Você está na página 1de 36

CAPÍTULO I

Das Disposições Gerais

ARTIGO 1

(Objecto)

O Regulamento de Organização do Processo de Exames define as normas e os procedimentos de


organização do processo de exames escolares em todo o território nacional.

ARTIGO 2

(Âmbito de Aplicação)

O presente Regulamento aplica-se aos subsistemas de Educação Geral, Educação de Adultos,


Educação Profissional e Formação de Professores.

CAPÍTULO II

Dos Níveis e Fases de Organização do Processo de Exames

ARTIGO 3

Níveis de Organização do Processo de Exames

A organização do processo de exames ocorre a nível:

a) Central – Instituto Nacional de Exames, Certificação e Equivalências;


b) Provincial – Órgão provincial que gere o processo de exames;
c) Distrital – Órgão distrital que superintende a área da educação;
d) Local – Centro de exames.
ARTIGO 4

Fases de Organização do Processo de Exames

A organização do processo de exames compreende as seguintes fases:

a) Preparação da realização de exames;


b) Realização de exames;
c) Correcção de exames;
d) Apuramento de resultados de exames;
e) Publicação de resultados de exames;
f) Análise de resultados de exames.

1/36
CAPÍTULO III

Da Fase de Preparação

SECÇÃO I

(Planificação do Processo de Exames)

ARTIGO 5

(Objectivos da Planificação do Processo de Exames)

A planificação do processo de exames tem os seguintes objectivos:

a) Delinear as actividades a realizar no processo de exames;


b) Constituir as comissões e equipas necessárias para o processo de exames;
c) Determinar as necessidades em recursos humanos e materiais;
d) Orçamentar o processo de exames;
e) Elaborar o cronograma de actividades com a indicação dos intervenientes, responsabilidades
e prazos.
ARTIGO 6

(Instrumentos da Planificação do Processo de Exames)

A planificação do processo de exames é feita com base nos seguintes instrumentos:

a) Plano de Actividades da instituição;


b) Relatório de exames do ano anterior;
c) Calendário Escolar;
d) Edital de Exames;
e) Regulamento de Organização do Processo de Exames.

2/36
SECÇÃO II
(Preparação a Nível Central)

ARTIGO 7

(Actividades Fundamentais)
A nível central, a preparação para a realização de exames consiste em:
a) Planificar todas as actividades a realizar no processo de exames;
b) Elaborar, divulgar e enviar os editais dos exames extraordinários e de admissão;
c) Elaborar tabelas de especificações de todos os exames;
d) Elaborar e enviar matrizes de objectivos e conteúdos dos exames finais e
extraordinários;
e) Produzir o mapa de alunos/ candidatos inscritos por província, distrito, centro e
subcentro de exame;
f) Realizar o painel de análise de perguntas;
g) Realizar a pré-testagem de perguntas;
h) Elaborar exames;
i) Imprimir, empacotar e enviar exames;
j) Constituir e preparar as brigadas de supervisão;
k) Elaborar um informe sobre a organização do processo de exames.

SECÇÃO III

(Das Comissões de Exames)

ARTIGO 8
(Despacho de Criação da Comissão de Exames)

1. Para a organização do processo de exames a nível provincial, distrital e do centro de exames


são criadas comissões de exames.
2. As comissões de exames são criadas por despacho do dirigente do órgão que gere os exames
em cada nível.
3. O despacho da criação da comissão de exames deve indicar a composição da comissão, o
período de vigência, as formas de deliberação, o funcionamento e as funções.

3/36
ARTIGO 9

(Composição das Comissões de Exames)

1. A Comissão Provincial de Exames tem a seguinte composição:


a) Director provincial – Presidente da Comissão
b) Chefe da Unidade de Controlo Interno – Vice-Presidente da Comissão
c) Chefe do Departamento da Área Pedagógica – 1.º Vogal
d) Chefe do Departamento de Administração e Finanças – 2.º Vogal
e) Chefe do Departamento de Planificação – Secretário

2. A Comissão Distrital de Exames tem a seguinte composição:


a) Director dos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia – Presidente da
Comissão
b) Chefe de Repartição da Área Pedagógica – 1.º Vogal
c) Chefe de Repartição designado pelo Director dos SDEJT – 2.º Vogal
d) Chefe de Repartição designado pelo Director dos SDEJT – Secretário

3. A Comissão de Exames do Centro de Realização é composta por um mínimo de três


membros e um máximo de sete e é presidida pelo Director da Instituição de Ensino.

ARTIGO 10
(Funções das Comissões de Exames na Fase de Preparação)

1. Funções da Comissão Provincial de Exames:


a) Planificar todas as actividades inerentes ao processo de exames na província;
b) Garantir a recepção e armazenamento seguro dos exames;
c) Garantir a distribuição segura dos exames pelos distritos com base num plano elaborado
para o efeito;
d) Garantir a aplicação efectiva de todos os documentos normativos e orientadores relativos
ao processo de exames;
e) Capacitar as diferentes equipas de trabalho;
f) Imprimir, empacotar e embalar os exames do ensino primário;
g) Divulgar e enviar os editais dos exames extraordinários e de admissão;

h) Enviar matrizes de objectivos e conteúdos dos exames finais e extraordinários;


i) Produzir o mapa de alunos/ candidatos inscritos por centro e subcentro de exames;
4/36
j) Criar condições logísticas para todo o processo de exames;
k) Criar condições de segurança para o transporte, armazenamento e distribuição de
exames;
l) Constituir e preparar as brigadas de supervisão;
m) Elaborar um informe sobre a organização do processo de exames na província.

2. Funções da Comissão Distrital de Exames:


a) Planificar todas as actividades a realizar no processo de exames;
b) Divulgar e enviar os editais dos exames extraordinários e de admissão;
c) Enviar matrizes de objectivos e conteúdos dos exames finais e extraordinários;

d) Produzir o mapa de alunos/ candidatos inscritos por centro e subcentro de exame;


e) Criar condições logísticas para todo o processo de exames;
f) Criar condições de segurança para o transporte, armazenamento e distribuição de
exames;

g) Garantir a aplicação efectiva de todos os documentos normativos e orientadores relativos


ao processo de exames;

h) Constituir e preparar as brigadas de supervisão;

i) Capacitar as diferentes equipas de trabalho;

j) Elaborar um informe sobre a organização do processo de exames no distrito.

3. Funções da Comissão de Exames do Centro de Realização:


a) Planificar todas as actividades inerentes ao processo de exames;
b) Criar as condições logísticas e de segurança para todo o processo de exames;
c) Constituir diferentes equipas de trabalho para o processo de exames;
d) Inscrever alunos/ candidatos para os exames;
e) Garantir a capacitação das diferentes equipas constituídas;
f) Garantir a recepção e o armazenamento dos exames;
g) Garantir a divulgação e a aplicação efectiva de todos os documentos normativos e
orientadores relativos ao processo de exames.
h) Constituir os júris de vigia, correcção e apuramento de resultados;
i) Divulgar os editais dos exames extraordinários e de admissão;
j) Divulgar matrizes de objectivos e conteúdos dos exames finais e extraordinários;

5/36
k) Produzir o mapa de alunos/ candidatos inscritos por classe, disciplina e género,
considerando os alunos dos turnos diurno e nocturno, do PESD, das escolas anexas e das
escolas tuteladas;
l) Divulgar os júris de realização de exames;
m) Elaborar um informe sobre a organização do processo de exames no centro de
realização.

