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s, CLASSES LINGUÍSTICAS

s, 1. Elementos tipológicos

uma outra abordagem do conceito de classe e retomando à análise


struturalista, apresentaremos agora a sua divisão em tipologias linguís-
:icas e históricas.
A tipologia corresponde a uma teoria metodológica de informação
e pode ser empírica, onde existe um formalismo de investigação sub-
ectiva, ou uma matéria sócio-humanista possuindo um sentido crítico
elementos que se investigam para obtermos uma situação diacrónica
- objecto. A história da tipologia pode considerar-se, nos últimos dois
séculos, dividida em três fases de significados:
A primeira concebia a arquitectura como uma imitação da ordem
damental da própria natureza e aliava a rusticidade primitiva da
ana a um ideal de geometria perfeita, definida por Newton como o
ríncipio director do universo físico. A partir do século XIX,
atrernêre-de-Quincy, Durand, Viollet Le-Duc, Ruskin e Sernper,
supunham que a típología tinha um carácter atemporal relativa-
ente aos factores históricos e universais, aplicando-se, pois, em qual-
er sociedade. Dentro deste grupo, J. N. Durand teve um papel
tetizador das duas correntes nascidas da tipologia orgânica. Os seus
jectos tipológicos eram desenhados sobre quadrículas numa sim-
-cidade de elementos compositivos. A sistematização dos diferentes
de edifícios resulta de combinações e permutações, tendo como
- o Pártenon, o Panteon, o Circo Romano, a Villa Rotonda, os pátios
- Escorial, etc.
_ o Movimento Moderno, da segunda fase tipológica, fazia-se
rresponder um conjunto de necessidades, sintetizando no termo
__ 'çÃO um sistema coordenado de proporções físicas de espaço. Neste
tido, o período funcionalista - dos anos 20 aos 50 - fornece elemen-
de princípios ou regras úteis para análise e classificação, a fim de
- ir os objectos arquitectónicos. A sua aplicação, num sistema de con-
uidade correspondente, produz-se de inúmeras maneiras e é subrne-
- à lei darwiniana da selecção, segundo as capacidades funcionais.
s edifícios representam máquinas, servindo e modelando as necessi-
es humanas, segundo critérios económicos. Estas duas tipologias ti-
aam uma base comum: assentavam em conceitos estéticos compositivos
zeorias formais, exteriores ao conceito da própria arquitectura.

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Finalmente, a terceira fase refere-se a uma situação semiológica com A redescoberta da história e de um vocabulário colectivo implícito
as suas raízes no academismo do século XVIII. Esta escolha não satisfaz nas tipologias urbanas, consequência da Revolução de Maio de 68, defi-
as necessidades imediatas da prática profissional, constituindo antes uma ne, simultaneamente, a necessidade de um consenso entre o espaço pú-
utopia servindo para revitalizar algumas teorias académicas que são po- blico e o conteúdo social, para que esse espaço seja aceite e reconhecido.
tencialmente válidas. Nesta via, encontram-se vários teóricos, entre os A história distingue vários períodos, onde códigos coerentes teriam sido
quais: Argan, Colquhoun, Bohigas, Aldo Rossi, Leon e Rob Krier, Bernard identificáveis e expressavam conteúdos sociais. Este Maneirismo método-
Huet e Ricardo Bofill. Vejamos o estudo efectuado por Aldo Rossi, ex- lógico tratadista vem até aos princípios do século XIX, com o ecIectismo,
posto no livro A Arquitectura da Cidade (1977), o modelo como proposi- sendo o mais importante o neocIassicismo, que se divide em três verten-
ções de arquitectura, com base nas teorias de Quatrernere-de-Quincy: tes:

