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doenças do sistema
cardiorrespiratório,
Dietoterapia nas
Renata Hyppólito Barnabe
Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo.
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Jeane Passos de Souza – CRB 8a/6189)
Bibliografia.
e-ISBN 978-85-396-2396-9 (ePub/2018)
e-ISBN 978-85-396-2397-6 (PDF/2018)
18-004u CDD-616.994
BISAC HEA039030
DOENÇAS RENAIS
Capítulo 1 Capítulo 4
Dietoterapia nas doenças do Etiologia, mecanismos
sistema cardiorrespiratório, 7 fisiopatológicos, diagnóstico e
1C uidado nutricional no infarto agudo tratamento
do miocárdio, 8 do câncer, 7
5
2C uidado nutricional na insuficiência 1 Etiologia e prevalência do câncer, 76
cardíaca crônica, 14 2 Mecanismos fisiopatológicos, 78
3 Caquexia cardíaca: manejo 3 Tratamento clínico, 82
nutricional, 19
4T ratamento clínico vs
4C uidado nutricional na doença comprometimento do estado
pulmonar obstrutiva crônica, 21 nutricional (caquexia), 86
Considerações finais, 25 Considerações finais, 88
Referências, 2 6 Referências, 89
Capítulo 2 Capítulo 5
Definição, classificação e Dietoterapia para pacientes
fisiopatologia da insuficiência oncológicos – Parte I, 9
1
renal , 3
1 1 Cuidados nutricionais em pacientes
1 Insuficiência renal aguda, 32 oncológicos pós-cirurgia , 9
2
2 Doença renal crônica, 34 2 Cuidados nutricionais em pacientes
3T ratamento clínico e métodos em quimioterapia e radioterapia, 100
dialíticos, 3
6 3 Orientações nutricionais para
4A valiação nutricional no paciente amenizar os efeitos colaterais:
renal, 4 3 mucosite, xerostomia, náuseas,
Considerações finais, 48 vômitos, diarreia, anorexia, 102
Referências, 49 Considerações finais, 108
Referências, 109
Capítulo 3
Dietoterapia na insuficiência Capítulo 6
renal aguda e crônica, 53 Dietoterapia para pacientes
1D ietoterapia na insuficiência renal oncológicos – Parte II, 1
13
aguda, 5 4 1 Terapia nutricional
2D ietoterapia na insuficiência imunomoduladora: indicações e
renal crônica – tratamento vantagens, 114
conservador, 58 2 Nutrição enteral e parenteral em
3 Dietoterapia na insuficiência renal pacientes oncológicos: indicações e
crônica – tratamento dialítico, 63 contraindicações, 118
Considerações finais, 71 3 Terapia nutricional para pacientes
oncológicos em cuidados
Referências , 73 paliativos, 125
Considerações finais, 132
Referências, 132
Capítulo 7 Capítulo 8
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Dietoterapia para pacientes em Dietoterapia no transplante
estados hipermetabólicos, 135 de orgãos, 155
1 Desequilíbrio metabólico e hormonal 1 Cuidados nutricionais no transplante
em pacientes em grande estresse cardíaco, 1
56
fisiológico, 136 2 Cuidado nutricional no transplante
2 Dietoterapia em pacientes com pulmonar, 160
sepse, 141 3 Cuidados nutricionais no transplante
3 Dietoterapia em pacientes hepático (TxH), 162
queimados, 1 42 4 Cuidados nutricionais no transplante
4 Dietoterapia em pacientes de medula óssea (células-tronco
politraumatizados e pós-cirúrgicos, 149 hematopoiéticas – TCTH)l, 1 66
Considerações finais, 153 5 Cuidados nutricionais no transplante
Referências, 153 renal (TxR), 169
Considerações finais, 177
Referências, 178
Sobre a autora, 183
Capítulo 1
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Dietoterapia nas
doenças do sistema
cardiorrespiratório
Em 42% dos casos, a causa da doença cardíaca não pode ser iden-
tificada, sendo observada cardiomiopatia em 23% dos casos, hiperten-
são arterial em 14%, doença isquêmica em 9%, entre outras doenças
com menor porcentagem de casos (GAUI et al., 2010).
