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Dentro da introdução do livro ‘Manual de Psicologia Hospitalar – O Mapa da Doença’ de Alfredo

Simonetti nos mostra uma observação detalhada dentro da Psicologia Hospitalar, analisando a
ligação entre saúde física e bem-estar psicológico. O escritor aborda a importância de um suporte
psicológico para pacientes hospitalizados, enfatizando o papel crucial do psicólogo hospitalar na
equipe da saúde. Simonetti apresenta uma visão extensiva das questões enfrentadas por pacientes e
suas famílias durante o processo de doença e tratamento, destacando estratégias de intervenção e
promoção de saúde mental.

Capitulo 1- interação entre saúde e doença;


Neste capítulo introdutório, Simonetti explora a relação entre saúde física e mental, enfatizando
como a doença pode afetar não apenas o corpo, mas também o bem-estar psicológico. Sendo
destacado pelo autor a importância de uma abordagem integrada para o cuidado de pacientes
hospitalizados, reconhecendo a necessidade de suporte emocional durante todo o processo de
tratamento.

Capitulo 2- O impacto emocional da doença;


O autor analisa diversas formas como a doença pode impactar emocionalmente os pacientes,
incluindo ansiedade, depressão, medo e estresse. Ele discute os fatores que contribuem para essas
reações emocionais, como o diagnóstico, a gravidade da doença, prognostico e as experiências
previas do paciente. Simonetti ressalta a importância de uma abordagem sensível e empática por
parte dos profissionais de saúde ao lidar com as emoções dos pacientes.

Capítulo 3- Estratégias de enfrentamento;


Neste capítulo, o autor explora diferentes estratégias que os pacientes podem usar para lidar com o
estresse e as dificuldades associadas à doença. Ele discute a importância do apoio social, atividades
de relaxamento, pensamento positivo e busca por significado durante o processo de enfrentamento.
Simonetti também destaca o papel do psicólogo hospitalar na orientação e apoio na adoção de
estratégias eficazes de enfrentamento.

Capítulo 4- Intervenções psicológicas;


É apresentado pelo autor uma grande variedade de intervenções psicológicas que podem ser uteis
para pacientes hospitalizados, incluindo psicoterapia, intervenções cognitivo-comportamentais,
treinamento de habilidades de enfrentamento e terapia de grupo. Ele discute como essas
intervenções podem ajudar os pacientes a lidar com questões emocionais, promover o ajustamento
do ambiente hospitalar e melhorar a qualidade de vida durante o tratamento.

Capitulo 5- O papel do psicólogo hospitalar;


Neste capítulo, Simonetti explora em detalhes o papel do psicólogo hospitalar na equipe de saúde.
Ele destaca as diversas funções desempenhadas pelo psicólogo, incluindo, avaliações psicológicas,
intervenção, aconselhamento, apoio emocional, educação para a saúde e coordenação de cuidados.
O autor também discute os desafios, e oportunidades enfrentados pelos psicólogos hospitalares,
bem como as competências necessárias para uma prática eficaz.

Capítulo 6- Orientações praticas;


No último capítulo, Simonetti oferece orientações práticas para psicólogos hospitalares que
trabalham com pacientes em diferentes contextos diferentes, contextos clínicos. Ele discute
questões como a comunicação eficaz com pacientes e suas famílias, o manejo de situações de crise, a
colaboração interprofissional e a ética profissional. O autor fornece exemplos e estudos de caso para
ilustrar suas recomendações e enfatiza a importância da abordagem centrada no paciente e baseada
em evidencias na prática da psicologia hospitalar.
O ´Manual de Psicologia Hospitalar – O Mapa da Doença´ De Alfredo Simonetti oferece uma visão
detalhada e prática do campo da psicologia hospitalar, fornecendo orientações valiosas para
psicólogos, profissionais de saúde e estudantes interessados no cuidado psicológico de pacientes
hospitalizados. A obra destaca a importância do suporte emocional durante o processo de doença e
tratamento, bem como o papel crucial do psicólogo hospitalar na promoção do bem-estar dos
pacientes e suas famílias.

