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Suely Mara Vaz Guimarães de Araújo

Direito ambiental e
sustentabilidade
Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Simone M. P. Vieira - CRB 8a/4771)

Araújo, Suely Mara Vaz Guimarães de


Direito ambiental e sustentabilidade / Suely Mara Vaz Guimarães
de Araújo. – São Paulo : Editora Senac São Paulo, 2021. (Série
Universitária)

Bibliografia.
e-ISBN 978-65-5536-902-1 (ePub/2021)
e-ISBN 978-65-5536-903-8 (PDF/2021)

1. Direito ambiental 2. Gestão ambiental 3. Meio ambiente


4. Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) 5. Licenciamento am-
biental 6. Legislação ambiental I. Título. II. Série.

21-1400s CDD –341.347


363.7
658.408
BISAC BUS099000
NAT011000

Índice para catálogo sistemático


1. Direito ambiental 341.347
2. Direito ambiental : Legislação ambiental 341.347
3. Meio ambiente 363.7
4. Gestão ambiental 658.408
DIREITO AMBIENTAL E
SUSTENTABILIDADE

Suely Mara Vaz Guimarães de Araújo


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Sumário
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Capítulo 1 Capítulo 4
O meio ambiente na Constituição Aspectos jurídicos do
brasileira, 7 gerenciamento de recursos
1 Federalismo ambiental, 10 hídricos, 61
2 O capítulo de meio ambiente da 1 A Constituição Federal e os recursos
Constituição Federal, 14 hídricos, 63
3 Outros dispositivos de interesse na 2 Política Nacional de Recursos
Constituição Federal, 18 Hídricos: princípios norteadores,
4 Princípios do direito ambiental objetivos e diretrizes, 64
brasileiro, 19 3 Política Nacional de Recursos
Considerações finais, 21 Hídricos: instrumentos, 66
Referências, 22 4 O Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos
Capítulo 2 Hídricos, 72
Política Nacional do Meio Considerações finais, 74
Ambiente: introdução e Referências, 75
instrumentos, 25 Capítulo 5
1 Conceitos, 27
Lei de Crimes Ambientais e as
2 Princípios e objetivos, 29 responsabilidades, 79
3 Sistema Nacional do Meio 1 A base na Constituição Federal
Ambiente, 33 de 1988, 80
4 Instrumentos, 36 2 A Lei de Crimes Ambientais, 82
5 Outros assuntos tratados pela Lei no Considerações finais, 96
6.938/1981, 38
Referências, 96
Considerações finais, 39
Referências, 40 Capítulo 6
Código Florestal: Lei de Proteção
Capítulo 3 da Vegetação Nativa, 99
Avaliação e licenciamento
1 Antecedentes da Lei no
ambiental: instrumentos da 12.651/2012, 100
Política Nacional do Meio 2 A Lei no 12.651/2012, 102
Ambiente, 43
Considerações finais, 115
1 Os fundamentos na Lei da Política
Referências, 116
Nacional do Meio Ambiente e na
Constituição, 45
2 As atribuições federativas, 47
3 O conteúdo do EIA e outros
estudos, 53
4 O conteúdo da licença:
condicionantes ambientais, 55
Considerações finais, 57
Referências, 58
Capítulo 7 Capítulo 8

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Espaços protegidos: Lei do O valor da biodiversidade
Sistema Nacional de Unidades e a necessidade de
de Conservação (Snuc), 117 conservação, 135
1 A base na Constituição Federal, 119 1 A biodiversidade brasileira e as
2 A Lei do Sistema Nacional de ameaças à sua proteção, 137
Unidades de Conservação, 121 2 As populações tradicionais e sua
Considerações finais, 130 proteção jurídica, 140
Referências, 131 3 A Lei no 13.123/2015, 142
Considerações finais, 149
Referências, 150
Sobre a autora, 155

6 Direito ambiental e sustentabilidade


Capítulo 1
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O meio ambiente
na Constituição
brasileira

O direito ambiental abrange os princípios norteadores e as regras


que disciplinam as atividades humanas no que diz respeito aos impac-
tos sobre as florestas, a fauna, os recursos hídricos, o ar, o solo e o
clima e também à interação das comunidades com esses elementos.
Ele compreende o ordenamento jurídico ambiental, incluindo ainda a
doutrina e a jurisprudência. Deve ser dito que a tutela jurídica do meio
ambiente ganhou força progressivamente, conforme se agravavam a
degradação ambiental e a crise ecológica (SILVA, 2002).

