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Técnico em administração

Órgãos gestores e anuentes do comércio


exterior brasileiro; regimes aduaneiros
Órgãos gestores
Como órgão gestor do comércio exterior brasileiro, podemos citar:

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Ministério do Desenvolvimento, Indústria e


Comércio Exterior (MDIC)

É o ministério responsável pelas decisões e execução das diretrizes


políticas de comércio. Exerce sua função por meio do órgão gestor SECEX –
Secretaria de Comércio Exterior.

O MDIC foi criado em 1999 e tem como área de competência, no


comércio exterior, os seguintes assuntos:

1. política de desenvolvimento da indústria, do comércio e dos


serviços;

2. políticas de comércio exterior;

3. regulamentação e execução dos programas e atividades relativas


ao comércio exterior;

4. aplicação dos mecanismos de defesa comercial e participação


em negociações internacionais relativas ao comércio exterior.

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Secretaria de Comércio Exterior (SECEX)

O SECEX tem como principal função assessorar o MDIC na condução


das políticas de comércio exterior. É o órgão estratégico do Ministério e é
responsável pela gestão do controle comercial. O SECEX normatiza,
supervisiona, orienta, planeja, controla e avalia as atividades de comércio
exterior de acordo com as diretrizes da Camex e do MDIC. Entre os seus
principais objetivos, podemos destacar:

1. propor medidas de políticas fiscal e cambial, de financiamento,


de seguro, de transporte e fretes e de promoção comercial;

2. participar das negociações em acordos ou convênios


internacionais relacionados ao comércio exterior;

3. formular propostas de políticas de comércio exterior e


estabelecer normas necessárias a sua implementação.

Pode-se dizer, assim, que o SECEX é o carro-chefe do MDIC na gestão do


comércio exterior brasileiro. O SECEX está estruturado em quatro departamentos:
DECEX, DEINT, DECOM e DEPLA.

Órgãos anuentes
São órgãos auxiliares, que darão consentimento, aprovação, dentro das suas
competências, que poderão servir como elemento comprobatório da identificação
e quantificação das mercadorias/serviços inspecionados, para fins de fiscalização
aduaneira.

Também sãos os responsáveis pela autorização do processo de


importação/exportação na etapa administrativa/comercial de determinados bens,
como, por exemplo: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério

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da Saúde e IBAMA. São aqueles que, em razão das especificidades de


determinados produtos, precisam expedir certos pareceres técnicos a respeito da
possibilidade, ou não, de exportação.

São os órgãos que, em razão da especificidade do produto, emitem um


parecer técnico sobre ele, podendo ocorrer tanto na importação quanto na
exportação.

Cada órgão anuente responsabiliza-se, dentro de sua área de atuação, por


atestar o cumprimento das exigibilidades nacionais em relação ao produto de sua
área de competência.

Os órgãos da administração que atuam como anuentes no comércio exterior


são credenciados a acessar o SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio
Exterior) para manifestar-se sobre as operações relativas a produtos de sua
competência, quando previsto em legislação específica.

Esses órgãos que compõem a estrutura do comércio exterior brasileiro


podem ser classificados por área de atuação. Alguns tratam dos interesses
brasileiros no exterior e outros são responsáveis pela condução dos assuntos
reguladores e gerenciais do comércio exterior. Estão vinculados ao Ministério das
Relações Exteriores (MRE), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC) e Ministério da Fazenda.

Alguns produtos, por sua natureza ou pela finalidade da operação, estão


sujeitos à anuência prévia para exportação por parte de órgãos especializados.

Os órgãos autorizados a atestar o cumprimento das condições para fins de


licenciamento das exportações são:

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Agência Nacional de Petróleo (ANP);

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);

Banco Central do Brasil (Bacen);

Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN);

Comando do Exército;

Comissão de Coordenação do Transporte Aéreo Civil (Cotac);

Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex);

Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM);

Departamento de Polícia Federal (DPF);

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais


Renováveis (Ibama);

Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT);

Ministério da Defesa e Banco do Brasil (por delegação da Secex).