SECÇÃO IV

(Do Edital)

ARTIGO 11
(Conteúdo do Edital)

O Edital de exames é o instrumento que divulga o período de inscrição, os requisitos, as taxas, os


centros de realização e demais quesitos de realização dos exames de admissão e extraordinários.

ARTIGO 12
(Homologação do Edital)

O Edital de exames é assinado pelo Director-Geral do Instituto Nacional de Exames (INECE) e


homologado pelo Ministro que superintende a área do ensino.

ARTIGO 13
(Publicação do Edital)

É da responsabilidade do INECE a publicação do Edital e seu envio às entidades provinciais que


superintendem a área da educação.

6/36
SECÇÃO V

(Inscrição e Dados Estatísticos)

ARTIGO 14

(Inscrição de Alunos e Candidatos Externos)

1. Os alunos internos das classes com exame, os candidatos aos exames extraordinários e os
candidatos aos exames de admissão devem inscrever-se para a realização de exames.

2. A inscrição efectua-se através do preenchimento de uma ficha concebida para o efeito em


formato físico ou electrónico.

3. No acto da inscrição, os alunos internos sujeitam-se ao pagamento de uma taxa de inscrição


estipulada em legislação específica.

4. Os candidatos a exames extraordinários e de admissão estão, igualmente, sujeitos ao pagamento


da taxa de inscrição e da propina por disciplina conforme estipulado no respectivo Edital.

5. A inscrição dos candidatos a exames extraordinários e de admissão realiza-se até 120 (cento e
vinte) dias antes do início da realização dos respectivos exames.

6. A inscrição realiza-se no período previsto no calendário escolar ou no edital de exames,


conforme se trate de alunos internos ou de candidatos a exames extraordinários e de admissão.

7. A inscrição é validada pelo director da instituição de ensino.

ARTIGO 15

(Dados Estatísticos Para a Impressão de Exames)

1. Os dados estatísticos para a impressão de exames são sistematizados numa tabela e enviados para
o INECE, num ofício assinado pelo director da instituição de ensino, do órgão distrital ou provincial
que superintende a área de educação conforme o caso.

2. O ofício deverá explicitar os nomes e as funções do compilador e do conferente.

3. A cópia do ofício, com assinatura e carimbo da entidade que o recebeu, deverá ser devidamente
arquivada para efeitos de conferência de exames.

4. Os dados da instituição de ensino deverão indicar, por género, classe e disciplina:

7/36
a) O número de alunos do período diurno, do ensino à distância, do período nocturno, das escolas
anexas e das escolas tuteladas.

b) O número de alunos com deficiência visual, cujos exames são em Braille, com deficiência
auditiva e com dificuldade de escrita, cujos exames são de múltipla escolha.

5. No envio destes dados deverão ser observados os seguintes prazos, fixados a partir do dia do
levantamento estatístico 3/3:

a) Sete dias - Da instituição de ensino para a entidade distrital;

b) Quinze dias – da entidade distrital para a entidade provincial;

c) Trinta dias – da entidade provincial para o INECE.

SECÇÃO VI

(Da Elaboração de Exames)

ARTIGO 16

(Responsabilidade Pela Elaboração de Exames)


É da responsabilidade do INECE a elaboração de todos os exames escolares, nomeadamente:

a) Exames finais do ensino primário e do ensino secundário;


b) Exames extraordinários do ensino secundário;
c) Exames de candidatos externos;
d) Exames especiais;
e) Exames de admissão às instituições da formação de professores e do ensino técnico
profissional.

ARTIGO 17
(Etapas de Elaboração de Exames)
A elaboração de exames obedece às seguintes etapas:

a) Elaboração da tabela de especificações;


b) Elaboração da matriz de objectivos e conteúdos;
c) Elaboração de perguntas ou propostas para o Painel;
d) Harmonização de perguntas no Painel;
e) Realização da pré-testagem das perguntas aprovadas no Painel;

8/36
f) Concepção de propostas de exames com base em perguntas validadas na pré-testagem;
g) Revisão das propostas;
h) Aprovação e selecção das propostas.

ARTIGO 18
(Tabela de Especificações)

1. É um instrumento de avaliação que especifica os conteúdos do exame por unidade temática,


a distribuição cognitiva dos mesmos na Taxonomia de Bloom e o seu peso quantitativo na
escala de 0 a 20 valores.
2. Os conteúdos constantes da tabela de especificações são criteriosamente seleccionados dos
programas de ensino vigentes.

ARTIGO 19
(Matriz de objectivos e conteúdos)

1. A matriz de objectivos deve conter os objectivos e conteúdos relevantes seleccionados do


programa de ensino.
2. Esta matriz tem a finalidade de orientar os professores e alunos no processo de preparação
para a realização de exames finais.
3. A matriz de objectivos e conteúdos deve ser divulgada nas instituições de ensino, nos órgãos
distritais e provinciais que superintendem a área da educação e nos órgãos de comunicação
social 90 (noventa) dias antes do início da realização dos exames.

ARTIGO 20
(Painel de Análise de Perguntas)
1. O Painel de análise de perguntas é um fórum constituído por técnicos do INECE e
professores devidamente seleccionados com o objectivo de procederem a uma análise
linguística, científica e metodológica das propostas de perguntas de exames.
2. Os professores seleccionados devem ser responsáveis, idóneos, competentes e experientes
na leccionação da classe cujas perguntas são objecto de análise.
3. A selecção dos professores para o painel de análise de perguntas deve basear-se num termo
de referência elaborado pelo INECE.
4. O painel de análise de perguntas realiza-se com uma periodicidade anual.
9/36
ARTIGO 21
(Pré-Testagem de Itens)
1. A pré-testagem tem por objectivo garantir a fiabilidade dos itens testados.
2. Os instrumentos de pré-testagem são elaborados com base nas perguntas aprovadas no
painel de análise de perguntas.
3. As perguntas validadas na pré-testagem são a base para a elaboração das propostas de
exames.
4. A realização da pré-testagem obedece a um termo de referência elaborado pelo INECE.

ARTIGO 22
(Procedimentos de Segurança Durante a Elaboração de Exames)
Durante o processo de elaboração de exames, devem ser observados os seguintes procedimentos de
segurança:

a) As propostas de exame são elaboradas por técnicos indicados por despacho do senhor
Director-Geral do INECE;
b) A proibição aos elaboradores do uso do telemóvel na sala de elaboração de exames;
c) As propostas de exames são digitalizadas num computador em offline (sem internet e sem
rede de partilha de dados);
d) As propostas impressas e o dispositivo electrónico contendo propostas são transportados em
envelopes invioláveis;
e) O cabeçalho da proposta é constituído apenas pelo código da disciplina;
f) Proibição da impressão e gravação de propostas de exames sem a devida autorização;
g) As propostas de exames são remetidas à Direcção do INECE pelo elaborador, em formato
físico e electrónico, acompanhadas de guia de remessa;
h) Destruição das propostas nos computadores após a remessa.

