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Escola de Ensino Fundamental Tibúrcio Valeriano da Silva

Aluno(a):
Professor(a): Felipe Ano: 2024

Turma: 9º ___ Data: ____/____/_______ Etapa: 1ª

1) Observe, na tira a seguir, a palavra “mas”. 5) A oração coordenada sindética do cartum é


classificada como
(A) aditiva.
(B) alternativa.
(C) explicativa.
(D) conclusiva.
6) Leia outra tirinha a seguir:

De acordo com o enunciado da tirinha do Armadinho,


a palavra “mas” possui o sentido de
(A) oposição. (B) contraste.
(C) reprovação. (D) explicação.
Leia esta tira, de Fernando Gonsales, e responda às
questões 2 a 3.
Os conectores coordenativos empregados na fala do
personagem do primeiro quadrinho têm,
respectivamente, o sentido de:
(A) adição e escolha.
(B) oposição e adição.
(C) adição e oposição.
(D) conclusão e explicação.
2) Que relação o sídeto estabelece entre as orações? 7) Leia esta charge.
(considere o sentido da frase no contexto).
(A) Uma relação de oposição.
(B) Uma relação de conclusão.
(C) Uma relação de explicação.
(D) Uma relação de escolha.
3) Como se classifica a oração que compõe o
período em estudo (questão 2).
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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4) Leia este cartum.

A palavra “logo” no balão tem o significado de


(A) lugar (palhoça).
(B) conclusão (igual a “portanto”).
(C) justamente (um advérbio).
(D) imediatamente (um advérbio).

Leia o texto “Como sair das bolhas?” para responder às


questões 8 a 10:

