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m ática, em term os de m úsicas “fo lk " , ‘'p r i está a in vestigação d e C arlos A lb e rto Fa
m itiv a ”, e tc. A g o ra a separação se rá m uito rias G alv ão (d a U niversidade d a P a ra íb a ),
m ais teórico-m etodológica, com b ase na so b re a m úsica ru ra l n o rd e s tin a .7
original se p a ra ç ão e n tre as d iversas ciên O q u e p a rec e esp ecialm en te fe rtiliz a r
cias h u m a n a s e sociais, c ad a u m a delas esta área d e estudos m usicológicos é a n a
c o n stru in d o o o b jeto cie n tífico à su a m a tu reza d a in q u iriç ão an tro p o ló g ica origi
neira. nal, d e valo rização a o e x tre m o do m odelo
C om o re fe rê n c ia p a ra reflex ão , ra p id a nativo. T al p ersp ectiv a tem se ev id en ciad o
m en te a n alisare i ag o ra algo d a p ro d u ç ão c o n cre ta m en te pela p esq u isa rig o ro sa, pelo
m usicológica dos cinco seguintes cam pos: o b se rv ad o r, d e com o as sociedades obje
A n tropologia Sócio-C ultural, Sociologia e tos de abordagem c onceituam o dom ínio
Política, H istó ria , C om unicações e T eo ria m usical.
L iterária. N o cam po da Sociologia e d a Política,
S eg u ram en te, u m dos cam p o s m ais fér o e stu d o d a m úsica das p o p u laç õ es m argi
teis d a A n tro p o lo g ia S ócio-C ultural no B ra nalizadas — so b re tu d o as “s u b u rb a n a s ” —
sil é o c o n stitu íd o pelos estu d o s de c ontato tem c o n stitu íd o tem á tica d e ex trem a im
e n tre ín d io s e b ran co s. O rig in alm en te sob p o rtân c ia . N e sta m o ld u ra , in sc rev e se a
in sp iraç ão c u ltu ra lista — atrav és, p o r investigação de W a ld e n ir C aldas (da U ni
exem plo, d a o b ra d e um E d u ard o G alvão v ersid ad e de São P a u lo ), so b re as ch am a
— estes estu d o s sofreram , a p a rtir dos das m úsicas se rtan e ja e c a ip ira . A s p ro
anos 60, u m fo rte re d ire cio n a m e n to so blem áticas d a d om inação e su b o rd in a çã o e
ciológico com as co n trib u içõ e s d e D arcy sujeição, b em c o m o d a alien ação são aqui
R ibeiro e R o b e rto C ardoso de O liv eira. A cruciais. N ote-se q u e o e n fo q u e dos textos
tem á tica p rim o rd ia l a q u i é a teia d e re la lingüísticos (“ le tra s ” ) das c an çõ es é ele
ções índios e b ra n c o s no Brasil, lev an tad a m en to d e v a lo r estratégico p a ra estas pes
com base n a investigação das suas concre quisas. s
tas relações sociais, p o lítica s e econôm i N o cam p o d a H istó ria, registre-se o tra
cas. 5 b a lh o do P ro f. R égis D u p ra t (da U niversi
E sta m a triz teórica se m o stro u tão fé r d ad e do E stad o d e São P a u lo — U N E S P ).
til q u e foi cap a z d e p ro d u z ir estu d o s e in ic ialm en te so b re a m úsica eclesiástica cm
pesquisas com as m ais d ifere n te s tem á ti São P au lo . M ais re ce n te m en te, o P ro f. Du-
cas, sendo no seu bojo — sob a c h av e de p ra t tem fe ito im p o rta n te s estu d o s sobre
leitu ra, agora, d a e tn ic id a d e — q u e a p a re form ações m usicais u rb a n a s antigas b ra si
cem os p rim eiro s trab a lh o s etnológicos so leiras, a b o rd a n d o gêneros co m o o m axixe,
b re a m úsica no Brasil. Isto com eça em a po lca, etc., em cid a d es in te rio ra n a s do
fins d o s an o s 70, e stan d o , n o p re sen te m o E stado d e São P au lo . A rigorosa análise
m ento, em plen o processo d e desenvolvi das fo n te s bem co m o a re co n stitu iç ão c ri
m ento. G o sta ria d e c ita r, d esta ve rte n te , teriosa d e p a rtitu ra s têm to rn a d o possíveis
os p ro jeto s d e E lizab eth T rav asso s Lins a este p ro je to ex p eriên cias d e re c o n stitu i
(d o M useu N a cio n a l, U n iv ersid ad e F ede ção so n o ra — fo n o g rafic am e n te d o c u m e n ta
ra l do R io de Jan eiro ), so b re a m úsica das — d a m ais a lta r e le v â n c ia .9
d o s ín d io s K ayabí do A lto-X ingu, e de N o âm b ito d o s e stu d o s d e C om unica
Priscilla B a rra k E rm el (da P o n tifíc ia U n i ções, a c o n trib u iç ã o d e A u g u s to d e C am
v e rsid ad e C ató lica d e São P a u lo ), sobre pos tem sido fu n d a m e n ta l. S u a an álise da