ARTIGO 23
(Duração dos Exames)
1. No Ensino Primário e na Educação de Jovens e Adultos:
a) Os exames de Língua Portuguesa e Matemática têm a duração de 120 (cento e vinte)
minutos.

10/36
b) Os exames de Ciências Sociais e Ciências Naturais têm a duração de 90 (noventa)
minutos.
2. No Ensino Secundário:
a) Os exames de Língua Portuguesa, Matemática e Desenho e Geometria Descritiva têm a
duração de 120 (cento e vinte) minutos;
b) Os exames de Física e Química de múltipla escolha, com 40 (quarenta) questões, têm a
duração de 120 (cento e vinte) minutos;
c) Os exames de Língua Inglesa, Língua Francesa, História, Geografia, Introdução à
Filosofia e Biologia têm a duração de 90 (noventa) minutos;
d) Os exames de Física e Química de perguntas abertas têm a duração de 90 (noventa)
minutos;
3. Na Formação de Professores:
a) Os exames de Língua Portuguesa e Matemática têm a duração de 120 (cento e vinte)
minutos.
b) A Entrevista tem a duração de 15 (quinze) minutos.
4. No Ensino Técnico Profissional, os exames de Língua Portuguesa, Matemática, Física,
Química e Biologia têm a duração de 120 (cento e vinte) minutos.

ARTIGO 24
(Conteúdo dos Exames)
1. As propostas de exames são elaboradas com base nos programas e manuais de ensino
vigentes.
2. O conteúdo do exame final é o da classe terminal do ciclo de aprendizagem.
3. O conteúdo do exame de admissão é o do nível correspondente.
4. A entrevista inclui conteúdos de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Sociais, Ciências
Naturais e Cultura Geral.
5. A linguagem usada nas perguntas de exames deve ser simples, clara e objectiva, devendo
reflectir a prática e as condições de ensino.

ARTIGO 25
(Número de Propostas)
1. No mínimo, deverão ser elaboradas quatro propostas de exames por disciplina.
2. O Termo de Referência para a elaboração de propostas de exames deverá especificar o
número de propostas de cada exame.

11/36
ARTIGO 26
(Revisão das Propostas)
O processo de revisão obedece às seguintes etapas:
1. Recepção da Matriz de Objectivos e Conteúdos, da Tabela de Especificações e da
proposta de enunciado.
2. Verificação da conformidade entre a Matriz de Objectivos e Conteúdos, a Tabela de
Especificações e a proposta de enunciado.
2. Verificação dos aspectos gráficos (fonte, margens, espaçamento, negrito, itálico,
maiúsculas/minúsculas e sublinhado) de cada proposta.
3. Verificação da relevância, validade, formulação e linguagem das questões de cada
proposta de enunciado.
4. Resolução detalhada de cada proposta de enunciado.
5. Recepção da resolução do elaborador.
6. Comparação da resolução do revisor com a resolução do elaborador.
7. Busca de consenso entre revisor e elaborador, em caso de discrepância das resoluções.
8. Substituição da questão por outra consensual, caso não haja consenso.
9. Recepção do guia de correcção.
10. Devolução ao elaborador para as devidas correcções do enunciado e do guia de
correcção, ambos com observações do revisor.
11. Recepção do enunciado e do guia de correcção corrigidos pelo elaborador.
12. Verificação horizontal, pergunta por pergunta, da conformidade entre o enunciado
revisto, a resolução revista e o guia de correcção.

ARTIGO 27
(Aprovação e Selecção de Exames)
1. As propostas são remetidas ao Director-Geral do INECE em formato electrónico e físico,
incluindo todo o histórico de elaboração.
2. A aprovação e selecção das propostas de exames compete ao Director-Geral do INECE.

ARTIGO 28
(Maquetização de Exames)
1. Todos os enunciados devem ter um cabeçalho uniforme com os seguintes elementos e
dizeres:
a) Emblema e a inscrição “República de Moçambique”;
b) Ministério que superintende a área da Educação;
12/36
c) INECE / Governo da Província de _____________/ Distrito de _____________
d) Classe/Ano;
e) Disciplina;
f) Ano de realização;
g) Chamada/Época;
h) Duração;
i) Nome do examinando em casos específicos.

2. O enunciado deve terminar com a palavra “FIM”.


3. Os enunciados em A3 devem ser numeradas usando o formato página/ número total de
páginas.
4. Os enunciados em A4, caso tenham verso, levam, no canto inferior direito, a expressão
“Vire a folha”.
5. Em todos os enunciados, deve ser usada a fonte Times New Roman, tamanho 12 e
espaçamento de 1.5.

SECÇÃO VII

(Da Impressão, Empacotamento e Embalagem de Exames)

ARTIGO 29
(Impressão)
1. A impressão de exames deve ser feita numa sala com condições adequadas de trabalho e de
segurança.
2. O acesso à sala de impressão é limitado ao pessoal devidamente seleccionado para o efeito.
3. Os enunciados de exames deverão conter elementos de segurança.
4. A impressão de exames deve ser feita por disciplina.
5. As folhas mal impressas devem ser recolhidas e mantidas em segurança até a sua destruição.
6. Na sala de impressão não é permitido o uso de dispositivos electrónicos de comunicação e
imagem.
7. O pessoal envolvido na impressão deve pautar pela observância do sigilo profissional.

13/36
ARTIGO 30
(Empacotamento)
1. O empacotamento de exames deve ser feito numa sala com condições adequadas de trabalho e de
segurança.
2. O acesso à sala de empacotamento é limitado ao pessoal devidamente seleccionado para o efeito.
3. O empacotamento de exames deve ser feito em envelopes invioláveis.
4. O empacotamento de exames deve obedecer a um método que evite a mistura de enunciados de
diferentes disciplinas e classes.
5. Na sala de empacotamento de exames não é permitido o uso de dispositivos electrónicos de
comunicação e imagem.
6. O envelope inviolável deverá ter uma qualidade de fecho que não permita a retirada de
enunciado.
7. Os envelopes invioláveis deverão ser devidamente identificados com a indicação da designação
do exame, disciplina, classe, data de abertura.
8. O número máximo de enunciados por envelope é de trinta exemplares.

ARTIGO 31
(Embalagem)
1. A embalagem de exames deve ser feita numa sala com condições adequadas de trabalho e de
segurança.
2. O acesso à sala de embalagem é limitado ao pessoal devidamente seleccionado para o efeito.
3. A embalagem deve obedecer a um método que evite a mistura de envelopes de diferentes
disciplinas e classes.
4. Na sala de empacotamento não é permitido o uso de dispositivos electrónicos de comunicação e
imagem.
5. A embalagem deve ser feita por disciplina e por dia de realização de exames, de modo que os
envelopes de dias diferentes de realização não estejam no mesmo embrulho.
6. As etiquetas das embalagens devem indicar a província, o distrito, a escola, a designação do
exame e da disciplina, o número de envelopes na embalagem e número total de envelopes da
disciplina.