(Resumo histórico do surgimento da psicologia hospitalar)


Na Roma Antiga, a psicologia estava ligada à igreja católica, com influencias de Platão e Aristóteles.
Durante a Idade Média, a igreja tinha forte influência0 na psicologia, levando à criação dos primeiros
hospícios.

Na Idade Moderna, os doentes mentais foram transferidos para hospitais e posteriormente para
manicômios, onde sofriam abusos. Somente no século XIX a psicologia começou a se consolidar,
especialmente na psicologia hospitalar, que ganhou força no século XX.
Já no Brasil, as atividades psicológicas em hospitais começaram na década de 1962. O termo
´Psicologia Hospitalar` é especifico em nosso país, e o Conselho Federal de Psicologia regulamentou
sua prática em 1983.

Definição e atuação dos psicólogos em hospitais


Para entender sobre a atuação da psicologia hospitalar, é necessário destacar a diferença entre
Psicologia da Saúde e Psicologia Hospitalar. Enquanto a Psicologia da Saúde trata problemas da
saúde física, a Psicologia Hospitalar foca na intervenção precisa e adequada em ambientes
hospitalares.

A área da saúde na atuação da psicologia hospitalar vem crescendo, não apenas no tratamento, mas
também na prevenção, considerando aspectos físicos e emocionais. O governo tem implementado
políticas de saúde mental, trazendo novas oportunidades para psicólogos hospitalares em concursos
públicos, embora haja disparidades entre hospitais públicos e privados.

O papel do psicólogo hospitalar inclui orientar pacientes e familiares a lidar com os aspectos
psicológicos da doença e internação, especialmente em situações de perda de autonomia e restrição
do convívio familiar, como na UTI. Além disso, o psicólogo apoia a equipe médica e os familiares,
lidando com questões emocionais complexas.

O profissional procura minimizar angustias e sofrimentos, proporcionando o bem-estar do paciente


durante a hospitalização. Suas atividades Incluem psicoterapia, grupos de apoio, psicodiagnósticos e
interconsultas para casos de transtornos mentais e sintomas emocionais.

Dentro do ambiente hospitalar, o psicólogo enfrenta desafios como a falta de privacidade e a


necessidade de adaptar-se as rotinas médicas. Trabalhando em equipe multidisciplinar, ele
desempenha um papel fundamental na promoção da saúde mental dos pacientes e na prevenção de
conflitos e sobrecargas emocionais na equipe de saúde.

Além disso, o psicólogo hospitalar auxilia em diversas áreas, como no vínculo com mãe-bebe,
preparação para cirurgias e orientações aos pais sobre hospitalização. No entanto, ele também
enfrenta dificuldades emocionais, especialmente diante da morte e do sofrimento dos pacientes,
exigindo habilidades de posicionamento claro e suporte emocional para si mesmo e para os colegas
de equipe.

Demanda Psicológica Hospitalar

1- Assistência Psicológica Hospitalar


- Atendimento a pacientes e familiares, e assistência à equipe hospitalar.
- Varia conforme a instituição, vínculo do psicólogo, capacitação e recursos disponíveis.
- A Intervenção pode ser individual ou grupal, adaptando-se ao contexto hospitalar.

2. Intervenção Psicológica
- Envolve apoio emocional, orientação e psicoterapia.
- Objetivos variados, como avaliação emocional, esclarecimento sobre diagnósticos, preparação para
cirurgias e apoio em situações de luto.

3. Trabalho em Equipes Multidisciplinares


- Papel do psicólogo envolve esclarecer questões biológicas, promover acordo ao tratamento, e aferir
a qualidade dos serviços hospitalares.

4. Identificação da Demanda Psicológica


- Pode ser designada pelo psicólogo ou outros profissionais de saúde.
- Necessidade de avaliar interesse e disposição do paciente para intervenção.
- Importância de diferir demanda do paciente de dificuldades da equipe.

5. Flexibilidade e Adaptação
- Condutas devem ser adaptadas às necessidades do ambiente hospitalar.
- Habilidades como empatia, persistência e reconhecimento de demandas não verbais são essenciais.

