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Teste de avaliação 5
Os Lusíadas

Escola

Matriz do teste de avaliação 5 (versão A)

Data do teste Disciplina: Português, 9.º ano Duração do teste

Itens – Cotações Cotações por

domínio
Textos Resposta
Domínios Texto A Texto B
C, D extensa Total

1.1 – 4%
Compreensão 1.2 – 4% 16%
oral 1.3 – 4%
1.4 – 4%

2. – 4%
Leitura 3.1 – 4% 12%
3.2 – 4%

5. – 4%
7. – 4%
Educação 8.1 – 4% 28%
literária 9. – 4%
10. – 4%
11. – 8%

4. – 4% 6.1 – 4%
6.2 – 4%
Gramática 8.2 – 4% 24%
8.3 – 4%
8.4 – 4%

Escrita 12. – 20% 20%

Cotações
16% 16% 48% 20% 100%
Total

Professor Turma

1 O Mundo em Palavras 9
© Raiz Editora, 2023
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Nome N.º Turma Data

Avaliação Professor

Faixa 6

Texto A
O Texto A é um excerto de uma peça jornalística sobre a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas.
Vais ouvi-lo duas vezes para responderes aos itens 1.1 a 1.4.
Começa por ler os itens a que terás de responder.

1. Assinala com X, nos itens 1.1 a 1.4, a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.

1.1 No novo paradigma de gestão dos oceanos, deve ter-se em conta o equilíbrio ambiental, social e económico,
mas também
A. □ a diplomacia.
B. □ a ciência.

C. □ a responsabilidade.

1.2 A Conferência dos Oceanos das Nações Unidas vai centrar-se no objetivo de proteção da vida marinha, que
corresponde ao 14.º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de um total de
A. □ catorze objetivos.
B. □ dezasseis objetivos

C. □ dezassete objetivos.

1.3 Os testemunhos dados por dois intervenientes ao longo do texto focam-se

A. □ na cimeira climática.
B. □ na pesca como fonte de proteína.

C. □ no papel dos oceanos.

1.4 A enumeração do final do texto permite perceber que os usos do oceano têm sido
A. □ subvalorizados.
B. □ sobrevalorizados.

C. □ ignorados.

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Lê o Texto B.

Texto B

Eram marinheiros, missionários, exploradores ao serviço da coroa portuguesa, mas os «monstros

marinhos» e prodígios da Natureza que viram no Atlântico e no Novo Mundo marcaram-nos. Muitos
deles foram os primeiros a descrever animais e plantas que só muito mais tarde viriam a ser
«descobertos» pelos naturalistas de Oitocentos.
É essa proto-história das ciências naturalistas em português que a bióloga e historiadora Cristina
Brito está a redescobrir, em relatos antigos de monstros marinhos, sereias, manatins e outros prodígios,
que foi desencantar nos arquivos e quer dar a conhecer ao público e aos outros investigadores. Por isso,
escreveu e lançou o livro New Science from Old News, assim mesmo, em inglês, «para chegar mais
facilmente aos investigadores de todo o mundo que trabalham nesta área», justifica a cientista.
«Todas essas fontes documentais, como relatos de viagens, descrições de seres estranhos que
nunca tinham sido vistos por europeus e ilustrações que estão nos arquivos nacionais são um manancial
ainda inexplorado na investigação histórica da história natural, e devem passar a ser consideradas pelos
investigadores que trabalham nesta área», diz. Bióloga de formação, enveredou pela investigação
histórica quando se cruzou, no arquivo de São Tomé, com relatos dos marinheiros portugueses sobre o
avistamento de cetáceos no Atlântico. Ficou tão fascinada que decidiu mergulhar no tema. E descobriu
que, à sua maneira, e muito antes de tempo, esses marinheiros das primeiras caravelas também foram
naturalistas.
Para aqueles exploradores pioneiros, os estranhos seres que avistavam no Atlântico eram todos
«monstros marinhos». É assim que surgem nas suas descrições, como no texto de Pêro Magalhães de
Gândavo, secretário de D. Sebastião, enviado ao Brasil em 1558, que descreve em detalhe os seus
recursos e riquezas, paisagens e geografia, flora e fauna. E fala, a certa altura, de um monstro marinho,
que deveria ser um leão-marinho da América do Sul. «O principal propósito do documento é discriminar
recursos e produtos, mas depois surge também a descrição do monstro marinho, e esta coexistência é
comum aos documentos da época, que pretendem sobretudo descrever as viagens e os novos
ambientes e riquezas, e depois incluem descrições de animais e plantas», explica a investigadora.