14/36
SECÇÃO VIII
(Conferência e Guias de Remessa)
ARTIGO 32
(Conferência)
1. No acto de carregamento das embalagens, deverá ser feita a conferência por escola de cada
província.
2. A conferência consiste na verificação da conformidade entre as quantidades previstas no
Mapa de impressão, empacotamento e embalagem e as quantidades físicas de embalagens.
3. Na conferência deverão também ser confrontadas as quantidades das embalagens físicas com
as quantidades indicadas na Guia de Remessa.
4. A conferência deverá ser feita em todos os níveis de entrega e recepção de embalagens de
exames, devendo-se confrontar as quantidades indicadas na Guia de remessa com as
indicadas no Mapa de Dados para a Impressão de Exames.
5. Qualquer discrepância de dados deve ser imediatamente comunicada ao INECE.

ARTIGO 33
(Guias de Remessa)
1. A entrega de embalagens de exame a todos os níveis deve ser acompanhada de Guias de
Remessa.
2. A Guia de Remessa deve ser assinada pelo portador e pelo receptor.
3. A assinatura da Guia de Remessa pelo receptor significa a conformidade das quantidades
recebidas e as indicadas na guia.
4. A discrepância entre as quantidades indicadas na Guia de Remessa e na Etiqueta deve ser
anotada na própria guia.
5. A Guia de Remessa deve estar em duplicado, devendo um exemplar ficar com o portador e
outro exemplar com o receptor.

SECÇÃO IX
(Envio e Distribuição de Exames)
ARTIGO 34
(Envio de Exames)
1. O envio de exames para as províncias é da responsabilidade do INECE.
2. No envio de exames deverão ser garantidas as condições segurança necessárias.
3. O envio de exames deve obedecer a um plano elaborado para o efeito.
15/36
4. Os exames só podem ser entregues no período normal de expediente.
5. No envio aéreo, o carregamento de embalagens deve ser feito no próprio dia do voo, na
presença de dois técnicos do INECE.
6. No envio terrestre, deve-se observar os seguintes procedimentos:
a) Uso de contentores com sistema de selos de segurança;
b) Circulação no período diurno;
c) Pernoita junto a unidades policiais;
d) Acompanhamento de exames por dois membros da PRM e um técnico do INECE.

ARTIGO 35
(Distribuição de Exames)
1. A distribuição de exames é da responsabilidade dos órgãos que gerem os exames na
província e no distrito.
2. O plano de distribuição de exames deve incluir os subcentros de exames.
3. Durante a distribuição, os exames devem ser acompanhados por membros da PRM e por
técnicos do INECE, do órgão provincial para órgão distrital e deste para o centro de
realização.
4. A distribuição de exames do órgão distrital para o centro de realização deve ser diária.
5. Os exames devem ser transportados no período diurno e no interior da cabina da viatura.
6. O órgão distrital deve levar os exames ao subcentro de realização.

SECÇÃO X
(Do Armazenamento de Exames)
ARTIGO 36
(Nos Órgãos Provincial e Distrital)
1. Os exames devem ser armazenados em local seguro.
2. O acesso ao local contendo o material de exames deve ser restrito à comissão de exames.
3. A porta de acesso ao depósito do material de exames deve ser trancada por 3 (três) cadeados e as
chaves divididas por cada um dos 3 (três) membros da comissão.
4. Cada membro da comissão é responsável pela chave de um cadeado/fechadura.
5. A segurança do local contendo o material de exames deve ser garantida pelos membros da PRM.

16/36
ARTIGO 37
(No Centro de Exames)
1. Os enunciados e as provas de exames devem ser guardados em malas metálicas com três
cadeados.
2. A abertura da mala para a guarda ou retirada de enunciados e provas de exames só deve ser feita
pelos membros da Comissão de Exames designada para o efeito.
3. Cada membro da comissão é responsável pela chave do seu cadeado.
4. A mala contendo exames deve ser aberta na presença simultânea dos três membros da comissão.

SECÇÃO XI
(Supervisão de Exames)
ARTIGO 38

(Objectivo Geral)

Apoiar a instituição visitada na organização de todo o processo de exames, principalmente as fases


de preparação, realização, correcção e apuramento de resultados.

ARTIGO 39

(Procedimentos a Observar)

1. Para a monitoria das fases de preparação, realização e correcção ou apuramento de resultados são
criadas brigadas de supervisão de âmbito central, provincial e distrital.

2. Os objectivos específicos, a metodologia de trabalho, o período, os resultados esperados e a


constituição das brigadas da supervisão devem constar do Termo de Referência.

3. As brigadas de supervisão devem ser devidamente preparadas para o trabalho a realizar.

4. O Termo de Referência deve ser enviado às províncias visadas com a devida antecedência para
permitir a preparação das condições logísticas.

5. O chefe da brigada de supervisão deve apresentar o relatório da brigada à direcção do INECE no


prazo de 5 (cinco) dias contados a partir da data do regresso da brigada à proveniência.

17/36
SECÇÃO XIII
(Funções do Professor Vigilante)

ARTIGO 40

(No Sector Pedagógico)

O professor Vigilante deve:

a) Apresentar-se, trajado de bata e com crachá, 45 minutos antes da hora do início do exame;

b) Deixar, no Sector Pedagógico ou noutro lugar seguro, objectos que não fazem parte do exame,
tais como telefones, bolsas, pastas e livros;

c) Assinar a folha de presença dos professores vigilantes;

d) Levantar e conferir o material necessário para a vigia (Lista dos examinandos, modelo de acta,
folhas de resposta, folhas de rascunho), depois de higienização das mãos;

e) Dirigir-se à sala de exame com 30 minutos de antecedência em relação à hora de início do


exame.

SUBSECÇÃO I
(Na Sala de Exame)

ARTIGO 41

(Antes do Início da Prova de Exame)

O professor Vigilante deve:

a) Assegurar que o candidato, antes da entrada para a sala de exame, cumpra as medidas de
higienização;

b) Fazer o controlo dos candidatos à entrada da sala, confrontando a fotografia constante do


documento de identificação com a cara da pessoa presente. Em caso de discrepância, comunicar
imediata e discretamente à direcção da escola;

c) Assinalar, na lista dos examinandos, as presenças com (P) e as faltas com (F);

18/36
d) Organizar os examinandos de modo que se sentem em ordem numérica progressiva e acautelando
a conveniente distância entre eles;

e) Controlar a assinatura da lista dos examinandos;

f) Distribuir as folhas de respostas e de rascunho rubricadas pelos professores vigilantes que devem
obedecer as medidas de higienização;

g) Orientar aos alunos o preenchimento correcto da folha de respostas;

h) Verificar o preenchimento do cabeçalho da folha de respostas;

i) Assinar, com letra legível, as folhas de respostas, confirmando o seu correcto preenchimento,
primeiro o vogal, depois o presidente.

