjunto com estas válvulas, a ISO 16852 deve ser atendida.

9.10 Discos de Ruptura

9.10.1 Os discos de ruptura devem ser usados em serviços onde não seja possível a utilização de
válvulas de alívio e segurança, e quando previamente submetido à aprovação da PETROBRAS.

9.10.2 É permitido o uso de discos de ruptura em serviços com fluidos corrosivos ou contendo sólidos
em suspensão para possibilitar o isolamento completo da válvula de alívio e segurança do contato com
tais fluidos.

9.10.3 Para o dimensionamento de uma válvula de alívio e segurança com disco de ruptura a
montante, deve ser considerado o efeito de perda de capacidade de alívio devido a existência do disco.

9.10.4 O valor do diferencial de pressão de ruptura do disco deve, no mínimo, levar a ruptura do disco
na pressão de projeto do equipamento, e no máximo na PMTA do equipamento.

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9.10.5 Discos de ruptura do tipo não fragmentáveis devem ser utilizados.

9.10.6 Recomenda-se que os discos de ruptura não sejam utilizados em serviços onde existam
cenários de temperatura de alívio muito diferentes ou contrapressões variáveis. Condições de
temperatura de alívio muito distintas e contrapressões variáveis podem comprometer a pressão de
ruptura. [Prática Recomendada]

9.10.7 O suporte do disco (“disk Holder”) deve fornecido em conjunto com o disco de ruptura. As
conexões do suporte do disco devem ser compatíveis com a especificação da tubulação.

9.10.8 Informações complementares para a seleção, dimensionamento e instalação dos discos de


ruptura devem estar de acordo com a ISO 4126-2, ISO 4126-3 e ISO 4126-6.

9.10.10 Recomenda-se o uso de redundâncias nos discos de ruptura com bloqueios independentes
em instalações onde sua substituição cause grandes impactos a planta. [Prática Recomendada]

9.11 Analisadores de Processo

Para seleção, especificação e instalação de analisadores de processo, devem ser observados os


critérios descritos em documento complementar.

9.12 Sensores de Chama

9.12.1 Sensores de chama devem ser utilizados quando se faz necessária a monitoração da existência
de chama em pilotos e queimadores de equipamentos que operam com fogo.

9.12.2 A aplicação dos sensores de chama deve ser tratada como um projeto único, caso a caso, pois
para ser bem sucedida implica necessariamente, no conhecimento e compatibilização, por parte do
projetista, dos seguintes pontos:

a) projeto mecânico do forno ou caldeira;


b) projeto mecânico dos queimadores e pilotos;
c) projeto térmico dos queimadores: tipos de combustíveis (principal e auxiliares), faixas de
operação dos queimadores, formato e posição da chama;
d) modo de operação e lógica do SIS;
e) especificações técnicas dos sensores de chama.

9.12.3 Devido a suas características de seletividade, sensores com principio de detecção por ionização
de chama, “flame rod”, devem ser aplicados na detecção de chama de pilotos sempre que possível.

9.12.4 Sensores por ionização de chama requerem que seja garantido o isolamento elétrico entre seu
eletrodo e a estrutura metálica do forno ou caldeira.

9.12.5 Nos casos onde o sensor por ionização de chama não seja aplicável, sensor tipo ultravioleta
e/ou infravermelho deve ser utilizado.

9.12.6 Na aplicação de sensores tipo ultravioleta e/ou infravermelho onde seja requerido um sensor
para cada queimador, cuidados devem ser tomados quanto ao posicionamento do sensor de modo
garantir seletividade adequada, procurando minimizar a interferência mútua entre queimadores ou
pilotos.
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9.12.7 Os sensores de chama do tipo ultravioleta e/ou infravermelho devem possuir auto teste
eletrônico para garantia do perfeito funcionamento do sensor.

9.13 Detectores de Fogo e Gás

9.13.1 Geral

9.13.1.1 Detectores devem possuir grau de proteção mínima IP-44 quando em instalações abrigadas.

9.13.1.2 Devem ser alimentados somente em 24 VDC.

9.13.1.3 Detectores de gases devem ser do tipo microprocessado, com capacidade de parametrização
e diagnóstico à distância.

9.13.1.4 Os sinais de saída dos detectores de gás devem ser lineares no padrão 4-20 mA e
diretamente proporcionais às concentrações do gás monitorado.

9.13.2 Detectores de Gases

9.13.2.1 Detectores de Hidrocarbonetos

9.13.2.1.1 Devem possuir princípio de detecção por absorção de radiação infravermelha com dupla
compensação e sensíveis a detecção de gases e vapores de hidrocarbonetos em largo espectro. Os
componentes ópticos devem ser aquecidos e monitorados com o intuito de eliminar acúmulo de
condensação.

9.13.2.1.2 Devem ser especificados e calibrados para um especifico gás ou vapor de hidrocarboneto,
e serem capazes de monitorar continuamente na faixa de concentração de 0 % a 100 % do LIE.

9.13.2.1.3 Devem possuir recursos de rotina de calibração em campo com gás padrão.

9.13.2.2 Detectores de Hidrogênio (H2)

9.13.2.2.1 Devem possuir sensores tipo célula catalítica.

9.13.2.2.2 Devem ser especificados para atender a faixa de medição especificada pelo projeto de
segurança.

9.13.2.2.3 Devem possuir recursos de rotina de calibração em campo com gás padrão.

9.13.2.3 Detectores de Gases Tóxicos - Gás Sulfídrico (H2S), Cloro (Cl2), Amônia (NH3) e outros

9.13.2.3.1 Devem possuir sensores tipo célula eletroquímica ou estado sólido (semicondutor).

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9.13.2.3.2 Os sensores ou células devem ser do tipo “plug-in” para fácil substituição em campo.

9.13.3 Detectores de Fogo

9.13.3.1 Detectores de Fumaça

9.13.3.1.1 Detectores de fumaça prescritos nesta Norma são aplicáveis apenas em ambientes
fechados, em áreas não classificadas, tais como sala da de painéis, subestações, salas de controle ou
abrigo de analisadores de processo ("shelters"), independentemente da sua estratégia de ventilação
ou refrigeração.

9.13.3.1.2 Devem atender a ISO 7240-7, utilizando como princípio de detecção óptica. Não é permitida
a utilização de detectores iônicos com fonte emissora de material radioativo.

9.13.3.1.3 Devem ser interligados a uma unidade de monitoramento, dedicada para estes detectores
exclusivamente, que execute todas as funcionalidades definidas na ISO 7240-2.

9.13.3.1.4 Devem ser do tipo endereçáveis e integrados em rede supervisionada, circuito classe A,
segundo a ABNT NBR 17240.

9.13.3.1.5 Devem estar integrados a uma unidade de monitoramento de fumaça (central) que disponha
todas as funções definidas na ISO 7240-2.

9.13.3.1.6 A unidade de monitoramento de fumaça, por sua vez, deve estar integrada ao sistema de
supervisão por intermédio de comunicação digital.

9.13.3.2 Detectores de Chama

Devem atender a ISO 7240-10, utilizando o princípio de detecção tipo triplo IR ou UV/IR, dependendo
da chama do fluido considerado.

9.13.3.3 Detectores de Calor

Devem atender a ISO 7240-5.

9.13.3.4 Acionadores Manuais de Alarme de Fogo

Devem atender a ISO 7240-11.

10 Especificação de Cabos para Instrumentação

10.1 Cabos Elétricos de Instrumentação para Uso em Instalações Terrestres

10.1.1 Geral

10.1.1.1 Os cabos múltiplos (múltiplos pares, ternas ou quadras) devem ser limitados a, no máximo,
24 pares, 16 ternas e 12 quadras.

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10.1.1.2 Todos os cabos devem ser compactos e possuir acabamento cilíndrico regular quando
utilizados com prensa-cabos.

10.1.1.3 Os cabos devem ser para uso em instalações fixas e para tensão de isolamento
150/250 V (Uo/U) ou 300 V (Um), conforme ABNT NBR 10300.

10.1.1.4 Quando requerido cabos resistentes a fogo, os mesmos devem ser especificados para
atender aos requisitos de teste da IEC 60331-1 e IEC 60331-11.

10.1.1.5 Os cabos utilizados em áreas classificadas devem atender aos requisitos de instalação da
ABNT NBR IEC 60079-14.

10.1.1.6 Os cabos e/ou prensa-cabos utilizados em áreas classificadas devem ser especificados de
forma a reduzir os efeitos da característica de escoamento a frio dos cabos (“cold-flow”), conforme
ABNT NBR IEC 60079-14.

10.1.1.7 Todos os pares, ternas e quadras devem ser trançados.

10.1.2 Cabos para Sinais Analógicos, Discretos, de Termopar, Segurança Intrínseca e Especiais

10.1.2.1 Os cabos devem ser do tipo não armados.

10.1.2.2 Os condutores nos cabos singelos (par, terna ou quadra) devem possuir seção nominal
mínima de 1,0 mm2.

10.1.2.3 Os condutores nos cabos múltiplos devem possuir seção nominal mínima de 0,5 mm2.

10.1.2.4 Os cabos singelos devem possuir blindagem com fita de poliéster aluminizada com condutor
de dreno conforme ABNT NBR 10300.

10.1.2.5 Os cabos múltiplos de sinais analógicos, de termopar, segurança intrínseca e especiais


devem possuir blindagem individual com fita de poliéster aluminizada com condutor de dreno para cada
par (terna ou quadra, quando aplicável) e uma blindagem geral com fita de poliéster aluminizada com
condutor de dreno conforme ABNT NBR 10300.

10.1.2.6 Os cabos múltiplos para sinais discretos não requerem blindagem individual e devem possuir
somente uma blindagem geral com fita de poliéster aluminizada com condutor de dreno conforme ABNT
NBR 10300.

10.1.2.7 Cabos para Sinais Analógicos e Discretos

10.1.2.7.1 Esses cabos aplicam-se para sinais analógicos (4-20 mA e RTD) e sinais discretos.

10.1.2.7.2 A especificação dos cabos deve atender a ABNT NBR 10300, considerando os seguintes
aspectos:

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a) É necessário avaliar a queda de tensão admissível nos instrumentos e dispositivos (ex:


solenóides, relés, instrumentos alimentados a 4 fios, etc), validando a seção nominal dos
cabos e multicabos. Seções nominais maiores devem ser consideradas caso o
funcionamento do instrumento seja comprometido;
b) a isolação dos condutores deve ser, em ordem de preferência, PVC/EB e PVC/A, conforme
ABNT NBR 10300, a menos que especificado em contrário ou as condições ambientais
onde o cabo seja instalado exija outro material; este material deve estar previsto na ABNT
NBR 10300;
c) a cobertura dos cabos deve ser, em ordem de preferência, ST2 e ST1, conforme
ABNT NBR 10300, a menos que especificado em contrário ou as condições ambientais
onde o mesmo deve ser instalado exija outro material;
d) a cor da cobertura do cabo deve ser preta ou cinza, definida em documento complementar.