Antunes (2020, [n. p.]) explica que:

7
A função primordial do direito ambiental é organizar a forma pela

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qual a sociedade se utiliza dos recursos ambientais, estabelecendo
métodos, critérios, proibições e permissões, definindo o que pode e
o que não pode ser apropriado economicamente.

Além disso, o direito ambiental estabelece como essa apropriação


pode ser feita. Em razão de sua abrangência, espera-se que sua aplica-
ção seja permeada por conflitos. Por isso, suas regras também tendem
a abarcar alguns caminhos para a solução de divergências.

Este livro busca apresentar conceitos básicos sobre o ordenamento


jurídico ambiental brasileiro, analisando as principais normas em vigor
nesse campo, que balizam a atuação dos agentes públicos e privados
em grande parte das atividades econômicas e sociais realizadas no país.

No capítulo inicial, será apresentado o conteúdo relacionado ao tema


presente na Constituição Federal. A Carta de 1988 foi a primeira, na nos-
sa história constitucional, a contemplar um capítulo específico sobre o
assunto, com conteúdo abrangente e inovador, que se encontra deta-
lhado no artigo 225. As Constituições anteriores limitavam-se a definir
competências dos entes federados em poucos aspectos relacionados
à temática ambiental. Não abordavam a proteção do meio ambiente
natural ou assuntos correlatos (SILVA, 2002).

Os avanços da Constituição de 1988 acompanharam a intensifica-


ção dos debates internacionais sobre o meio ambiente. O processo da
Assembleia Nacional Constituinte coincide com a publicação do rela-
tório Our Common Future (WORLD COMMISSION ON ENVIRONMENT
AND DEVELOPMENT, 1987), o chamado Relatório Brundtland.1 Foi essa
publicação que lançou as bases para a Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92, o mais amplo en-
contro internacional sobre meio ambiente já ocorrido, que culminou na

1 A denominação é uma homenagem à sua coordenadora, Gro Harlem Brundtland, então primeira-ministra
da Noruega.

8 Direito ambiental e sustentabilidade


aprovação da Agenda 21, da Convenção da Diversidade Biológica (CDB)
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e da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima (ARAÚJO et al., 2019),


bem como de um documento político, a Declaração do Rio sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento.

O Relatório Brundtland também foi responsável pela consolidação do


conceito de desenvolvimento sustentável, compreendido como aquele
desenvolvimento que atende às necessidades das gerações atuais sem
comprometer a possibilidade de as gerações futuras terem as suas
necessidades observadas (WORLD COMMISSION ON ENVIRONMENT
AND DEVELOPMENT, 1987).2 Veiga (2019) aponta que, na prática, há
muita dificuldade de se delimitar e operacionalizar o conceito de susten-
tabilidade, mas isso não reduz a sua relevância. A busca do crescimento
econômico, da democracia, da paz e de outros valores tem a sustenta-
bilidade ambiental como componente.

Como os problemas ambientais muitas vezes ultrapassam limites


geográficos e políticos, há grande número de acordos internacionais
relacionados direta ou indiretamente ao tema, que se consolidam no
direito internacional do meio ambiente. A proteção ambiental é, cada
vez mais, uma agenda global, abrangendo assuntos como clima, diver-
sidade biológica, poluição transfronteiriça e outros (ANTUNES, 2020).
Esse quadro normativo internacional, quando os atos são ratificados
pelo Brasil, passa a integrar o ordenamento jurídico ambiental nacional,
juntamente com a Constituição Federal e o complexo conjunto de nor-
mas ambientais em vigor no país.