ARTIGO 42
(Durante a Prova de Exame)
a) Abrir o envelope contendo os enunciados e verificar se os mesmos são do exame a realizar;

b) Disponibilizar os enunciados aos examinandos, observando as medidas de higienização;

c) Marcar falta ao examinando que não tenha comparecido até 10 minutos após a hora do início do
exame;

d) Devolver as sobras de enunciados à direcção da escola logo que terminar o tempo de tolerância;

e) Proibir a entrada de examinando que compareça depois do fim do tempo de tolerância (até 10
minutos depois da hora do início da prova de exame);

f) Preencher a folha de respostas do aluno ausente, depois da respectiva marcação da falta;

g) Entregar a estatística dos examinandos ao presidente da comissão de exames do centro ou


professor devidamente credenciado para o efeito;

h) Observar a medida de distanciamento, posicionando-se um dos vigilantes à frente e outro à trás,


evitando a circulação na sala;

i) Permitir o acesso à sala de exame apenas ao pessoal devidamente autorizado: director da escola,
directores pedagógicos da escola, supervisores e inspectores;

j) Abster-se de prestar qualquer informação ou esclarecimento sobre o conteúdo da prova de exame


aos examinandos;

19/36
l) Evitar deslocar-se para fora da sala de exame ou dar costas aos alunos;

m) Abster-se de realizar qualquer actividade que não esteja relacionada com o trabalho de vigia da
prova em curso;

n) Manter um ambiente calmo e ordeiro;

o) Evitar a partilha de material, devendo o mesmo ser de uso individual;

p) Chamar um funcionário para acompanhar o aluno a casa de banho, em caso de necessidade;

q) Preencher o espaço correspondente na folha de respostas do examinando que tenha cometido


fraude.

ARTIGO 43
(Depois da Prova de Exame)

a) Orientar os examinandos a depositar as provas de exame na secretária do professor, de forma


ordenada, reverificando o preenchimento do cabeçalho;

b) Conferir as provas recolhidas, confrontando o número de provas com o número de alunos


presentes;

c) Autorizar a saída simultânea dos alunos, observando o distanciamento físico;

d) Guardar as provas no envelope que deverá ter a seguinte identificação: Disciplina, nº de provas
de exame, nº do júri, data da realização da prova, nome do presidente e do vogal;

e) Preencher a acta de exame;

f) Proceder à entrega da pasta, contendo todo o material de exame, à equipa de recepção,


nomeadamente:

 Lista dos examinandos;


 Acta do exame;
 Envelope contendo as folhas de respostas preenchidas, incluindo as folhas de ausentes e dos
que cometeram fraude.
g) Assinar o termo de entrega do material de exame.

20/36
SECÇÃO XIII

(Da Organização das Salas de Exame)

ARTIGO 44

(No Ensino Primário)


1. As salas de exames devem ser organizadas no sentido de comportarem a turma inteira, podendo
ser dividida caso a sala não comporte, condignamente, o número total de examinandos.
2. No caso de se dividir a turma, deve se assegurar que os examinandos fiquem em salas
contíguas/próximas de modo a permitir que o respectivo professor/alfabetizador se faça presente nas
respectivas salas quando for necessário.

ARTIGO 45

(Nos Outros Níveis)


1. O júri deve comportar um máximo de 30 (trinta) examinandos.
2. No caso de se utilizar salões ou ginásios, os examinandos serão subdivididos em júris de um
máximo de 30 (trinta);
3. Por cada sala deve haver 2 (dois) professores vigilantes.
4. No caso de serem utilizados salões ou ginásios, devem ser destacados 2 (dois) professores
vigilantes por cada júri.

SECÇÃO XIV

(Material de Exame)

ARTIGO 46

(Material Permitido na Sala de Exame)


1. O examinando deve ser portador de:
a) Lápis, borracha, esferográficas ou canetas (azul ou preta) e régua;
b) Máquina calculadora sem capacidade de memorização no ESG, ETP e FP para os exames das
disciplinas de Matemática, Física e Química.
c) Compasso, transferidor, régua e esquadro para o exame da disciplina de Desenho e Geometria
Descritiva.

21/36
ARTIGO 47
(Proibições)
2. Não são permitidos na sala de exame, cadernos, telemóveis ou outros dispositivos com
capacidade de memorização bem como objectos que constituam material de estudo ou outros
materiais estranhos à realização de exames.
3. Não é permitido o empréstimo e a troca de material na sala de exame.

SECÇÃO XV

(Acesso à Sala de Exame)

ARTIGO 48
(Condições de Acesso à Sala de Exame)
1. O examinando deve estar à porta de entrada da sala de exame 30 (trinta) minutos antes da hora
marcada para o início do exame, sendo portador de um dos seguintes documentos:
a) Bilhete de Identidade, Cartão de Eleitor, Passaporte, DIRE, Carta de Condução nos restantes
níveis de ensino;
b) O cartão de estudante pode ser usado no caso dos alunos internos.
2. A entrada para a sala de exame só é permitida depois da confrontação do indivíduo com a
identificação descrita no nº 1 do presente artigo.

ARTIGO 49
(Acesso à Sala de Exame do Pessoal em Serviço)
1. O acesso à sala de exame é apenas permitido a:
a) Professores vigilantes escalados para cada júri, trajados de bata e devidamente identificados com
um crachá;
b) Supervisores e inspectores devidamente credenciados e autorizados.

2. Em caso de necessidade e sob a autorização do Director do Centro de Exames, o acesso à sala de


exame pode ser extensivo ao delegado de disciplina ou ao coordenador da área no caso do Ensino
Primário.

3. Após a hora fixada de início do exame, a tolerância para a entrada na sala de exame é de 10 (dez)
minutos, devendo, no entanto, todos os examinandos entregar as folhas de respostas ao mesmo
tempo.

22/36
SECÇÃO XVI

(Folha de Respostas)

ARTIGO 50
(Modelo da Folha de Respostas)
Os exames são resolvidos em folhas de respostas de modelo aprovado pelo Instituto Nacional de
Exames, Certificação e Equivalências (INECE).

ARTIGO 51
(Tipos de Folhas de Respostas)
1. Existem 2 (dois) tipos de folhas em uso:
a) Folhas para leitura óptica;
b) Folhas para correcção manual.

2. As folhas para leitura óptica são fornecidas pelo INECE.


3. As folhas para correcção manual são adquiridas pelo centro de exames.

CAPÍTULO IV

Da Fase de Realização

ARTIGO 52
(Abertura da Mala Contendo os Exames)
A abertura e fecho da mala que contém os envelopes de enunciados só pode ser feita na presença
efectiva da comissão de exames designada que superintende a área da educação a nível do distrito.