A oração coordenada sindética encontrada no texto é


(A) Vocês vão sair?
(B) Não sei o que é pior...
(C) ...o desespero do cão ou o sarcasmo do gato?
(D) ...ou o sarcasmo do gato?
CE: No livro você usa a expressão “bolha”. O que entende por isso e por
que diz da necessidade de sair dela?
PF: Bolha são as redes sociais e proponho uma reflexão sobre a necessi-
A pesquisadora Pollyana Ferrari fala sobre fake news, o conceito de pós ver- dade de sairmos desse espaço que te induz a compartilhar com os seus
dade e o papel da educação para construir ética, senso crítico e permitir lei-
“iguais”. Sobretudo nesses tempos de polarização, temos cada vez mais
turas de mundo
excluído os que pensam diferente de nós, o que nos deixa em uma zona
[...]
de conforto, mas também nos priva de uma leitura de contexto. E a gente
Carta Educação: Há como mensurar o início das fake news? Vivemos uma
não tem ideia do perigo disso. As pessoas acabam se refugiando naquilo
ascensão das notícias falsas?
que entendem ser igual a elas e com isso perdem embasamento e senso
Pollyana Ferrari: As fake news sempre existiram. No meu livro eu cito
crítico para o debate. Precisamos transitar mais pelos grupos divergentes,
relatos e resumos de jornais fake desde Roma Antiga. [...] O que mudou
ver mensagens de outros grupos, da grande mídia, porque, ainda que ma-
é a questão da escala. Com as redes sociais, basicamente as temos há 14
nipulado, o discurso
anos, todo mundo ganhou voz, temos produção de conteúdo via celula-
dá uma dimensão do que está acontecendo. Costumo dizer que até para
res, blogs, influenciadores digitais. E, veja, eu não sou contra esse movi-
criticar algo, precisamos conhecer, entrar em contato, senão só repro-
mento, é positivo termos outras vozes para além da grande mídia. A
duzimos a opinião pasteurizada da bolha.
questão é que nos grandes veículos há etapas de apuração de informa-
CE: Como o sair da bolha se relaciona com o enfrentamento às fake news?
ção, um mínimo dechecagem, independentemente da linha editorial que
PF: Os algoritmos são softwares e eles fortalecem as bolhas. Se você fala
sigam. Não estou falando de viéspolítico, mas de etapas de apuração.
de comida orgânica, só receberá anúncios e marcas desse tipo, aí entra
Com a pulverização, isso se perde. E, sim, estamos em um momento de
no círculo. Os produtores de fake news também compram perfis falsos
ascensão das fake news, o que é muito preocupante.
para entrar nas bolhas e oferecer discursos sob medida. Os algoritmos
CE: Qual a relação entre fake news e pós-verdade?
seguem as nossas pegadas nessas redes para oferecer conteúdo. Então,
PF: A pós-verdade aponta para uma sociedade informacional que com-
se você é uma pessoa que transita, é possível confundi-los e isso é bené-
partilha personas digitais, desejos que não têm lastro com o real. Vejo
fico a partir do momento que você não fica na mão da plataforma, sai
que às vezes as pessoas até têm dimensão de que determinada informa-
desse universo e consegue fazer outras leituras e estabelecer diálogos.
ção é falsa, mas como isso vai ao encontro do seu desejo, elas comparti-
CE: Em que medida isso esbarra
lham.
na educação?
CE: Como isso ganha força e pode ser prejudicial no contexto digital da
PF: Dando o exemplo do jorna-
internet e das redes sociais?
lismo, tem muitos veículos que se
PF: Vamos imaginar duas situações. Um jovem, adaptado à presença nes-
recusam a olhar esse tempo dos
sas plataformas e que acredita mais nos seus amigos e na sua timeline do
algoritmos e aí ficam no seu qua-
que nos veículos e até em seu professor. Agora, o idoso que, por sua vez,
drado e acabam perdendo rele-
não está acostumado com apresença digital e que vinha de uma relação
vância. É o mesmo para as esco-
com a informação em que se preservava uma checagem mínima. Isso pa-
las. A gente tem a questão das
rece inofensivo, mas, quando consideramos que só no Facebook há dois
fake news, das bolhas, do bul-
bilhões de pessoas, é preocupante. Isso sem contar os aplicativos de
lying, de gênero, isso faz parte da
mensagens instantâneas, como o WhatsApp, um dos mais utilizados pe-
vida dos jovens todos os dias. Es-
los brasileiros e um dos disseminadores de fake news em potencial. O
colher deixar isso de fora é perder
que estou querendo dizer é que, geralmente, o dedo é mais rápido que
a chance de ajudá-los a sair da bolha, a construir seu senso crítico e serem
o cérebro, se compartilha muita coisa sem checar informação, sem ques-
adultos mais críticos e éticos. Temos esse papel social enquanto educa-
tionar de onde vem a foto, o vídeo. É preciso ter senso crítico e questio-
dores, não consigo ver a sala de aula sem essa função.
nar o que se recebe.
[...]
CE: Quais são os riscos das fake news? FERRARI, Pollyana. [Entrevista cedida a] Ana Luiza Basilio.
PF: Em 2014, Fabiane de Jesus foi linchada no Guarujá, litoral de São Carta Capital, São Paulo, 17 abr. 2018. Disponível em: http://www.cartaeducacao.com.br/
entrevistas/como-sair-das-bolhas/. Acesso em: 25 abr. 2022.
Paulo, por ser acusada de praticar magia negra com crianças. A informa-
ção era falsa, era um boato de internet. Quando se dissemina uma inver-
dade, com o intuito de prejudicar alguém, se perde a dimensão desse 8) Sobre as fake news, responda, considerando o
impacto. Depois que se espalha, você pode até tirar a informação do ar, texto acima: Como elas nascem? Que interesses há
mas às vezes os casos são incontornáveis. [...] É preciso muito cuidado, por trás delas?
uma informação mentirosa pode destruir a vida de alguém, uma reputa- (A) Da conspiração de governos interessados nas
ção, acabar com uma empresa, uma escola, uma família. eleições.
CE: Quem são os maiores produtores de fake news hoje? (B) Se originam dos jovens nas bolhas das redes sociais.
PF: Temos escritórios e grupos
(C) Sua criação provém algoritmos das tecnologias de
que ganham dinheiro com as
fakenews, mas eles represen- IA.
tam 30% da veiculação de in- (D) A maioria é criada por pessoas que postam
formações falsas. A maior mentiras na rede, motivadas por ódio ou vingança.
parte vem das pessoas que 9) Observe estas palavras do texto: fake, fake news,
propagam pequenas mentiras, timeline. As palavras são originárias do(a)
embasadas em ódio por não (A) alemão. (B) Europa.
pactuarem com determinada
(C) país britânico. (D) inglês.
ideologia, ou conteúdos ina-
propriados que visam à perse-
10) A entrevistada afirma: “o dedo é mais rápido que
guição de determinados gru- o cérebro”. A explicação para essa afirmação é:
pos ou indivíduos, por exem- (A) O cérebro não acompanha o corpo na digitação.
plo, o vazamento de fotos por bullying. Esse movimento é maior e assus- (B) As pessoas replicam a falsa informação sem antes
tador. E por que eu digo isso? [O] que fazer com quem compartilha pe- questionar a veracidade dela.
quenas ou grandes mentiras pelas redes e grupos? Quem começou a di- (C) Se refere à ideia de que agimos pensando nas
zer que a Fabiane de Jesus era a mulher que fazia magia negra? Como consequências.
saber de quem parte essa informação no WhatsApp? Ninguém foi preso
(D) Descreve situações em que alguém age com
no caso porque não se sabe quem começou.
[...]
sabedoria e não por impulso.

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