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Contexto:
Aldo Rossi foi um arquitecto e teórico da arquitectura italiano (Milão, 3 de Maio de 1931 —
Milão, 4 de Setembro de 1997)
Este livro (1956-1972) compila textos da reflecção do arquitecto sobre a forma de encarar a
arquitectura como um campo de conhecimento, neste texto Rossi aborda as questões tipológicas
residenciais em Veneza - características da construção Gótica e tipologia e parcelamento medievais
em Pádua – características dos monumentos Paduanos. Este conjunto de textos constituem uma
notável contribuição critica para a compreensão histórica dos acontecimentos e dos problemas
discutidos ao longo dos anos.
Resumo:
Os estudos das cidades ideais remontam ao sec. XVI, mais tarde já nos sec. XVIII e XIX são
desenvolvidas as primeiras definições dos Tipos e Tipologias na Arquitectura e Urbanismo, quando
arquitectos procuravam os tipos e modelos dos ―projectos ideais‖
Contudo os estudos foram retomados e melhor desenvolvidos a partir da década de 60, como
uma reacção à Arquitectura e ao Urbanismo Modernista
Recentemente, os estudos sobre TIPO e TIPOLOGIA foram retomados por Aldo ROSSI este,
discute a arquitectura da cidade e a importância de sua continuidade histórica, estudando os
elementos dos quais as cidades são compostas e a forma como eles se agrupam para formar os
bairros, identificando o tipo como o elemento fundamental da arquitectura. „
Rossi usou o conceito de TIPO do tratadista francês do século XVIII, Quatremère de Quincy
(Rossi, 1995, pág.25): „
―O modelo, entendido segundo a execução prática da arte, é um objecto que se deve repetir
tal como é; o tipo é, pelo contrário, um objecto, segundo o qual um pode conceber obras, que não se
assemelharão entre si.‖ „
Entender o significado dessa relação entre tipo arquitectónico e forma urbana é fundamental
para compreender a estruturação urbana e subsidiar a metodologia do projecto arquitectónico e
urbanístico.
De entre muitos, Rossi investigou a cidade de Veneza sobre alguns princípios fundamentais,
como tal, estou sobre os pontos principais de localização dos assentamentos lagunares primitivos;
estudo sobre as relações entre as vias de água e as ruas pedonais; estudo da evolução da cidade por
zonas e por bairros (funcionalidade); estudo dos tecidos construtivos.
―A obra de Rossi, ―A Arquitectura da Cidade‖(1966), constitui um libelo contra a corrente
funcionalista da arquitectura moderna. Condicionada à função, a forma arquitectónica é destituída de
suas razões mais complexas, por um lado, o tipo se reduz a um mero esquema distributivo, um
diagrama de fluxos; por outro, a arquitectura perde sua autonomia. Ao estudar a cidade a partir da sua
arquitectura, Rossi aponta questões como a individualidade, o locus, a memória, o desenho, mas não
se refere a função e para justificar sua posição faz menção a factos urbanos preeminentes cuja função
mudou ao longo do tempo, ou mesmo em que não existe função específica. Pode estar apontada
aqui a chave para uma das questões essenciais da cidade contemporânea: a possibilidade de
readequação, a partir das qualidades da sua arquitectura e de sua forma urbana, de partes inteiras da
cidade cujos usos tornaram-se obsoletos.‖
Crítica:
De acordo com Aldo Rossi, esta análise pode ser aplicada a todos os centros históricos e à sua
degradação, criando o paralelismo entre a ―cidade burguesa‖ actual na ―produção de guetos na
periferia industrial‖
Rossi na ―Cidade Análoga‖ cria um modelo composto pela adição, repetição ou justaposição
de elementos diversos que criam um todo com identidade. Com este desenho, Rossi procurou
demonstrar que certas estruturas formais permanecem no tempo para além da sua função e que a
analogia é também um procedimento subjectivo.