Cabe enfatizar que o art. 225, caput, da Constituição eleva o direito


ao meio ambiente ecologicamente equilibrado ao patamar de um direi-
to fundamental. Trata-se de um direito de terceira geração (MORAES,

2 O trecho é uma tradução livre do original: “Humanity has the ability to make development sustainable – to
ensure that it meets the needs of the present without compromising the ability of future generations to meet
their own needs” (WORLD COMMISSION ON ENVIRONMENT AND DEVELOPMENT, 1987).

O meio ambiente na Constituição brasileira 9


2007),3 lastreado no princípio da solidariedade. Desse entendimento de-

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correm importantes obrigações para o poder público e os cidadãos, que
serão detalhadas neste capítulo.

Aqui serão apresentados e analisados: a distribuição de competên-


cias entre os entes federados na política ambiental e na formulação
da legislação que lastreia esse campo das políticas públicas, confor-
me estabelecido na Constituição Federal; o conteúdo do capítulo da
Constituição sobre meio ambiente (art. 225); outras disposições consti-
tucionais relacionadas ao meio ambiente; e os mais importantes princí-
pios norteadores do direito ambiental brasileiro, que se conectam com
fundamentos colocados em nossa Carta Magna.

1 Federalismo ambiental
A distribuição de atribuições entre os entes federados é tema sempre
presente nas Constituições dos países organizados como federações
(ANDERSON, 2009). No caso brasileiro, os precedentes de conteúdo
afeto à questão ambiental nas Constituições Federais estão exatamen-
te em dispositivos pontuais sobre competências federativas.

A Constituição de 1934 estabelecia a competência privativa da União


para legislar sobre uma lista extensa de temas, entre eles águas, flores-
tas, caça e pesca (art. 5o, inciso XIX, alínea “j”). Essa competência não
excluía a possibilidade de haver legislação estadual supletiva ou com-
plementar (art. 5o, § 3o). O texto explicitava que as leis estaduais, consi-
derando peculiaridades locais, poderiam suprir as lacunas ou deficiên-
cias da legislação federal, sem dispensar as exigências desta. Também

3 Os direitos de primeira geração são marcados pelo princípio da liberdade. Reúnem os direitos civis e
políticos, como os constantes no art. 5o da Constituição Federal. Os direitos de segunda geração, por sua
vez, advêm do princípio da igualdade. São exemplos os direitos sociais previstos no art. 6o da Constituição.

10 Direito ambiental e sustentabilidade


ficava estabelecida a competência concorrente da União e dos estados
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para proteger as belezas naturais (art. 10, inciso III).

Na Constituição de 1937 permaneceu a competência privativa da


União para legislar sobre águas, florestas, caça e pesca (art. 16, inci-
so XIV). Ficava expresso que, independentemente de autorização, os
estados poderiam legislar para suprir as deficiências da lei federal ou
atender às peculiaridades locais, desde que não dispensassem ou dimi-
nuíssem as exigências da lei federal, ou, em não havendo lei federal, até
que esta regulasse o tema (art. 18, alínea “a”).

A Constituição de 1946 reafirmou a competência da União para le-


gislar sobre águas, florestas, caça e pesca, mas não fazia referência ao
caráter privativo dessa competência (art. 5o, inciso XV, alínea “l”, combi-
nado com o art. 6o).

A Constituição de 1967/1969, por sua vez, reforçou o poder do governo


central e passou a tratar a legislação referente a esses temas como com-
petência exclusiva da União (art. 8o, inciso XVII, alíneas “h” e “i”, combinado
com o § 2o). Foi afastada a legislação estadual supletiva. Essa concentra-
ção de poder era coerente com o conteúdo de leis editadas na época, como
a Lei no 4.771/1965 (Código Florestal), revogada pela Lei no 12.651/2012, e
a Lei no 5.197/1967 (Lei de Proteção à Fauna Silvestre), ainda em vigor, as
quais praticamente ignoram o papel de estados e municípios.