A lista com os produtos que necessitam de anuência e os órgãos


responsáveis estão disponíveis no site do MDIC.

Dentre eles, podemos destacar os seguintes órgãos:

Banco do Brasil

Responsável pela emissão de certificados de origem para alguns países. O


certificado de origem é uma documentação que prova a origem nacional da
mercadoria e é utilizada para certos produtos que têm algum tratamento
especial em algum país ou bloco econômico.

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IBAMA

Responsável pela fiscalização e por pareceres a respeito de animais


silvestres e plantas.

Ministério do exército

Responsável por pareceres a respeito de fogos de artifício, pólvora, armas


etc.

Ministério da agricultura e do abastecimento

Responsável por pareceres a respeito de produtos hortícolas, frutas etc.

O site da SECEX apresenta uma lista explicativa, ou seja, podem existir mais
órgãos anuentes além dos listados abaixo:

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Regimes aduaneiros
O regime aduaneiro é a forma pela qual, existindo comércio internacional, a
nação, na importação ou exportação de mercadorias, geralmente, cobra o
pagamento de tributos. Sendo assim, essa é a regra do mercado.

Entretanto, devido à dinâmica do comércio exterior e para atender a alguns


casos especiais, foram criados mecanismos que permitem a entrada ou a saída de
mercadorias do território aduaneiro com suspensão ou isenção de tributos.

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Regimes especiais aduaneiros


Os regimes aduaneiros especiais são operações do comércio exterior em
que as importações/exportações gozam de benefícios fiscais, como: isenção,
suspensão parcial ou total de tributos incidentes, ou seja, são exceções à regra
geral, uma vez que o crédito tributário das operações ficará suspenso até o
advento de uma condição resolutiva.

São exemplos: as feiras, os bens que permanecem no país, ou saem do país


em caráter temporário (que necessitam de reparos), testes, prestação de serviço,
composição de bens como partes e peças de produto acabado, materiais com fins
científicos, entre outros, sempre vinculados à conformidade em finalidade dada
pela lei .

Os regimes aduaneiros especiais são:

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Trânsito aduaneiro

O regime especial de trânsito aduaneiro é o que permite o transporte de


mercadoria, sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do território
aduaneiro, com suspensão do pagamento de tributos.

Esse instrumento é capaz de interiorizar o despacho aduaneiro, ou seja,


levar os serviços de controle público para perto dos exportadores ou
importadores.

Pense na dificuldade de um importador localizado em Belo Horizonte


(Estado de Minas Gerais) que, ao adquirir mercadorias do exterior, terá que
utilizar como ponto de entrada o Porto de Santos ou o Aeroporto de
Viracopos. Obviamente que os custos envolvidos na transação serão maiores
que os de um concorrente estabelecido na cidade de São Paulo. Além disso,
qualquer problema operacional nos procedimentos de importação, como a
apresentação de documentos complementares ou a necessidade de
contratar/protocolizar processos administrativos, exigirá o deslocamento até o
porto ou aeroporto. Ainda possibilita a escolha e comparação entre preços e
condições de armazenagem da mercadoria, em prol da livre concorrência.

Assim, por meio do regime especial de trânsito aduaneiro, nosso


importador poderia trazer a mercadoria do exterior pelo Porto de Santos (ou
aeroporto de Viracopos), que é o local de origem, e transferi-la para o porto
seco localizado em Belo Horizonte (local de destino), onde ocorrerão todos os
procedimentos aduaneiros, notadamente o registro de declaração de
importação, a incidência de tributos devidos e o controle das autoridades
competentes.

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Admissão temporária

O regime aduaneiro especial de admissão temporária é o que permite a


estadia no país de bens procedentes do exterior durante prazo fixado, com
suspensão total da exigibilidade de tributos incidentes na importação, ou
com suspensão parcial, objeto de pagamento proporcional, no caso de
utilização econômica do bem.

