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C A M PU S U N IV ER SIT Á R IO DEA B A ET ET U B A
F A C U L DA DEDEF O R M A Ç Ã O EDESEN V O L V IM EN T O DO C A M PO
L ICEN CIA TU RA EM EDUCA Ç Ã O DO CA M PO
N A T Á L IA DE O L IV EIR A PEIX O T O
IN C IDÊ N C IA DE H EP A T IT E V IR A L N O B R A SIL DE 2 0 0 9 A 2 0 1 8
A baetet uba- PA
M arç o- 2 0 2 1
N A T Á L IA DE O L IV EIR A PEIX O T O
IN C IDÊ N C IA DE H EP A T IT E V IR A L N O B R A SIL DE 2 0 0 9 A 2 0 1 8
Trabal h o de C oncl
usã o de C urso apresentado a
F aculdade de F ormaç ã o e Desenvol vimento do
C ampo da U niversidade F ederaldo Pará ,
C ampus U niversitá rio de A baetetuba, como
requisito para obtenç ã o do grau de
L icenciaturaem Educaç ã odoC ampo.
B A N C A EX A M IN A DO R A :
______________________________________
Prof. ª M sc. ª A l
essandraPereiradaSil
va
Programade Pó sG raduaç ã o em V irol
ogia/ IEC ( A nanindeua) - O rientadora
______________________________________
Prof. Dr. Y vensEl
y M artinsC ordeiro
F acul
dadedeF ormaç ã o eDesenvol
vimento doC ampo/ U F PA ( C ampusA baetetuba) - M embro interno
______________________________________
Prof. Dr. L uí sA ntô nio L oureiro M aué s
F acul
dade de M edicina/ U F PA ( C ampusA l
tamira) - M embro externo
A baetetuba- Pará
M arç o- 2 0 2 1
" O sfenô menosh umanossã o biol ó gicosem suas
raí z es, sociaisem seusfinse mentaisem seus
meios"
( JeanPiaget)
A G R A DEC IM EN T O S
A gradeç o primeiramente a Deus que me deu oportunidade, forç a de vontade, coragem para
superartodososdesafios, porsempre estarao meul
ado nosmomentosmaisdifí ceisde minh a
vidae deste trabal
h o.
Dedico atodososmeusprofessores, que foram de fundamentalimportâ ncianaconstruç ã o da
minh avidaprofissional
, dentre el
es:
À minh aprofessorae orientadoraA l
essandraPereiradaSil
va, pel
asuapaciê ncia, consel
h ose
ensinamentos que foram essenciais para o desenvol
vimento do T rabal
h o de C oncl
usã o de
C urso.
A o meuprofessorY vensEl
y M artinsC ordeiro, pel
asuacontribuiç ã o e participaç ã o ao l
ongo
de minh avidaacadê mica.
Dedico este trabal
h o a todos aquel
es que de al
guma forma contribuí ram com meu
desenvol
vimento.
R esum o
A h epatite viralé uma grande preocupaç ã o de sa de p bl ica, assim, é necessá rio entender as
epidemiasdeh epatitesviraisesuasparticul aridades e aassociaç ã o entrefatoresderisco biol ó gicos,
sociodemográ ficose cará terepidemiol ó gico. N este sentido, a referida pesquisa, trata- se de um
estudo epidemiol ó gico ecol ó gico do tipo anal í tico. Para tanto, foi utiliz ado dados de casos
confirmados e notificados no Sistema de Informaç ã o de A gravosde N otificaç ã o ( SIN A N ) . O
perí odo do estudo compreendeuosanosde2 0 0 9 até o ano de 2 0 1 8 . De acordo com o ( SIN A N ) , de
2 0 0 9 a2 0 1 8 , foram rel atados4 0 4 . 0 0 3 casosconfirmadosde h epatite viralno B rasil , com 1 2 , 4 9 %
de casosde h epatite A , 3 7 , 0 6 % de h epatite B e 4 8 , 2 8 % de h epatite C . Em consonâ ncia com
levantamento real iz ado, amaioriadoscasosde h epatiteA está concentrada nasregiõesN orte e
N ordeste, que representam 3 3 , 6 % e 3 0 , 8 % , respectivamente, sendo estes, casos confirmados de
acordo com dadosdo IB G Eque está condicionado ao acesso aserviç osde saneamentobá sico.