10.1.2.7.3 Os condutores devem ser identificados por cores conforme ABNT NBR 10300.

10.1.2.8 Cabos para Sinais de Termopar

A especificação dos cabos deve atender a IEC 60584-3, considerando os seguintes requisitos:

a) a isolação dos condutores deve ser, em ordem de preferência, PVC/EB e PVC/A, conforme
ABNT NBR 10300, a menos que especificado em contrário ou as condições ambientais
onde o cabo seja instalado exija outro material; este material deve estar previsto na
ABNT NBR 10300;
b) a cobertura dos cabos deve ser, em ordem de preferência, ST2 e ST1, conforme
ABNT NBR 10300, a menos que especificado em contrário ou as condições ambientais
onde o mesmo deve ser instalado exija outro material;
c) a cor da cobertura, assim como a identificação dos condutores dos cabos, devem ser
conforme a IEC 60584-3.

NOTA As plantas existentes podem seguir a especificação padrão de cabos original da unidade de
forma a evitar impacto para a manutenção.

10.1.2.9 Cabos para Sinais de Segurança Intrínseca

Os cabos para sinais de segurança intrínseca devem atender a ABNT NBR IEC 60079-25 e a
ABNT NBR IEC 60079-14, considerando os seguintes requisitos:

a) a isolação dos condutores deve ser em polietileno, conforme ABNT NBR 10300, a menos
que as condições ambientais onde o cabo seja instalado e/ou os parâmetros de
capacitância e indutância para o atendimento ao circuito de segurança intrínseca exija
outro material; este material deve estar previsto na ABNT NBR 10300;
b) a cobertura dos cabos deve ser em ST1, conforme ABNT NBR 10300, a menos que as
condições ambientais onde o mesmo deve ser instalado exija outro material;
c) a cor da cobertura do cabo deve ser azul;
d) a capacitância e a indutância por unidade de comprimento deve ser considerada para
atendimento aos requisitos de instalação do circuito elétrico conforme
ABNT NBR IEC 60079-14.

10.1.2.10 Cabos para Sinais Especiais

Os cabos para sinais de sensores de vibração (sinais de tensão em frequência) e sinais de sensores
de velocidade (sinais de pulso), em máquinas ou motores devem seguir as recomendações dos
fabricantes considerando os seguintes requisitos:

a) a isolação dos condutores deve ser em polietileno, conforme ABNT NBR 10300, a menos
que as condições ambientais onde o cabo seja instalado e/ou a capacitância do cabo, para
o atendimento aos requisitos de fidelidade do sinal de medição exija outro material; este
material deve estar previsto na ABNT NBR 10300;

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b) a cobertura dos cabos deve ser em ST1, conforme ABNT NBR 10300, a menos que as
condições ambientais onde o mesmo deve ser instalado exija outro material;
c) os cabos devem possuir uma capacitância menor que 100 pF/m @ 1 kHz, para o par, e
300 pF/m @ 1 kHz para as ternas;
d) para os sinais de vibração, em distâncias superiores a 600 m deve ser especificada a
capacitância máxima do cabo em função das características do sinal, visando uma
atenuação máxima de 1 dB na frequência máxima da medição, frequência esta que deve
corresponder a 8 vezes a rotação nominal da máquina.

10.1.2.11 Na especificação dos cabos deve ser exigido que o fornecedor de cabos comprove suas
características construtivas e de desempenho incluindo, no mínimo, os ensaios descritos na
ABNT NBR 10300, por meio de documento emitido por entidade reconhecida nacional ou
internacionalmente.

10.1.3 Cabos para Comunicação Serial e Redes

10.1.3.1 O material de isolação dos condutores deve ser em polietileno.

10.1.3.2 A capa externa dos cabos deve ser em PVC (cloreto de polivinila). Os cabos de sinais padrão
“Foundation Fieldbus” devem resistir a temperaturas de até 105 °C.

10.1.3.3 A blindagem deve ser com 100 % de cobertura por fita de poliéster aluminizada.

10.1.3.4 Cabos RS-485 Utilizando Protocolo “ModBus”

Os cabos devem seguir as recomendações dos fabricantes dos equipamentos envolvidos atendendo,
no mínimo, aos seguintes requisitos:

a) condutores flexíveis em sete fios de cobre eletrolítico com bitola mínima de 0,3 mm2
(22 AWG);
b) par trançado;
c) impedância característica de 120 Ω;
d) capacitância entre os condutores @ 1 kHz de, no máximo, 42 pF/m;
e) blindagem adicional com, no mínimo, 65 % de cobertura por trança de fios em cobre
estanhado sobreposta à fita;
f) fio dreno entre a fita e a trança.

10.1.3.5 Cabos para Foundation FieldBus

Os cabos devem ser do tipo “A”, homologados pela Fieldbus Foundation e conforme IEC 61158-2, com
os seguintes requisitos adicionais:

a) cabos de tronco ("trunk") devem ser em 1,3 mm2 (16 AWG);


b) cabos das ramificações ("spurs") devem ser em 0,8 mm2 (18 AWG);

10.1.3.6 Cabos RS-485 Utilizando Protocolo ProfiBus/DP

Os cabos devem ser do tipo “A”, homologados pela Profibus PI e conforme IEC 61158-2, com os
seguintes requisitos adicionais:

a) condutores de cobre eletrolítico rígido com bitola de 0,3 mm2 (22 AWG);
b) blindagem adicional com, no mínimo, 65 % de cobertura por trança de fios em cobre
estanhado sobreposta à fita aluminizada.
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10.2 Cabos Elétricos de Instrumentação para Uso em Instalações Marítimas

10.2.1 Condições de Serviço

10.2.1.1 Os cabos devem ser adequados para a instalação em bandejas, leitos ou calhas para cabos,
em áreas expostas à atmosfera marítima, sujeito à chuva, borrifos de hidrocarbonetos líquidos e
exposição ao sol.

10.2.1.2 Os cabos e multicabos devem ser armados quando:

a) atravessam ou estão contidos em áreas classificadas do tipo Zona 0 ou Zona 1;


b) estão associados a circuitos de segurança intrínseca (Ex i);
c) estão envolvidos na energização dos dispositivos que acionam a abertura e fechamento
de válvulas BDVs, assim como de outros circuitos previstos no projeto envolvidos no
escalonamento da abertura das BDVs;

10.2.1.3 Os cabos e multicabos totalmente contidos em áreas abrigadas e não classificadas (salas de
controle, áreas de acomodação etc.), assim como em áreas classificadas do tipo Zona 2 não devem
ser armados. Cabos armados para áreas classificadas do tipo Zona 2, caso requeridos, devem ser
definidos em documento complementar.

10.2.1.4 A identificação dos cabos devem ser conforme a IEC 60092-376.

10.2.2 Características Construtivas

10.2.2.1 Todos os cabos devem ser do tipo naval, retardantes as chamas e com tensão de isolamento
mínima de acordo com a IEC 60092-376.

10.2.2.2 Cabos para circuitos de segurança intrínseca devem seguir o exposto na IEC 60079-14.

10.2.2.3 Todos os materiais devem ser livres de halogênio (halogen free) e baixa emissão de fumaça
(low smoke). Adicionalmente devem ser retardantes à chama e, quando especificado, resistentes ao
fogo.

10.2.2.4 Os cabos e multicabos armados deve possuir trança de fios de aço galvanizado e devem ser
conforme IEC 60092-350, para material e densidade de cobertura. Devem ser adicionalmente flexíveis,
livres de imperfeições na galvanização e sem descontinuidades.

10.2.2.5 Todos os cabos devem permitir curvaturas com um raio mínimo de oito vezes seu diâmetro
externo.

10.2.2.6 O condutor deve ser constituído de sete fios de cobre mole, estanhados em todo o seu
comprimento, e encordoados com classe de encordoamento 2.

10.2.2.7 Os multicabos devem ser exclusivamente compostos por pares ou ternas ou quadras
trançados, não podendo abrigar tipos diferentes de unidades.

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10.2.2.8 Cabos e multicabos devem possuir blindagens eletrostáticas cobrindo cada unidade (par,
terna ou quadra) e feita por uma fita de alumínio/poliéster que deve ter de 0,065 mm a 0,1 mm de
espessura, aplicada de forma helicoidal com sobreposição de 25% e com um condutor de dreno em
cobre estanhado e encordoado.

10.2.2.9 Multicabos para sinais analógicos e discretos devem ter blindagem eletrostática geral
envolvendo todo o conjunto. Cada blindagem eletrostática deve ter um condutor de dreno dedicado.

10.2.2.10 Os cabos devem ser providos com um enchimento entre o feixe de pares/ternas/quadras e
a blindagem eletrostática geral, para assegurar a circularidade da seção reta do cabo ao longo de todo
o seu comprimento. O enchimento deve ser de material que retarde chamas, não halogenado.

10.2.2.11 Para os cabos armados, deve haver uma capa externa sobre a armação metálica, fabricada
em material não halogenado termofixo. Deve ser assegurado que não haja nenhuma aderência entre
a armação metálica e o material da capa externa.

10.2.2.12 A utilização de prensa cabos para cabos armados deve ser conforme IEC 61892-6.

10.2.2.13 Deve ser calculada a queda de tensão nos cabos de interligação para todos os consumidores
de forma que a tensão mínima requerida seja garantida no instrumento ou equipamento, e cabos de
maior seção devem ser utilizados quando necessários para garantir esta tensão mínima (ex. sinais de
saída lógica de intertravamento como válvulas solenoides, instrumentos a 4 fios, solenoides de disparo
de combate a incêndio por inundação de CO2, emissores de detectores de gás do tipo visada, etc.). As
seções nominais mínimas a serem utilizadas, mesmo que o dimensionamento mencionado
anteriormente comporte seções inferiores, são:

a) 1 mm² para sinais analógicos, chaves de fim de curso, sinais discretos de status entre
paneis sem envio de força ou alimentação e sinais de comando para ligar ou desligar
gavetas elétricas;
b) 1,5 mm² para acionamento de solenoides e alarmes sonoros;
c) 2,5 mm² para acionamento de solenoides de disparo de CO2, alarmes sonoros e visuais
motorizados e alarmes visuais baseados em lâmpadas incandescentes.

10.2.3 Os cabos devem ser testados conforme IEC 60092-376 com apresentação de relatório completo
e certificação de homologação pela Entidade Certificadora.

10.3 Cabos Ópticos de Instrumentação para Uso em Instalações Terrestres e/ou Marítimas

Os cabos ópticos devem ser especificados em documento adicional, baseados na IEC 60794-1-1 e nas
recomendações dos fabricantes dos equipamentos envolvidos.

11 Instrumentação sem fio (Wireless)

11.1 Redes de instrumentação industrial sem fio (wireless) deverão ser utilizadas unicamente para
trânsito de dados em caráter não crítico. A perda de informações que trafegam sobre esta rede não
deverá impactar na segurança e na continuidade operacional da planta.