Perceba, nesse histórico, que não há referência a outros temas afe-


tos à temática ambiental, como controle de poluição. A esfera federal de
governo sempre se ateve mais à agenda verde em senso estrito. Essa
característica tem repercussões até hoje na legislação e nas políticas
públicas ambientais. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) atua muito
mais em biodiversidade em florestas do que em controle da poluição.
Tem-se caracterizado um fenômeno de path dependence (NORTH, 1993;
PIERSON, 2004), ou dependência da trajetória, com escolhas passadas
moldando a realidade atual.

O meio ambiente na Constituição brasileira 11


PARA SABER MAIS

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Para analisar o conteúdo das Constituições brasileiras sob uma pers-
pectiva histórica, acesse o portal do governo brasileiro. Na mesma
fonte, você encontrará leis do Império e outras legislações históricas
(BRASIL, [s. d.]).

A Carta de 1988 apresenta uma configuração mais complexa de reparti-


ção de competências entre os entes federados do que suas antecessoras.
Adota dois princípios simultaneamente: o da predominância do interesse,
segundo o qual cabem à União os temas de interesse geral (nacional), aos
estados os de interesse regional, e aos municípios os de interesse local
(MORAES, 2007); e o do federalismo cooperativo, que pressupõe a existên-
cia de tarefas comuns, compartilhadas, entre os entes federados.

O meio ambiente é matéria regida pela lógica do federalismo coope-


rativo, estando incluso nas competências executivas comuns (art. 23
da Constituição) e nas competências legislativas concorrentes (art. 24,
combinado com o art. 30, inciso II, da Constituição). Em outras palavras,
União, estados, Distrito Federal e municípios possuem tarefas relevan-
tes no que diz respeito à formulação e execução de políticas públicas
relacionadas ao tema, bem como no que concerne à elaboração de leis
nesse campo.

O art. 23 aborda políticas públicas, e o art. 24, legislação. A


Constituição dispõe:

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios:

[...]

VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer


de suas formas;

12 Direito ambiental e sustentabilidade


VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;
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[...]

Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a


cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do
bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Cons-
titucional no 53, de 2006)

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar


concorrentemente sobre:

[...]

VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa


do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e con-
trole da poluição;

VII – proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e


paisagístico;

VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumi-


dor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico
e paisagístico;

[...]

Art. 30. Compete aos Municípios:

[...]

II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

[...]

O meio ambiente na Constituição brasileira 13


A única área para a qual foi aprovada a lei complementar requerida

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no parágrafo único do art. 23 da Constituição é a da política ambiental.
A Lei Complementar no 140/2011 dispõe sobre a cooperação entre os
entes federados nas ações administrativas decorrentes do exercício da
competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notá-
veis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer
de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora.

A demanda pela aprovação dessa lei complementar é explicada, prin-


cipalmente, pelos conflitos em relação à esfera competente para emitir
licenças ambientais. Há licenças federais, a cargo do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), assim
como licenças a cargo dos órgãos estaduais e dos órgãos municipais.
A judicialização sobre isso sempre foi intensa. Com a Lei Complementar
no 140/2011 e seu decreto regulamentador, essas atribuições ficaram
mais delimitadas. De toda forma, Antunes (2020) alerta que as compe-
tências administrativas ambientais, inobstante a clareza da referida lei
complementar, ainda são objeto de controvérsias.

IMPORTANTE

As questões ambientais estão inseridas nas competências administra-


tivas comuns entre os entes federados e nas competências legislativas
concorrentes. Segundo a Constituição Federal, a lógica que perpassa as
políticas públicas nesse campo é a do federalismo cooperativo.

2 O capítulo de meio ambiente da


Constituição Federal
A Constituição de 1988 contém um capítulo específico sobre meio
ambiente (capítulo VI do Título sobre a Ordem Social), com conteúdo
exposto em um artigo extenso, abrangente e inovador (art. 225).