«[ ... ] A palavra tipo não representa tanto a imagem de uma coisa a - O método de WinckeIrnann, Lessing e Piranesi, dos anos de 1760 a
copiar ou a imitar perfeitamente quanto a ideia de um elemento que ele 1762;
próprio deve servir de modelo ... O modelo, entendi~o segund? a exe-
cução prática da arte, é um objecto que se deve repetir tal qual e; o tipo - Os estudos de Milizia e de Ladoli, entre 1781 e 1786;
é, pelo contrário, um objecto segundo o qual cada um pode conceber - Com a Revolução Francesa, até ao início do século XIX, com
obras que se não assemelham nada entre si. Tudo é preciso e dado no J. N. Durand.
modelo; tudo é mais ou menos vago no tipo. Assim, nós vemos que a
imitação dos tipos não tem nada que o sentimento ou o espírito não No segundo volume das Lições, J. N. Durand apresenta uma exausti-
possam reconhecer. va compilação de projectos de edifícios públicos, de sua autoria, que
[ ... ] Entregámo-nos a esta discussão para dar bem a compreender o
reflectem bem duas atitudes. Uma, referente à tipologia; a outra à siste-
valor da palavra tipo tomado metaforicamente numa quantidade de
obras, e o erro daqueles que ou o desconhecem, porque não é um mode- matização clássica, à ordem e ao desenho, que é um somatório de ele-
lo, ou o falseiam, impondo-lhe o rigor de um modelo que implicaria as mentos de espaços, de formas individualizadas já expostas no primeiro
condições de cópia idêntica. . . . .. volume das mesmas Lições. Durand quer, através de uma significação de
[ ... ] Na primeira parte da proposição o autor elimma.a posslbili~ade linguagens, dar às conexões de pequenos volumes, aos pátios e cobertu-
de algo a imitar ou a copiar, porque neste caso não havena~ com_o a~rma ras um ritmo próprio, transformando-os em sinais emblemáticos da so-
a segunda parte da proposição, «a criação do modelo», Isto e, nao se ciedade do princípio do século XIX, aplicando esta linguagem aos grandes
faria arquitectura. . edifícios, tais como, palácios de justiça, hospitais, escolas, ete. As igrejas
A segunda proposição afirma que na arquitectura (r;'0~elo ?U for- e catedrais, até então os sinais que marcavam a cidade, são substituídos
ma) existe um elemento que desempenha um papel propno; nao por-
tanto algo a que o objecto arquitectónico se adequou na sua co,nforma- por estes novos objectos. O revivalismo do cIassicismo dos anos 70 do
ção, mas algo que está presente no modelo. Este algo, de facto, e a regra, século XX, dá-nos uma criação especulativa, uma deformação consciente,
o modo constitutivo da arquitectura. uma elisão e reconstituição paradoxal de edifícios certos. Esta atitude
Em termos lógicos pode-se dizer que este algo é um~ c0n_stante. Um em direcção a um desenterrar do passado, é bastante diferente do
argumento deste tipo pressupõe conceber o facto arqUl~ectoruco ~on:o classicismo da Renascença, visto a reprodução ser mais fácil e o passado
uma estrutura; uma estrutura que se revela e é cognoscível no propno ser campo de operações retóricas, com o paradoxo e a ilusão a assumi-
facto. rem o protagonismo, relegando os elementos principais para uma situ-
Se este algo, que podemos chamar o elemento típico ou sin_1ples_mente
ação de figuras menores fragmentadas. Esta tendência, entretanto, é
o tipo, é uma constante, é revelável em todos os factos arqUltecto~lcos.
Portanto é também um elemento cultural e como tal pode ser pesqwsado substituída por outras premissas de conteúdo, que valorizam a compo-
nos dive~sos factos arquitectónicos; a tipologia,torna-se. ass.im em .~an- sição de formas em volumes elementares, sombras e perspectivas seme-
de parte o momento analítico da arquitectura, e e melhor individualizável lhantes aos conceitos do pintor De Chirico. São os harmónicos conceitos
ainda ao nível dos factos urbanos.» de Iluminismo de Laugier e as suas formas puras e a estética do século XVIII