11.2 Variáveis de processo medidas e transmitidas por instrumentação industrial sem fio não deverão
ser utilizadas em malhas de segurança, malhas de controle, automatismos (intertravamentos não
relacionados à segurança) e anunciação de alarmes de prioridade alta e crítica, assim como aqueles
cuja resposta do operador façam parte de camadas de proteção independentes, conforme
N-2782.
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11.3 A utilização para anunciação de alarmes de prioridades baixa e média deve se limitar a situações
específicas onde a construção de uma infraestrutura cabeada seja complexa e economicamente não
justificável.

11.4 O critério de priorização do alarme deve atender a metodologia da N-2900.

11.5 A monitoração de um ativo industrial com o objetivo de análise de desempenho e eficiência da


planta, diagnóstico de equipamentos e processos, inspeção de instalações e otimização do processo
são as aplicações mais adequadas para esta tecnologia, cujo intervalo de atualização da variável de
processo pode ser maior do que o adotado para fins operacionais.

11.6 Aplicações temporárias ou em situação de contingência devem ser previamente aprovadas pela
Petrobras.

11.7 Recomenda-se que os instrumentos e dispositivos alimentados por bateria sejam configurados
para terem um valor adequado para o período de atualização da variável de processo de modo que a
substituição da bateria seja realizada no máximo 1 vez a cada 5 anos, reduzindo os custos de
manutenção. [Prática Recomendada]

11.8 Os locais de instalação de instrumentos sem fio com bateria não devem ser próximos a
equipamentos e tubulações aquecidas, uma vez que a vida útil da bateria é comprometida pelo nível
da temperatura de operação da mesma.

11.9 Para instrumentos e dispositivos com maior consumo de energia cuja alimentação é cabeada ou
baseadas em fontes de energia renováveis, como solar ou eólica, admitem-se períodos de atualização
da variável de processo menores, respeitados os requisitos anteriores.

11.10 Para permitir a flexibilidade na instalação, os dispositivos de campo deverão possuir


mecanismos que permitam realizar o redirecionamento e posterior bloqueio das antenas em uma nova
direção. Este mecanismo tem o objetivo de permitir que as antenas estejam sempre direcionadas
verticalmente.

11.11 Para enlaces de longa distância, devem ser previstas antenas de alto ganho e pequena largura
de feixe.

11.12 Todos os instrumentos sem fio devem ser compatíveis com a classificação de área onde serão
instalados. Os módulos de baterias devem possuir invólucros capazes de permitir a sua substituição
em campo mesmo em áreas classificadas.

11.13 Recomenda-se que a rede seja configurada de modo que existam caminhos alternativos para o
sinal entre o instrumento de campo e o gateway. [Prática recomendada]

11.14 Gargalos no encaminhamento do sinal entre os instrumentos e o gateway devem ser evitados
através do uso adequado de redundâncias em repetidores.

11.15 A rede sem fio deve apresentar mecanismos que minimizem os efeitos de ruídos e interferências
eletromagnéticas oriundos de outros equipamentos elétricos e sistemas de comunicação. Ela deverá
ser capaz de realizar o bloqueio automático ou manual de seus canais ("Channel Black Listing"). Isto

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significa que determinados canais de frequência não serão utilizados para a comunicação sem fio onde
exista a presença de interferência eletromagnética permanente. A rede também deve ser capaz de
realizar saltos de canais ("Channel Hopping") entre transmissões consecutivas em um mesmo enlace
de comunicação, protegendo-se assim contra interferências eletromagnéticas intermitentes.

11.16 A rede sem fio deve apresentar mecanismos de autenticação de dispositivos que impeçam que
elementos estranhos se conectem a mesma. Também deve apresentar mecanismos de autenticação
de mensagens que protejam a rede contra mensagens falsas. Para impedir que estranhos capturem
as informações que trafegam pela rede, estas devem ser protegidas por criptografia.

11.17 Toda rede de instrumentação sem fio deverá ser monitorada em termos de intensidade do sinal
de recepção e latência, bem como nível da bateria dos instrumentos. O status do instrumento (por
exemplo: desconectado, conectado sem publicação e conectado publicando) também deverá ser
informado. Para a garantia de desempenho da rede sem fio, deverá sempre ser realizado o
procedimento de site survey.

11.18 Todos os dispositivos da rede de instrumentação industrial sem fio deverão possuir certificado
de conformidade com respeito ao uso do espectro de radiofrequência. Para tal, deverão possuir
Certificado de Conformidade, emitido pela ANATEL ou por Organismo de Certificação Designado
(OCD) pela mesma, e respectivo Certificado de Homologação.

12 Especificação de Painéis de Instrumentação e Automação

12.1 Requisitos Construtivos

12.1.1 Recomenda-se que as colunas dos painéis de instrumentação e automação sejam do tipo
autossuportada e possuam, na parte superior, olhais de içamento. Além disto, recomenda-se que sejam
adequadas para fixação pela base por meio de solda ou chumbadores de expansão. [Prática
Recomendada]

12.1.2 O grau de proteção do painel deve seguir a Tabela 4, conforme ABNT NBR IEC 60529, caso
não especificado em documento complementar.

Tabela 4 - Grau de Proteção

Instalação Terrestre Marítima

Abrigada IP31 IP32


Ao tempo IP55 IP56
NOTA 1 Em função de requisitos de classificação de área, graus de proteção mais restritivos
devem ser especificados em documento complementar.
NOTA 2 Para os casos de painéis instalados em ambientes abrigados, grau de proteção superior
quanto à penetração de objetos sólidos ou poeira (primeiro numeral característico) deve
ser definido em documento complementar.
NOTA 3 Para os casos de painéis instalados ao tempo estes devem ser ainda adequados para
operação em temperatura ambiente e umidade elevadas ou com presença de agentes
corrosivos, onde aplicável.
NOTA 4 Para os casos de painéis instalados ao tempo em atmosfera salina além dos requisitos
apresentados na Nota 3, deve-se selecionar um material adequado a este ambiente.

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12.1.3 O dimensionamento do sistema de ventilação/exaustão para o interior dos painéis que encerram
componentes com dissipação térmica deve seguir o método de cálculo previsto na
IEC TR 60890 de forma que os limites superiores de temperatura operacional para os componentes
internos não sejam ultrapassados sob condições normais de operação.

12.1.4 O arranjo interno dos componentes do painel deve obedecer às especificações quanto a
distanciamento mínimo, acessibilidade para operação/manutenção, segregação/sinalização visual e
compatibilidade eletromagnética entre componentes.

12.1.5 Todas as partes metálicas expostas com níveis de tensão superiores àqueles especificados na
NR-10 como de extra baixa tensão, devem ser protegidas contra contato direto acidental, bem como
devidamente segregadas dos demais circuitos e também sinalizadas sobre o risco de choque elétrico.

12.1.6 Para painéis fabricados em aço carbono, a cor final de acabamento deve estar de acordo com
o especificado em documento complementar. Quando não especificada, recomenda-se utilizar a cor
branca correspondente ao código Munsell N 9.5 ou cinza claro correspondente ao código
Munsell N 6,5. [Prática Recomendada]

12.1.7 As entradas e saídas do painel devem ser feitas por meio de flanges removíveis na parte
superior ou inferior do painel. O acesso deve ser pelo flange inferior obrigatoriamente para painéis não
abrigados e preferencialmente para os abrigados. O acesso pelo flange superior somente pode ser
realizado quando submetido à PETROBRAS. Os cantos dos flanges devem ser arredondados e sem
partes cortantes, bem como serem dotados de vedação adequada ao grau de proteção estabelecido
para o painel.

12.1.8 Devem ser previstos dispositivos para fixação e suporte dos cabos de entrada e saída, de forma
a evitar esforços sobre os terminais, barramentos e isoladores. Esses dispositivos devem ser em
material não magnético, de forma a evitar a circulação de correntes induzidas.

12.1.9 Cada coluna do painel de controle/automação e rearranjo deve possuir, de acordo com os
componentes internos, as seguintes barras de aterramentos, as quais devem ser permanentemente
identificadas através de plaquetas de identificação:

a) Terra de Proteção (TP): para aterramento do corpo metálico do painel e dos invólucros
dos equipamentos eletrônicos instalados internamente ao painel;
b) Terra de equipamentos Eletrônicos (TE): para referência dos equipamentos eletrônicos
alimentados em corrente contínua e interligação das blindagens dos cabos de sinais. Deve
ser isolada das outras barras de aterramento;
c) Terra de Segurança Intrínseca (TSI): para referência dos equipamentos eletrônicos
alimentados em corrente contínua e interligação das blindagens dos cabos de sinais,
ambos intrinsecamente seguros. Deve ser isolada das outras barras de aterramento.

12.2 Requisitos de Interligação Interna dos Componentes

12.2.1 Para os cabos de campo com blindagem individual, esta deve ser mantida em todo o percurso
no interior do painel até o ponto de interligação, junto às réguas de sinais de campo.

12.2.2 As blindagens devem ser interligadas às réguas de sinais de campo através de bornes
exclusivos. Estes bornes devem ser interligados à barra de aterramento correspondente, TE ou TSI.

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12.2.3 Deve ser garantida a continuidade elétrica em todo corpo metálico constituinte do gabinete do
painel, o qual deve ser interligado ao barramento de TP. As portas e/ou demais partes móveis do painel
devem ser conectadas eletricamente ao resto do gabinete através de cordoalha metálica flexível.

12.2.4 Os trilhos que possuem funcionalidade de aterramento de componentes e dispositivos devem


estar eletricamente conectados até a barra de terra correspondente e isolados da placa de montagem
do painel.

12.2.5 Em circuitos intrinsecamente seguros, a blindagem coletiva dos multicabos dos sinais deve ser
conectada à barra de aterramento de segurança intrínseca do painel de controle/automação ou
rearranjo correspondente através de bornes exclusivos. Já as blindagens individuais devem ser
conectadas diretamente ao respectivo dispositivo barreira e este, por sua vez, conectado à barra de
aterramento de segurança intrínseca.

12.2.6 Todos os bornes devem ser de aperto indireto, ou seja, não é permitido o contato físico direto
entre o parafuso de aperto e o cabo. Os cabos devem possuir conectores adequados para conexão
aos bornes.

12.2.7 Todas as colunas devem ser dotadas de conectores adequados para cabos de cobre de seção
nominal 50 mm2 a 70 mm2 para a ligação das partes da estrutura à malha de aterramento.

12.2.8 Recomenda-se considerar um percentual de 20 % como “reserva instalada” (componentes


instalados e interligados) e 10 % como “reserva não instalada” (espaço disponível para instalação de
novos componentes). [Prática Recomendada]

12.2.9 As fiações CA e CC devem ser dispostas em canaletas separadas e seguir rotas independentes
no interior do painel. Caso o cruzamento entre as fiações CA e CC seja inevitável, que o mesmo ocorra
em trechos curtos e em ângulos retos, preferencialmente.