14 Direito ambiental e sustentabilidade


O art. 225, caput, da Constituição, define:
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Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equi-


librado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualida-
de de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
(BRASIL, 1988)

Extrai-se da leitura desse enunciado que o direito ao meio ecologica-


mente equilibrado pertence a todos, incluindo brasileiros e estrangeiros,
as presentes e as futuras gerações – em redação que reflete a preo-
cupação do legislador constituinte com o desenvolvimento sustentável
– e que o dever de defender e preservar o meio ambiente é responsabi-
lidade do poder público e da coletividade (SILVA, 2002). Antunes (2020)
explica que todos inclui qualquer indivíduo que se encontre em território
nacional; não se exige a condição de cidadão.

Como já mencionado, a Carta de 1988 elevou o direito ao meio am-


biente ecologicamente equilibrado ao patamar de um direito fundamen-
tal de terceira geração (MORAES, 2007), fundamentado, portanto, no
princípio da solidariedade. O olhar é coletivo e intergeracional.

Note-se que é o meio ambiente ecologicamente equilibrado que


constitui bem de uso comum do povo. Não se trata de uma distinção
tradicional de bens públicos e privados. “O proprietário de uma floresta
permanece proprietário da mesma” (ANTUNES, 2020, [n. p.]), podendo
estabelecer restrições à permanência de estranhos no interior de sua
propriedade. Mas tem obrigações derivadas da Constituição e da legis-
lação ambiental quanto à forma de manter e usar essa floresta.

O § 1o do art. 225 da Constituição apresenta obrigações direciona-


das especificamente ao poder público:

I. preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e


prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;

O meio ambiente na Constituição brasileira 15


II. preservar a diversidade e a integridade do patrimônio

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genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à
pesquisa e manipulação de material genético;

III. definir, em todas as unidades da Federação, espaços


territoriais e seus componentes a serem especialmente
protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas
somente através de lei, vedada qualquer utilização que
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua
proteção;

IV. exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade


potencialmente causadora de significativa degradação do
meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que
se dará publicidade;

V. controlar a produção, a comercialização e o emprego de


técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para
a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

VI. promover a educação ambiental em todos os níveis de


ensino e a conscientização pública para a preservação do
meio ambiente;

VII. proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as


práticas que coloquem em risco sua função ecológica,
provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais
a crueldade. (BRASIL, 1988)

Há um conjunto de leis de aplicação nacional aprovadas com base nos


incisos anteriormente transcritos. Como exemplo, a Lei no 9.985/2000
disciplina o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), re-
gulamentando o inciso III, e a Lei no 9.795/1999, que dispõe sobre a
Política Nacional de Educação Ambiental, regulamentando o inciso VI.
Abordaremos as mais importantes dessas leis nos capítulos seguintes.

16 Direito ambiental e sustentabilidade


IMPORTANTE
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Em geral, as unidades de conservação da natureza previstas no inciso III


do § 1o do art. 225 da Constituição são criadas por decreto do presidente
da República, do governo do estado ou do prefeito municipal. Contudo,
por força do referido dispositivo constitucional, elas somente podem ser
suprimidas ou ter seu grau de proteção reduzido mediante lei em senso
estrito. O Supremo Tribunal Federal (STF) não aceita medida provisória
nessa situação. Sobre esse tema, ver o caso debatido na Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) no 4.717 (FILHO, 2018).

O § 2o do art. 225 da Constituição contempla preocupação especial


com a degradação ambiental potencialmente derivada dos empreen-
dimentos de mineração. Estabelece que aquele que explorar recursos
minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acor-
do com solução técnica exigida pelo órgão público competente. Na ver-
dade, a obrigação de recuperação é geral e deriva do direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado estabelecido no caput do artigo.
Também está subentendida na parte final de seu § 3o, que dispõe:

§ 3o As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio am-


biente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a san-
ções penais e administrativas, independentemente da obrigação
de reparar os danos causados. (BRASIL, 1988)

No nosso direito penal, trabalha-se, em regra, com responsabilização


de pessoas físicas. O § 3o do art. 225 inovou e estabeleceu a respon-
sabilidade penal também da pessoa jurídica. As infrações ambientais,
assim, para pessoas físicas ou jurídicas, têm efeitos nas esferas penal,
administrativa e civil. O tema é abordado pela Lei no 9.605/1998 (Lei de
Crimes Ambientais) e seu regulamento e, no que se refere às sanções
administrativas, também por legislação estadual e municipal.