O presente estudo retrataque amaiorocorrê nciadecasosdeh epatiteB faz está nafaixaetá ria
entre os( 2 0 - 3 9 anos) . De acordo com aO PA S, entende- se como pré - vacina, que abrangeuos
anos8 0 até o iní cio dosanos2 0 0 0 . A spessoasnascidasnesse perí odo teriam maisch ancesde ser
infectado com o ví rus. N a l timadé cada, no B rasil , ah epatite C tem sido aprincipalcausade
morte entreh epatitesvirais, afetando principal mente, adul tos acimade 4 0 anos. A incidê ncia
de h epatite A permaneceumaiorem crianç asmenoresdedez anosem comparaç ã o com outras
faixasetá rias, independentemente do sexo, até o ano de 2 0 1 8 . A distribuiç ã o da h epatite B
casosporidade e sexo mostraque, do totalde casos acumul ados, amaioria concentradaem
indiví duosde 2 0 a3 9 anos. A fal tade divul gaç ã oe informaç ã o sobre casos de h epatite C
dificul tam acaracteriz aç ã o dasprová veisfontesde infecç ã o.
Pal
avras- ch ave: H epatiteV iral
H umana. Epidemiol
ogia. Sa deP bl
ica. H epatite
( A , B eC) .
A bstract
1 . IN T R O DU Ç Ã O ....................................................................................................................9
1 . 1 . V í rusdah epatite A .......................................................................................................... 1 1
1 . 2 . V í rusdah epatite B .......................................................................................................... 1 2
1 . 3 . V í rusdah epatite C .......................................................................................................... 1 3
2 . M etodol ogia........................................................................................................................1 5
3 . R esul tados...........................................................................................................................1 5
4 . DISC U SSÃ O ...................................................................................................................... 2 1
4 . 1 . V í rusdah epatite A .......................................................................................................... 2 1
4 . 1 . V í rusdah epatite B .......................................................................................................... 2 2
4 . 2 . V í rusdah epatite C .......................................................................................................... 2 3
5 . C O N C L U SÃ O ....................................................................................................................2 5
R EF ER Ê N C IA S..................................................................................................................... 2 6
A PÊ N DIC E1 . . ........................................................................................................................2 9
1. IN T R O DU Ç Ã O
A h epatite viralresul
ta da infl
amaç ã o do fí gado causado por uma infecç ã o viral
.
Segundo a O rganiz aç ã o M undialda Sa de ( O M S) , a h epatite viralh umana é cl
assificada pel
os
A gentes etiol
ó gicos: H epatoví rus A ( V H A ) , ví rus daH epatite B ( V H B ) , H epacivirus C ( V H C ) ,
V í rusdah epatite ( del
ta) e O rth oh epevirusA ( G ustetal
. , 1 9 8 5 ; Simmondsetal
. , 2 0 1 7 ; Z el
let
al
., 2 0 1 7 ) .
O V H A é um ví rus de R N A de fita simpl
es com 7 . 4 7 8 kb pertence à famí l
ia dos
P icornaviridae. V í rus nã o envel
opado, esfé rico, capsí deo icosaé drico com cerca de 3 0 nm de
diâ metro3 . T ransmissã o oral
- fecal
, por contato entre indiví duos ou por meio de á gua e/ ou
al
imentos contaminados. A vacina do V H A é de ví rus adaptado em cul
tura de cé l
ulas de
fibrobl
asto h umano, purificado e inativado com formal
ina e adsorvido geral
mente com
h idró xido de al
umí nio de adjuvante ( F erreira & Sil
veira, 2 0 0 6 ) . A mel
h or forma de evitar a
doenç aé mel
h orarascondiç õesde saneamento bá sico e de h igiene.