Filomena Naves, «Monstros marinhos ou a história ignorada dos Descobrimentos», Diário de Notícias, 22/04/2016 (adaptado)

2. Numera as frases de 1 a 5, de acordo com a ordem pela qual as informações são apresentadas no texto.
A primeira frase já se encontra numerada.

O Constatação do estado inicial da investigação sobre as descrições dos pioneiros.

① Enumeração dos pioneiros das descrições naturalistas de terras distantes.
O Identificação da origem do interesse de Cristina Brito pela investigação histórica.
O Clarificação do principal objetivo das descrições feitas pelos pioneiros.
O Enumeração das criaturas fantásticas descritas em antigos documentos.

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3. Assinala com X, nos itens 3.1 e 3.2, a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.

3.1 As aspas usadas nas linhas 1-2 e 3 destacam

A. □ palavras ou expressões citadas ou transcritas.
B. □ títulos de artigos de divulgação científica.

C. □ utilizações de termos de origem estrangeira.

D. □ usos particulares de palavras ou expressões.

3.2 O elemento «proto-», usado na linha 5, destaca o facto de as ciências naturalistas em português serem
A. □ anteriores a Oitocentos.
B. □ contemporâneas de Oitocentos.

C. □ posteriores a Oitocentos.

D. □ desconhecidas em Oitocentos.

4. A palavra «naturalistas» é uma palavra-chave neste texto e surge em diferentes contextos. Associa
cada ocorrência à respetiva função sintática.
Escreve, em cada quadrado, o número correspondente.

Passagens do texto Função sintática

A – «pelos naturalistas de Oitocentos» (linha 4)
B – «naturalistas» (linha 5)
C – «naturalistas» (linha 17)
1 – Predicativo do sujeito
2 – Modificador apositivo do nome
3 – Complemento agente da passiva
4 – Complemento direto
5 – Modificador restritivo do nome

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Lê o Texto C (Os Lusíadas, Canto V, ests. 41-43) e as notas.

Texto C

Est. 41
«E disse: – «Ó gente ousada, mais que quantas
No mundo cometeram grandes cousas,
Tu, que por guerras cruas, tais e tantas,
E por trabalhos vãos nunca repousas,
Pois os vedados términos quebrantas1
E navegar meus longos mares ousas,
Que eu tanto tempo há já que guardo e tenho,
Nunca arados d’estranho ou próprio lenho2;

Est. 42
«Pois vens ver os segredos escondidos
Da natureza e do húmido elemento,
A nenhum grande humano concedidos
De nobre ou de imortal merecimento,
Ouve os danos de mi que apercebidos3
Estão a teu sobejo atrevimento,
Por todo o largo mar e pola terra
Que inda hás de sojugar com dura guerra.

Est. 43
«Sabe que quantas naus esta viagem
Que tu fazes, fizerem, de atrevidas,
Inimiga terão esta paragem,
Com ventos e tormentas desmedidas;
E da primeira armada que passagem
Fizer por estas ondas insofridas4,
Eu farei de improviso tal castigo
Que seja mor o dano que o perigo!

Luís de Camões, Os Lusíadas, edição de A. J. da Costa

Pimpão, Lisboa, IC-MNE, 2000, p. 223

Notas
1
os vedados términos quebrantas: os proibidos limites ultrapassas.
2
Nunca arados d’estranho ou próprio lenho: jamais navegados por quaisquer embarcações.
3
apercebidos: preparados.
4
insofridas: indomáveis.

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5. Refere dois traços caracterizadores dos marinheiros portugueses apresentados pelo gigante Adamastor
na estância 41. Justifica a tua resposta com passagens do texto.
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6. Assinala com X, nos itens 6.1 e 6.2, a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.

6.1 Na estância 41, os constituintes «cruas» (v. 3) e «vãos» (v. 4) desempenham a função sintática de
A. □ modificador restritivo do nome, à semelhança do constituinte «vedados» (v. 5).
B. □ modificador restritivo do nome, à semelhança do constituinte «términos» (v. 5).

C. □ modificador apositivo do nome, à semelhança do constituinte «vedados» (v. 5).

D. □ modificador apositivo do nome, à semelhança do constituinte «términos» (v. 5).

6.2 O pronome que inicia o verso 7 da estância 41 introduz uma oração subordinada adjetiva relativa
A. □ restritiva, que se refere à expressão «longos mares».
B. □ restritiva, que se refere à expressão «tanto tempo».

