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GHG Protocol auxilia

cálculo de emissões
do setor de floresta e
agrofloresta do Brasil
28 Set 2020 Por Talita Esturba, Viviane Romeiro, Miguel Calmon e Bruno Calixto

Artigo Programa de Clima

Mais sobre
O Brasil é um dos dez maiores emissores de gases de
Florestas
efeito estufa (GEE) do mundo, contribuindo para o
GHG Protocol
reflorestamento aumento dos impactos das mudanças climáticas. As
silvicultura emissões brasileiras concentram-se principalmente
sistemas
agroflorestais nos setores de Agropecuária e Mudança do Uso da Terra
e Florestas.

Em sua Contribuição Nacionalmente Determinada


(NDC) – o compromisso do país para reduzir
emissões no Acordo de Paris –, o Brasil
comprometeu-se a reduzir as emissões de GEE em
37% em 2025 e 43% em 2030, ambos em comparação
aos níveis de emissão de 2005. Além disso, adotou
como meta a restauração e o re!orestamento de 12
milhões de hectares de !orestas e a restauração
adicional de 15 milhões de hectares de pastagens
degradadas até 2030, além do incremento de 5
milhões de hectares de sistemas de integração
lavoura-pecuária-!orestas (iLPF) no mesmo período.

O país tem uma grande oportunidade de reduzir


emissões. Um recente estudo mostrou que uma
transição para uma economia de baixo carbono pode
gerar empregos e aumentar o PIB do país. O setor de
!oresta e agro!oresta pode se bene"ciar dessa
transição, contribuindo para a redução de emissões. A
Ferramenta de Cálculo para Balanço de Emissões de
Gases de Efeito Estufa em Florestas e Sistemas
Agro!orestais no Brasil (GHG Protocol Florestas e
SAFs) auxilia produtores e empresas a estimarem as
emissões e remoções de GEE de suas atividades
produtivas e melhorar a gestão e e"ciência de seus
negócios, podendo inclusive aumentar sua
produtividade e reduzir seus impactos ambientais.

A partir da quanti"cação de emissões e remoções de


GEE em suas atividades, os produtores poderão gerir,
de forma estruturada, seu impacto em relação às
mudanças climáticas, justi"car investimentos de baixa
emissão e dar um passo a mais para garantir que seus
produtos sejam mais sustentáveis.

A ferramenta vem ao encontro do aumento de


requisitos relacionados aos critérios de ESG
(Environmental, Social & Governance – Meio
Ambiente, Social e Governança) de novos
investimentos, contribuindo para a veri"cação e
validação dos quantitativos de emissão e remoção
enquanto estratégias de baixo carbono.

GHG Protocol
A ferramenta faz parte do GHG Protocol, um pacote
de padrões, orientações, ferramentas e treinamentos
para que empresas e governos mensurem e gerenciem
as emissões antropogênicas responsáveis pelo
aquecimento global. Criado por uma parceria entre o
World Resource Institute (WRI) e o World Business
Council for Sustainable Development (WBCSD), o
GHG Protocol abrange padrões de contabilização de
emissões e remoções de GEE para cidades, setor
corporativo, cadeia de valor, agropecuária, ciclo de
vida do produto, entre outros. Os protocolos são, em
sua maioria, desenvolvidos de forma mais abrangente,
e são adaptados em diversos países para a realidade
nacional de cada um.

Desenvolvido para a realidade do Brasil, o GHG


Protocol Florestas e SAFs contém fatores de emissão
adequados ao cenário do país e foi baseado em
publicações e estudos brasileiros. A ferramenta é
organizada por tipos !orestais, incorporando
plantações homogêneas de eucalipto, pinus e paricá,
plantações heterogêneas (plantio multidiverso de
espécies tropicais nativas e exóticas para uso
madeireiro) e sistemas agro!orestais (SAFs),
compostos de 307 espécies.

Potencial para restaurar


paisagens
O setor agro!orestal brasileiro tem o desa"o e o
potencial de restaurar paisagens, gerar riquezas e
produzir de forma sustentável, agregando redução de
emissões como um de seus diferenciais. A ferramenta
ajuda a compreender e corroborar que práticas de
baixo carbono são aliadas do setor e podem colaborar
para atingir investimentos e ampliar o mercado
consumidor, validando práticas sustentáveis já
aplicadas ou provocando a adoção de novas práticas
de redução de emissões e aumento das remoções de
GEE.

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