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Políticas Públicas

em Nutrição
Material Teórico
Conceituando Políticas Públicas

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Me. Luciana Pereira de Souza

Revisão Textual:
Prof.ª Me. Luciene Santos
Conceituando Políticas Públicas

• Políticas Públicas: o que são?


• Conceitos Gerais em Políticas Públicas;
• Políticas Públicas de Alimentação e Nutrição no Brasil.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Compreender os principais conceitos relacionados ao tema Políticas Públicas;
• Conhecer os fatores que contribuíram para o desenvolvimento das Políticas Públicas
relacionadas à alimentação e nutrição;
• Entender a alimentação como um direito a todos e dever do Estado.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Conceituando Políticas Públicas

Políticas Públicas: o que são?


Você já parou para pensar quem planeja as ações, campanhas e projetos rela-
cionados às melhorias necessárias à população? Como os problemas sociais são
diagnosticados e solucionados ou, ao menos, reduzidos? E, em específico, em rela-
ção ao sistema de saúde atual, como as campanhas e ações são idealizadas?

Importante! Importante!

Primeiramente, devemos conceituar a expressão Políticas Públicas.

Políticas Públicas são ações pensadas, estruturadas e aplicadas em favor da reso-


lução de um problema público. Algumas teorias classificam Política Pública somen-
te quando esta ação parte de órgãos ou “personagens” estatais, ou seja, quando
as ações partem da esfera do Governo, essa é a abordagem estadista em relação
às Políticas Públicas. Outras abordagens, como a multicêntrica, por exemplo, afir-
mam que órgãos privados, assim como organizações não governamentais também
podem promover Políticas Públicas (SECCHI, 2013).

Portanto, Políticas Públicas podem ser entendidas como estratégias para a


resolução de um problema, mas, o que é considerado um problema em nível pú-
blico? Quando a coletividade é afetada por uma inadequação, essa situação é con-
siderada um problema público, como exemplos, temos epidemias, contaminações
ambientais, desastres naturais, situações que desequilibram o status quo.

Status quo é uma expressão do latim que significa “estado atual”. O status quo está
Explor

relacionado ao estado dos fatos, das situações e das coisas, independente do momento. O
termo status quo é geralmente acompanhado por outras palavras como manter, defender,
mudar etc. Por exemplo: “Epidemias alteram o status quo da sociedade”.

Conceitos Gerais em Políticas Públicas


Para que as Políticas Públicas existam, algumas etapas são executadas, vários
autores denominaram essas fases de diferentes modos. A classificação mais uti-
lizada é a de Howlett e Ramesh (2013) que dividem o processo de uma Política
Pública em 5 fases, que são: formação da agenda, formulação da política, tomada
de decisão, implementação e avaliação. Em alguns casos, nem todas essas fases
realmente existem ou aparecem na ordem apresentada.

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A autora Baptista (2011) realizou um estudo sobre como as fases do ciclo das
Políticas Públicas são denominadas, chegando aos resultados apresentados no se-
guinte quadro:

Quadro 1
Autores e Estudos Fases do Ciclo das Políticas Públicas
HA Simon – Administrative
Inteligência, Desenho e Escolha.
Behaviour, 1947
HD Lasswell – The Policy
Informação, Promoção, Prescrição, Invocação, Aplicação, Término e Avaliação.
Orientation, 1951
R Mack – Planning and
Reconhecimento do problema, Formulação de Alternativas, Decisão, Efetivação, Correção/Ajuste.
Uncertainty, 1971
Reconhecimento público das necessidades existentes; Como os temas são colocados na
R Rose – Comparing public agenda; Como as demandas avançam; Como o governo se envolve no processo decisório;
policy, 1973 Recursos e constrangimentos; Decisões políticas; O que determina as escolhas de governo; A
escolha no contexto; Implementação; Resultados; Avaliação da política; Feedback.
G Brewer – The policy
Invenção, Estimativa, Seleção, Implementação, Avaliação e Término.
sciences emerge, 1974
W Jenkins – Policy Analysis:
a political and organizational Iniciação, Informação, Consideração, Decisão, Implementação, Avaliação e Término.
perspective, 1978
BW Hogwood and LA Gunn Definição de temas, Filtro de temas, Definição de temas, Prognóstico, Definição de objetivos
– Policy analysis for the Real e prioridades, Análise de opções, Implementação da política, monitoramento e controle,
World, 1984 Avaliação e revisão, Manutenção da política, Sucessão e Término.
Howlett e Ramesh, Studying
Montagem da agenda, formulação da política, tomada de decisão, implementação e avaliação.
Public Policy, 1993

Fonte: Adaptado de Baptista (2011)

Podemos verificar que, independente da denominação empregada pelo autor,


o ciclo de Políticas Públicas segue sempre a mesma linha de raciocínio: análise do
problema, planejamento das ações a serem realizadas, aplicação e avaliação dos
resultados. Seguindo essa linha de pensamento, toda ação colocada em prática
pelo Governo, ou pelo Governo com a participação de outras organizações, deve
estar baseada em uma necessidade da população e após sua aplicação deve ser
avaliada, sendo que essa avaliação é acompanhada da decisão de manutenção ou
não do projeto aplicado.