Sendo que o V H B é um ví rus de DN A circul
ar com 3 , 2 kb pertence à famí l
ia dos
H epadnav
iridae. V í rus envel
opado, esfé rico, capsí deo icosaé drico com diâ metro cerca de
4 2 nm ( X u etal
. , 2 0 1 3 ) . Em rara recombinaç ã o nã o especí fica, o genoma viralpode ser
integrado no cromossomo h ospedeiro. Isso inativa o ví rus integrado, mas pode dar à cé l
ula
h ospedeira uma vantagem repl
icativa, à s vez es l
evando ao h epatocarcinoma ( M oraes etal
.,
2 0 1 0 ) . A transmissã o ocorre atravé s de contato com o sangue ou outros fl
uidos corporais de
umapessoainfectada. Existe uma vacinacontrao V H B desde 1 9 8 1 que tem uma eficá ciade
9 0 % ( N avarro O rtega etal
. , 2 0 0 7 ) . O s famil
iares de um portador deste ví rus devem faz er a
vacinacontraah epatite B .
O V H C é um ví rus de R N A de cadeia positiva com 1 0 kb pertence à famí l
ia dos
Fl
aviviridae. V í rus envel
opado, esfé rico, com cercade 5 0 nm de diâ metro ( R oderburg etal
.,
2 0 1 6 ) . T ransmissã o atravé s de sangue contaminados. Existe um risco de 6 % de a mã e
infectada transmitir o ví rus ao feto. Este ví rus tem seis genó tipos diferentes e uma grande
capacidade de se modificar, o que dificul
ta aproduç ã o de uma vacina eficaz ( Jefferies etal
.,
2 0 1 8 ).
A h epatite viralé uma grande preocupaç ã o de sa de p bl
ica. Estima- se pel
o menos
4 0 0 mil
h õesde pessoasinfectadascronicamente porV H B e V H C mundial
mente, al
é m de 1 , 4
mil
h ã o de pessoasinfectadasanual
mente pel
o V H A ( M inisté rio daSa de, 2 0 1 8 ) . A sh epatites
viraiscrô nicas, inicial
mente sil
enciosas, demoram vá riosanosparadesenvol
vercompl
icaç ões.
A credita- se que 5 7 % doscasosde cirrose h epá tica e 7 8 % doscasosde câ ncerh epá tico estã o
diretamente rel
acionadosaosV H B e V H C ( IB G E, 2 0 1 3 ) . N asregiõescom al
taendemia, mais
de 9 0 % das crianç as sã o infectadas pel
o V H A aos 1 0 anos de idade, embora poucas
desenvol
vem compl
icaç ões ( B arata etal
. , 2 0 1 2 ) . Por fim é estimado 1 , 5 mil
h ã o de mortes
rel
acionadasà sh epatitesvirais.
Sendo assim, é necessá rio entender as epidemias de h epatites virais e suas
particul
aridades como verificar a associaç ã o entre fatores de risco biol
ó gicos,
socioeconô micos e cará ter epidemiol
ó gico. Investigar a incidê ncia de casos confirmados de
h epatites virais nas cinco regiões brasil
eiras que util
iz am o sistema de sa de p bl
ica atravé s
dosdadosgeradospel
o Sistemade Informaç ã o de A gravose N otificaç ões( SIN A N ) .