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de Boullée e Ledoux. Nasce, assim, a romântica recuperação dos princí- tificação simples e estável, mas um material espacial onde se recuperam
pios neoclássicos, que se manifesta também nos conceitos urbanos. Vol- todos os elementos de um «discurso» sobre o valor social do espaço.
ta-se à era do branco, para evitar as angústias das cores sombrias e do O tipo poder-se-a definir, simultaneamente, como símbolo de um grupo
claro-escuro intenso e, até, só da linha. É neste retorno historicista/ social, com o qual se procura identificar, pelas suas potencialidades de
/funcionalista que surge Aldo Rossi como mentor desta corrente, pro- espaço físico inserido numa configuração urbana e constituído segundo
jectando o conjunto habitacional no bairro de Gallartesi, em Milão, o o modo de produção em vigor na sua época, quando se lhe quer dar
cemitério de Modena e o Teatro del Mondo, de Veneza (1979). Este últi- ênfase emblemática.
mo corresponde a uma imagem de síntese, que faz a fusão entre o mo- Quanto ao problema da produção e transformação de um tipo, ele
derno e a história. possui um duplo sentido: o do seu valor social e potencial, não podendo
ser considerado somente como uma categoria de análise elaborada
a posteriori pelo historiador ou pelo artista, mas um código que estrutura
5. 1. 1. Tipo/agia a produção dos espaços construidos. O primeiro sentido corresponde à
estrutura evolutiva dos factos históricos que não deve ser analisada de
o tipo não sugere uma solução arquitectónica antes de ter sido su- ~aneira separada e pontual como matéria distinta de tipos, pois o seu
jeito a uma classificação dos seus elementos, distintos mas comuns nos interesse é a verdadeira utilidade dos códigos na panorâmica evolutiva
seus princípios. O valor da tipologia é que revela os resultados desta arquitectónica da imagética, que se manifesta através de uma crítica
classificação. A composição dos tipos ideológicos passa a ser um processo cujas tipológica. O segundo sentido, representa uma TIPOLOGIA FORMAL e
operações se alicerçam na conjugação da arte com a ideologia social e onde a verifica-se na leitura dos fenómenos de diversos aspectos construtivos
História representa um papel importante no estudo da evolução contínua ou e de códigos, como paredes, tectos, etc., que não estão interligados num-
na trajectória do tipo. Os defensores desta tendência recorrem ao estudo conceito socioeconómico, como no Renascimento e no Maneirismo.
das imagens como uma base teórica da arte, não como uma lingua- Neste âmbito, temos o caso da cúpula de Florença, projectada por
gem, mas sim num discurso extremamente relacionado com os proble- Brunolesco, os palácios de Vicenza, de Palladio, e ainda a calote esférica
mas sociais e dialécticos do homem. Para eles, as obras, por exemplo, da Igreja de S. Pedro, de Miguel Ângelo. Na cúpula de Florença, esta
de Serlio, do Renascimento, ou as pesquisas tipológicas de Palladio configuração marca intensamente uma nova organização formal bur-
expressas nas suas «Villas», são o significado e o objectivo coerentes guesa, num espaço urbano gótico-românico, sem alterar contudo o
das formas e dos espaços no contexto social. Suponhamos, para o efei- desenho urbano, mas introduzindo um desenho pontual compacto
to, um edifício habitacional: é a partir do «elemento» edificado, do renascentista. Se observarmos, ainda, S. Lourenço e S. Espírito, bem
«tipo» ou da «célula» isolada como código (como no caso de edifícios como a Rotunda do Angeli, constatamos que, tanto Brunolesco como
de direito e esquerdo ou de pátio, etc.), que se atinge um TODO. Alberti, edificaram espaços de acordo com a perspectiva humanista,
A análise desse TODO é feita a partir da composição e da realidade que reproduz os conceitos da classe feudal mercantilista a caminho da
vivida, e encontra-se numa relação com os seus códigos individualistas, burguesia, numa pré-existência medieval e numa dialéctica histórica.
sendo as qualidades dos códigos tipológicos organizadas e estruturadas As arquitecturas imagéticas de cada uma, deverão ser conjugadas na
em dois motivos: base da evolução social histórica, tendo em conta estas duas etapas,
bem como os factores das cidades e das pré-existências onde estão
- matéria arquitectónica autónomar inseridas.
- elemento pertencente ao espaço urbano.
Estes dois princípios levam-nos a ter presente que um novo tipo, cons-
tituído por partes de tipos pré-existentes, inseridos num contexto dife-
rente, sofre transformações formais, ou seja, não é uma estrutura de iden-

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OS ESQUEMAS - CONTINUIDADE - PALLADIO

5. 1. 2. Teoria dos modelos

A disciplina que estuda os modelos extensionais é denominada


TEORIA DOS MODELOS. É um amplo e crescente capítulo da metamate-
mática e abrange a maior parte da Semântica, da Lógica e da Matemática.
Preocupa-se a Teoria dos Modelos com:

«as relações mútuas entre sentenças associadas a teorias formalizadas e


sistemas de cunho matemático em que tais sentenças valem».
Tarski (1954), pág. 572

Na Teoria dos Modelos matemáticos, Tarski investiga as relações en-


tre a álgebra booleana abstracta e os seus Modelos. De um modo geral, a
Teoria dos Modelos matemáticos não se preocupa apenas com os mode-
los em si, mas com o uso de modelos para resolução de certos problemas
sintácticos. a realidade, os Modelos são o mais poderoso instrumen to
de que se dispõe para investigar questões de compatibilidades (consis-
tências), independência conceptual, possibilidade de definição, indepen-
dência de axiomas, demonstrabilidade, categoricidade, etc. Sob esse as-
pecto, a Teoria dos Modelos é relevante não apenas para a matemática
pura, mas também para o estudo dos fundamentos da ciência e da filo-
sofia exacta. A Teoria dos Modelos Tipológicos refere-se também aos mé-
todos da significação com o fim de encontrar e entender os múltiplos
significados da continuidade do objecto arquitectónico. Podemos dizer
que se podem organizar modelos icónicos aplicáveis ao objecto de acor-
do com essas características de continuidade. Na diferença do pensa-
mento discursivo semiológico, podemos assinalar duas teorias: uma de
Peirce - o pensamento icónico baseado numa imagem - e, outra, de
Hegel-, o pensamento a favor de uma lógica racional. Estamos na fase
dos conceitos formais históricos, onde a evolução do modelo, é uma
CONTUNUIDADE. Para conhecermos esta CONTINUIDADE estruturalista,
temos de ter conhecimento dos vários conceitos e das suas dimensões.
A continuidade semiológica encontra-se inicialmente ligada às teorias
de [akobson e às de Saussure, que deram origem à continuidade das
formas, que podem ser analisadas por meio dos processos SINCRÓNICO
e DIACRÓNICO. Do ponto de vista da SINCRONIA, as formas apresen-
tam-se de maneira análoga. Na DIACRONIA, existe uma conexão íntima,
que garante as formas constantes numa dialéctica com os movimentos e
as transformações das épocas. De uma maneira sintetizada, refiramos o