Os dois exemplos clássicos do regime de admissão temporária são os


instrumentos e equipamentos de uma grande orquestra que se apresentará
em solo brasileiro e o evento esportivo do Circo da Fórmula 1 (ou Fórmula
Indy). Em ambos os casos, tanto instrumentos musicais como carros, motores
e demais necessidades dos eventos, por meio desse instrumento, não terão o
ônus da tributação.

Para conhecer a aplicação disso, vamos pensar que sua empresa tem
uma máquina alemã e que necessita de manutenção vinda da sede. Ora, os
equipamentos e demais objetos necessários ao trabalho do técnico entram no
território nacional sob-regime de admissão temporária, com a condição de
retornarem ao exterior com o viajante.

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Admissão temporária para aperfeiçoamento


ativo

Nesse modelo, é permitido o ingresso de mercadorias estrangeiras ou


desnacionalizadas, que sofrerão beneficiamento ou concerto no território
nacional, com suspensão de tributos, desde que ocorra sua posterior
reexportação.

Como exemplo, podemos citar uma plataforma de petróleo vendida


inicialmente à Shell para atuação nos EUA, mas surge a necessidade de que
retorne ao estaleiro em Rio Grande (RS) para melhorias técnicas e upgrades.

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Drawback

O regime aduaneiro especial de Drawback permite a suspensão ou


eliminação de tributos incidentes sobre insumos importados para utilização
em produto exportado. O mecanismo funciona como um incentivo às
exportações, pois reduz os custos de produção de produtos exportáveis,
tornando-os mais competitivos no mercado internacional.

Existem três modalidades de drawback:

a) Isenção – Consiste na isenção dos tributos incidentes na importação


de mercadoria, em quantidade e qualidade equivalentes, destinada à
reposição de outra importada anteriormente, com pagamento de tributos, e
utilizada na industrialização de produto exportado, ou seja, a reposição de
estoques utilizados para fabricação de mercadorias já exportadas.

Pense que a empresa brasileira ABC importa regulamente componentes


eletrônicos para fabricação de tablets (computador portátil, de tamanho
pequeno, fina espessura e com tela sensível ao toque – touchscreen), que
são vendidos no mercado nacional. Mas em função de sua qualidade,
recebera uma proposta muito vantajosa do exterior para a venda de mil
aparelhos, que já estão prontos. A empresa fará utilização do regime de
Drawback isenção, solicitado à SECEX, com o objetivo de importar os
componentes eletrônicos, para reposição de estoques, já utilizados para
atender à demanda do exterior, com isenção de impostos, como o imposto de
importação (II), imposto sobre produtos industrializados (IPI) e imposto sobre
circulação de mercadorias e serviços (ICMS). Haverá um prazo para a
aquisição e quantidade assim como a comprovação da exportação dos
tablets.

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b) Suspensão – Consiste na suspensão dos tributos incidentes na


importação de mercadoria a ser utilizada na industrialização de produto que
deve ser exportado.

c) Restrição – Consiste na restituição de tributos pagos na importação


de insumo importado utilizado em produto exportado.

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Entreposto aduaneiro (importação/exportação)

Na importação, é o que permite a armazenagem de mercadoria


estrangeira em recinto alfandegado de uso público (normalmente dentro de
portos secos), com suspensão do pagamento dos impostos federais, da
contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação
incidentes na importação.

Em regra geral, a mercadoria poderá permanecer no regime de


entreposto aduaneiro na importação pelo prazo de até um ano, prorrogável
por período não superior, no total, a dois anos, contados da data do
desembaraço aduaneiro de admissão. Em situações especiais, poderá ser
concedida nova prorrogação, respeitado o limite máximo de três anos.