12.2.10 Devem ser utilizados dispositivos de proteção de surto nas entradas dos circuitos de
alimentação em CA e CC.

12.3 Requisitos para os Componentes Internos

12.3.1 Cada coluna deve possuir iluminação interna por meio de lâmpadas do tipo LED na cor branca,
em 127 Vca, acionadas por chaves-limites nas portas frontal e/ou traseira, conforme a configuração.
Também deve possuir tomada para manutenção em 127 Vca. Ambas as cargas são alimentadas por
fonte CA externa ao painel.

12.3.2 Critérios adicionais para os componentes internos do painel devem ser incluídos em
documentos complementares, conforme os requisitos específicos de projeto.

13 Especificação da Instrumentação em Unidades Pacotes

13.1 Para cada unidade pacote deve ser elaborada uma especificação técnica definindo os critérios
específicos de projeto de instrumentação e automação requeridas para o fornecimento da mesma.

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13.2 São considerados como essenciais, a serem incluídos na especificação técnica, pelo menos os
seguintes requisitos:

a) critérios de identificação dos instrumentos e equipamentos;


b) definição do fornecimento dos sistemas de alimentação elétrica para os instrumentos e
equipamentos;
c) definição das características dos sinais de interface do sistema de controle da unidade
pacote com os sistemas de controle da planta (exemplos: interface com o SDCD ou
SCADA; interface com o centro de controle de motores; critérios de segregação de sinais
etc.);
d) lista de subfornecedores aceitáveis para cada tipo de instrumento e os principais
equipamentos (CP, monitor de vibração etc.);
e) atendimento a normas internacionais ou nacionais aplicáveis aos instrumentos e
equipamentos sendo fornecidos na unidade pacote;
f) atendimento às NRs.

13.3 Deve ser claramente definido na RM ou em memoriais descritivos o limite de responsabilidade na


interface de instrumentação para cada unidade pacote, devendo no mínimo constar as seguintes
definições:

a) limites de responsabilidade na interface da instrumentação fornecida montada em “skid”


com os demais sistemas externos ao mesmo;
b) a definição da responsabilidade para os instrumentos e/ou equipamentos fornecidos soltos
(“shipped loosed”);
c) serviços de assistência técnica a integração, condicionamento e partida da unidade
pacote.

14 Projeto de Instalação de Instrumentos

14.1 Geral

14.1.1 O projeto de instalação dos instrumentos ao processo deve seguir as recomendações da


PETROBRAS N-2791, do API RP 551, os requisitos específicos desta Norma e as recomendações dos
fabricantes.

14.1.2 O instrumento deve ser suportado por pedestal dedicado a aplicação, por linha de processo
associada ou pela própria tomada de impulso (exemplo: selo integral ou monoflange).

14.1.3 Os instrumentos, posicionadores de válvulas e seu respectivo cabeamento devem ser


instalados afastados de equipamentos aquecidos, de modo que sua durabilidade seja garantida.

14.1.4 Nos casos de conflito entre as referências citadas e os requisitos desta Norma, prevalecem os
requisitos aqui descritos.

14.1.5 As tomadas para instrumentos devem estar de acordo com o Anexo D.

14.1.6 Conexões dos instrumentos do SIS ao processo devem obedecer aos critérios de segregação
descritos na PETROBRAS N-2595.

14.1.7 Conexões ao processo de instrumentos não relacionados ao SIS podem ser compartilhadas,
desde que respeitados os limites de integridade mecânica de bocais e tomadas. [Prática
Recomendada]
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14.1.8 Tomadas de pressão e pressão diferencial devem ser aquecidas e isoladas termicamente para
medição de pressão, vazão e nível em líquidos com ponto de fluidez superior a temperatura ambiente
e fluidos com tendência a cristalização. Exceções devem ser submetidas a aprovação da
PETROBRAS.

14.1.9 Tomadas de pressão e pressão diferencial devem ser previstas com possibilidade de purga
para medição de pressão, vazão e nível de fluidos polimerizáveis, com presença de particulados ou
sólidos em suspensão. O uso de purga contínua deverá ser definido em função da frequência provável
ou observável de obstrução das tomadas. O fluido de purga deve ser compatível com o fluido de
processo.

14.1.10 Linhas de impulso devem ser suportadas em intervalos de acordo com o descrito na N-115,
de modo a reduzir sua vibração e aumento de sua resistência.

14.2 Acessibilidade

14.2.1 As válvulas de controle e o seu respectivo contorno ("by-pass") devem ser instaladas,
preferencialmente, junto ao piso. Se instaladas em locais elevados, a acessibilidade deve ser obtida
através de piso ou plataforma.

14.2.2 Todos os instrumentos devem possuir espaços ao redor que permitam a operação e a retirada
dos mesmos, incluindo seus respectivos acessórios.

14.2.3 A locação de qualquer instrumento deve ser tal que não impeça o acesso a outros instrumentos
ou equipamentos.

14.2.4 Quando for prevista indicação local para a operação manual de válvula de controle, ou contorno
(“by-pass”), o indicador deve ser posicionado de forma a permitir a leitura a partir da respectiva válvula.

14.3 Alimentação Pneumática de Instrumentos

Devem ser previstas válvulas de bloqueio e filtro regulador individual para cada instrumento
pneumático.

14.4 Instalação de Instrumentos de Temperatura

A instalação dos poços dos instrumentos de temperatura deve ser conforme Anexo A.

14.5 Instalação de Instrumentos de Pressão e Pressão Diferencial

14.5.1 No caso do uso de selo diafragma, com produtos solidificantes ou sólidos em suspensão, a
válvula de bloqueio deve ser uma válvula de passagem plena de mesmo diâmetro que a tomada de
processo.

14.5.2 Os transmissores de pressão diferencial para medição de gás e vapor em torres e reatores
devem ser instalados acima de ambas as tomadas de pressão e com as linhas de impulso
encaminhadas com caimento de modo a drenar para o equipamento eventual presença de condensado.

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14.6 Instalação de Instrumentos de Vazão

14.6.1 Na medição de vazão para fins de metrologia legal devem ser seguidas as recomendações de
instalação das normas citadas em 9.4.1.5.

14.6.2 Na medição de vazão de gás com compensação de pressão e temperatura devem ser seguidas
as recomendações da ABNT NBR ISO 5167-1.

14.6.3 A necessidade de válvulas de bloqueio e “by-pass” na linha de processo deve ser determinada
pela aplicação. Os comprimentos de trechos retos requeridos para os medidores devem ser obedecidos
quando do uso de válvulas de bloqueio. As instalações com “by-pass” devem ser auto drenáveis, e as
válvulas de “by-pass” devem possuir estanqueidade total de modo a evitar erros de medição.

14.6.4 Para todos os elementos primários e instrumentos de vazão deve-se respeitar as


recomendações dos fabricantes no que se referem a comprimentos de trechos retos, montagem,
orientação e suportação.

14.6.5 Os retificadores de fluxo (“straightening vanes”) somente devem ser usados quando houver
dificuldade de atendimento de trechos retos a montante das placas.

14.6.6 Para a medição de gás e vapor, recomenda-se que os transmissores de pressão diferencial
sejam instalados acima das tomadas de pressão e com as linhas de impulso encaminhadas com
caimento de modo a drenar para a tubulação eventual formação de condensado. [Prática
Recomendada]

14.6.7 Para a medição de líquidos viscosos, líquidos com ponto de fluidez superior a temperatura
ambiente, vapor d’água, bem como outros serviços descritos no Anexo E, as linhas de impulso devem
ser seladas com fluido compatível ao processo. Os fluidos de selagem recomendados estão descritos
no Anexo E.

14.6.8 Nos medidores tipo “coriolis” a orientação do sensor deve seguir as recomendações do
fabricante, levando em conta a aplicação e a possibilidade de retenção de sedimentos, gases e
obstrução que podem afetar o desempenho do medidor.

14.7 Instalação de Instrumentos de Nível

14.7.1 As conexões para instrumentos de nível devem ser feitas diretamente nos equipamentos de
processo e não em trechos de tubulações interligadas ao mesmo.

14.7.2 Os bocais dos instrumentos de nível em um mesmo serviço, que fazem a função de controle e
intertravamento, devem ser previstos na mesma cota.

14.7.3 A conexão inferior não deve ser locada no fundo do equipamento, especialmente quando se
tratar de fluidos sujos.

14.7.4 Devem ser evitados os locais próximos a regiões de turbulência líquida para posicionamento
das tomadas, assim como nas tubulações de saída de líquido do equipamento.

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14.7.5 Em vasos de processo que operam com agitadores, misturadores, fluido sujeito a
borbulhamento ou necessidade de estabilização da emulsão recomenda-se o uso de tubo acalmador
interno ou externo (“stand pipe” ou garrafa de medição). [Prática Recomendada]

14.7.6 O arranjo de tomadas em “stand pipe” não deve ser utilizado. A utilização desse arranjo, caso
requerido pelo projeto, deve restringir-se a casos especiais, como: equipamentos que operem com
pressões elevadas, vasos cladeados etc., e devem ser submetidos à PETROBRAS.

14.7.7 Se aprovado o uso do "stand pipe", o diâmetro recomendado é 4" (mínimo 2") e tanto a
tubulação quanto as válvulas de bloqueio devem atender à especificação de material de tubulação mais
severa, entre as que se interligam ao respectivo equipamento de processo. É necessário o projeto de
suportação do "stand-pipe".

14.7.8 Na medição de nível por meio de transmissores de pressão diferencial, a informação da posição
do transmissor em relação as tomadas de pressão, bem como o tipo de fluido de selagem utilizado,
devem ser informados na documentação de projeto de modo a possibilitar o ajuste de supressão e
elevação de zero. Os fluidos de selagem recomendados estão descritos no Anexo E.

14.7.9 Na medição de interface líquido-líquido, a conexão superior deve estar imersa no líquido mais
leve em toda a faixa de medição.

14.7.10 Nas medições de nível que requeiram o atendimento a uma classe de exatidão mais rigorosa,
como metrologia legal e controle de inventário, as recomendações de instalação do
API MPMS 3.1B e API MPMS 3.3 devem ser seguidas.

14.8 Instalação de Válvulas de Controle

Todas as válvulas de controle cuja haste tenha deslocamento linear devem ser instaladas com corpo
na horizontal e o conjunto haste e atuador na posição vertical, perpendicular a tubulação de processo,
com o respectivo atuador localizado acima da tubulação. Outros tipos de instalação devem ser
submetidos à PETROBRAS.

14.9 Instalação de Válvulas de Segurança e Alívio

14.9.1 Para a instalação de válvulas de segurança e alívio, deve ser seguida a API STD 520 Part II.

14.9.2 Sempre que a saída da válvula de segurança for para a atmosfera, o trecho de tubulação de
descarga deve ser apontado para local seguro, pintado internamente e deve possuir um furo na região
inferior para dreno de água de chuva ou produto.