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Modelo da linguagem SINCRÓNICA, que oferece uma outra vantagem perspectiva analítica, os diversos processos e as articulações das associa-
para algumas teorias: ultrapassa a filosofia e resolve os conflitos inter- ções relativas ao valor. Cada modelo constitui uma significação. Assim,
nos dessa filosofia em nome de uma ou mais ciências. As disciplinas que as colunas dóricas gregas têm a significação de pórticos de entrada; as
se ocupam da linguagem partem dos nomes conhecidos: da Praça de S. Pedro constituem um emaranhado de cilindros e vazios,
que jogam uns com os outros numa fusão do ser e não ser, criando um
Linguística, que representa o estudo geral, comparativo, histórico e espaço encerrado elíptico que convida ao recolhimento espiritual; na
estrutura das línguas; fachada Leste do Louvre as colunas aligeiram a superfície, esburacando-
Semântica, que constitui o estudo da significação e mudanças de sig- -a em linhas ritmadas; na Unidade de Marselha constituem um ernba-
nificação ou definição das palavras; samento/pódio, suportando um volume paralelepipédico; finalmente,
Semiologia, que se refere ao estudo dos signos e sistemas de signos os pórticos de Chandigarh organizam-se de modo a proporcionar ao
não linguísticos. observador uma imagem ambígua de linhas ou microplanos, constituin-
do igualmente uma zona de abrigo.

Continuidade do modelo
5. 1. 3. Significação dos tipos
Como exemplo destas três matérias, estudemos o objecto COLU A
apresentado sob duas vertentes: o Modelo deve ter uma continuidade formal que esteja intimamen-
te ligada a uma relevante estrutura de características semiológicas. Este
- uma, referente ao Modelo;
conceito sumário leva-nos aos princípios gerais mais ou menos exactos
- outra, referente à diversidade e à técnica.
da transformação do objecto ao longo do tempo, tanto em relação ao
passado como ao presente. Analisemos, em seguida, o que se entende
A COLUNA foi-se alterando ao longo de séculos, de etapas e de ciclos
por significação de modelos tipológicos, pois esta significação é verda-
sociais, desde o grego, o romano-gótico, o modernismo, com diferentes
deiramente importante para o conhecimento dos edifícios com a mes-
caracteres expressivos, harmónicos, de proporcionalidade, de significa-
ma natureza (igrejas, hospitais, centros comerciais, etc.) que se altera
ção e até de estabilidade. Temos assim, o templo grego de Poseidon e as
consoante a ideologia histórica. Assim teremos:
suas colunas dóricas; as colunas colossais da Praça de S. Pedro, no
Vaticano; na fachada Leste do Louvre, as colunas agrupadas duas a duas;
- A Tipologia Referencial ou Ideológica, que se refere à Significação
os pilares da Unidade de Marselha e ainda os pórticos do Palácio da
Metonímica, como sejam os edifícios por continuidade entre a confi-
Assembleia, em Chandigarh, ambos de Le Corbusier. Estes vários mo-
guração e a função real. É o caso da Significação de uma igreja de
delos, mostrando as qualidades linguísticas históricas comparativas, não
tipo basílica católica, que se transforma numa igreja ortodoxa;
são mais, afinal, do ponto de vista tecnológico, do que signos que cons-
- A Tipologia Simbólica, que se refere à inter-relação de modelos em
tituem matéria de suporte construtivo a uma força de carga.
comum e, também, a uma Significação Metafórica, como sejam os
templos gregos, que mais tarde inspiraram a concepção de igrejas e
Dentro deste contexto, existem dois casos importantes no Modelo:
museus.
- o Modelo dinâmico e as questões das variantes;
- O Modelo estático e as noções não variáveis. Também se pode verificar o caso inverso, passando a~ formas organi-
zadas por funções metonímicas, a funções metafóricas. E o caso dos tem-
Limitemo-nos, simplesmente, ao Modelo de tipo estático, que não plos laicos renascentistas, que após algumas décadas se transformam
observa o ponto de vista estético, nem organicista, mas estuda, numa em edifícios Simbólicos!Metafóricos neodássicos, bem como as igrejas