6. Ensino e Pesquisa
- Engloba supervisão de estágios e eventualmente ministrar treinamentos.
- Prática de pesquisa ainda introdutório, mas com potencial de fortalecimento com maior integração
com a universidade.
- Divergências sobre a relação entre prática e pesquisa, com alguns enfatizando a necessidade de
respaldo científico.

Aspectos Promotores Da Pratica Multidisciplinar do Psicólogo Hospitalar


Para uma verdadeira integração multidisciplinar, o psicólogo hospitalar necessita ser persistente ao
defender suas ideias e interagir com outros profissionais. A requisição de seus serviços depende de
esclarecer os benefícios das intervenções psicologias, especialmente para aqueles que reconhecem a
influência emocional nos pacientes. Reducionismos profissionais e hierarquias podem dificultar essa
integração, mas avanços requerem um visão integrada mente-corpo.

Além disso, o psicólogo deve ser capacitado para expressar-se de maneira clara e objetiva,
sustentando seus pontos de vista diante aos médicos, superando tais barreiras sem intervenção. No
entanto, enfrenta desafios como o número limitado e psicólogos e a resistência dos chefes de serviço
em ceder espaço para trabalho em equipe.
A implantação do psicólogo em unidades hospitalares muitas vezes ocorre por questões
interpessoais, mas é primordial vincular sua atuação ao serviço da unidade, evitando depender
exclusivamente do profissional que o convidou. Segundo enfermeiras, a integração em equipe
promove maior compreensão das atribuições do psicólogo, reforçando a importância de resultados
para a valorização do serviço.

Espera-se que o psicólogo contribua para a definição de condutas e tratamentos, capacitando a


equipe para tomar decisões alinhadas com as necessidades dos pacientes, mesmo quando sua
disponibilidade e limitada. As demandas identificadas pelas enfermeiras destacam a necessidade de
uma presença mais ampla do psicólogo na equipe e a importância de priorizar intervenções onde
sua atuação e consolidada.

Competências e Habilidades do Psicólogo Hospitalar


Para se integrar efetivamente no contexto hospitalar e entender as demandas psicológicas, o
psicólogo hospitalar deve possuir uma serie de competência e habilidades, como;
1- Assegurar autonomia profissional para analisar e propor ações, independentemente da situação.
2- Sistematizar o trabalho para desenvolver ações assistenciais, de ensino e pesquisa.
3- Garantir que a abrangência não comprometa a qualidade do serviço.
4- Identificar necessidades dos pacientes e escolher métodos de intervenção adequada.
5- Priorizar ações que promovam a prática multidisciplinar e complementem o trabalho de outros
profissionais.
6- Vincular o trabalho as unidades e não aos indivíduos específicos.
7- Analisar o interesse e disposição do paciente para receber atendimento psicológico.
8- Alcançar resultados em curto espaço de tempo.
9- Garantir continuidade do tratamento após a alta hospitalar, quando necessário.
10- Participar ativamente de espaços de interação com outros profissionais.
11- Coordenar e manejar processos grupais considerando diferenças individuais.
12- Evidenciar a relevância dos aspectos emocionais no quadro clínico dos pacientes.
13- Assessorar equipes de saúde na definição de condutas e tratamentos.
14- Avaliar e intervir em dificuldades de manejo da equipe.
15- Identificar quando usar a terminologia médica.
16- Avaliar a pertinência de atividades administrativas.
17- Oferecer atendimento psicológico a funcionários ou trabalhar aspectos relacionados ao ambiente
hospitalar.
18- Potencializar a ação da psicologia com estagiários.
19- Desenvolver o pensamento crítico dos estagiários.
20- Contribuir para o desenvolvimento da psicologia hospitalar por meio de estudos.
21- Propor estratégias que conciliem a prática de pesquisa com outras atividades hospitalares.
22- Desenvolver instrumentos para avaliar resultados da intervenção psicológica.
23- Apresentar trabalhos e debater assuntos relacionados à prática psicológica hospitalar.
24- Analisar e propor ações para superar dificuldades na prática.
25- Evitar assumir responsabilidades que não são do psicólogo hospitalar.

Essas competências subentendem habilidades como interpretar demandas psicológicas, adaptar


referenciais teóricas, realizar diversos atendimentos, compartilhar conhecimento e realizar pesquisa
aplicada.

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