a dos índios C inta L arga, do A rip u a n ã. Bossa N o v a e do T ro p ic alism o , v alo riza n d o
M eu p ró p rio trab a lh o a q u i tam bém se ao e x trem o a p o stu ra “re v o lu c io n á ria ” cios
in c lu i.11 m úsicos e nvolvidos n e stes m o vim entos m u
N ão se esgota a í, no e n ta n to , na te sicais, c o n stitu i p a sso s d efin itiv o s n o sen
m ática indígena, a p e rsp ec tiv a do atual tido do e n te n d im e n to d a s ideologias das
la b o r m úsico-antropológico n o Brasil. H á elites in te lec tu a is b ra sile ira s. A q u estão
estu d o s n a á re a d a m úsica p o p u la r u rb a das re la çõ e s d e p ro d u ç ã o d e n tro do esta
n a e folclórica. E n tre os p rim e iro s, refiro b e le cim en to m úsico -in d u strial b ra sile iro é
esp ecialm en te o d e M u n d ic arm o F erretti c en tra l p a ra esta te n d ê n c ia .10
(da U n iv e rsid ad e do M a ran h ã o ), so b re o P a ra fin aliza r, e d e n tro do cam po da
b a iã o d e L uiz G onzaga e sua “ m o d ern i T eo ria L ite rária, lem b ro o tra b a lh o de
z aç ão " n o s anos 80. E u m esm o ten h o feito A ffonso R om ano d e S a n t'A n n a . E ste tra
algum a coisa com a tem ática tam b é m da balh o c o n stró i p o r assim d iz e r, um p rofí
m ú sica p o p ü la r u rb a n a . E n tre os segundos, cuo d eslo cam en to do e n fo q u e d o s tra d i
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cionais estudos so b re a Poesia no B rasil, gar à relação , o q u e , se a in d a n ã o se sente
eleitos agora os tex to s lingü ísticos (“ le p o r com pleto, com eça a ser d e sen cad ead o .
tra s ”) das canções po p u lares u rb a n a s com o R ecen tem en te, d iversas u n iv ersid a d es b ra
o b jeto s p re fe re n ciais de análise. O tem a sileiras têm p ro m o v id o en co n tro s e sem i
d o “ M o d e rn ism o ” brasileiro e d e seus re nários so b re as d iversas m úsicas do País,
b a tim en to s n a m úsica u rb a n a de v a n g u ar on d e se ten tam su p e ra r as fro n te ira s d e
d a é de im p o rtâ n cia estratégica p a ra este p a rta m e n ta is e, assim , ao m enos te n ta ti
t r a b a lh o .11 vam ente, c o n stru ir pontes e n tre as p o stu
D o rá p id o ex am e acim a re aliz a d o , o ra s etno m u sico ló g ica, histórico-m usicoló-
q u e se po d e co n clu ir é q u e as m usicolo- gica, sócio-m usicológica, e tc. Sem d ú v id a
gias no B rasil, d a fase p ioneira a té a a tu a l, algum a q u e o País agora p a rec e m ad u ro
so fre ram u m a reelab o ra çã o p ro fu n d a . Tal p a ra um a d e fin itiv a c o n so lid ação acadêm i-
reelab o ra çã o está claram ente sintom ati- co -u n iv ersitária d e um a M usicologia do
z ad a já pelo p lan o do locus in stitu c io n a l: Brasil co n g en itam en te in te rd is c ip lin a r.12
do co n se rv a tó rio , m u seu ou a rq u iv o p a ra S egundo p enso, as questões cru ciais de
os d e p arta m e n to s u n iv ersitá rio s de H u rela cio n a m e n to e n tre os p lan o s d e e x p res
m an id a d es. A c red ito que tal m u d a n ç a cor são (fonológico e g ram atical) e d e c o n te ú
re sp o n d e a u m a m aio r fid ed ig n id ad e de d o (sem ântico) d a m úsica são de im p o rtâ n
a b o rd ag e m , sem d ú v id a algum a e sp elh an d o
cia o riginal no sen tid o dessa co nsolidação.
o re co n h e cim en to d a m úsica com o d isc u r
N este c am in h o , a cre d ito a p o stu ra a n tro
so fu n d a m e n ta l d a (s) sociedade(s) brasilei-
ra (s). É d e se n o ta r, assim , q u e o que pológica in d isp en sáv el, ela q u e — m ais
c o n stitu íam ilhas m usicológicas — e, pois, q u e q u a lq u e r o u tra — p e rm ite u m a m aio r
sociológicas — p a sso u a ser visto com o fluência na viagem do m odelo d o o b se r
in stan te s e m o m en to s d e u m a g ra n d e m a v a d o r ao do nativo, e vice-versa.
lha d e relações sociais, políticas e e co n ô
m icas, com os c o rre sp o n d e n tes p lan o s c u l (R eceb id o p a ra p u b lic a çã o cm
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N otas
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