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protestantes do século XVIII que têm em comum o carácter e a expressão 1870 e 1890, nas zonas de Prazeres, Xabregas, Penha de França, Graça,
das naves, das galerias e das abóbadas, e são a sequência formal das Marvila, S. Domingos de Benfica, etc.
igrejas barrocas católicas, devido a alterações históricas do culto religio- Esta tipologia foi aplicada por alguns arquitectos modernistas, como
so. De acordo com estas classes, temos ainda, ao longo de várias épocas, Walter Gropius, Le Corbusier e Alvar Aalto em museus, câmaras muni-
as séries de absides das igrejas como uma CONTI UIDADE formal. Sem cipais e até no Convento de La Tourette, e com o ressurgimento dos
quase apresentarem alterações formais, associam-se numa dada sequên- conceitos tipológicos nos anos 60 a 70, os pátios passaram a ter uma gran-
cia I VARIÁVEL. Como exemplo, podemos referir as absides de estilo de predominância no sistema compositivo. Assim, temos os projectos
barroco. Dentro deste conceito, temos como mais características da his- habitacionais para Oxford, de [ames Stirling, com um pátio interior de
tória arquitectónica as abóbodas «inesperadas», da Igreja de S. Lorenzo, vivência de 99.00 m x 99.00 m, e pátios exteriores do tipo de Villa,
em Turim (1675), que possuem como elemento dominante a célebre projectados por Portzampar em Paris, os projectos de Rob Krier, em Vie-
cúpula rendilhada e de belos efeitos de luz, e a calote esférica da Catedral na e em Berlirn, e os projectos de Bofill em Montpellier, Marne La Vallé
de S. Paulo, em Londres (1672). e Montparnasse, Paris. Em Portugal, estes princípios foram seguidos,
nos anos 1975/1976, em Lisboa, na Quinta do Bacalhau, nas Olaias, por
Manuel Vicente, por José Chartes Monteiro em Setúbal, e por Siza Vieira,
Método ideológico diacrônico que, em 1990, adopta para a nova Faculdade de Arquitectura do Porto
um conjunto de pavilhões dentro de uma organização simbólica, cujo
o pátio pátio apresenta uma forma piramidal no sentido horizontal. As formas
de pátio em Charles Moore foram aplicadas na residência hoteleira de
Através de uma evolução histórica, podemos considerar o pátio uma São João Capristano, na Califórnia, baseada numa estrutura semelhante
tipologia não formal dentro de um método ideológico diacrónico, como a um aldeamento espanhol e repetida, mais tarde, em Marbourge Tegal,
um símbolo de convivência e de relacionamento humano. A convivên- Berlim.
cia faz parte de uma longa história de uso e foi largamente aplicada em
especial nos claustros dos mosteiros e nos pátios renascentistas. Estes
pátios podem ser colocados tanto exteriormente, formando pequenas o quarteirão como tipo
praças ou largos e pequenas zonas de convívio, como interiormente, em
zonas nucleares de palácios ou de edifícios apalaçados. São o significa- Acerca das características de tipologia ideológica, poderíamos ain-
do de padrões de vida colectiva, para festas e para grupos de popula- da referir a evolução, transformação e descaracterização do quarteirão
ções dos mais variados estratos sociais, provocando um inteiro intimismo nos dois últimos séculos, em Lisboa. Esta evolução desenrolou-se em
de comunidade fraterna. Esta matéria é equacionada pela analogia de três fases, as quais nos mostram as características dos diversos graus
modelos e de tipos de pátios com diversas diferenças de formas, de di- de burguesia, desde a Revolução Francesa até aos nossos dias, das
mensões, de geometria euclidiana ou topológica. A evolução formal do vivências e das relações com os restantes utentes do imóvel, nos
pátio burguês poder-se-á assinalar pelos pátios renascentistas da Villa arruamentos, nos logradouros do espaço interno do quarteirão. Como
Julia, em Roma, do Palácio Iseppo Porto, em Veneza, com uma configu- primeira fase, refiramos a Baixa Pombalina, que é constituída por pe-
ração rectangular formada por claustros e que Miguel Ângelo também quenas unidades de imóveis, organizadas em habitações de direito e
utilizou no Capitólio de Roma, em forma aberta. Esta aplicação foi adop- esquerdo, variando entre três e quatro pisos de altura, para um estra-
tada em França, Espanha e, também, em Portugal, onde é característico to social de burguesia abastada. A segunda, datada dos anos 30,liga-se
o Palácio Galveias, e intitulou-se «Cour d'honneur». Em Lisboa, esta con- também a uma malha urbana, cujos logradouros apresentam já um
figuração foi igualmente adoptada no século XIX, nas vilas habitacionais, amplo espaço aberto, que propiciava uma convivência humana, com
construídas para a classe operária, espalhando-se pelos arredores, entre um espírito oposto ao antigo saguão e vê-se representada, em especial,

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nas Avenidas Novas. Finalmente, a terceira fase corresponde à urbani- amplidão visual, proporcionando uma melhor higiene, salubridade e
zação do Areeiro e Alvalade, dos anos 45 a 55, com quarteirões de con- insolação, além da sua utilização como espaços privados. O quarteirão
figurações variadas, onde prevalece a vivência interior pública, como passa a ser apreciado já não no âmbito arquitectónico, mas como espaço
signo de vida privada. de logradouros.