7
As doenças cardiorrespiratórias têm potencial impacto sobre o
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estado nutricional de seus portadores, aumentando a morbidade e
a mortalidade e influenciando diretamente na qualidade de vida. Por
isso, é muito importante o acompanhamento nutricional constante,
precoce e individualizado desses pacientes com o objetivo de pre-
venir e/ou recuperar, sempre que possível, o estado nutricional dos
efeitos deletérios da doença.
doença. Idade, etnia, sexo, genética e histórico familiar são fatores que
não podemos modificar, já alimentação irregular, dieta rica em gordu-
ra, tabagismo, uso excessivo de bebidas alcoólicas, uso de drogas ilí-
citas, estresse e falta de exercícios físicos podem ser controlados por
nós. O controle dos fatores de risco para o infarto agudo do miocárdio
pode ser efetivo para diminuir os índices de mortalidade por causas
cardiovasculares.
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do eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosa-hexaenoico (DHA) e são
de grande relevância para a cardiologia preventiva. Os peixes, principal-
mente os de água fria, que são mais gordos, e seus óleos são as fontes
mais ricas desses ácidos graxos poli-insaturados, que também são en-
contrados na semente de linhaça e nas nozes. Vários estudos indicam
que um elevado consumo de peixe é frequentemente associado a uma
diminuição na mortalidade por doença cardiovascular.
LDL-C TRIGLICERÍDEOS
Acima da Muito
RECOMENDAÇÕES Dentro da Limítrofe Elevado
meta* ou com elevado >
meta* e sem 150-199 200-499
presença de 500 mg/
comorbidades** mg/dL mg/dL
comorbidades** dL
Ácidos graxos
< 10 <7 <7 <5 <5
saturados (%)
Ácidos graxos
15 15 10-20 10-20 10-20
monoinsaturados (%)
(cont.)
LDL-C TRIGLICERÍDEOS
Acima da Muito
RECOMENDAÇÕES Dentro da Limítrofe Elevado
meta* ou com elevado >
meta* e sem 150-199 200-499
presença de 500 mg/
comorbidades** mg/dL mg/dL
comorbidades** dL
Ácido
eicosapentaenoico – – 0,5-1 1-2 >2
(EPA) (g)
Ácido docosa-
-hexaenoico (DHA) – – 0,5-1 1-2 >2
(g)
*Meta LDL-C: a meta de redução do LDL-C varia de acordo com o risco cardiovascular.
**Comorbidades: hipertensão arterial sistêmica, diabetes, sobrepeso ou obesidade, circunferência da cintura aumentada,
hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, síndrome metabólica, intolerância a glicose ou aterosclerose significativa.
Fonte: Faludi et. al. (2017).
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metabolismo dos ácidos biliares e aumentando a excreção do colesterol.
As fibras solúveis (por exemplo, aveia e produtos que contenham psilium)
reduzem o LDL-C, particularmente em indivíduos hipercolesterolêmicos.
A American Heart Association (AHA) recomenda o uso de cinco ou mais
porções de frutas e vegetais ao dia. A essa recomendação acrescenta-se
consumir seis porções de grãos e carboidratos complexos (como pães,
massas, cereais) à dieta (KRAUSS et al., 2001). A recomendação de fi-
bras alimentares segundo a American Dietetic Association (ADA) é de
20-35 g de fibras solúveis e insolúveis por dia (ADA, [s.d.]).
RECOMENDAÇÕES
Dash Mediterrânea
Alto consumo: frutas, verduras, legumes e Alto consumo: frutas, verduras, legumes, cereais
produtos lácteos desnatados. integrais, leguminosas, frutas secas, peixes,
Baixo consumo: sódio, carnes vermelhas, carnes brancas, e azeite.
produtos processados ricos em açúcar e Moderado consumo: produtos lácteos, vinho
farinhas refinadas. durante as refeições.
Baixo consumo: carne vermelha.
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ção da pressão arterial adequada, deve-se, principalmente, diminuir o
consumo de sal de adição e evitar alimentos industrializados, sabida-
mente mais ricos em sódio. A recomendação da Sociedade Brasileira de
Hipertensão (SBH) é o consumo de até 5 g de sal/dia (menos de uma
colher de chá rasa de sal), o que equivale a 2 g de sódio/dia (G1, 2013).