Veremos agora, com base nas fases propostas por Howlett e Ramesh, o que
compreende cada uma das etapas do ciclo das Políticas Públicas: a montagem da
agenda compreende a discussão do tema para que este seja considerado um pro-
blema que necessita de solução por meio de estratégias do Governo. Somente após
se estabelecer a agenda, é que os problemas vão para debate. Com o problema em
pauta, iniciam-se as discussões sobre as possíveis soluções, é a fase de formulação
da política, para essa análise questões sociais, econômicas, políticas, entre outras,
são levadas em consideração.

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UNIDADE Conceituando Políticas Públicas

As fases de tomada de decisão e implementação se referem a quais estratégias


realmente serão consideradas para a aplicação. Essas fases podem ser rápidas ou
demoradas, dependendo das reais intenções governamentais. Quando as ações e
projetos foram concretizados, passam pelas fases de monitoramento e avaliação.
Nesse processo, ocorrem discussões para a decisão da continuidade ou não das
Políticas Públicas existentes.

Toda vez que você ouvir sobre uma campanha de vacinação, um projeto de
atendimento a um grupo específico nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), ou pro-
jetos de preservação de recursos naturais, como a água, eles devem provavelmente
fazer parte de uma ação muito maior pertencente às Políticas Públicas do local. Ou
seja, cada sociedade possui um sistema que irá “pensar” sobre os problemas que
afetam os indivíduos que a ela pertencem e como podem ser solucionados integral
ou parcialmente.

Esses problemas são de várias esferas sociais, tais como educação, segurança e
saúde. Aqui, falaremos especificamente das Políticas Públicas relacionadas ao nos-
so setor de atuação: a área da saúde. No entanto, ela é entendida como parte de
um todo – assim, falaremos em relação à saúde influenciando no setor do trabalho,
o que originam Políticas Públicas em Saúde para o trabalhador como o Programa
de Alimentação do Trabalhador (PAT), o estado de saúde influenciado pelas condi-
ções sociais nas quais o indivíduo encontra-se inserido, e analisaremos as Políticas
Públicas em Saúde em programas sociais, tais como o Programa Bolsa Família
(PBF), entre outras.

Políticas Públicas segundo Lucchesi (2004), são conjuntos de disposições, medidas e


Explor

procedimentos que traduzem a orientação política do Estado e regulam as atividades


governamentais relacionadas às tarefas de interesse público.

Dessa maneira, entendendo na prática, as Políticas Públicas em Saúde norteiam


as ações destinadas à recuperação, manutenção e preservação do estado de saúde
do indivíduo. Dependendo dos problemas analisados pelas pesquisas, pelas esta-
tísticas e pelos quadros epidemiológicos existentes no momento, as ações serão
planejadas e executadas.

Podemos entender, portanto, que essas ações são específicas, dependendo da


época analisada. Conforme o cenário no qual a população se insere, as Políticas
Públicas em Saúde são planejadas ou replanejadas, passando por adaptações de
acordo com as necessidades dos indivíduos.

Para que as Políticas Públicas em Saúde possam ser concretizadas, na maioria


das vezes, outros setores da sociedade estão envolvidos, como a economia ou a
educação, por exemplo. Isso porque algumas ações deverão ser realizadas dentro
das empresas, indústrias, prestadoras de serviços. Outras serão desenvolvidas den-
tro das instituições de ensino, como as creches e escolas.

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Assim, as ações apresentam maior abrangência, já que podem ocorrer onde o
indivíduo está, como uma campanha de vacinação realizada em escolas, ou proje-
tos para prevenção de doenças crônicas não transmissíveis dentro de empresas. No
entanto, havendo a necessidade da participação e colaboração de outros setores
alguns obstáculos também surgem, entre eles, o treinamento de funcionários e a
própria adesão aos projetos por parte dos setores.

Mas, desde quando, em nosso país, temos projetos desenvolvidos em relação às Políticas
Explor

Públicas específicas para a saúde?