ARTIGO 53
(Entrega dos Exames aos Júris de Vigias)

1. A responsabilidade de entrega dos envelopes com enunciados de exames ao presidente do júri


de vigia é do presidente da comissão de exames ao nível do centro.
2. Em caso de necessidade, o presidente da comissão poderá designar um ou mais elementos da
comissão de exames para a entrega de envelopes de exames ao presidente do júri de vigia.
3. A entrega de envelopes ao presidente do júri de vigia deve ser feita na sala de exame, na
véspera do início do exame.

23/36
ARTIGO 54
(Abertura de Envelopes)
Os envelopes de enunciados de exames só devem ser abertos na sala de exame pelo presidente do
júri de vigia, à hora estabelecida no calendário de exames para o início do exame.

ARTIGO 55
(Recolha de Sobras de Enunciados)
1. Expirado o tempo de tolerância para a entrada de alunos atrasados, deve ser
imediatamente feita a recolha das sobras de enunciados nas salas de exame.
2. A recolha é feita por um professor devidamente identificado e designado pelo presidente
da comissão de exames.
3. O número de enunciados recolhidos em cada sala deve ser registado num mapa concebido
para o efeito cujo modelo é aprovado pelo INECE.
4. Os enunciados recolhidos são introduzidos num envelope que deve ser selado pelo
presidente da comissão de exames do centro na presença dos membros da comissão que
efectuou a recolha.
5. O envelope contendo as sobras deve ser guardado em lugar seguro pelo presidente da
comissão do centro.
4. A Comissão de exames deve garantir que a recolha de sobras de enunciados de exames se
efective em um máximo de dez minutos.

ARTIGO 56
(Elaboração e Envio do Relatório Diário)
1. O Presidente da Comissão de Exames da escola deve enviar ao SDEJT o relatório diário
até 60 minutos depois do início do último exame do turno.
2. O Presidente da Comissão de Exames do distrito deve enviar o relatório diário do distrito
ao órgão provincial que gere os exames até 60 minutos após o fim do último exame.
3. O Presidente da comissão provincial de Exames deve enviar o relatório diário de exames
ao INECE até às 17 horas.
2. O modelo do relatório diário é fornecido pelo INECE.

24/36
ARTIGO 57
(Envio de Exames ao Centro de Correcçao)

1. O envio de exames ao centro de correcção deve ser diário, exceptuando os casos de centros
cuja distância do centro de correcção não permite o envio de exames no mesmo dia.
2. As provas devem ser recolhidas pela mesma entidade que procedeu ao envio dos exames ao
centro ou subcentro de realização.
3. No envio das provas ao centro de correcção deverão ser acauteladas todas as condições de
segurança inerentes ao transporte de exames.

ARTIGO 58
(Tempo de Tolerância)

1. O tempo de tolerância para a entrada de alunos na sala de exame é de dez minutos contados
a partir da hora marcada para o início do mesmo.
2. Compete ao responsável máximo do órgão provincial que superintende a área de educação
aumentar o tempo de tolerância em razão de uma situação que afecte um número
significativo de alunos.

ARTIGO 59
(Codificação e Descodificação de Provas)
1. Após a realização de um exame de correcção manual, compete ao Presidente da Comissão de
Exames ou a um júri por si designado:
a) Proceder à codificação das folhas de respostas;
b) Proceder à separação dos canhotos;
c) Trancar os espaços em branco e as perguntas não respondidas em todas as folhas de
respostas a tinta vermelha;
2. A concepção do código é da iniciativa e responsabilidade do Presidente da Comissão do Centro
de Exames.
3. A conservação, segurança e segredo dos códigos é da responsabilidade do Presidente da
comissão do Centro de Exames que abre os respectivos envelopes após a conclusão da correcção
de exames.
4. O Presidente da Comissão do centro deve assegurar que a codificação de exames seja feita no
mesmo dia de realização do referido exame, salvo casos devidamente fundamentados.

25/36
ARTIGO 60
(Proibições)
1. Durante a realização do exame, é proibido a:
a) Resolução do enunciado sem a autorização da Direcção do INECE;
b) Prestação de qualquer que seja o esclarecimento sobre o conteúdo do exame aos examinandos.
2. Abertura de envelopes de exames fora da sala de exame e antes da data e hora indicadas na
etiqueta do mesmo.

3. Abertura das caixas de exame na sede das entidades que superintendem a área da educação da
província e no distrito, para qualquer que seja o efeito.

4. Reprodução de exames nacionais fora do processo normal.

CAPÍTULO V

Da Fase de Correcção

ARTIGO 61
(Júris de Correcção)
1. Para a correcção de exames são designados júris, constituídos, no mínimo por três (3)
professores, por cada disciplina.
2. A correcção de exames não deve exceder os dez (10) dias, contados a partir do dia da realização
do último exame da respectiva classe.
3. Cada júri de correcção de exame é dirigido por um Presidente e deve ter dois ou mais vogais. No
Ensino Primário, o professor da turma é parte integrante do júri.
4. Compete ao Presidente do júri:
a) Orientar todo o trabalho de correcção;
b) Levantar os exames no início e devolvê-las no fim de cada sessão;
c) Conferir e registar o número de exames, tanto no momento do levantamento como no da
devolução;
d) Distribuir exames pelos elementos do júri;
e) Controlar a qualidade da correcção de exames;
f) Garantir a segurança dos exames durante a correcção;
g) Submeter os resultados ao Presidente da comissão do Centro de Exames;
5. O Júri trabalha apenas na presença do seu Presidente.

26/36
6. Em caso de ausência do Presidente, Presidente da comissão do Centro de Exames deve designar
um substituto.
7. Para a correcção electrónica, o júri é designado por despacho do Director provincial do órgão que
gere os exames, sob proposta do chefe do departamento que gere os exames.
8. No despacho referido no número 7 do presente artigo, devem ser indicadas as competências do
presidente do júri bem como os demais aspectos do funcionamento do júri.

ARTIGO 62
(Capacitação dos Júris de Correcção)
1. Antes do início da correcção, os júris de correcção deverão ser devidamente capacitados em matéria
de funcionamento do júri e de metodologia de correcção das provas de exame.
2. Compete ao Chefe do Departamento do órgão provincial que gere os exames capacitar o júri de
correcção electrónica e ao Presidente da comissão do centro de exames capacitar os júris de
correcção manual.