14.9.3 Nos casos em que a descarga da PSV estiver conectada a um coletor comum de
despressurização, deve haver uma válvula de bloqueio a jusante de cada PSV, travada aberta.

14.10 Instalação de Sensores de Chama em Queimadores

14.10.1 O posicionamento, os cabos e detalhes de instalação elétricos dos sensores de chama devem
respeitar as especificações técnicas e recomendações do fabricante dos sensores.

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14.10.2 Sensores tipo “flame rod” devem ser instalados:

a) respeitando a área mínima de contato com a chama, conforme indicado pelo fabricante;
b) com recurso que viabilize sua retirada para manutenção.

14.10.3 Sensores tipo ultravioleta e/ou infravermelho devem ser instalados observando-se, no mínimo,
os seguintes pontos:

a) diâmetro e comprimento das tomadas compatíveis com a geometria da chama e


sensibilidade dos sensores;
b) não é admissível que a temperatura que os sensores estão submetidos seja igual ou
superior ao máximo tolerável pelos sensores;
c) purga de ar para evitar o acúmulo de fuligem nas tomadas.

15 Projeto de Instalação para Transmissão de Sinais

15.1 Geral

15.1.1 Os projetos para transmissão de sinais elétricos das plantas industriais devem atender às
recomendações da API RP 552 e aos requisitos específicos desta Norma.

15.1.2 As instalações elétricas e de instrumentação em áreas classificadas contendo gases


inflamáveis ou poeiras combustíveis devem atender aos requisitos da ABNT NBR IEC 60079-14 e da
ABNT NBR IEC 60079-25.

15.1.3 Nos casos de instalações intrinsecamente seguras, com tipo de proteção Ex i, devem ser
elaboradas memórias de cálculo para documentar a compatibilidade dos parâmetros de entidade das
barreiras de segurança intrínseca com os dos circuitos intrinsecamente seguros, que incluem o
instrumento de campo e o cabo do circuito de interligação, de acordo com os requisitos da
ABNT NBR IEC 60079-14 e da ABNT NBR IEC 60079-25.

15.1.3.1 Deve ser elaborada uma memória de cálculo para cada circuito intrinsecamente seguro,
incluindo a identificação do número dos respectivos certificados de conformidade “Ex” e dos modelos
e fabricantes dos dispositivos e equipamentos de instrumentação existentes no circuito, tais como
sensores, transmissores, atuadores, posicionadores e barreira de segurança intrínseca.

15.1.3.2 Devem ser indicadas nestas memórias de cálculo as verificações de compatibilidade das
características de proteção do conceito de entidade (incluindo os parâmetros “V”, “I”, “C”, “L”, “L/R” e
“P” dos instrumentos Ex “i”, das barreiras de segurança intrínseca e dos cabos do circuito de
interconexão) indicados nos respectivos certificados de conformidade dos instrumentos
intrinsecamente seguros e nos respectivos equipamentos associados.

15.1.3.3 Devem ser elaboradas memórias de cálculos de verificação de parâmetros de segurança


intrínseca tanto para circuitos intrinsecamente seguros discretos como sistemas envolvendo redes de
comunicação intrinsecamente seguras do tipo Fieldbus (FISCO - “Fieldbus Intrinsically Safe Concept”).

NOTA Em instalações Foundation Fieldbus (FF) com tipo de proteção Ex “i” não há necessidade de
se apresentar memória de cálculo citada, entretanto, é obrigatório a apresentação de tabela
de conformidade no formato recomendado pela Foundation Fieldbus AG-163.

15.1.4 Bornes em caixas de passagem, painéis de rearranjo e caixas de junção devem ser Ex-e ou
especificados considerando inflamabilidade, deformabilidade e conectorização conforme a
IEC 60947- Partes 1, 2, 3 e 4.
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15.2 Alimentação Elétrica dos Instrumentos de Campo

Para instrumentos de campo que demandem alimentação elétrica segregada do sinal, os cabos de
alimentação elétrica devem seguir a mesma rota do respectivo cabo de sinal, respeitando as distâncias
mínimas estabelecidas na API RP 552.

15.3 Instalação para Transmissão de Sinais

15.3.1 A troca de sinais entre equipamentos eletrônicos que não possuam isolação elétrica adequada
entre eles e que estejam localizados em áreas distintas (por exemplo: campo e prédio da sala de
controladores; prédio da sala de controladores e prédio da subestação) deve ser conforme a seguir:

a) comunicação digital: fibra óptica;


b) sinais discretos: relé de interposição;
c) sinais analógicos: isolador galvânico.

15.3.2 Para distâncias de enlace de redes de comunicações digitais, acima de 50 m deve ser avaliada
a utilização de cabos de fibra óptica. [Prática Recomendada]

15.3.3 Cabos Metálicos

15.3.3.1 Blindagens individual e coletiva com fita de poliéster aluminizada e fio dreno devem ser
aterradas apenas na extremidade próxima ao gabinete onde acondicionado sistemas eletrônicos de
automação e controle, na sala de painéis.

15.3.3.2 Os fios dreno da blindagem de cabos de sinais analógicos de instrumentos que terminam em
caixa de junção devem ser interligados com os respectivos fios dreno da blindagem individual dos
multicabos que interligam a caixa de junção com o armário de rearranjo. Estas interligações devem ser
implementadas através de bornes terminais exclusivos, e isolados da massa da caixa de junção.

NOTA O fio dreno da blindagem coletiva de multicabos para sinais analógicos não devem ser
aterrados na caixa de junção.

15.3.3.3 Os fios dreno da blindagem de cabos de sinal discreto devem ser conectados em bornes
individuais na caixa de junção, interligados entre si e com a blindagem coletiva do multicabo que
interliga esta mesma caixa de junção ao armário de rearranjo, ou painel de controle/automação.

15.3.3.4 Caso seja adotado painel de rearranjo, o fio de dreno da blindagem individual e coletiva do
multicabo proveniente do campo deve ser aterrado no painel de rearranjo. O fio dreno da blindagem
individual e coletiva do multicabo entre painel de rearranjo e painel de controle/automação somente
pode ser aterrado em um dos painéis. Nestes casos as barras de terra dos dois painéis devem ser
interligadas.

15.3.3.5 Quando adotado o cabo ou multicabo com armadura, esta deve ser aterrada nas duas
extremidades de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-14.

15.3.3.6 O aterramento dos cabos utilizados em redes de campo “FieldBus Foundation” deve atender
a arquitetura prescrita Foundation Fieldbus AG-181 (“System Engineering Guidelines”), classe C
(“Shielding Using Isolating Device Couplers”) ou A (“Single-point Shielding”), dependendo
respectivamente da existência ou não de barreira de segurança intrínseca isoladora na caixa de
derivação de campo.

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15.3.3.7 Em sistemas de cabeamento “ProfiBus-DP” devem ser atendidas as recomendações da


“Profibus and Profinet International” (PI).

15.3.4 Aplicação de DPS em Circuitos de Redes de Campo

Nos casos de rede de campo (tais como: Modbus RS485, FF e Profibus), na inexistência de isolação
galvânica das portas de comunicação, dispositivos DPS especificados para a aplicação devem ser
implementados junto ao dispositivo que estabelece a porta de comunicação para o campo,
equipamento ou cartão no Painel de Rearranjo ou Painel de Controladores (ver Figura 1).

15.3.5 Infraestrutura dos Cabos

15.3.5.1 As instalações aparentes de interligações entre os dispositivos no campo e os respectivos


painéis de instrumentação, bem como entre painéis, devem ser implementadas por:

a) eletrodutos metálicos;
b) eletrocalhas metálicas perfuradas com tampa;
c) leitos metálicos com tampa;
d) leitos ou eletrocalhas em materiais não metálicos, desde que em ambientes corrosivos.

15.3.5.2 Em trechos de eletrodutos devem ser previstos em ponto baixo, ao longo do seu
encaminhamento, condulete tipo T com uma das extremidades voltada para baixo e plugue de
drenagem.

15.3.5.3 Os cabos de sinal devem ser agrupados em eletrodutos ou sistema de bandejamento


específicas de acordo com a classificação dos níveis de tensões recomendado na API RP 552.

15.3.5.4 O afastamento dos diversos tipos de cabos de sinal em relação aos cabos de força deve
seguir a API RP 552.

15.3.5.5 Os cabos elétricos ou ópticos de redes de comunicação digital devem ser instalados em
eletrodutos e/ou eletrocalhas exclusivas.

15.3.5.6 O projeto de instalação do sistema de bandejamento deve seguir os requisitos da


PETROBRAS N-1997.

15.3.5.7 Na utilização de eletrodutos subterrâneos em envelope de concreto, devem ser considerados


os requisitos da PETROBRAS N-1996.

15.3.5.8 Os cabos de instrumentação devem ter seus percursos afastados de equipamentos geradores
de interferência elétrica, tais como: transformadores, fornos elétricos, motores etc.

15.3.5.9 Deve ser evitado o percurso de cabos de instrumentação nas zonas de alto risco definidas na
API RP 2218 como “Fire Scenario Envelope”.

15.3.5.10 Nos casos onde a zona de alto risco não possa ser evitada, deve ser adotado sistema de
proteção passiva contra incidência de chama nos trechos de infraestrutura pertinente, conforme
API RP 2218.

15.3.5.11 A taxa de ocupação dos eletrodutos deve ser de acordo com a ABNT NBR 5410.

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15.3.5.12 Cabos redundantes de rede, fibra-óptica ou elétricos, devem trafegar por rotas distintas na
área industrial.

15.3.6 Redes de Campo

a) para as redes de campo (FF, PROFIBUS, RS-485, RS-422 etc.) devem ser atendidos os
critérios de projeto e instalação estabelecidos na IEC 61158-2;
b) cabos de rede de campo contendo equipamentos com tipos de proteção “Ex” distintas (por
exemplo, equipamentos Ex “i” e Ex “nA”) devem ser segregados entre si em bandejas e
eletrodutos separados, ou na mesma bandeja utilizando septos, de modo a agrupar apenas
os cabos com o mesmo tipo de proteção “Ex”.

15.3.7 Aterramento de Infraestruturas e Invólucro de Instrumentos

Todas as partes metálicas de equipamentos e estruturas devem ser conectadas intencionalmente à


malha de aterramento. Estas interligações deverão ser feitas em vários pontos das instalações,
interconectando sempre que possível:

a) infraestruturas metálicas de condutores elétricos (eletrodutos, eletrocalhas e bandejas);


b) partes metálicas de armários, equipamentos de automação e painéis de campo;
c) invólucros de instrumentos, quando requerido pelo fabricante;
d) invólucros de instrumentos alimentados acima de 50 V;
e) invólucros de instrumentos alimentados até 50 V em área classificada, sendo opcional para
instrumento conectados diretamente a tubulação de processo (ex: instrumento fornecido
em carretel).