Ações vinculadas à prevenção e tratamento de doenças fazem parte das Políticas


Públicas desde o período imperial. Entre essas ações, as primeiras foram relacio-
nadas à imunização da população contra doenças como a varíola, a poliomielite e
a febre amarela, algumas delas ainda presentes como problema de saúde pública
em nosso país.

No entanto, nem sempre as estratégicas das Políticas Públicas foram bem rece-
bidas pela população. Segundo dados dos jornais da época, em 1904, o governo
criou a Lei da Vacina Obrigatória, para promover a imunização contra a varíola,
sendo que a população entrou em rebelião contra essa decisão, resultando em 50
mortos e 110 feridos.

O ideal para a criação de um serviço de atendimento público à saúde aos brasileiros


só começou a ser pensado na década de 1970. Até então, a qualidade dos serviços
oferecidos era péssima e decaiu durante o período da Ditatura Militar. Os serviços
de saúde estavam disponíveis somente em hospitais particulares, e objetivavam,
sobretudo, ao tratamento das doenças e não aos meios de preveni-las, assim pouco
se via, por exemplo, campanhas de vacinação, ou ações prevencionistas.

Durante o período, foi criado pelo governo militar, o Instituto Nacional de Pre-
vidência Social (INPS), que disponibilizava o atendimento médico e os serviços
de saúde em geral, somente àqueles que contribuíam ao INPS. Nesse caso, os
profissionais que apresentavam carteira de trabalho assinada. No entanto, gran-
de parcela da população composta por profissionais autônomos, desempregados,
trabalhadores rurais, entre outros, não tinham direito de usufruir dos serviços de
saúde. Essa situação precária em relação à saúde no Brasil perdurou durante as
décadas de 1960 a 1980.

Em 1978, no período entre 6 a 12 de setembro, na República do Cazaquistão


(ex-república socialista soviética), ocorreu a Conferência Internacional sobre Cui-
dados Primários de Saúde, que deu origem à Declaração de Alma-Ata. Por meio
dessa Declaração, afirmou-se a urgência, em nível mundial, de que todos os gover-
nos planejassem e aplicassem ações que promovessem a saúde de todos os povos.

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UNIDADE Conceituando Políticas Públicas

Entre vários aspectos importantes para a discussão sobre a saúde, a Decla-


ração Alma-Ata (1978) define em seu primeiro parágrafo, o que compreende o
estado de saúde:
I) A Conferência enfatiza que a saúde – estado de completo bem-estar
físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfer-
midade – é um direito humano fundamental, e que a consecução do mais
alto nível possível de saúde é a mais importante meta social mundial, cuja
realização requer a ação de muitos outros setores sociais e econômicos,
além do setor saúde.

Nesse mesmo período, indivíduos de vários locais do mundo passaram a defen-


der as mesmas ideias, discutidas na Conferência de Alma-Ata e também dissemina-
das pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, a partir de 1980, com base nas ideias da Declaração de Alma-Ata,


surgiu um movimento com participação população chamado de Movimento Sani-
tarista que defendia um sistema de saúde que abrangesse a todos de forma igualitá-
ria, com o lema “Saúde para todos no ano 2000”.

Essas ideias foram discutidas na 8ª Conferência Nacional de Saúde que ocorreu em


1986 e que foi um grande marco para as mudanças que aconteceram a partir desta
data. Uma dessas grandes contribuições da 8ª Conferência foram os princípios do
Sistema Único de Saúde (SUS) que passaram a fazer parte da Constituição de 1988.

Após a Constituição Federal de 1988, os serviços de saúde são encarados como


direito da população, oferecidos de modo igualitário a todos os que precisam. Com
a implementação da Constituição Federal, as Políticas Públicas em Saúde passa-
ram a ser orientadas por alguns princípios básicos, sendo eles a Universalização,
a Equidade e a Integralidade, além de seguirem princípios organizativos que in-
cluem a Regionalização e Hierarquização, a Descentralização e o Comando
Único sempre contando com a Participação Popular. Esses são os pilares para o
planejamento e realização das ações que envolvem o SUS.
Explor

Sistema Único de Saúde - Princípios do SUS: https://goo.gl/4bj9GG

De acordo com os pressupostos apresentados, os serviços de saúde devem ser


disponibilizados a todos e de forma igualitária, independentemente de suas caracte-
rísticas sociais e pessoais. Sendo a saúde entendida como direito ao cidadão, cabe
ao Estado oferecer meios para que o estado de saúde seja alcançado. Como nossa
sociedade apresenta desigualdades em relação à distribuição de bens e a vários
aspectos sociais, o pressuposto de equidade, vem nesse sentido, para tentar mini-
mizar essas desigualdades, assim, o Estado deve investir mais em saúde nos locais
onde a desigualdade é maior.

