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Origem da teoria
A ideia de que os glaciares do passado haviam sido mais extensos que os atuais era algo
percebido pelos habitantes das regiões alpinas da Europa: Imbrie e Imbrie (1979) citam um
lenhador de nome Jean-Pierre Perraudin[3] falando a Jean de Charpentier sobre a antiga
extensão do glaciar Grimsel nos Alpes Suíços.[4] Macdougal (2004) afirma que o primeiro a
ter tal ideia terá sido um engenheiro suíço chamado Ignaz Venetz,[5] mas não foi apenas
uma pessoa que teve esta ideia.[6] Entre 1825 e 1833, Charpentier juntou evidências que
apoiavam o conceito. Em 1836, Charpentier, Venetz e Karl Friedrich
Schimper convenceram Louis Agassiz, e Agassiz publicou a hipótese no seu livro Étude
sur les glaciers ("Estudo sobre os glaciares") de 1840.[7] Segundo Macdougal (2004),
Charpentier e Venetz não concordavam com as ideias de Agassiz que ampliou o trabalho
deles afirmando que a maioria dos continentes tinham antes estado cobertos de gelo.
Neste momento inicial do conhecimento, o que estava a ser estudado eram os períodos
glaciais das últimas centenas de milhares de anos, durante a era do gelo actual. A
existência de eras do gelo antigas era ainda desconhecida.
Ver também
Glaciação
Pequena idade do gelo