NOTA As conexões de aterramento devem ser curtas, sem passagem por bandejas ou internamente
ao eletroduto.

15.4 Identificação

As extremidades de todos os condutores, de todos os cabos e multicabos, devem possuir


identificadores próprios, permanentes e isolantes com, no mínimo, a numeração do borne ao qual está
conectado.

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Anexo A - Dimensões de Hastes e Poços

A.1 Instalações em linhas retas para diâmetros menores que 4” são permitidas somente com expansão
da linha para 4”,.

A.2 Na instalação em tubulações, o comprimento de imersão deve ser conforme a Tabela A.1:

Tabela A.1 - Comprimento de Imersão para Poços Instalados em Tubulação

Diâmetro nominal da linha Comprimento de imersão

4” 2”
Entre 1/3 e 1/2 do diâmetro
6” a 10”
interno
Entre 1/4 e 1/3 do diâmetro
12” e acima
interno

A.3 Na instalação em vasos ou torres, o comprimento de imersão deve ser conforme a Tabela A.2:

Tabela A.2 - Comprimento de Imersão para Poços Flangeados Instalados em Vasos ou


Torres

Diâmetro do vaso ou torre Comprimento de imersão Serviço

Qualquer diâmetro 300 mm Líquidos

< 800 mm 200 mm Gases

≥ 800 mm e < 1 200 mm 300 mm Gases

≥1 200 mm 400 mm Gases

NOTA No caso de vasos com pequenos diâmetros, o comprimento de imersão apresentado


na Tabela deve ser reduzido de forma a não ultrapassar a metade do valor do diâmetro
interno do vaso.

A.4 Nas instalações flangeadas, sempre que possível, a distância “A” deve ser padronizada
em 152 mm (6”) conforme indicado na Figura A.1.

NOTA Nos casos onde seja requerida uma isolação térmica com espessura acima de 152 mm
(distância “A” padrão) o poço deve possuir um alongamento da extensão ou a distância “A”
deve ser aumentada de forma que o cabeçote do o sensor, bem como a união entre o sensor
e o poço fique externa ao isolamento térmico.

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NOTA Nos casos onde seja requerida uma isolação térmica com espessura acima de 152 mm
(distância “A” padrão) o poço deve possuir um alongamento da extensão ou a distância “A”
deve ser aumentada de forma que o cabeçote do o sensor, bem como a união entre o sensor
e o poço fique externa ao isolamento térmico.

Figura A.1 - Instalação Flangeada em Tubulação

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Anexo B - Cálculo do Dimensionamento do Orifício de Restrição em Regime de


Escoamento Crítico Isentrópico para Gás Real

Tabela B.1 - Cálculo do Dimensionamento do Orifício de Restrição em Regime de


Escoamento Crítico Isentrópico para Gás Real

π.D 2 PM
W = C.β 2 . .Y.(P1 )t
4 8314,3.Z.T1

Parâmetros Descrição
W Vazão mássica [kg/s]
Coeficiente de descarga nas condições de fluxo crítico: C = 0,839 (ref.
C
Martins, Nelson, Manual de Medição de vazão)
β Beta do orifício a temperatura de operação

D Diâmetro interno da tubulação [m]

PM Peso molecular do gás [kg/kmol]

Z Fator de compressibilidade do gás

T1 Temperatura do gás a montante do orifício [K]


Coeficiente de escoamento crítico isentrópico:
k +1
Y  2  k −1
Y = k. 
 k + 1
k Coeficiente isentrópico do gás

Pressão total (de estagnação) a montante do orifício [Pa], em absoluto


k
(P1)t   k − 1  2  k −1
(P1 )t = P1.1 +  .M 
  2  

P1 Pressão a montante do orifício [Pa], em absoluto

Número de Mach
M V
M= 1
VS

Velocidade do gás na linha a montante do orifício [m/s]


V1 W 33257,2.W. Z.T1
V1 = =
A 1.ρ1 π.D 2 .P1.PM

Velocidade do som no gás a montante do orifício [m/s]


VS R k.T
VS = k. .T1 = 8314,3. 1
PM PM

PÚBLICA
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Anexo C - Cálculo da Espessura de Orifícios de Restrição

Os orifícios sujeitos a tensões acima das admissíveis pelo material de que são feitas, sofrem
deformação permanente.

a) deve-se calcular a espessura aplicando-se a fórmula abaixo, considerando-se para o


cálculo da espessura, no mínimo 2σ:

1/2
 λ x ΔP x D 2 
t min =  

 2xσ 

Onde:
D é o diâmetro da linha (mm);
∆P é o diferencial de pressão no orifício (kgf/cm2);
σ é a tensão admissível do material do orifício (kgf/cm2);
λ é o fator calculado pela expressão abaixo, e que depende do tipo da instalação;
t é a espessura do orifício de restrição (mm).

λ = 2,27 - (2,33 x β)

b) no caso de AISI 304 ou AISI 316, até 500 °C:

σ ≥ 2109,7 kgf/cm2

c) limites de espessura:
— linhas até 14” → t ≥ 1/8”;
— linhas de 16” a 22” → t ≥ 1/4”.

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Anexo D - Conexões ao Processo

Tabela D.1 - Tomadas ao Processo para Instrumentação de Vazão

Na tubulação (Nota 1) No instrumento


Diâmetro Diâmetro
Extremidade Extremidade
(pol.) (pol.)

Nota 2 Flangeada - -
Rotâmetro
Roscada
Nota 2 - -
(Nota 3)

Instrumentos montados
Nota 2 Flangeada - -
em carretel

Placa de orifício 1/2 Nota 4 1/2 Nota 5

NOTA 1 A classe de pressão deve ser de acordo com a especificação de material de


tubulação.
NOTA 2 Definido pelo dimensionamento.
NOTA 3 Somente para diâmetro até 2 polegadas e se permitido pela especificação de
material de tubulação.
NOTA 4 De acordo com a especificação de material de tubulação.
NOTA 5 Conforme o tipo de instalação, o instrumento pode ter conexão roscada ou com
flange oval.

Tabela D.2 - Tomadas ao Processo para Instrumentação de Pressão

Na tubulação ou
No instrumento
equipamento (Nota 1)
Diâmetro Diâmetro
Extremidade Extremidade
(pol.) (pol.)

3/4 Nota 2 1/2 Nota 3


Manômetro, transmissor ou
pressostato na tubulação
Nota 4 Flangeada Nota 4 Flangeada

Manômetro, transmissor ou
1 Flangeada 1/2 Nota 3
pressostato em equipamentos

NOTA 1 A classe de pressão deve ser de acordo com a especificação de material de


tubulação.
NOTA 2 De acordo com a especificação de material de tubulação.
NOTA 3 Conforme o tipo de instalação, o instrumento pode ter conexão roscada ou com
flange oval.
NOTA 4 Para instalação com selo diafragma os diâmetros das tomadas devem ser
compatíveis com o diâmetro do selo diafragma.

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Tabela D.3 - Tomadas ao Processo para Instrumentação de Nível

No equipamento (Nota 1) No instrumento

Diâmetro (pol.) Extremidade Diâmetro (pol.) Extremidade

Roscada
3/4 - -
(Notas 2 e 3)
Visor
1 Flangeado - -

Visor do tipo magnético 1 1/2 Flangeado - -

Roscada
3/4 1/2 Ver Nota 4
Transmissor de pressão (Nota 3)
diferencial
1 Flangeada 1/2 Ver Nota 4

Transmissor de pressão 3 ou 4 3 ou 4
diferencial com (alta pressão) (alta pressão)
diafragma acoplado Flangeada Flangeada
diretamente ao 1 1/2
equipamento (baixa pressão) (baixa pressão)

Transmissor de pressão
diferencial com capilar e 3 ou 4 Flangeada - -
diafragma remoto

Transmissor ou radar de
De acordo com
onda guiada ou onda
o fabricante Flangeada - -
livre diretamente no
(mínimo 2)
equipamento

Transmissor ou radar de
De acordo com
onda guiada ou onda
o fabricante Flangeada - -
livre instalado em
(mínimo 1 1/2)
garrafa de medição

Transmissor tipo servo-


operado ou radar com 6 Flangeada - -
tubo acalmador

Transmissor tipo servo-


operado ou radar sem 8 Flangeada - -
tubo acalmador

NOTA 1 A classe de pressão deve ser de acordo com a especificação de material de tubulação.
NOTA 2 Somente se a distância da linha de centro do visor ao vaso for menor que 350 mm.
NOTA 3 Somente se permitido pela especificação de material de tubulação.
NOTA 4 Conforme o tipo de instalação, o instrumento pode ter conexão roscada ou com flange
oval.

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Anexo E - Fluidos de Selagem de Instrumentos de Pressão e Pressão Diferencial

Tipo de medição
Fluido Vazão e
Pressão Nível
Pressão Diferencial
Gás / Vapor
Ar, Nitrogênio Glicerina (Nota 1) Glicerina (Nota 1) -
Gás ácido, Gás para tocha Glicerina (Notas 1 e 2) Glicerina (Notas 1 e 2) -
Gás combustível Glicerina (Nota 1) Glicerina (Nota 1) -
Gás natural Glicerina ou óleo Glicerina ou óleo -
adequado para adequado para
temperaturas negativas temperaturas negativas
(Nota 1) (Nota 1)
Hidrogênio Glicerina (Nota 1) Glicerina (Nota 1) -
Vapor d'água Água Água -
Vapores de hidrocarbonetos Glicerina (Nota 1) Glicerina (Nota 1) -
Vapores de hidrocarbonetos Água (Nota 1) Água (Nota 1) -
com presença de água
Líquidos
Água Pelo próprio fluido Pelo próprio fluido Pelo próprio fluido
(Nota 4) (Nota 4) (Nota 4)
Água ácida e condensado Água Água Água
ácido
DEA/MEA Pelo próprio fluido Pelo próprio fluido Glicerina (Nota 3)
Diesel estável Pelo próprio fluido Pelo próprio fluido Glicerina
Diesel instável Glicerina Glicerina Glicerina
Enxofre (equipamento Sem selagem (Nota 6) - Sem selagem (Nota 6)
estático abaixo da
superfície)
Enxofre (equipamento Sem selagem (Nota 7) - Sem selagem (Nota 7)
estático acima da superfície)
Gasóleo Glicerina Glicerina Glicerina
Hidrocarbonetos a Óleo adequado para Óleo adequado para Óleo adequado para
temperaturas negativas temperaturas negativas temperaturas negativas temperaturas negativas
Hidrocarbonetos leves sem Pelo próprio fluido Pelo próprio fluido Água
presença de água
(butano/buteno,
propano/propeno, GLP)
Hidrocarbonetos leves sem Pelo próprio fluido Pelo próprio fluido Glicerina
presença de água (nafta
estável, condensáveis de
hidrocarbonetos)
Hidrocarbonetos leves ou Água (Nota 4, 8) Água (Nota 4, 8) Água (Nota 4, 5, 8)
pesados com presença de
água, Petróleo
Hidrocarbonetos pesados Glicerina (Nota 4, 8) Glicerina (Nota 4, 8) Glicerina (Nota 4, 5, 8)
sem presença de água
Nafta leve instável Água Água Água
Nafta média e pesada, Glicerina Glicerina Glicerina
instável
Óleo combustível, óleo de Glicerina Glicerina Glicerina
lavagem, óleo decantado,
óleo de reciclo
Óleo de comando, Pelo próprio fluido Pelo próprio fluido Pelo próprio fluido
lubrificação e selagem
Querosene Pelo próprio fluido Pelo próprio fluido Glicerina
Salmoura Pelo próprio fluido Pelo próprio fluido Pelo próprio fluido
(Nota 2) (Nota 2) (Nota 2)