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Em seu conceito de integralidade, as Políticas Públicas em Saúde planejam ações
que possam suprir as necessidades integrais da população, já que, para alguns,
caberão as ações de prevenção, enquanto que, para outros, principalmente as de
tratamento, e outros ainda as de reabilitação. Assim, não apenas o setor de saúde
está envolvido, mas outras Políticas Públicas não necessárias para a efetividade dos
programas e projetos.
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido median-
te políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença
e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e recuperação. (BRASIL, 1988)

Como o artigo acima apresenta, a saúde é um estado no qual todos os indivíduos


possuem o direito de estar. Porém, o que é saúde? Esse termo foi definido pela Orga-
nização Mundial da Saúde (OMS) em 1948, sendo compreendido não somente como
a ausência de doença, mas como o estado completo bem-estar físico, mental e social.
Assim, a saúde do indivíduo depende de seu bem-estar em sua sociedade, sua inserção
no grupo, suas necessidades emocionais e psicológicas, entre outros fatores.

Nessa visão global acerca do termo saúde, pode-se entender o porquê da deno-
minação “estado”. Estado remete a algo ou alguma situação não permanente, mas
sim mutável. Algo que pode passar por alteração, sendo para a melhoria ou não.
Quando se fala no estado de saúde, significa que, em determinado momento, o in-
divíduo pode estar pleno em relação à saúde, ou, segundo a OMS, estar em “saúde
ótima”, mas, em outros períodos, pode necessitar de cuidados diferenciados para
alcançar o bem-estar.

Ainda com essa visão, o estado de saúde envolve requisitos internos e externos
para a promoção do bem-estar geral. Além disso, a saúde deve passar pelo coletivo,
isso porque para o verdadeiro bem-estar, a comunidade, ou seja, o “outro” também
deve estar bem. O ambiente deve estar sadio para a saúde individual e coletiva, as-
sim, aspectos tais como água bem tratada, coleta de lixo e saneamento básico são
fatores que interferem diretamente no estado de saúde. A saúde pública envolve, des-
sa maneira, o compartilhar de responsabilidades entre o indivíduo e a coletividade.

Contrariamente ao estado de saúde, têm-se os momentos de doenças, nos quais


ocorre desajuste em adaptação, o que afeta um ou mais sistemas, ou o organismo
como um todo. Os estados de saúde e doença são influenciados pelo meio am-
biente. Doenças como diabetes, obesidade, desnutrição, hipertensão arterial, entre
várias outras, estão estritamente relacionadas ao ambiente e, assim, à coletividade.
Portanto, as intervenções também devem ser coletivas e não somente individuais.

Os indivíduos, dessa maneira, viveriam em constante necessidade de adaptação


ao meio, perpassando pelo chamado processo saúde-doença. As ações voltadas
para a recuperação e manutenção da saúde influenciam nesse processo, no qual
há uma constante luta para a permanência no estado de saúde.

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UNIDADE Conceituando Políticas Públicas

Explor
O território e o processo saúde-doença: https://goo.gl/xc57Bb

Analisando as definições de saúde e doença, assim como os objetivos das ações


de saúde pública, pode-se concluir que as Políticas Públicas trabalham de modo a
evitar doenças, isso por meio de projetos de prevenção. Também prezam por pro-
longar a vida, desenvolvendo estratégias para a manutenção da saúde física, mental
e a eficiência do indivíduo dentro da sociedade. Esses resultados são obtidos através
de esforços que envolvem a comunidade, que promovem o saneamento do meio
ambiente e o controle de infecções (ROUQUAYROL, 2003).

Entre os objetivos das Políticas Públicas em Saúde estão o diagnóstico precoce


e o tratamento preventivo das doenças. Além das doenças infecciosas e conta-
giosas, tantas outras se encontram nas relações de Políticas Públicas, tais como
a desnutrição (principalmente a infantil), a obesidade e as doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT).

A prevenção e o tratamento de doenças podem ser alcançados por meio dos


serviços médicos disponibilizados pelo Estado em seus diferentes níveis de atendi-
mento. Os indivíduos devem se sentir parte de uma comunidade, atendidos pelo
sistema de saúde, que, por sua vez, deve ter como base três pilares: Educação,
Proteção e Prevenção.