N esta perspectiva, o trabal
h o encontra- se estruturado em sessões, inicial
mente se tem
um aparte introdutó riaque faz umabreve abordagem do que foi real
iz ado, posteriormente se
tem o desenvol
vimento, o qualtraz à tona os dados referentes as epidemias h epatites, por
conseguinte, se tem o proceder metodol
ó gico que se tratou de um estudo epidemiol
ó gico
ecol
ó gico do tipo anal
í tico, no qualobjetiva- se aval
iar as variá veis sociodemográ ficas. N a
terceirasessã o, tê m- se osresul
tadosdapesquisa, o qualse seuatravé sde um l
evantamento de
casos notificados que compreendeu desde 2 0 0 9 até o ano de 2 0 1 8 , sendo que foram
notificados no SIN A N 4 0 4 .0 0 3 casos confirmados de h epatites virais no B rasil
. F oram
notificados1 2 , 4 9 % casosde h epatite A , 3 7 , 0 6 % de h epatite B , 4 8 , 2 8 % de h epatite C . Porfim,
se tem adiscussã o dosresul
tados dapesquisaque apontouaincidê nciade caosno B rasil
, de
2 0 0 9 a2 0 1 8 , sendo um totalde 4 0 9 . 0 0 3 casosconfirmados, 1 2 , 4 9 % foram h epatite A . E para
concl
uir o trabal
h o, fiz emos a retomada do trabal
h o el
ucidando de forma sucinta as
concl
usõesobtidasmediante o estudo real
iz ado.
2. M etodol
ogia
3. R esul
tados
N o ano de 2 0 0 9 , no B rasil
, a taxa de incidê ncia de h epatite C era superior à das
demaisetiol
ogias( A e B ) , aproporç ã o do agravo apresentouumaimportante queda, atingindo
aproximadamente 1 4 milh abitantes em 2 0 1 8 . N esse mesmo perí odo, a taxa da h epatite B
apresentou comportamento simil
ar a h epatite C com decl
í nio de n mero de casos no ano de
2 0 1 6 em diante, ch egando a 1 0 milcasos confirmados aproximadamente em 2 0 1 8 ,
evidenciado naF iguraaseguir.
A distribuiç ã o dos casos detectados de h epatite B segundo faixa etá ria e sexo mostra
que, do totalde casosacumul
ados, amaioria se concentrouentre indiví duos de 2 0 a 3 9 anos
( 4 5 ,5 % doscasos) . Em 2 0 1 4 , o maiorpercentualde casosnotificadosocorreuentre aspessoas
de 4 0 a5 9 anos( 1 2 , 4 % doscasos) .
A distribuiç ã o proporcionaldos casos segundo raç a/ cor, em 2 0 1 8 , mostrou maior
concentraç ã o entre as pessoas de raç a/ cor autodecl
arada branca ( 4 5 , 4 % ) , seguida da parda
( 4 2 , 1 % ) , preta ( 1 0 , 5 % ) , amarel
a ( 1 , 3 % ) e indí gena ( 0 , 7 % ) , descrito na T abel
a 2 no material
supl
ementar.
A informaç ã o sobre o ní velde instruç ã o dos indiví duos notificados com o ví rus da
h epatite B foi registrada como “ ignorada” em um percentualmé dio de 2 9 , 1 % dos casos
acumul
ados. Dentre os casos com essa informaç ã o disponí vel
, observa- se que maioria dos
casos acumul
ados, em ambos os sexos, ocorreu em pessoas que tinh am ensino mé dio
compl
eto ( 1 , 8 % ) , em oposiç ã o aos indiví duos que decl
araram anal
fabetismo, os quais
apresentaram o menorpercentualde casos( 1 , 8 % ) .
Entre os casos notificados no SIN A N no perí odo de 2 0 0 9 a 2 0 1 8 , 9 4 , 2 % incl
uem a
informaç ã o sobre a forma cl
í nica definida. N esse perí odo, verificou- se que a principalforma
cl
í nica quando da confirmaç ã o dos casos foi a crô nica, representando 8 1 , 8 % do total
. Os
casos agudos representaram 1 2 , 3 % , e os ful
minantes, 0 , 1 % . Q uando aval
iadas as formas
cl
í nicassegundo asfaixasetá rias, verificou- se que oscasosde h epatite B agudosal
canç aram
maiorproporç ã o entre osjovense adul
tos, ch egando a4 8 , 9 % doscasosentre vinte e trintae
nove anosde idade ( T abel
a3 do materialsupl
ementar) .