O meio ambiente na Constituição brasileira 17


O § 4o do art. 225 da Constituição define os biomas considerados pa-

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trimônio nacional pelo legislador constituinte: Floresta Amazônica, Mata
Atlântica, Serra do Mar, Pantanal Mato-Grossense e Zona Costeira. Fica
expresso que a utilização desses biomas será realizada, na forma da lei,
dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente,
inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. Há anos, o movimento
ambientalista tenta, sem sucesso, acrescentar o Cerrado e a Caatinga
na lista desses biomas, mediante proposta de emenda à Constituição.
Registre-se que apenas para a Mata Atlântica há lei específica consi-
derando essa condição especial, a Lei no 11.428/2006, que disciplina a
proteção dos remanescentes florestais de forma mais rígida do que a
nova Lei Florestal (Lei no 12.651/2012).

Segundo determinação da Constituição, são indisponíveis as terras


devolutas ou arrecadadas pelos estados, por ações discriminatórias, ne-
cessárias à proteção dos ecossistemas naturais (§ 5o do art. 225), e as
usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização defini-
da em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas (§ 6o do art. 225).

O capítulo de meio ambiente da Constituição finaliza com conteúdo


acrescido pela Emenda Constitucional no 96/2017, que estabelece que
não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais,
desde que sejam manifestações culturais registradas como bem de
natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro. Sob crí-
ticas severas das organizações que atuam na defesa dos direitos dos
animais, essa Emenda Constitucional foi proposta pelos defensores da
vaquejada como prática cultural.

3 Outros dispositivos de interesse na


Constituição Federal
Além do conteúdo dos dispositivos que abordam o federalismo am-
biental e do art. 225 da Constituição, constam em nossa Carta Magna

18 Direito ambiental e sustentabilidade


outros dispositivos que fazem referência explícita ao meio ambiente.
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Destacam-se, nessa perspectiva:

• art. 5o, inciso LXXIII – legitima qualquer cidadão a propor ação


popular visando anular ato lesivo ao meio ambiente;

• art. 20, inciso II – inclui entre os bens da União as terras devolutas


consideradas indispensáveis à preservação do meio ambiente;

• art. 129, inciso III – inclui entre as funções do Ministério Público a


promoção de inquérito civil e de ação civil pública para a proteção
do meio ambiente;

• art. 170, inciso III – inclui nos princípios da ordem econômica a


“defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento dife-
renciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços
e de seus processos de elaboração e prestação” (redação dada
pela Emenda Constitucional no 42/2003) (BRASIL, 1988);

• art. 186, inciso II – inclui a “utilização adequada dos recursos na-


turais disponíveis e preservação do meio ambiente” entre os requi-
sitos para o cumprimento da função social da propriedade rural
(BRASIL, 1988).

Há também dispositivos com referência implícita, como os que tra-


tam das águas e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos, do desenvolvimento urbano e do saneamento básico ou da
saúde (SILVA, 2002).

4 Princípios do direito ambiental brasileiro


Neste primeiro capítulo, é importante apresentar também os princí-
pios que norteiam o nosso direito ambiental, em grande parte reflexo de
princípios do direito internacional do meio ambiente (Dima).

O meio ambiente na Constituição brasileira 19


Com sustentação na Constituição Federal, devem ser destacados,

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segundo Gonçalves Júnior et al. (2017):

• Princípio do meio ambiente como direito humano fundamental,


assumido no art. 225, caput, da Constituição, lembrando que nos-
sa Carta Magna faz referência expressa ao meio ambiente ecolo-
gicamente equilibrado.