Um meio de aplicação das estratégias de Políticas Públicas é através do atendimento


oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que, como já vimos, apresenta pres-
supostos de igualdade e equidade no atendimento a todos da população. Esse serviço
visa tanto à prevenção como os processos de tratamento e reabilitação dos indivíduos.
Para tanto, o SUS é organizado de um modo prático em três linhas de atendimento,
denominadas: Atenção Primária, Atenção Secundária e Atenção Terciária.

A Atenção Primária à Saúde (APS) é conhecida como a “porta de entrada” dos


indivíduos aos servidos oferecidos no setor público. São os atendimentos iniciais,
ambulatoriais nas áreas da Clínica Médica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia,
Enfermagem e Odontologia, com os objetivos de prevenção e/ou cura. Sem ser
desta maneira, o indivíduo entra no Sistema Único de Saúde somente nos casos de
urgência e emergência. Isso quer dizer, que a maneira principal do indivíduo usu-
fruir dos serviços oferecidos na área da saúde é pelo atendimento inicial realizado
nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Nessas unidades, o enfoque é o atendimento simples, sem a necessidade da re-


alização de exames e outros procedimentos complexos, assim como a prevenção
que ocorre, geralmente, por meio da criação de grupos populacionais, como, por
exemplo, grupo de hipertensos com reuniões para orientações, grupo de gestantes
para promoção de acompanhamento e esclarecimento sobre o período gestacio-
nal, a importância da amamentação, os cuidados iniciais do bebê, entre outros.

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Na APS, também fazem parte os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), as
Equipes de Saúde da Família (ESF) e os Núcleos de Apoio à Saúde da Família
(NASF). Ainda nessa atenção, porém, no nível intermediário, temos os atendi-
mentos de urgência e emergência do Serviço de Atendimento Móvel a Urgência
(SAMU) e as Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

Quando o indivíduo necessita de serviços especializados, o atendimento é ofere-


cido em Atenção Secundária, ele pode ser realizado em nível ambulatorial, ou hos-
pitalar, que apresentam melhores recursos tecnológicos quando comparado aos da
atenção primária. Nesses locais, podem-se executar procedimentos mais complexos,
tanto nas ações de diagnóstico e terapia como também em urgência e emergência.

O SUS ainda oferece procedimentos e tratamentos de alta complexidade e/ou


alto custo na Atenção Terciária, entre eles estão os de cardiologia, oncologia, trans-
plantes, oftalmologia, partos de risco, neurocirurgia, diálise, entre outros. Procedi-
mentos ambulatoriais como quimioterapia e radioterapia, hemoterapia, ressonância
magnética, medicina nuclear, assim como o fornecimento de medicamentos excep-
cionais, marca-passos e stendt cardíaco são oferecidos pela Atenção Terciária.

1960 - 1980 1988


Poucas ações em Constituição
Saúde Pública Federal 1991
Agentes
Comunitários de Saúde

1980 1990 Atualmente


Movimento Leis 8080 e 8142 Unidades de Saúde
Sanitarista 1991 da Família
1986 Rede de Atenção
8ª Conferência Básica em Saúde
Nacional em Saúde

Figura 1 – Principais eventos que contribuíram para a evolução do SUS


Fonte: Elaborado pelo autor

Atualmente, o SUS possui uma visão global do indivíduo como ser inserido
dentro de uma família. O acompanhamento da equipe multiprofissional do SUS é
realizado envolvendo todos os integrantes da família. Apesar de o acompanhamen-
to ser realizado em uma unidade, neste caso, a família, cada membro é entendido
com suas necessidades e especificidades.

Por meio das ações nas unidades da saúde da família, o SUS consegue promover
a prevenção e/ou o tratamento de doenças, tais como as crônicas não transmis-
síveis, estimulando alterações no estilo de vida que deverão ser seguidas por toda
a família, permitindo, assim, que essas mudanças sejam melhor aceitas por todos.

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UNIDADE Conceituando Políticas Públicas

Figura 2 – Estratégia Saúde da Família (ESF) – Visão atual do SUS


Fonte: iStock/Getty Images

Entenda mais sobre o histórico e a organização do SUS por meio dos vídeos
indicados no item Material Complementar.

Políticas Públicas de Alimentação


e Nutrição no Brasil
Pesquisas Nacionais para análise de
aspectos alimentares e nutricionais
As Políticas Públicas são realizadas nos diferentes setores da sociedade. Existem,
na área da Educação, na área de Segurança e na área da Saúde, por exemplo. Em
específico, nas Políticas Públicas em Saúde, vários projetos são elaborados envol-
vendo a Nutrição. Temos assim, estratégias que visam à redução de riscos para a
ocorrência de doenças, principalmente com enfoque na prevenção. Para tanto,
informações sobre o consumo alimentar e os hábitos alimentares regionais são de
suma importância, pois, somente conhecendo o que o brasileiro come, podemos
identificar os pontos que devem ser trabalhados para uma reeducação alimentar a
fim de proporcionar contribuições à saúde.