Soda Sem selagem Água Água

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NOTA 1 Caso o transmissor seja instalado acima das tomadas de pressão, não existe a necessidade de
selagem, sendo essa a montagem a preferencial.
NOTA 2 Necessidade de aquecimento das tomadas até o ponto de selagem em caso de possibilidade de
formação de sólidos.
NOTA 3 É possível utilizar transmissor com diafragma remoto e capilar. Essa alternativa é a preferencial para
evitar o uso de selagem.
NOTA 4 A depender da quantidade de sólidos em suspensão, prever purga contínua ou esporádica com fluido
compatível para limpeza das tomadas.
NOTA 5 Produtos de fundo de torres a temperaturas muito elevadas. Transmissores com diafragma remoto
não devem ser utilizados.
NOTA 6 Prever purga contínua com nitrogênio.
NOTA 7 Necessidade de aquecimento das tomadas.
NOTA 8 Necessidade de aquecimento de tomadas em caso de altor teor de parafinas ou caso o ponto de
fluidez seja superior a temperatura ambiente.

PÚBLICA
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FORMULÁRIO DE REGISTRO DE IMPACTOS (FRI)

REV. F
Item da Norma Mudança Razão para a Mudança Potenciais Impactos
Maior clareza para
Provisão de folga nas
possibilitar o acesso de
dimensões das portas de Aumento de
7.1.5 equipamentos
acesso as salas de controle flexibilidade
considerando sua largura
que abrigam equipamentos
e profundidade
Conexão do terra de
Terra de proteção do
proteção do painel Aumento de
Figura 1 painel está sujeito a níveis
diretamente a malha de confiabilidade
maiores de tensão
terra de força
Cuidados para
Válvulas de controle e
determinação do diâmetro Aumento de
8.1.2.6 on-off com velocidades
dos tubings para os confiabilidade
abaixo do esperado
atuadores das válvulas
Citação de norma para
proteção contra descargas Ausência de referências Aumento de
8.2.10
atmosféricas e proteção sobre o assunto confiabilidade
contra surtos
Aumento de
Duplo compartimento para confiabilidade;
9.1.15 Extensão do requisito
todos os transmissores melhoria de
mantenabilidade
Alteração das plaquetas Aumento de
9.1.18 Alinhamento com API-551
para AISI-316 integridade
Alteração no critério para Aumento de
9.2.3.1 Alinhamento com API-551
uso de termopares do tipo N confiabilidade
Variação do diâmetro da
Não limitação do diâmetro Aumento de
9.2.3.5 bainha em função da
da bainha em 6 mm confiabilidade
aplicação
Aumento de
Minimização de conexões
confiabilidade;
9.2.3.6 nos sinais de Alinhamento com API-551
melhoria na qualidade
termoelementos
da medição
Observância de folgas
Folga mínima entre diâmetro inadequadas entre as
Melhoria na qualidade
9.2.5.3 interno do poço e o diâmetro características construtivas
da medição
da bainha do termoelemeno do poço e do
termoelemento
Aplicabilidade de poços
Uso de poços forjados com
para serviços que
flange de uma única peça Aumento de
9.2.5.12 requerem elevada
ou poços do tipo “Van integridade
resistência mecânica,
Stone”
conforme API-551
Ausência de citação
Uso de manômetros do tipo Ratificação de uma
9.3.2.2 quanto a aplicabilidade em
fole prática
baixas pressões
Material citado somente
Inclusão de material da Ratificação de uma
9.3.2.4, d para projeto de instalações
caixa em fenol-formaldeído prática
terrestres
Discrepância em relação
Alteração de material para Alinhamento ao
9.3.2.4, e aos padrões observados
AISI-316L mercado
de fornecimento
Consolidação de
Alteração de limite para 1
9.3.2.5 características construtivas Maior uniformização
kgf/cm 2
para manômetros em geral
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IR 1/7
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Adoção de faixa de
Visualizações observadas Melhoria de
9.3.2.7 visualização entre 30 e 70%
nos limites da escala ergonomia
da escala
Não é aceitável
manômetros operarem
Antigo item Aumento de
Cancelado saturados protegidos por
9.3.3.2 (Rev. E) confiabilidade
limitadores de
sobrepressão
Fornecimento de diafragmas Melhoria na qualidade
Montagem em campo dos
9.3.3.4, c remotos integrados e pré do produto; melhoria
diafragmas remotos
montados na mantenabilidade
Aumento de
Inconsistência de flexibilidade;
9.3.3.5 Cancelado item c
aplicabilidade abrangência da
solução
Requisito para uso de selo
Ausência de requisito Aumento de
9.3.3.6 diafragma remoto em
técnico para uso confiabilidade
medição de vácuo
Opção para uso de outras
Não permitir flexibilização
tomadas de pressão quando Aumento de
9.4.2.3, f na seleção do tipo de
as tomadas no flange não flexibilidade
tomada de pressão
forem adequadas
Flexibilização no valor de Necessidade de
ajuste do range do atualização em função do Aumento de
9.4.2.4, b, c
transmissor de pressão uso de transmissores flexibilidade
diferencial digitais
Aproximação para duas
Muita quantidade em itens
casas decimais nos valores
9.4.2.4, d, e de cadastro de elementos Maior uniformização
de beta e diâmetro do
primários
orifício
Previsão de purga em Ausência de
Aumento de
9.4.4.3.3 serviços com possibilidade recomendação para
confiabilidade
de obstrução problemas recorrentes
Inclusão de placas de Ausência de citação em Alinhamento ao
9.4.4.5
orifício multi-furos norma mercado
Ausência de ponto de
Reforço em relação a
atenção para confirmação Aumento de
9.4.11.3 informações para seleção
quanto a possibilidade de confiabilidade
do instrumento
uso do instrumento
Aumento de
Admissão de uso de visores Somente indicadores do flexibilidade;
9.5.1.1 de nível em tanques tipo régua eram admitidos abrangência da
pequenos em tanques solução; ratificação de
uma prática
Inclusão de referência ao Falta de citação a norma Ratificação de uma
9.5.1.5
API MPMS 3.1B de referência prática
Recomendação para não
usar visor de vidro em Aumento de
9.5.2.1 Alinhamento com API 551
classes de pressão acima confiabilidade
de 600
Aumento de
Não utilização de visor de
confiabilidade;
9.5.2.2 vidro em serviços com Alinhamento com API 551
aumento de
hidrocarbonetos leves
segurança
Compensação de dilatação Ausência de pontos de
térmica em visores atenção para visores de Aumento de
9.5.2.13
operando a altas nível operando a altas confiabilidade
temperturas temperaturas

PÚBLICA
IR 2/7
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Uso de mecanismos para


Ausência de pontos de
amortecimento de impactos Aumento de
9.5.3.5 atenção para visores
dos flutuadores nas colunas confiabilidade
magnéticos
de medição
Adoção de diâmetros de Ausência de pontos de
Aumento de
9.5.3.6 coluna compatíveis com o atenção para visores
confiabilidade
tipo de fluido magnéticos
Ausência de referências
Citação a ASME B31.1 e normativas para fabricação Ratificação de uma
9.5.3.7
ASME B31.3 de colunas de medição em prática
caldeiras
Ausência de citação a
Inclusão de aplicações para
aplicações Abrangência da
9.5.4.4, c,d,e,f medição de nível com selo
complementares para selo solução
diafragma remoto
diafragma remoto
Aumento de
Definição de diâmetro
Ausência de requisito confiabilidade;
9.5.4.6 mínimo para o selo
construtivo melhoria na qualidade
diafragma
da medição
Inclusão de aplicação para Ausência de citação a
Abrangência da
9.6.1.9 válvula borboleta com tripla aplicações
solução
excentricidade complementares
Critério de operar entre 10
Cancelada referência a e 90% de abertura Abrangência da
9.6.2.2, c
válvulas especiais independe do tipo de solução
válvula
Inclusão de condições Ausência de citação a
Abrangência da
9.6.3.2, c, e específicas para seleção de aplicações
solução
característica inerente complementares
Inclusão de necessidade de
Necessidade de avaliação
consulta quando existe Aumento de
9.6.3.4 de especificidades do
conflito entre rangeabilidade confiabilidade
processo
e linearidade em válvulas
Ausência de citação de
Inclusão de requisito de “top Garantia de
9.6.4.3, b requisito adicional para
entry” mantenabilidade
válvulas soldadas
Adequação as
Flexibilização para uso de Abrangência da
9.6.4.3, c especificações de
conexões do tipo lug solução
tubulação
Detalhamento de aspecto
Falta de clareza em
técnico a ser analisado Aumento de
9.6.4.3, e relação a motivação do
pelos especialistas de confiabilidade
requisito
tubulação
Inclusão de requisito para Ausência de requisito Aumento de
9.6.4.4, c
castelos estendidos construtivo confiabilidade
Alteração de limite para uso Aumento de
9.6.4.5.4, a Alinhamento com API 551
de internos endurecidos confiabilidade
Inclusão de alternativas aos Ausência de opção para
Alinhamento ao
9.6.4.5.5 materiais de internos melhoria de integridade e
mercado
endurecidos redução de custo
Ausência de ponto de
Inclusão de requisito de Aumento de
9.6.4.5.6 atenção a partir de
compatibilização de material confiabilidade
problemas observados
Aumento de
Ausência de requisito com
Inclusão de requisito para confiabilidade;
9.6.4.5.7 relação a emissões
sistemas de engaxetamento melhoria na qualidade
fugitivas
do produto
Alteração de material de Aumento de
9.6.4.6 Alinhamento ao API 551
plaqueta integridade