A rua como passeio Quarteirão dos anos 50 - o estar para jovens

o arranjo da Baixa Pombalina foi efectuado, como se sabe, depois do O terceiro exemplo da evolução formal do conceito de quarteirão, no
Terramoto de 1755. A configuração urbanística para esta zona é compos- sentido do desmembramento da sua IMAGEM total arquitectónica, ce-
ta por uma malha rectangular, agrupada em vários tipos de quarteirões, dendo a primazia a zonas de estar e lazer público e privado, no âmbito
que possuem uma dimensão aproximada de 72.00 m x 72.00 m e que da Carta de Atenas, verifica-se, ainda em Lisboa, particularmente como
constituem a grande IMAGEM desta época. Estes quarteirões tinham qua- experiência, nas zonas entre o Areeiro e Alvalade. O quarteirão deixa,
tro pisos, sendo o último amansardado, com o rés-do-chão, destinado a definitivamente, de ter uma volumetria bem definida. Os espaços entre
estabelecimentos e os restantes andares a habitação. As habitações são, os edifícios perdem privacidade, transformando-se, progressivamente,
no seu conteúdo de vivência, inteiramente voltadas para o arruamento numa zona comunitária, que pode ser utilizada como local de lazer e,
e é partindo daqui que se organiza a vida comunitária da habitação, do nalguns casos, para implantação de pequenos edifícios para serviços
trabalho e do lazer. Para proporcionar alguma iluminação às zonas inte- públicos (escolas - como, por exemplo, o quarteirão do Areeiro, junto à
riores de serviços, projectaram-se pequenos saguões. Temos, deste modo, Av.ª de Madrid), desaparecendo completamente a imagem do quartei-
como imagens dominantes, os quarteirões principais da Rua do Ouro, rão para dar privilégio aos ESPAÇOS VERDES.
da Rua Augusta e da Rua da Prata até ao Largo de S. Paulo. Estes
arruamentos, para além de serem os meios de comunicação viária, cons-
tituíam também o SIGNO DO PASSEIO PÚBLICO. 5. 2. Identidade

Na continuação dos pensamentos elaborados sobre o conceito e o


o quarteirão dos anos 30 - comunicação viária objecto, relacionando-os com a teoria da identidade, que já abordámos
a propósito da Escola de Frankfurt, julgamos conveniente referir tam-
Na segunda fase, de acordo com o escalonamento atrás referido, a bém que a teoria da lógica dialéctica levanta outras observações antagó-
imagem de quarteirão deixa de ser emblemática. São simples malhas nicas às que temos exposto.
urbanas projectadas pelo Eng.º Ressano Garcia nos anos 30: a Avenida O conceito da identidade é um estudo científico como qualquer ou-
da República, Av.ª Elias Garcia, Av.ª 5 de Outubro, Av.ª Duque d'Ávila, tra investigação. Só conhecemos cientificamente um outro objecto, na
etc. Esta zona das Avenidas Novas era habitada por uma burguesia dife- medida em que este se expressa em novos conceitos. Se determinarmos
rente e com diferentes conceitos de vivência dos da Baixa Pombalina e o conceito, determinamos o objecto. Esta matéria é exposta pela semio-
fez com que os espaços exteriores fossem tratados com maior dimen- logia, ou semiótica, e relaciona-se com o neopositivismo, o qual tem acerca
sionamento, com uma placa central verde, do tipo de passeio público, desta filosofia antecedentes que remontam ao século XVIII e que che-
como a Avenida da Liberdade. Estes arruamentos são já pensados para gam ao século XX através de Rudolph Carnap e Roland Barthes, entre
o automóvel e para os transportes públicos, numa perspectiva de de- outros, os quais actualmente são os maiores defensores desta teoria. Os
senvolvimento dos meios de inter-relação urbanos. O conceito de quar- seus princípios científicos afirmam que a via de pensamento que con-
teirão reflecte-se no desafogo dos logradouros, que possuem uma maior duz à noção de conceito é a mesma que corresponde à de objecto (sen-