Essas informações são obtidas por meio de pesquisas diversas que mostram o
panorama da sociedade em relação à renda familiar, aos gastos que as famílias pos-
suem com a aquisição de alimentos, o que elas compram e em quais quantidades,
como é classificado o estado nutricional da população e quais os principais fatores
envolvidos para estes resultados, entre outros aspectos.

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Uma das principais pesquisas que avaliou aspectos relacionados à alimentação
do brasileiro foi o Estudo Nacional de Despesa Familiar, realizado dentro do pe-
ríodo de 18 de agosto de 1974 a 15 de agosto de 1975 (fase de campo), pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com assessoria da Food and
Agriculture Organization (FAO). Essa pesquisa compreendeu a visita em aproxi-
madamente 55.000 famílias da população de modo geral e teve objetivo avaliar o
consumo alimentar, a estrutura de despesa familiar e o estado nutricional da popu-
lação brasileira. A abrangência da coleta de dado incluiu todos os estados e regiões
metropolitanas (Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte,
Salvador, Recife, Fortaleza, Belém e Brasília).

Esse estudo enfatizou a obtenção de informações sobre o consumo alimentar,


principalmente aquelas associadas às condições de nutrição. As informações ali-
mentares foram coletadas através de pesagem direta, durante sete dias. Também
incluiu relato dos alimentos que foram consumidos fora do domicílio durante o
período. Além dessas informações também analisou-se dados socioeconômicos,
tais como: composição familiar (sexo, idade, migração e relação com o chefe para
todas as pessoas do domicílio), emprego, renda e dados antropométricos das pes-
soas residentes.

Entre os resultados obtidos, alguns pontos importantes foram: que na época


avaliada 2/3 da população apresentava consumo calórico em média 400 kcal abai-
xo das recomendações; 47% da população da região nordeste e 42% da região
sudeste foram classificadas com Desnutrição Energético-Proteica (DEP); a preva-
lência de Desnutrição Infantil no país foi de 46% em relação à avaliação de Peso
para Idade (P/I).
Explor

Estudo Nacional de Despesas Familiares (ENDEF-1977): https://goo.gl/rUzS0Q

Em 1989, no período de 3 de julho a 15 de setembro, ocorreu a Pesquisa Na-


cional de Saúde e Nutrição (PNSN), realizada pelo Instituto Nacional de Alimenta-
ção e Nutrição (INAN), com a colaboração do Instituto de Planejamento de Gestão
Governamental (IPLAN) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Participaram dessa pesquisa tanto a população urbana como a rural, sendo entre-
vistados cerca de 18 mil domicílios, totalizando 63 mil pessoas.

A coleta de dados foi realizada por meio de questionário domiciliar e individual en-
globando os temas: características demográficas básicas, ocupação e rendimento, ca-
racterísticas nutricionais (antropometria, suplementação alimentar, aleitamento ma-
terno) e de saúde (acesso aos serviços de saúde, história obstétrica da mulher), com
o objetivo de apurar os indicadores da situação nutricional da população brasileira.

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UNIDADE Conceituando Políticas Públicas

Enfatizou-se na observação da situação nutricional da população, principalmen-


te quem eram os desnutridos, onde eles estavam localizados, quantos eram e qual
era a gravidade da desnutrição.

Entre os resultados da PNSN, temos números que comprovam que: houve


diminuição da prevalência de desnutrição no país, se comparado com resultados
de pesquisas anteriores; redução de 1/3 de todas as formas de Desnutrição
Energético-Proteica (DEP); no entanto, verificou-se que metade das crianças com
3 meses moradoras da região nordeste não eram amamentadas; ainda 20% dos
brasileiros apresentavam déficit de estatura (um dos sinais de desnutrição crônica);
porém, verificou-se redução de baixo peso e aumento do excesso de peso; 32% dos
brasileiros nesta época já apresentavam excesso de peso, constatado pelo Índice de
Massa Corporal (IMC) classificado maior ou igual a 25; na idade entre 45 e 55 anos
27% dos homens e 32% das mulheres já eram classificados como obesos.
Explor

Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN): https://goo.gl/BiInbw

Outra pesquisa que verificou dados relacionados ao estado nutricional da po-


pulação foi a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), realizada pela
Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil (BEMFAM) e pela ORC Macro In-
ternational IBGE e Ministério da Saúde. Ocorreu em quatro períodos diferentes,
1986, 1991,1996 e 2006, sendo que no último ano a pesquisa foi realizada por
um consórcio de instituições lideradas pelo NEPO/UNICAMP.