ARTIGO 63
(Metodologia de Correcção)
1. Na correcção podem ser adoptadas várias modalidades que compreendem:
a) Correcção no próprio Centro de Exames;
b) Permuta de provas de exame entre os Centros de Exames;
c) Correcção em centros de exame previamente seleccionados pela Direcção Provincial que
superintende a área de Educação, em coordenação com o Serviço Distrital que superintende a
área de Educação e Zonas de Influência Pedagógica;
d) Correcção electrónica nos centros estabelecidos pelo órgão que superintende a área da
educação a nível nacional.
2. Compete aos órgãos que superintendem a área da educação a nível nacional, provincial e
distrital, decidir sobre a(s) modalidade(s) de correcção a adoptar.
3. Antes de proceder ao levantamento das provas de exame, o júri começa por:
a) resolver o exame e confrontá-lo com o guia de correcção;
b) estudar as resoluções do guia de correcção.
4. Consideram-se certas as respostas previstas no guia de correcção e as alternativas que exprimam
a mesma ideia do guia de correcção.
5. Cada resposta considerada correcta de um examinando, não prevista no guia de correcção deve
ser discutida pelo júri.
6. A cotação prevista no guia de correcção não deve ser alterada.
27/36
7. As anomalias identificadas nos enunciados e guias de correcção são comunicadas imediatamente
ao Director-Geral do INECE com conhecimento da Direcção Provincial e Distrital que
superintendem a área da educação.
8. A correcção das perguntas com anomalias identificadas é, em princípio, adiada até à recepção da
decisão do INECE sobre a comunicação feita, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas.
9. A primeira correcção é feita à lápis, sendo a prova de exame sujeita à segunda correcção por um
outro elemento do júri, devendo as alterações serem discutidas com o membro do júri da primeira
correcção.
10. Em caso de impasse, cabe ao Presidente do júri tomar a decisão final que deve ser registada
em acta.
11. Feita a segunda correcção, as cotações parciais e a sua soma são passadas a tinta vermelha,
depois da respectiva verificação.
12. Em seguida, os membros do júri assinam as provas de exame.
13. Após a correcção, o Presidente do júri verifica, aleatoriamente, as provas de exame exames
corrigidas.
14. Na verificação, caso o Presidente constate uma cotação mal atribuída ou outra anomalia,
chama os respectivos elementos do júri para discutir o caso e rectificar a correcção feita.
15. Concluída a correcção e feita a verificação, o Presidente do júri entrega ao Presidente da
comissão do Centro de Exames uma acta sobre o processo de correcção onde constam os nomes
dos elementos do júri, as perguntas por eles corrigidas e outros aspectos relevantes.

ARTIGO 64
(Verificação da Qualidade da Correcção)
1. Os exames corrigidos pelos júris estão sujeitos a uma verificação com ou sem aviso prévio pelo
Presidente da comissão do Centro de Exames, supervisores e inspectores.
2. A verificação tem em vista:
a) avaliar a qualidade da correcção;
b) avaliar a fiabilidade dos resultados.
3. Os erros detectados no acto da verificação devem ser corrigidos.
4. Provando-se que uma determinada prova de exame foi deliberadamente mal corrigida, os autores
estão sujeitos a procedimentos disciplinares nos termos do Estatuto Geral Funcionários e Agentes
do Estado e Estatuto do Professor.
5. O relatório da verificação deve ser anexado na acta de correcção de exames.

28/36
CAPÍTULO VI

Da Fase de Apuramento de Resultados

ARTIGO 65
(Júri de Apuramento de Resultados)
1. Para o apuramento de resultados, o Presidente da comissão do Centro de Exames do preside
um júri constituído pelo director adjunto e professores devidamente seleccionados para o
efeito.
2. Em casos devidamente fundamentados, o Presidente da comissão do centro de realização de
exames poderá designar mais de um júri.
3. O júri deverá ser constituído por escrito com tarefas claras para cada um dos membros.
4. No fim do apuramento, o júri deverá produzir uma acta.

CAPÍTULO VII

Da fase de Publicação dos Resultados

ARTIGO 66
(Instrumentos de Publicação de Resultados)

1. Os resultados de exames devem ser publicados em pautas próprias devidamente assinadas


pelos membros do júri de apuramento e homologados pelo director da instituição de ensino
que realizou os exames.
2. As pautas de exames não devem conter nenhuma rasura e os espaços em branco devem ser
trancados.
3. O modelo de pautas de exame é aprovado pelo INECE.

ARTIGO 67
(Prazo de Publicação de Resultados)

Os resultados de exames devem ser publicados até 10 (dez) dias após a realização do último exame.

29/36
CAPÍTULO VIII

Da Fase de Análise de Resultados

ARTIGO 68
(Análise do Processo e Resultados de Exames)
Após a realização e correcção de exames seguir-se-á a análise dos resultados e a elaboração dos
respectivos relatórios ao nível dos júris, Centro de Exames, Direcção Distrital, Direcção Provincial
e INECE que deverá incidir sobre os aspectos de natureza quantitativa e qualitativa, em
conformidade com o modelo.

ARTIGO 69
(Análise ao Nível do Centro de Exames)
Ao nível do Centro de Exames, a análise dos resultados de exames deverá incidir sobre:
a) Os aspectos organizativos tais como: o processo de distribuição, as condições logísticas,
vigilância, constituição dos júris e correcção de exames;
b) Os objectivos e conteúdos avaliados;
c) O rendimento dos examinandos em cada pergunta e globalmente, através do preenchimento da
grelha (vide modelo);
d) Os dados estatísticos referentes ao número de examinandos por disciplina e aprovados.

ARTIGO 70
(Análise ao nível da Província / Distrito)
Ao nível das Direcções Provinciais e Serviços Distritais que superintendem a área da Educação, a
análise deve incidir sobre:
a) Análise global dos resultados de exames dos centros de exames do distrito ou da província;
b) Trabalho realizado na organização de exames;
c) Execução orçamental do processo de exames.

ARTIGO 71
(Análise ao Nível do INECE)
Ao nível do INECE, a análise deve incidir sobre:
a) Análise global dos resultados de exames e em particular da validade de conteúdo de exames,
incluindo estatísticas específicas de análise de perguntas;

30/36
b) Análise do trabalho realizado ao nível de todo o país no que concerne à organização e realização
de exames;
c) Execução orçamental do processo de exames;
d) Considerações de conteúdos relativos aos exames por níveis de ensino.

ARTIGO 72
(Prazos da Elaboração dos Relatórios)
1. Os prazos de entrega dos relatórios são definidos após a divulgação dos resultados, obedecendo o
seguinte:
a) Do Centro de Exames ao Distrito - até 07 (sete) dias;
b) Do Distrito à Direcção Provincial – até 15 (quinze) dias;
c) Da Direcção Provincial ao INECE – até 20 (vinte) dias;
2. Ao nível do INECE o relatório deverá estar concluído até 30 (trinta) dias.
3. Do INECE para o Conselho Consultivo 15 (quinze) dias.

CAPÍTULO VIII

Do Recurso

ARTIGO 73

(Procedimentos do recurso)
1. Considera-se recurso todo o pedido de revisão do exame.
2. Podem apresentar recurso os examinandos com idade igual ou superior a dezoito (18) anos ou os
pais e/encarregados de educação dos examinandos com idade inferior a dezoito (18) anos.
3. O recurso é feito e submetido ao centro da realização do exame, mediante um requerimento
dirigido ao Director-Geral do INECE/Centro de Exames, dentro de três (3) dias úteis após a
publicação dos resultados.
4. O júri de revisão deverá apresentar o resultado ao Director-Geral do INECE/Centro de Exames,
no prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis, a partir da interposição do recurso.
5. Compete ao Director-Geral do INECE/Centro de Exames decidir sobre os resultados do recurso
apresentado, ouvido o júri de correcção.
6. No acto da entrega do pedido de recurso, o requerente procede a entrega, na secretaria do Centro
de Exames, de um talão depósito do valor (para o caso de exames corrigidos localmente) ou do
talão que confirma o depósito do valor (no caso de exames corrigidos centralmente) feito na
conta do INECE de acordo com a tabela oficial.
31/36
7. A decisão final deve ser comunicada ao interessado até 20 (vinte) dias após a interposição do
recurso.
8. Em caso de provimento do recurso, a nota final é a do recurso, devendo-se alterar os resultados
do examinando nos documentos de registo.
9. Da decisão do Instituto Nacional de Exames, Certificação e Equivalências ou do Director do
Centro de Exames não há apelo.
10. Não há limite do número de exames para o pedido de recurso.