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do, portanto, sinónimos), signo ou imagem, e~bora sejam ~ua~ forI_TIas do teatro e da sua cenografia formal transpostas para um conjunto
distintas do mesmo Eu. O que parece ser o objecto ou a «propna COIsa» habitacional. Outros exemplos analógicos são a Casa VI, de Peter
é, na realidade, o produto não reflectivo do Eu, segundo a actividade in- Eisenman, que faz um paralelismo invertido com um Stijl, projecto de
consciente, uma vez que deste resulta através da força do pensamento a De Stijl, e ainda uma investigação no mesmo sentido de [ames Stirling,
imagem sensorial da coisa observada. O Eu produz inicialmente um certo para o Museu de Estugarda. Estes factores analógicos arquitectónicos,
produto e, imediatamente, considera-o diferente de si próprio, como onde o conceito de um objecto à partida já é um SIGNO anteriormente
objecto do conceito, como não-Eu, isto é, como uma imagem reflectida investigado, mostram-nos que essa relação já existe no pensamento
por um espelho. Mas, teoricamente, o neopositivismo moderno e con- do investigador antes de se produzir o objecto.
temporâneo relaciona o conceito consigo próprio. Esta é a estrutura da O conceito na filosofia neopositivista contemporânea não é causal,
Lei da Identidade, ou do conceito contra a Contradição. Não é mais, visto a sua teoria não eliminar a forma análoga que relaciona o carácter
portanto, que a afirmação de que a um signo deve corresp~nder o mes- do conceito com o objecto exterior, mantendo uma posição íntima, e não
mo signo, possuindo a mesma significação e o mesmo sentido. questiona essa relação, pois esta determina-se pela identidade com o
SIGNO (termo que substitui o próprio conceito) e o significado que se
«[ ... ) Para concluirmos, aliás arbitrariamente, as perspectivas da dis- tem em vista.
tinção Língua/Fala, vamos dar ainda algumas sugestões referentes a dois
sistemas de objectos, muito diferentes é certo, mas que têm em comum A Lei de Identidade reduz-se portanto a um conceito e um mesmo
o facto de dependerem ambos de um grupo de decisão (de fabricação): Signo - não havendo nenhuma contradição - e deve querer dizer que o
o automóvel e o mobiliário. No automóvel, a "língua" é constituída por sign.ificar é o mesmo que significação. Este é o método adoptado pelas
um conjunto de formas e de "pormenores", cuja estrutura se estabelece teonas de Saussure, Cassirer, Charles Morris, entre outros: resulta, as-
diferencialmente comparando os protótipos entre si (independentemen- sim, de um princípio onde não existe um critério para seleccionar as
te do número das suas "cópias"); a "fala" é muito reduzida, porque, para particularidades, o que torna necessário estudar sistematicamente todo
a mesma posição social, a liberdade de escolha do modelo é muito pe-
quena: só pode funcionar sobre dois ou três modelos e, no interior de o sistema, partindo de um princípio ÚNICO para obtermos uma
um modelo, sobre a cor ou os acessórios; mas aqui talvez fosse necessá- metodologia científica, tal como se determinam essas particularidades
rio transformar a noção de objecto automóvel em noção de facto auto- atravé,s d.a a,ná.lise de Kant - Crítica da Razão Pura - a qual está ligada em
móvel; encontramos então na condução automóvel as variações de uso parte a dIalecbca transcendental, onde os conceitos ou juízos numa es-
do objecto que constituem geralmente o plano da fala; com efeito, o in- t:utura sã.o con:preendidos num sistema ÚNICO. É por essa razão que o
divíduo aqui não pode actuar directamente sobre o modelo para combi- sIgn~ da Id~ntIdade não é um acto tipológico dialéctico mas um acto
nar as suas unidades; a sua liberdade de execução assenta num uso de-
senvolvido no tempo e no interior do qual as "formas" provenientes da contm~o e linear de n:anifestações semelhantes. As formas lógicas, por-
língua, para se actualizarern, têm de passar por certas práticas.» t~nto, sao compreendidas, transmitidas e alienadas abstractamente num
sIsten:a de formas da consciência racional em geral, decidindo não o
Roland Barthes, Elementos de Semiologia, página 24, Edições 70
conceito de um ou outro indivíduo, mas unicamente se manifestam em
formas (ou esquemas) necessárias para a actividade de qualquer ser
Esta citação de Roland Barthes e os exemplos arquitectónicos de
dotado de pensamento. Para Bofill, o teatro romano, como forma e ex-
Ricardo Bofill em Mame Ia Vallée, o Museu de Estugarda, de [arries
pressão caracter!sticas do .século II, constitui o signo e imagem, subjecti-
Stirling, e a Casa VI, de Peter Eisenman, permitem-nos compreender a
vos, que transpoe analogícamern- para o século xx transformando-os
questão filosófica colocada pelo neopositivismo. num espectáculo habitacionaI.
O conceito de identidade da ideia que corresponde ao signo aplica- De.st~ modo, ~ que se chama «Lógica» é apenas o esquema abstracto
-se e observa-se no objecto proposto por R. Bofill em Mame Ia Vallée. ~~ ac~vIdade uruversal de construir qualquer possível objecto na cons-
Este projecto contém na sua síntese a analogia do teatro romano, ciencia, enquanto a tipologia objecto, neste caso o teatro, é uma contí-
correspondendo a imagem interior a investigações das diversas partes nua transformação cultural, física e social, ao longo dos séculos, cuja