Para substituir o sal e dar mais sabor aos alimentos, deve-se utilizar
temperos naturais como as ervas aromáticas frescas ou secas, pimen-
tas, suco de limão, entre outros.
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kcal/kg/dia para pacientes com estado nutricional adequado e 32 kcal/
kg/dia para pacientes em depleção nutricional.
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Assim, o melhor é seguir a ingestão dietética recomendada (recom
mended dietary allowance – RDA), que está de acordo com os níveis
estipulados pela ingestão dietética de referência (dietary reference
intakes – DRI), mesmo que essas recomendações tenham sido esta-
belecidas para atender às necessidades de indivíduos saudáveis, e não
para pessoas doentes.
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e pode ser considerada como uma de suas formas graves, pois nessa
condição os pacientes estão desnutridos. Seu desenvolvimento é pre-
ditivo de redução da sobrevida, independentemente de variáveis como
idade, classe funcional da ICC, fração de ejeção e capacidade física.
Conforme a doença cardíaca progride, fica cada vez mais difícil para o
paciente a realização de atividades cotidianas devido à presença cada
vez maior de fadiga (incluindo cansaço ao se alimentar) e dispneia (que
pode ocasionar aumento do gasto energético). Isso provoca impactos
negativos na ingestão de alimentos e no estado nutricional, piorando o
quadro de caquexia.
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5% no último mês. A diminuição do IMC (< 25 kg/m2), a perda de peso
não intencional e a redução da massa magra são considerados fatores
de mau prognóstico em pacientes com DPOC. O ganho de peso em in-
divíduos com DPOC foi associado a melhor sobrevida, mesmo em pa-
cientes sem desnutrição.
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deglutição e a digestão, evitando assim piora do cansaço e facilitando
aceitação alimentar, principalmente se houver a presença de xerostomia,
outro problema bem comum. Também é interessante que a dieta seja
oferecida em temperatura ambiente, já que grande parte dos portadores
de DPOC são idosos e apresentam alterações fisiológicas próprias do
envelhecimento, como diminuição da espessura dos tecidos da boca e
da língua, o que as torna mais sensíveis às temperaturas extremas.
A nutrição por via enteral deve ser a primeira escolha para nutrir o
paciente grave de DPOC, levando-se em consideração que não há evi-
dências de que a função intestinal esteja prejudicada. Ela deve ser rea-
lizada com cuidado para não hiperalimentar o paciente, pois isso pode
aumentar o consumo de oxigênio (O2).
PARA PENSAR
Vale a reflexão sobre os hábitos alimentares das crianças nos dias atuais,
como a presença constante de alimentos processados e ultraproces-
sados (ricos em gorduras saturadas, sódio e açúcar) na alimentação
diária, o consumo de junk food e o reflexo desses hábitos na vida adulta.
Considerações finais
O controle dos fatores de risco envolvidos nas doenças car-
diorrespiratórias é uma importante forma de prevenção, pois muitos
desses fatores estão diretamente ligados à alimentação. Uma ali-
mentação saudável e equilibrada é essencial para a manutenção do
peso corporal, o controle da pressão arterial, a prevenção de diabetes
e dislipidemias – todos fatores de risco para o desenvolvimento de
doenças cardiopulmonares.
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adesão e as mudanças fundamentais no padrão alimentar para controle
e/ou melhoria da patologia e dos fatores de risco, sempre com foco na
melhoria da qualidade de vida e na melhoria e/ou estabilização do quadro.
Referências
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www.diet.com/info/facts/fiber>. Acesso em: 25 abr. 2018.
Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo.
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abr. 2013. Disponível em: <http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa
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G1. OMS divulga novas orientações para consumo diário de sal e potássio. G1,
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oms-divulga-novas-orientacoes-para-consumo-diario-de-sal-e-potassio.html>.
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Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo.
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scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2001001500001&script=sci_arttext>.
Acesso em: 16 out. 2017.
STONE, Neil J. Fish consumption, fish oil, lipids, and coronary heart disease.
Circulation, v. 94, n. 9, p. 2.337-2.340, 1996. Disponível em: <http://circ.ahajournals.
org/content/94/9/2337.short>. Acesso em: 16 out. 2017.