ARTIGO 74
(Júri da Revisão)
1. O Director-Geral do INECE ou o Director Provincial que superintende a área da Educação pode
determinar a revisão de exames, quando haja indícios bastantes ou denúncias de irregularidades
na correcção.
2. Para efeitos de revisão de exames de perguntas abertas, o Director Provincial que superintende a
área da Educação indicará, sigilosamente, um júri que não inclua membros do júri da primeira
correcção.
3. Para efeitos de revisão de exames de escolha múltipla, o Director-Geral do INECE indicará,
sigilosamente, um júri que não inclua membros do júri da primeira correcção.
4. A revisão de exames deve ser acompanhada de um relatório circunstanciado sobre a alteração ou
não do resultado e assinado pelos respectivos membros do júri de revisão.

CAPÍTULO IX

Da Fraude Académica

ARTIGO 75

(Formas de Fraude Académica)

1. Comete fraude académica, o examinando que durante a realização do exame:

a) For encontrado na posse de quaisquer informações relativas aos conteúdos dos programas de
ensino, dos enunciados e dos guias de correcção dos exames em curso;
b) For encontrado na posse de dispositivos electrónicos com capacidade de memorização
(certas máquinas de calcular e certos relógios) ou dispositivos de comunicação (telemóveis,
auriculares, MP3/4, entre outros);

32/36
c) Escrever sinais identificadores na folha de respostas com o fito de anular o código do
exame;
d) For encontrado a copiar ou a trocar informações com colegas durante o exame;
e) Fazer-se substituir por outrem durante a realização de um exame.
2. Também comete fraude académica o examinando cujas respostas revelem ter tido conhecimento
prévio, parcial ou total, do enunciado ou guia de correcção do exame.

ARTIGO 76

(Comunicação e Registo da Fraude)

1. O presidente do júri de vigia ou de correcção deve comunicar imediatamente a fraude ao


Presidente da comissão do centro de exames e, seguidamente, registar a fraude na folha de respostas
e fazer a devida participação por escrito no relatório do júri de vigia ou de correcção.

2. O vice- Presidente da Comissão do centro de exames deve efectuar o registo da fraude no


processo individual do aluno/educando/alfabetizando.

3. Presidente da comissão do centro de exames, para o cumprimento do disposto na alínea c) do


artigo 77 do presente regulamento, deve comunicar a fraude ao Serviço Distrital que superintende a
área da educação que, por sua vez, deve comunicá-la à respectiva Direcção Provincial que deve
comunicar às suas congéneres de todo o país que deverão comunicar a fraude a todas as escolas,
através dos Serviços Distritais.

ARTIGO 77

(Sanções)

A fraude no exame é sancionada nos termos seguintes:

a) Retirada do examinando da sala de exame, depois de cumprido o procedimento previsto no


número 1 do artigo 76 do presente regulamento, devendo o examinando deixar na sala de exame o
enunciado e a folha de respostas;

b) Reprovação em todos os exames a que o examinando se inscreveu;

c) Interdição de estudar e de realizar exames, para além da reprovação, em todas as escolas da


República de Moçambique, incluindo as escolas particulares, pelo período de um ano, para o caso
da fraude prevista no artigo c) do presente regulamento.
33/36
ARTIGO 78

(Competências Para a Aplicação da Sanção)

a) A aplicação da sanção prevista na alínea a) do artigo 77 do presente regulamento é da


competência do júri de vigia;

b) A aplicação das sanções previstas nas alíneas b) e c) do artigo 77 do presente regulamento é da


competência do Director da Escola.

ARTIGO 79

(Recurso da Sanção)

1. O recurso da interdição de estudar ou realizar exames deve ser interposto ao Director do Serviço
Distrital que superintende a área da educação, mediante requerimento com as alegações que
fundamentam o pedido.

2. O prazo para a interposição do recurso é de 7 (sete) dias, contados a partir da data da publicação
dos resultados dos exames na escola.

3. O prazo da comunicação do despacho é de 15 (quinze) dias contados a partir da data da recepção


do recurso.

CAPĺTULO X

Dos Procedimentos Disciplinares e Criminais

ARTIGO 80

(Para o Aluno)

O aluno que se beneficiar da fuga do enunciado ou do guia de correcção, para além das sanções por
fraude académica previstas no artigo 77, incorre em procedimento criminal nos termos da legislação
aplicável.

34/36
ARTIGO 81

(Para o Funcionário ou Agente do Estado)

1. O funcionário ou agente do Estado que desviar o enunciado ou o guia de correcção incorre em


procedimento disciplinar e criminal à luz da legislação em vigor.

2. O funcionário ou agente do Estado que facultar respostas aos examinandos, antes ou durante o
exame, incorre igualmente em procedimento disciplinar e criminal em conformidade com a
legislação vigente.

ARTIGO 82

(Para o Indivíduo Estranho à Função Pública)

O indivíduo estranho à função pública que desviar o enunciado ou o guia de correcção incorre em
procedimento criminal à luz da legislação em vigor, sem prejuízo do procedimento disciplinar caso
seja empregado do sector privado.

ARTIGO 83

(Instrução dos Processos Disciplinares)

Os processos disciplinares dos funcionários e agentes do Estado devem ser devidamente instruídos
pela escola com a assessoria jurídica do Serviço Distrital ou Provincial que superintende a área da
educação.

ARTIGO 84

(Participação dos Actos Criminosos)

A participação dos actos criminosos envolvendo alunos, funcionários e agentes do Estado bem
como indivíduos estranhos à função pública deve ser devidamente apresentada pela escola ou
entidade a que pertence o funcionário ou indivíduo à Unidade Policial mais próxima ou à
Procuradoria Distrital da jurisdição da entidade em que ocorreram os actos criminosos.

35/36
CAPÍTULO XII

Das Disposições Finais

ARTIGO 85

(Responsabilidade de Aplicação)

São responsáveis pela aplicação correcta do presente Regulamento as instituições que organizam o
processo de exames escolares a nível central, provincial, distrital e da instituição de ensino.

ARTIGO 86

(Dúvidas e Omissões)

As dúvidas e omissões, resultantes da interpretação ou aplicação do presente Regulamento, serão


esclarecidas por despacho do Ministro que superintende a área da educação.

36/36

Você também pode gostar