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tese lógica deve demonstrar que as formas estabelecidas são realmente gicas, para fugirem à dura censura e sentindo a necessidade de dar às
formas de conteúdo autêntico na doutrina-ciência, que em arquitectura populações indecisas uma melhor compreensão das situações em que
corresponde às tipologias ideológicas. A lógica, nesta situação, torna-se estavam envolvidas, recorrem ao sentido alegórico e a uma perspectiva
específica e obtém a sua significação da doutrina-ciência como teatro e ~o seu valor estético que permite transmitir a sua mensagem. Na alego-
não da doutrina-ciência abstracta. Esta diferença de termos demonstra na o que se pretende é, portanto, dar ênfase à mensagem através do
que a Coisa (objecto/teatro), por outro lado, é a «esquematização» teórica plano estético, não se fixando simplesmente nos aspectos decorativos.
- as operações reguladas por regras e teses lógicas que não estão isentas Quem observou esta atitude, já a partir dos meados dos anos 3D, des-
de premissas naturais. crevendo as tendências antiburguesas que incidiam na sociedade, foi
Este é o caso dos métodos de Chomsky ou Broadbent que não esta- Walter Benjamin, um crítico vanguardista, que evidencia a alegoria no
belecem o conceito da contradição, pois são dogmáticos e apenas res- plano estético. Paralelamente, mostra-nos como este processo também
peitam uma determinação. Por isso a identidade, pela íntima e única foi utilizado no drama do barroco alemão. Entretanto, na década de qua-
relação das leis dos mundos subjectivo e objectivo, só pode obter-se num renta, temos outro exemplo de alegoria de características diferentes, com
acto de criação, não servindo para a progressiva esquematização for- o livro A Peste, de Camus, que, através de um sistema filosófico existen-
mal, ou seja, a identidade primária é um facto que não expressa o con- cialista, nos mostra uma terrível existência humana, através de uma ex-
ceito no abstracto, pelo contrário representa a premissa inicial de todo o pe~ência vivida pelo homem como consequência da II Guerra Mundial,
conceito, não determinável através do mesmo, como é o caso referido assinalando a angústia consciente ou inconsciente. Além de Camus de-
do teatro romano e o projecto de Bofil1. Portanto, a identidade organiza- vemos referir também o escritor Thomas Mann por nos evidenciar as
-se em duas direcções da investigação, não confluentes. A demonstra- condições sociais do período do meio do século xx, num fragmento da
ção do objecto, o teatro, transforma-se no subjectivo de características vida, cujos traços mais importantes assinalam a transição entre uma cons-
antropológicas, cuja demonstração se transforma no objectivo, isto é, ciência que critica o seu próprio posicionamento global existente no
parte de uma filosofia transcendental para o conhecimento das suas for- período do capitalismo dos anos 20 a 40. Quanto a Bertolt Brecht, este
mas. É o que se passa com a Casa VI, de Peter Eisenman, cuja forma é escritor e dramaturgo aponta à sociedade uma crítica mordaz num sen-
obtida pelas concepções da Estrutura Profunda, que altera os princípios tido alegórico, de acordo com um sistema ideológico socialista evoluído,
que mostraram a arquitectura, a qual se projectava do interior para o ~onjugado com a evidência do expressionismo e neo-realismo alemão.
exterior. Peter Eisenman adopta uma solução cúbica analógica antagó- E este o método que o pós-modernismo irá seguir.
nica ou uma identidade por oposição, onde o exterior é o elemento do- Nesta tendência crítica antineopositivista observemos, muito suma-
minante do conceito, sendo o signo uma acção linear de pensamento e riamente, que Lukács afirma que numa sociedade capitalista a análise
não uma dialéctica de transformação, apesar de existir uma alteração de deve ser apontada num âmbito do alto realismo de acordo com os prin-
signo/conceito de A para não A. cípios ou método hegeliano numa área de interpretação, a arte orgâni-
ca. Oposta a esta atitude, embora também numa interpretação dialéctica,
temos o teórico T. Adorno esclarecendo que a arte realista de Lukács
Alegoria semiôtica «não é mais do que uma arte política decadente, sem possibilidades de observar
as características das vanguardas, partindo também dos princípios hegelianos e
No período que se seguiu à II Guerra Mundial a humanidade conti- das regras inorgãnicas. a vanguarda reflecte o objecto na situação aciual (1960)
nua a ter uma atitude de conflitos, nos quais se incluiu a chamada Guerra ligada à história social mas também aos conteúdos individuais».
Fria, que foram consequência da oposição que se manifestou, não entre
o fascismo e não fascismo, mas entre uma separação de grupos
económicos e políticos que abrange a burguesia e o proletariado: As a~-
tes plásticas e as literaturas, com grande envolvimento nas lutas ideoló-

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