PÚBLICA
IR 3/7
-PÚBLICA-

N-1882 REV. F 11 / 2023

Explicitação do modo de
Inconsistência na Aumento de
falha aplicável tanto a falha
9.6.5.3 implementação dos modos segurança; aumento
elétrica quanto
de falha de confiabilidade
pneumática/hidráulica
Inclusão de condições para
Ausência de requisito para Melhoria de
9.6.5.5 implementação de
limitadores de curso mantenabilidade
limitadores de curso
Necessidade de maior
Inclusão de modos de falha abrangência em função Aumento de
9.6.6, c
a serem monitorados dos tipos de falha confiabilidade
observados
Ausência de informação
Inclusão de uso de volante Abrangência da
9.6.7.1 de recurso complementar
para limitação de curso solução
do volante
Alinhamento de material a Observação de Aumento de
9.6.8
N-1931 inconsistências confiabilidade
Inclusão de citação dos Ausência de requisito de
Aumento de
9.6.9.2 atuadores elétricos e desempenho para outros
confiabilidade
eletrohidráulicos tipos de atuadores
Inclusão de critério para Ausência de parâmetro Ratificação de uma
9.6.9.5
válvulas pequenas para válvulas pequenas prática
Necessidade de ajuste do
Cancelada opção de critério baseado somente
9.6.10.5 redundância para válvulas nas condições de Redução de custo
com internos especiais operação manual do
processo
Inclusão de válvula do tipo Ausência de citação ao Abrangência da
9.7.2.3
fluxo axial tipo de válvula solução
Inclusão de referência ao Ausência de citação a Abrangência da
9.7.2.8
API 598 norma solução
Inclusão de tempo de
Ausência de referência em Aumento de
9.7.2.10 movimentação para válvulas
norma confiabilidade
não pertencentes ao SIS
Alteração de tempo de
Aumento de
9.7.2.11.1 movimentação para válvulas Alinhamento ao API 553
segurança
pertencentes ao SIS
Alteração de tempo de Observação de
Aumento de
9.7.2.11.2 movimentação para válvulas movimentação lenta em
segurança
pertencentes ao SIS válvulas grandes
Detalhamento de aspecto
Observação de golpe de
técnico a ser analisado para Aumento de
9.7.2.12 aríete em válvulas que
tempo de movimentação em confiabilidade
operam com líquidos
líquidos
Ausência de melhores
Revisão de condicionantes
parâmetros para uso Aumento de
9.7.3.2 para uso de atuadores
destes atuadores em confiabilidade
elétricos e eletrohidráulicos
válvulas on-off
Observação de problemas
Inclusão de citação ao uso Aumento de
9.7.4.2.2 nos cartões de saída de
de diodos supressores confiabilidade
sinal discreto
Alinhamento de material a Observação de Aumento de
9.7.4.5
N-1931 inconsistências confiabilidade
Flexibilização para uso de
PSVs convencionais Observação de lacuna em Aumento de
9.8.1.4
respeitadas condições critério de seleção confiabilidade
específicas
Precaução frente a
Alterada recomendação
possível rompimento de Aumento de
9.8.1.7 para seleção de tipo de PSV
fole em válvulas segurança
em fluidos tóxicos
balanceadas
PÚBLICA
IR 4/7
-PÚBLICA-

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Inclusão de cenários para


Observação de lacuna em Abrangência da
9.8.1.8, c, d uso de PSVs do tipo piloto
critério de seleção solução
operadas
Inclusão de PSVs piloto Observação de lacuna em Abrangência da
9.8.1.9
operadas do tipo modulante critério de seleção solução
Inclusão de restrição ao uso
Precaução frente a
de PSVs do tipo piloto Aumento de
9.8.1.10 possível obstrução do
operadas para líquidos confiabilidade
piloto
viscosos
Inclusão de requisito para
Risco de exposição do Aumento de
9.8.1.11 alinhamento do alívio do
fluido tóxico ao ambiente segurança
sistema piloto
Observações de
Inclusão de requisitos
degradação em função de Aumento de
9.8.1.14 adicionais para seleção de
condições do fluido ou confiabilidade
materiais
ambientais
Inclusão de condicionantes Observações de Aumento de
9.8.1.15
para especificação do fole rompimento do fole confiabilidade
Ausência de requisito para
Inclusão de requisitos para materiais de PSVs em Aumento de
9.8.1.16
serviços com H2S serviço com H2S como confiabilidade
nas demais válvulas
Observado alinhamento
Inclusão de requisito para
simultâneo de PSVs Aumento de
9.8.2.8 alinhamento de PSVs
redundantes com confiabilidade
redundantes
possibilidade de chattering
Inclusão de material da Aumento de
9.8.3.3 Alinhamento ao API 551
plaqueta em AISI 316 integridade
Possibilidade de exposição
Direcionamento do vent do Aumento de
9.8.4.2 ao fluido em caso de
castelo para local seguro segurança
rompimento do fole
Inclusão de restrições para Possibliidade de ruptura
Aumento de
9.10.6 aplicação de discos de em pressões diferentes
confiabilidade
ruptura das previstas
Inclusão de requisito para o Possibilidade de instalação Aumento de
9.10.7
suporte do disco de ruptura inadequada confiabilidade
Inclusão de recomendação
Perda de continuidade Aumento de
9.10.10 para instalação de discos de
operacional disponibilidade
ruptura com redundância
Alimentação de detectores Ratificação de uma
9.13.1.2 Redução de diversidade
de fogo e gás em 24Vcc prática
Inclusão de detectores de Observação de opção Abrangência da
9.13.3.2
chama do tipo IR/UV dependendo da aplicação solução
Observação de
Preferência ao material Aumento de
10.1.2.2, b degradação mais
PVC/EB confiabilidade
frequente do PVC/A
Observação de
Aumento de
10.1.2.2,c Preferência a cobertura ST2 degradação mais
confiabilidade
frequente do ST1
Cancelado requisito de uso Observação de adoção de Ratificação de uma
10.1.2.8
somente de cabos sólidos cabos flexíveis prática
Observação de
Preferência ao material Aumento de
10.1.3, b degradação mais
PVC/EB confiabilidade
frequente do PVC/A
Observação de
Aumento de
10.1.3, c Preferência a cobertura ST2 degradação mais
confiabilidade
frequente do ST1
Cancelada definição de Especificidade de
10.1.7.2 Sem impacto
cores documento complementar

PÚBLICA
IR 5/7
-PÚBLICA-

N-1882 REV. F 11 / 2023

Cancelada definição de Especificidade de


10.1.7.3 Sem impacto
cores documento complementar
Utilização de cabos
10.2.1.2, Alinhamento a diretriz do Aumento de
armados em instalações
10.2.1.3 E&P confiabilidade
marítimas
Inclusão de identificação de
Alinhamento a diretriz do Ratificação de uma
10.2.1.4 cabos conforme IEC-60092-
E&P prática
376
Cancelada solicitação de
10.2.2.1 Especificidade de RM Sem impacto
curva de envelhecimento
Inclusão de citação a IEC-
Alinhamento a diretriz do Ratificação de uma
10.2.2.2 60079-14 para cabos de
E&P prática
segurança intrínseca
Inclusão dos termos “baixa
Alinhamento a diretriz do Ratificação de uma
10.2.2.3 emissão de fumaça” e
E&P prática
“resistentes ao fogo”
Inclusão do termo “classe de Alinhamento a diretriz do Ratificação de uma
10.2.2.6
encordoamento 2” E&P prática
Restrição a mistura entre
Alinhamento a diretriz do Aumento de
10.2.2.7 pares, ternas e quadras em
E&P confiabilidade
um multicabo
Adoção de blindagem
eletrostática individual Alinhamento a diretriz do Aumento de
10.2.2.8
inclusive para sinais E&P confiabilidade
discretos
Citação a IEC-61892-6 para
Alinhamento a diretriz do Ratificação de uma
10.2.2.12 o uso de prensa cabos em
E&P prática
cabos armados
Maior detalhamento de
Alinhamento a diretriz do Aumento de
10.2.2.13 seção dos cabos por
E&P confiabilidade
aplicação
Antigo item
Especificidade de
10.2.2.14 Cancelada definição de cor Sem impacto
documento complementar
(Rev. E)
Citação de atendimento a
IEC-60092-376 e
Cancelada citação de
10.2.3 apresentação de relatório Sem impacto
detalhamento de testes
e certificação de
homologação
Aumento de
Inclusão de requisitos e
Demanda de inclusão de flexibilidade;
11 recomendações sobre
novas tecnologias alinhamento ao
instrumentação sem fio
mercado;
Aumento de
Cancelado referência a Alinhamento exclusivo a confiabilidade;
12.1.4
padrão de fabricantes requisitos técnicos melhoria de
mantenabilidade
Aumento de
Inclusão de dispositivos Observação de problemas confiabilidade;
12.1.8
para fixação de cabos de instalação melhoria de
mantenabilidade
Inclusão de afastamento de Observação de
Aumento de
14.1.3 instrumentos de fontes degradação de
confiabilidade
aquecidas instrumentos
Segregação e
Necessidade de Aumento de
14.1.6 e 14.1.7 compartilhamento de
alinhamento a N-2595 segurança
conexões ao processo
Inclusão de aquecimento de Observação de problemas Aumento de
14.1.8
tomadas de pressão de obstrução confiabilidade

PÚBLICA
IR 6/7
-PÚBLICA-

N-1882 REV. F 11 / 2023

Inclusão de purga em Observação de problemas Aumento de


14.1.9
tomadas de pressão de obstrução confiabilidade
Inclusão de suportação em Observação de problemas Aumento de
14.1.10
linhas de impulso de vibração confiabilidade
Inclusão de instalação de
transmissores de pressão Observação de instalações
Aumento de
14.5.2 diferencial acima das erradas com problemas de
confiabilidade
tomadas em torres e medição
reatores
Aumento de
Considerações para uso de disponibilidade;
válvulas de bloqueio e Necessidade de avaliação aumento de
14.6.3
desvio em medidores de frente a cada aplicação confiabilidade;
vazão simplificação da
instalação
Inclusão de instalação de
transmissores de pressão Melhoria de
14.6.6 Dispensa de selagem
diferencial acima das mantenabilidade
tomadas para gás/vapor
Inclusão de requisito de Ausência ou má qualidade Aumento de
14.6.7
selagem da selagem confiabilidade
Inclusão de posicionamento
Desvios na fabricação de
de bocais na mesma cota Aumento de
14.7.2 bocais de tomadas de
em instrumentos de controle confiabilidade
instrumentos
e intertravamento
Inclusão de restrição para
Desvios na fabricação de
instalação de tomada Aumento de
14.7.4 bocais de tomadas de
inferior de instrumento de confiabilidade
instrumentos
nível em tubulações
Inclusão de informação na
Ausência de informação
documentação de projeto
para ajuste de supressão e Melhoria de
14.7.8 sobre posição do
elevação de zero do mantenabilidade
transmissor e tipo de
instrumento
selagem adotado
Inclusão de aterramento de
Observação de lacuna em
invólucros para instrumentos Aumento de
15.3.7, e critério de aterramento de
alimentados até 50 V em confiabilidade
invólucro
área classificada
Comprimento mínimo de Melhoria na qualidade
Anexo A Alinhamento ao API 551
imersão de 2” da medição
Inclusão de tabela de Observação de erros em Aumento de
Anexo E
selagem selagem confiabilidade

PÚBLICA
IR 7/7

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