De 2 0 0 9 a2 0 1 8 , foram notificadosno B rasil1 9 5 . 0 3 9 casosde h epatite C com um dos
marcadoresanti- V H C ouV H C - R N A reagente. N aaná l
ise dadistribuiç ã o doscasoscom anti-
V H C e V H C - R N A reagentes por regiões, 5 0 , 6 5 % destes ocorreram no Sudeste, 3 2 , 1 8 % no
Sul
, 8 ,1 9 % no N ordeste, 4 , 5 9 % no N orte e 4 , 3 9 % no C entro- O este ( F igura 1 ) . Em 2 0 1 8 , as
capitais com os maiores casos confirmados de h epatite C , destaca- se Sã o Paul
o, R io G rande
do Sule R io de Janeiro com 3 5 % , 2 0 , 6 % e8 , 8 % respectivamente. L evando em consideraç ã o
somente oscasosconfirmados de h epatite C , temos 5 7 % ( 1 1 1 . 0 7 0 ) ocorreram em indiví duos
do sexo mascul
ino e 4 3 % ( 8 3 . 8 9 3 ) em indiví duosdo sexo feminino.
Em todo o perí odo, observa- se que os casos notificados de h epatite C ocorreram, em
suamaioria, nafaixaetá riaacimade 4 0 anos, essatendê nciatambé m é observadaem ambos
ossexos( F igura5 ) .
F onte: SIN A M , 2 0 0 9 / 2 0 1 8 .
4. DISC U SSÃ O
4 . 1 . V í rusdah epatite A
N o B rasil
, de 2 0 0 9 a2 0 1 8 , de um totalde 4 0 9 . 0 0 3 casosconfirmados, 1 2 , 4 9 % foram
h epatite A . A principalvia de infecç ã o do V H A é o contato fecal
- oral
, inter- h umano ou
atravé s comida e á gua contaminadas. A dicione à transmissã o a estabil
idade do V H A no
ambiente e a al
ta quantidade de ví rus presente nas fez es dos indiví duos infectados.
T ransmissã o parenteralé incomum, mas pode ocorrer se o doador estiver na fase de viremia
do perí odo de incubaç ã o. O resul
tado está rel
acionado à reduç ã o da infraestrutura de
saneamento bá sico e dascondiç õesde h igiene praticado ( Popul
aç ã o B rasil
eira, 2 0 1 8 ) .
A incidê ncia de h epatite A permaneceu maior em crianç as menores de dez anos em
comparaç ã o para outras faixas etá rias, independentemente do sexo, até 2 0 1 8 . Dos casos
cumul
ativos de h epatite A no paí s, os que ocorreram nessa faixa etá ria representam 3 0 , 6 1 %
(2 0 0 9 a 2 0 1 8 ) . Q ue está em acordo com o B rasil
, 2 0 1 5 , porque as regiões com mais
probl
emas de infraestrutura de saneamento tratamento de á gua, as pessoas sã o expostas ao
V H A em idades mais precoces, apresentando subcl
í nicas ou formas icterí cia da doenç a. Em
muitoscasos, ah epatite A é autol
imitadae benigna, com gravesinsuficiê nciah epá ticaaguda
que ocorre em menos de 1 % dos casos. Em rel
aç ã o a este estudo, a maioria dos casos de
h epatite A está concentradanasregiõesN orte e R egiõesdo nordeste do paí s, que representam
3 3 ,6 % e 3 0 , 8 % , respectivamente, de todososcasosno perí odo de 2 0 0 9 a2 0 1 8 ( IB G E, 2 0 1 3 ) .
Esses resul
tados estã o de acordo com os dados do IB G E acesso a serviç os de
saneamento bá sico, pois ainda é um desafio no norte e nordeste do B rasil
, de acordo com
dados da Pesquisa N acionalpor A mostra de Domicí l
ios C ontí nuos - C aracterí sticas de
R esidentes e F amí l
ias. A s duas regiões permanecem abaixo da mé dia nacional de
abastecimento de á gua, col
etade esgoto e l
ixo ( W orl
d H eal
th O rganiz ation, 2 0 1 7 ) .