Cada uma das edições apresentou algumas diferenças em sua execução, participando
geralmente mulheres de 15 a 49 anos. Em 1996, além da pesquisa com a população
feminina, foi também considerada uma subamostra, em 25% dos domicílios selecionados,
da população masculina sobre conhecimento, atitudes e práticas relacionadas ao
planejamento familiar, intenções reprodutivas, conhecimento e comportamento sexual.
Nessa edição foram aplicados três tipos de questionários: Ficha de domicílio, Questionário
individual de mulheres e Questionário individual de homens.

Em 2006, foi aplicado um inquérito domiciliar nacional, com aproximadamente


15.000 mulheres de 15 a 49 anos de idade e aproximadamente 5.000 crianças menores
de 5 anos, representativo das cinco macrorregiões e dos contextos urbano e rural.

Essa pesquisa teve como objetivo principal, em todas as edições, avaliar níveis e
tendências da fecundidade, conhecimento e uso de métodos contraceptivos, inten-
ções reprodutivas e necessidades não satisfeitas de anticoncepção, amamentação
e outros determinantes próximos da fecundidade, como proporção de mulheres
casadas e/ou em união e duração da amenorreia pós-parto.

Além desses aspectos, avaliou-se a saúde materno-infantil, dados sobre mortali-


dade materna, DST/AIDS, gravidez, assistência pré-natal e parto, principais cau-
sas de doenças predominantes na infância, tais como diarreia e infecções respira-

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tórias. Fatores como imunização, estado nutricional e acesso à água e esgotamento
sanitário também foram analisados pela PNDS.

Na última edição, em 2006, a PNDS apresentou novos temas, sendo eles a


segurança alimentar, o acesso a medicamentos, deficiência de vitamina A e ane-
mia ferropriva, e não contou com as informações sobre mortalidade materna e
Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS e um questionário específico para os
homens, dados presentes na PNDS-96.

Entre os resultados obtidos pela PNDS, estão índices importantes que com-
provaram, principalmente até 1996, a existência da desnutrição, em especial a
infantil, por meio do alto número de crianças com inadequação entre os fatores
estatura para idade (E/I) e peso para a estatura (P/E). Além, disso verificou-se que
a desnutrição afetava sobretudo crianças após o desmame e mulheres com grande
quantidade de filhos.
Explor

Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde: https://goo.gl/54myAz

Entre as pesquisas que contribuem para as Políticas Públicas em Saúde, uma


delas é a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) realizada desde 1974-1975 até
hoje por meio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A POF apresenta informações gerais sobre domicílios, familiares e pessoas,


hábitos de consumo, despesas e recebimentos das famílias pesquisadas, sendo que
a coleta é realizada no próprio domicílio. Além disso, a pesquisa gera dados que
atualizam a cesta básica e seus preços de venda. A última POF está acontecendo
dentro do período de junho de 2017 a julho de 2018, com visitas domiciliares para
a realização de entrevistas que são registradas de modo eletrônico.

A POF de 2017-2018 apresentará 7 questionários, sendo estes: 1- Característi-


cas do domicílio e dos moradores, 2- Aquisição coletiva, 3- Caderneta de aquisição
coletiva, 4- Aquisição individual, 5- Trabalho e rendimento individual, 6- Avaliação
das condições de vida, 7- Bloco de consumo alimentar pessoal.

Em específico ao último bloco, a pesquisa consegue obter muitas informações


referentes à alimentação e nutrição da população brasileira. Este bloco será aplica-
do a uma subamostra da pesquisa, em aproximadamente 30 mil domicílios, sendo
que todos os moradores desses domicílios, maiores de 10 anos de idade, informam
sobre o consumo alimentar para dois dias.

Referente à alimentação e nutrição, por meio dessa pesquisa, são avaliadas


informações sobre a alimentação fora de casa, a escala de insegurança alimentar,
horário do consumo dos alimentos, os tipos de produtos e as quantidades consumi-
das em medidas caseiras, a forma de preparo, a ocasião e o local de consumo e se
utilizam ingredientes de adição, tais como açúcar, manteiga, mel, ketchup.