A empresa DEF pretende importar veículos de luxo de país que não


possui acordo internacional como Brasil, ou seja, com alta incidência
tributária. Ao optar pelo regime de entreposto aduaneiro, poderá importar os
veículos e estes terão a suspensão dos impostos incidentes, com
armazenamento dos veículos no recinto alfandegário. À medida que conseguir
vender os veículos no mercado interno, a empresa os despachará
diretamente para consumo, em nome do adquirente, e só então haverá o
pagamento de todos os tributos devidos. Se ao término do regime alguns
automóveis não tiverem sido vendidos, o vendedor poderá devolvê-los ao
exterior ou realizar o pagamento dos impostos devidos e retirá-los do recinto
alfandegário.

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Entreposto Aduaneiro sob Controle


Informatizado (RECOF)

Nesse regime, admite-se que a empresa beneficiária importe ou adquira


no mercado interno, com suspensão do pagamento de tributos, mercadorias a
serem submetidas a operações de industrialização de produtos destinados à
exportação ou mercado interno. É também permitido que parte da mercadoria
admitida no regime, no estado em que foi importada ou depois de submetida a
processo de industrialização, seja despachada para consumo. A mercadoria,
no estado em que foi importada, poderá também ser exportada, reexportada
ou destruída.

É utilizado por grandes empresas submetidas a controle informatizado


das operações de importação e posterior exportação, por meio de software
específico, homologado pela Receita Federal do Brasil, que faz a auditoria
dos procedimentos.

Regime Aduaneiro Especial de Importação de


Insumos Destinado à Industrialização por
Encomenda (RECOM)

É aplicado exclusivamente a produtos, como: tratores, automóveis,


caminhões e assemelhados, em acordo via MERCOSUL, permitindo a
importação de chassis, carrocerias, peças, componentes e acessórios, com a
suspensão do pagamento de IPI, PIS e COFINS.

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Exportação temporária

É o regime aduaneiro que viabiliza a saída de mercadorias do país, com


suspensão do pagamento do imposto de exportação, com a contra partida de
seu retorno em prazo determinado, no mesmo estado em que foram
exportadas.

Pense que uma empresa brasileira, fabricante de veículos automotores,


deseja participar de uma feira na Alemanha, expondo seus veículos. Os
veículos da empresa brasileira serão recebidos na Alemanha por regime de
admissão temporária (regime tributário que existe na Alemanha), mas, para
que os veículos saiam do Brasil, é utilizado o regime de exportação
temporária.

Exportação temporária para aperfeiçoamento


passivo

É o regime que viabiliza a saída, do país, por tempo determinado, de


mercadoria nacional ou nacionalizada, para ser submetida à operação de
transformação, elaboração, beneficiamento ou montagem, no exterior, e a
posterior reimportação, sob a forma do produto resultante, com pagamento
dos tributos sobre o valor agregado.

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REPETRO

O repetro é um regime aduaneiro especial de exportação e de


importação de bens que se destina às atividades de pesquisa e de lavra das
jazidas de petróleo e gás natural.

REPEX

Esse é o regime de importação de petróleo bruto e seus derivados onde


é viabilizada a importação desses produtos, com suspensão do pagamento
dos impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da
COFINS-Importação, para posterior exportação, no mesmo estado em que
foram importados.

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Loja franca

Alguns confundem a Duty Free com uma marca, mas na verdade é


como são conhecidas as lojas franca, onde, por esse regime, é viabilizada a
instalação de estabelecimentos comerciais em portos ou em aeroportos
alfandegados (zona primária) para vender mercadoria nacional ou estrangeira
a passageiro em viagem internacional, sem a cobrança de tributos.

No ano de 2014, o governo autorizou também a instalação de lojas


francas em fronteiras terrestres, em municípios caracterizados como cidades
gêmeas de cidades estrangeiras na linda de fronteira de nosso país, onde, na
prática, o regime contempla diversas cidades brasileiras, localizadas nos
estados do Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia,
Roraima, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Depósito especial

É o regime que viabiliza a estocagem de partes, peças, componentes e


materiais de reposição ou manutenção, com suspensão do pagamento dos
impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da
COFINS-Importação, para veículos, máquinas, equipamentos, aparelhos e
instrumentos, estrangeiros, nacionalizados ou não, e nacionais em que
tenham sido empregados partes, peças e componentes estrangeiros, nos
casos definidos pelo Ministro de Estado da Fazenda.