O B ol
etim Epidemiol
ó gico da H epatite V iraldo M inisté rio da Sa de do B rasil
,
publ
icado em 2 0 1 8 , fornece uma visã o geraldos casos confirmados de h epatite B de 1 9 9 9 a
2 0 1 7 , e os resul
tados obtidos confirmam os ach ados do presente estudo. Isso mostra que a
maioria casos confirmados de V H B estã o no sudeste, seguidos pel
os paí ses sul
, norte,
nordeste e C entro- O este ( Popul
aç ã o B rasil
eira, 2 0 1 8 ) . T ambé m neste bol
etim, estratificando
osdadosde 2 0 0 7 a2 0 1 7 , h á umamaior preval
ê nciade casosno sexo mascul
ino ( 5 4 , 4 % ) , na
faixa etá ria de 2 5 a 3 9 anos ( 3 6 , 8 % ) . Em 2 0 1 7 , h ouve um maior concentraç ã o de casos
confirmados em brancos autodecl
arados ( 4 6 , 5 % ) , seguidos por pardos, pretos, amarel
os e
indí genas, com 4 1 , 2 % , 1 0 , 1 % , 1 , 5 % e 0 , 7 % , respectivamente ( IB G E, 2 0 1 3 ) . Estes dados,
mais uma vez , corroboram os ach ados deste estudo, em que a maioria dos indiví duos sã o
h omens, com idadesentre 2 0 e 3 9 anose brancosautodecl
arados( B arataetal
., 2 0 1 2 ) .
A O rganiz aç ã o Pan- A mericanadaSa de ( O PA S) rel
ataque, emborao n mero de as
mortes por h epatite estã o aumentando gl
obal
mente, novas infecç ões por V H B estã o em
decl
í nio e a O M S vincul
a esse reduç ã o da ocorrê ncia para aumento da cobertura vacinal
contra esse ví rus em crianç as ( W orl
d H eal
th O rganiz ation, 2 0 1 7 ) . N isso N esse sentido, é
possí velrel
acionarafaixaetá ria( 2 0 a3 9 anos) com amaiorocorrê nciade C asosde h epatite
B encontradosneste estudo, com o que aO PA S entende como pré - vacina, que abrange dé cada
de 1 9 8 0 até o iní cio de 2 0 0 0 . A s pessoas nascidas nesse perí odo teriam maior probabil
idade
de infectado com o ví rus.
B andeira etal
. ( 2 0 1 8 ) , em seu estudo, rel
atam que a h epatite B foi a segunda mais
rel
atada em M inas G erais de 2 0 1 0 a 2 0 1 7 , com 3 9 % do total
; destes, a principalvia de
transmissã o foi sexual
, seguidade transfusã o. O sautoresobservam aimportâ nciadah epatite
causada pel
o V H B e V H C devido ao grande n mero de infectados e à cronicidade potencial
dos patol
ogias causadas por esses ví rus. O Estado de M inas G erais pertence ao Sudeste
R egiã o do B rasil
, que neste estudo apresenta o maior percentualde casos de h epatite B , e
entre oscasosrel
atados, agrande maioriadospacientesapresentavah epatite crô nica( 8 1 , 8 % ) .
A O PA S ratifica a importâ ncia da prevenç ã o, diagnó stico precoce, tratamento e
atenç ã o à s h epatite como forma de impedir a evol
uç ã o da cronicidade da doenç a, como a
cirrose e câ ncer de fí gado. Q ue em 2 0 1 8 foi considerada a quarta principalcausa de
mortal
idade mascul
ina e a sé tima causa principalde mortal
idade por câ ncer feminino nas
A mé ricas, que é um notá velp bl
ico probl
ema de sa de ( C enters for Disease C ontroland
Prevention, 2 0 1 5 ) .