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UNIDADE Conceituando Políticas Públicas

Diretoria de Pesquisas Coordenação de Trabalho e Rendimento - Pesquisa de Orçamentos


Explor

Familiares. POF 2017 - 2018 : https://goo.gl/VKcicB

Nas últimas POF (de 1974 a 2016), vários aspectos que influenciam diretamen-
te o estado nutricional da população foram identificados, entre estes, o aumento do
consumo de alimentos industrializados, pré-preparados, com alto teor de açúcares
e gorduras, em especial, identificou-se um aumento no consumo de refrigerantes
e outras bebidas açucaradas. Redução do consumo de alimentos in natura, ou
seja, frutas, legumes e verduras. Redução até mesmo do prato base do cardápio da
maioria dos brasileiros: o arroz e feijão.

Com as pesquisas anteriores também foi possível constatar que em média o


brasileiro não apresenta o consumo recomendado de leite e derivados, fator que
contribui para a carência de cálcio. Não consome a quantidade mínima recomen-
dada pela Organização Mundial da Saúde, de vegetais (frutas, legumes e verduras),
de 400 gramas ao dia, atualmente o brasileiro consome aproximadamente 132
gramas ao dia, o que aponta baixo consumo de fibras, sendo um fator de risco para
o desenvolvimento de câncer de cólon.

Além dos dados sobre quais alimentos são consumidos e suas quantidades, a
POF analisa também as diferenças alimentares encontradas nas regiões brasileiras.
Dessa maneira, de acordo com os hábitos alimentares regionais podem-se adaptar
as estratégicas aplicadas a fim de obter maiores e melhores resultados.

Por meio dos resultados dessas e de outras pesquisas os órgãos governamentais


podem planejar estratégias aplicáveis em nível coletivo. Essas informações são uti-
lizadas, por exemplo, para a melhoria do sistema de saúde, para o estabelecimento
de metas, diagnosticar problemas existentes nas Políticas Públicas já existentes,
entre outros fatores.

Você Sabia? Importante!

Que até mesmo a política salarial, com a instituição do Salário Mínimo, pela Lei 185
de 14/01/36, regulamentada pelo Decreto-Lei 399 de 30/04/38, pensava na Segurança
Alimentar? No Art. 6º fica instituído que o salário mínimo será determinado pela
fórmula Sm = A + B + C + D + E, em que A, B, C, D e E representam, respectivamente,
o valor das despesas diárias com alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte
necessários á vida de um trabalhador adulto. (BRASIL, 1938)

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos
Série SUS - Você já ouviu falar bem do SUS?
https://goo.gl/Mjcbs3
Serie SUS - Por que o SUS hoje é assim?
https://goo.gl/5Qhhw3
Série SUS - Os Princípios do SUS
https://goo.gl/9mJqi2

Leitura
Avanços e desafios do acolhimento na operacionalização e qualificação do Sistema Único de Saúde na Atenção
Primária: um resgate da produção bibliográfica do Brasil
MITRE, S. M.; ANDRADE, I. G.; COTTA, R. M. M. Ciência & Saúde Coletiva.
17(8):2071-2085, 2012.
https://goo.gl/Mjcbs3
Organização de redes regionalizadas e integradas de atenção à saúde: desafios do Sistema Único de Saúde (Brasil)
SILVA, S. F. Organização de redes regionalizadas e integradas de atenção à
saúde: desafios do Sistema Único de Saúde (Brasil). Ciência & Saúde Coletiva,
16(6):2753-2762, 2011.
https://goo.gl/fZtPgx

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UNIDADE Conceituando Políticas Públicas

Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional
promulgado em 5 de outubro de 1988. Brasília: Senado Federal.

BRASIL. Presidência da República Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos.


Lei Nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funciona-
mento dos serviços correspondentes e dá outras providências.

BRASIL. DECRETO-LEI Nº 399, DE 30 DE ABRIL DE 1938. Aprova o regula-


mento para execução da Lei n. 185, de 14 de janeiro de 1936, que institui
as Comissões de Salário Mínimo. Rio de Janeiro, 30 de abril de 1938, 117º da
Independência e 50º da República.

BAPTISTA, T. W. F.; REZENDE, M. A ideia de ciclo na análise de políticas públi-


cas. In: MATTOS, R. A.; BAPTISTA, T. W. F. Caminhos para análise das polí-
ticas de saúde. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: <http://www.ims.uerj.br/
ccaps/wp-content/uploads/2011/10/LivroCompleto-versao-online.pdf>.

HOWLETT, M.; RAMESH, M; PERL, A. Política Pública: seus ciclos e subsiste-


mas: uma abordagem integral. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

ROUQUAYROL, M. Z. Epidemiologia e Saúde. 6. ed. MEDSI, Rio de Janeiro,


2003, Capítulo 2: Epidemiologia, História Natural e Prevenção de Doenças.

SECCHI, L. Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos.


São Paulo, Cengage Learning. 2. ed. 2013

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