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Depósito afiançado

É o regime que viabiliza a estocagem, com suspensão do pagamento


dos impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da
COFINS-Importação, de materiais importados sem cobertura cambial,
destinados à manutenção e ao reparo de embarcação ou de aeronave
pertencentes à empresa autorizada a operar no transporte comercial
internacional e utilizadas nessa atividade, sendo concedida, ainda, a empresa
estrangeira que opere no transporte rodoviário.

De mesmo propósito, podem se valer do regime empresas estrangeiras


de transporte marítimo ou aéreo, inclusive para provisões de bordo.

Na prática, a grande maioria das empresas aéreas internacionais que


atuam no Brasil possuem depósitos afiançados nos principais aeroportos.
Assim, elas podem viabilizar a disponibilização de produtos estrangeiros
(bebidas, alimentos, entre outros), mas também suprindo as aeronaves de
peças e equipamentos para manutenção e reparos, obviamente, sem a
incidência de impostos nacionais.

Depósito alfandegário certificado

É o regime que viabiliza considerar exportada, para todos os efeitos


fiscais, creditícios e cambiais, a mercadoria nacional depositada em recinto
alfandegado, vendida à pessoa sediada no exterior, mediante contrato de
entrega no território nacional e à ordem do adquirente.

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Depósito franco

É o regime que viabiliza, em recinto alfandegado, a armazenagem de


mercadoria estrangeira para atender ao fluxo comercial de países limítrofes
com terceiros países.

Como exemplo, podem-se citar os depósitos francos do Paraguai,


localizados nos portos de Santos e Paranaguá, no Brasil. Nosso país
reconheceu as dificuldades extremas de logística causadas pela ausência de
saída por via marítima no país vizinho, permitindo assim que as mercadorias
relacionadas ao comércio internacional do Paraguai sejam armazenadas, sob
condições especiais, em recintos alfandegários nacionais. Dessa forma, as
operações de importação e exportação do Paraguai poderão ser realizadas
pelos portos brasileiros, sendo que a transferências, do Paraguai até os
portos brasileiros, se dará pelo regime trânsito aduaneiro.

Regimes aduaneiros aplicados em áreas


especiais
São regimes aduaneiros que não são regidos especificamente pela forma,
como os regimes aduaneiros especiais, mas voltados a determinadas áreas, no
intuito de promover o desenvolvimento econômico das regiões mais distantes. Isso
é justificado pela continentalidade de nosso país.

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Zona Franca de Manaus

O regime prevê tratamento totalmente distinto daquele praticado no


restante do país. É um caso típico onde, em território nacional, há mais de um
sistema aduaneiro em vigor.

O regime já deveria ter acabado, mas após sucessivas ampliações de


prazos, tem sua permanência garantida até 2023.

A entrada e a saída de pessoas e bens e veículos da Zona Franca de


Manaus são controlados, para fins aduaneiros, inclusive no que se refere a
residentes nacionais e produtos brasileiros.

Assim, a entrada de bens para consumo na zona Franca de Manaus


está isenta de Imposto de Importação (II) e de Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), desde que obedecidos os requisitos do regime.

Áreas de livre-comércio

Foram estabelecidas com o intuito de promover o comércio bilateral


entre o Brasil e os países vizinhos, especialmente nas fronteiras da região
Norte, permitindo assim a entrada de produtos estrangeiros, com suspensão
de II e IPI, conforme a legislação específica.

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Zonas de processamento de exportação

O regime assemelha-se às áreas de livre-comércio e tem por objetivo a


instalação de empresas com vocação para a exportação nos territórios
beneficiados. O ato de concessão do regime deverá discriminar os produtos
que serão industrializados e terá vigência de 20 anos, prorrogáveis.

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