Estudo real
iz ado em uma cidade de M inas G erais mostra as principais causas de
V H B contaminaç ã o ( C enters for Disease C ontroland Prevention, 2 0 1 5 ) . N este estudo, os
autoresobservam que, entre osinfectados, 1 9 , 8 % rel
ataram tertrê soumaisparceirossexuais,
enquanto 1 0 , 7 % rel
ataram ter contato sexualcom h epatite Portadores do ví rus B e 5 , 4 %
rel
ataram ter contato ocupacionalcom pacientes com V H B . Estes dados demonstrar a
rel
evâ ncia da ocorrê ncia de campanh as educativas sobre a h epatite B , bem como como o
despertardainé rciaintel
ectualdapopul
aç ã o sobre adoenç a( F erreira& Sil
veira, 2 0 0 5 ) .
N a l
timadé cada, ah epatite C tem sido aprincipalcausade morte no B rasilentre os
ví rush epatite, afetando principal
mente adul
tosacimade 4 0 anos. O B ol
etim Epidemiol
ó gico
da H epatite V iral
, publ
icado pel
o M inisté rio da Sa de do B rasil
, publ
icado em 2 0 1 2 , rel
ata
que entre 2 0 0 0 e 2 0 1 1 , 3 0 . 9 3 1 mortesporh epatite C , 1 6 . 8 9 6 como causasubjacente e 1 4 . 0 3 5
como causaassociadacausa, foram rel
atadosno Sistemade Informaç õessobre M ortal
idade, a
maioriano Sudeste ( 5 7 , 5 % ) e Sul( 2 5 , 5 % ) ( B arataetal
., 2 0 1 2 ) .
A infecç ã o pel
o V H C é basicamente transmitida atravé s do sangue. A maioria das
operadoras foi infectada transfusões real
iz adas antes de 1 9 9 2 ( quando nã o h avia testes
especí ficos para detecç ã o de ví rus em bancos de sangue) ou compartil
h ando agul
h as e
seringas, especial
mente entre usuá rios de drogas injetá veis ( C enters for Disease C ontroland
Prevention, 2 0 1 5 ) . N osEstadosU nidos, nos l
timoscinco anos, 6 0 % das2 5 a4 0 . 0 0 0 pessoas
que se tornaram infectados pel
o V H C o adquiriram atravé s do uso de drogas injetá veis.
O bservamos neste estudo que 5 5 , 7 % dos casos notificados nã o sabem a origem da infecç ã o
( transmissã o durante a gravidez , sexo desprotegido ou uso de sangue contaminado em
materiais domé sticos ou h ospital
ares sã o al
guns possibil
idades) . C omo as notificaç ões nã o
estã o compl
etas, é impossí veldetal
h ar quais sã o as principais fatores de risco para nossa
popul
aç ã o ( F erreira& Sil
veira, 2 0 0 5 ) .
5. C O N C L U SÃ O
Enquanto as mortes gl
obais por h epatite estã o em ascensã o, novas infecç ões por
H B V estã o em decl
í nio graç as a aumento da cobertura vacinalcontra ví rus entre crianç as. A
distribuiç ã o dos casosde h epatite B detectados de acordo com aidade e o sexo mostram que,
do totalde casos acumul
ados, a maioria del
es concentrado entre 2 0 e 3 9 anos. A
principalapresentaç ã o cl
í nica dos casos de h epatite C notificados no SIN A N foi crô nica
8 7 ,1 % dos casos em todas as faixas etá rias. Em rel
aç ã o à prová velfonte ou mecanismo de
infecç ã o, nó sdestacamosafal
tade informaç ã o em 5 5 , 7 % doscasosnotificados, dificul
tando a
caracteriz aç ã o as prová veis fontes de infecç ã o. M é todos mol
ecul
ares para a determinaç ã o do
genó tipo do ví rusdah epatite C .
R EF ER Ê N C IA S
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