C. □ explicativa, que se refere à expressão «longos mares».

D. □ explicativa, que se refere à expressão «tanto tempo».

7. Explica, por palavras tuas, em que consiste o «sobejo atrevimento» (est. 42, v. 6) referido pelo gigante
Adamastor, tendo em conta os versos iniciais da estância 42.
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8. Assinala com X, nos itens 8.1 a 8.4, a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.

8.1 No verso 2 da estância 42, para referir o mar, o gigante recorre à

A. □ comparação.
B. □ antítese.

C. □ personificação.

D. □ perífrase.

8.2 As formas verbais «Ouve» (est. 42, v. 5) e «Sabe» (est. 43, v. 1), que anunciam as profecias do Adamastor,
encontram-se
A. □ na segunda pessoa do singular do modo imperativo.
B. □ na segunda pessoa do singular do presente do modo conjuntivo.

C. □ na segunda pessoa do plural do modo imperativo.

D. □ na segunda pessoa do plural do presente do modo conjuntivo.

8.3 Além disso, a forma verbal «Sabe» (est. 43, v. 1) introduz uma oração subordinada
A. □ substantiva completiva com a função sintática de sujeito.
B. □ adverbial causal com a função sintática de modificador do grupo verbal.

C. □ substantiva completiva com a função sintática de complemento direto.

D. □ adjetiva relativa restritiva com a função sintática de modificador do nome

8.4 Na estância 43, as formas «fizerem»/«Fizer» (vv. 2 e 6) e «terão»/«farei» (vv. 3 e 7), usadas pelo Adamastor
para indicar acontecimentos possíveis e as suas consequências, correspondem
A. □ ao futuro simples do modo indicativo, em ambos os casos.
B. □ ao futuro simples do modo conjuntivo e do modo indicativo, respetivamente.

C. □ ao futuro simples do modo indicativo e do modo conjuntivo, respetivamente.

D. □ ao futuro simples do modo conjuntivo, em ambos os casos.

9. Explicita, globalmente, a estratégia do Adamastor para intensificar o medo dos marinheiros na estância 43.

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10. Completa a afirmação sobre o enquadramento do episódio do Adamastor na estrutura interna de Os Lusíadas.

O episódio do Adamastor integra o plano da (A) ___________________________________ da

(B) _______________________________ de Os Lusíadas, e é narrado por (C) _______________
ao (D) ______________________________.

Lê o Texto D (Os Lusíadas, Canto IX, est. 21) e as notas.

Texto D
Isto bem revolvido, determina
De ter-lhe aparelhada1, lá no meio
Das águas, algũa ínsula2 divina,
Ornada d’ esmaltado e verde arreio3;
Que muitas tem no reino que confina
Da primeira co terreno seio4,
Afora as que possui soberanas
Pera dentro das portas Herculanas5.

Luís de Camões, Os Lusíadas, edição de A. J. da Costa

Pimpão, Lisboa, IC-MNE, 2000, p. 392

Notas
1
aparelhada: preparada.
2
ínsula: ilha.
3
verde arreio: provavelmente, densa vegetação.
4
no reino que confina / Da primeira co terreno seio: nos mares que confinam com a terra.
5
portas Herculanas: estreito de Gibraltar.

11. Escreve um breve texto expositivo sobre esta estância de Os Lusíadas, na qual o poeta apresenta a determinação
de uma deusa.

O teu texto deverá integrar:

– uma parte introdutória em que insiras a estância na estrutura interna da obra e identifiques a deusa em causa e
aqueles sobre os quais recairá a sua determinação;
– uma parte de desenvolvimento em que sintetizes a determinação dessa deusa;
– uma conclusão em que refiras a razão por que essa determinação contrasta com as palavras do Adamastor na
estância 43 do Texto C.

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Resposta extensa
12. Todos nós já sentimos medo, mas os medos não são todos iguais: uns protegem-nos e outros paralisam-nos.
Concordas com esta afirmação?
Escreve um texto de opinião bem estruturado, em que defendas o teu ponto de vista sobre a questão colocada.

O teu texto, com um mínimo de 160 e um máximo de 260 palavras, deve incluir:
– a indicação do teu ponto de vista;
– a apresentação de, pelo menos, duas razões que justifiquem o teu ponto de vista;
– uma conclusão adequada.

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Item
Cotação (em pontos)
Texto A 1.1 1.2 1.3 1.4
4 4 4 4 16

Texto B 2. 3.1 3.2 4.

4 4 4 4 16

Textos C 5. 6.1 6.2 7. 8.1 8.2 8.3 8.4 9. 10.

4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 40

Texto D 11.
8 8

Resposta 12.
extensa 20 20

Total 100

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