• Princípio do desenvolvimento sustentável, também assumido no art.


225, caput, da Constituição, que faz referência ao dever de defender
e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações.

• Princípio da função socioambiental da propriedade, decorrente


do estabelecido no art. 186, inciso II, da Constituição, anterior-
mente referido, bem como no art. 182, § 2o, segundo o qual a
propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às
exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no
plano diretor.

• Princípio da prevenção, segundo o qual se tem obrigação de


agir para evitar o dano ambiental (subentendido em dispositivos
como os incisos IV e VI do § 1o do art. 225 da Constituição, entre
outros), e princípio da precaução, segundo o qual a incerteza cien-
tífica sobre o dano não deve obstaculizar medidas visando à sua
não ocorrência, incluindo a abstenção da atividade.

• Princípio da responsabilização das condutas lesivas ao meio am-


biente, assumido nos §§ 2o e 3o do art. 225 da Constituição, ante-
riormente comentados.

Além desses, integram o direito ambiental brasileiro, entre outros:

• Princípio do poluidor-pagador, segundo o qual o poluidor deve


arcar com os custos decorrentes da poluição ou de outra for-
ma de degradação ambiental (ver inciso VII do art. 4o da Lei no
6.938/1981).

20 Direito ambiental e sustentabilidade


• Princípio da informação, segundo o qual o poder público tem a
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obrigação de manter a comunidade informada sobre as questões


relacionadas ao meio ambiente (ver inciso V do art. 4o da Lei no
6.938/1981). Os princípios consolidados na Lei no 6.938/1981, a
Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, serão estudados no
capítulo seguinte.

IMPORTANTE

O documento político elaborado na Rio-92, a Declaração do Rio sobre


Meio Ambiente e Desenvolvimento, contempla 27 princípios importan-
tes na agenda internacional. Entre eles, está o princípio da precaução,
explicitado com a seguinte redação:

De modo a proteger o meio ambiente, o princípio da pre-


caução deve ser amplamente observado pelos Estados, de
acordo com as suas capacidades. Quando houver ameaça
de danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta
certeza científica não deve ser utilizada como razão para
postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para
prevenir a degradação ambiental. (DECLARAÇÃO DO RIO DE
JANEIRO, 1992)

Considerações finais
Neste capítulo, comentamos inicialmente o direito ambiental e sua
função, bem como o conceito de desenvolvimento sustentável, entre
outros pontos.

A proposta central foi apresentar e analisar o conteúdo da Constituição


relacionado ao meio ambiente, incluindo a repartição de competências
entre os entes federados, e o abrangente e inovador capítulo sobre o
tema (art. 225) e outros dispositivos constitucionais de interesse.

O meio ambiente na Constituição brasileira 21


É necessário entender a relevância de estudar todo o conteúdo so-

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bre o assunto presente em nossa Carta Magna, não apenas o capítulo
sobre meio ambiente. A análise dos dispositivos sobre o federalismo
cooperativo deixa isso claro.

PARA PENSAR

Na prática, como assegurar a necessária cooperação entre os entes


federados em matéria ambiental? Como estabelecer mecanismos de
governança que incluam a participação dos três níveis da federação e
também a representação da sociedade civil?

Por fim, foram apresentados os mais importantes princípios nortea-


dores do direito ambiental brasileiro, que se conectam com fundamen-
tos colocados em nossa Constituição.

Trata-se de conteúdo importante para as análises que serão feitas


nos capítulos subsequentes, e, por isso, você deve dedicar atenção es-
pecial aos aspectos abordados neste capítulo inicial.

Referências
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2009.

ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental. 21. ed. Rio de Janeiro: Atlas,
2020. E-book.

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nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da
Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercí-
cio da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais no-
táveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de
suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora. Brasília, DF,
2011. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp140.htm.
Acesso em: 5 abr. 2021.

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O meio ambiente na Constituição brasileira 23


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24 Direito ambiental e sustentabilidade

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