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Questão 1
Como se sabe, dentre as aves temos as galinhas. Assim, a relação semântica que se estabelece, respectivamente, entre
esses dois termos é de:
(A) homonímia.
(B) paronímia.
(C) antonímia.
(D) hiponímia.
(E) hiperonímia.
Questão 2
Na leitura de textos, deparamo-nos, muitas vezes, com palavras das quais desconhecemos o significado, no entanto, a
partir do contexto, conseguimos interpretá-las. Seguindo esse entendimento, a partir da significação contextual da
palavra, assinale a alternativa que contém o vocábulo que substituiria adequadamente o termo destacado no trecho a
seguir, de acordo com a relação de significado estabelecida.
Os princípios da conversa
As condições gerais de linguagem que permitem fazer inferências na troca verbal
Uma anedota conhecida conta que um agente alfandegário pergunta a um passageiro que desembarcara de um
voo internacional e passava pela aduana:
– Licor, conhaque, grapa...?
O passageiro responde:
– Para mim, só um cafezinho.
A graça da piada reside no fato de que o passageiro fez, propositadamente ou não, uma inferência errada nessa
situação de comunicação. Inferiu que o fiscal aduaneiro lhe oferecia um digestivo, como no final de uma refeição num
restaurante, quando, na realidade, a inferência correta é se ele trazia alguma bebida alcoólica na bagagem. Ele violou o
princípio de pertinência que rege o uso da linguagem.
Chama-se inferência pragmática aquela que resulta do uso dos princípios que governam a utilização da
linguagem na troca verbal. Paul Grice (1975) postula que um princípio de cooperação preside à comunicação. Ele
enuncia-se assim: sua contribuição à comunicação deve, no momento em que ocorre, estar de acordo com o objetivo e
a direção em que você está engajado.
Teste de 1º Trimestre / 2020
Categorias
Esse princípio é explicitado por quatro categorias gerais – a da quantidade das informações dadas, a de sua
verdade, a de sua pertinência e a da maneira como são formuladas, que constituem as máximas conversacionais. (...)
Pode-se infringir uma máxima para não transgredir outra, cujo respeito é considerado mais importante.
No exemplo que segue, a resposta do interlocutor viola a máxima da quantidade para não desobedecer à da
qualidade:
– Onde João trabalha? Ele saiu daquela firma?
– No Rio de Janeiro.
Com efeito, quem pergunta quer de fato saber é a firma onde João presta serviços. A resposta mais vaga
permite inferir que o interlocutor não sabe exatamente onde João trabalha.
Pode-se explorar a infringência de uma máxima com vistas a criar um dado efeito de sentido. Por exemplo, a
ironia é a exploração de uma transgressão da máxima da qualidade. O que o texto irônico está dizendo não é verdade.
Deve-se entendê-lo pelo avesso. No exemplo que segue, “modesto” quer dizer o oposto:
“‘Tenho uma voz conhecida, então não é qualquer narrador, é o Falabella contando a história’, diz o modesto
autor-locutor”
MÁXIMAS CONVERSACIONAIS
Máximas da quantidade
Máximas de maneira
Seja claro.
Questão 3
A textualidade tem a referenciação como um de seus princípios. Trata-se de um processo pelo qual introduzimos ideias
no texto e as recuperamos, por meio de recursos diversos. Um dos recursos muito utilizados é a sinonímia, que consiste
no emprego de palavras com sentidos semelhantes, de modo a evitar a repetição desnecessária. Em relação aos pares
de palavras a seguir, marque V (verdadeiro) para os pares de sinônimos corretos e F (falso) para os pares de sinônimos
incorretos, de acordo com o texto.
( ) anedota – piada
( ) agente alfandegário – fiscal aduaneiro
( ) infringência – transgressão
( ) máxima – regra
( ) interlocutor – narrador
A sequência CORRETA é:
(A) V – F – V – F – V.
(B) V – V – V – F – F.
(C) F – V – F – F – V.
(D) V – F –F –F – V.
(E) V – V – V – V – V
O gosto da surpresa
Betty Milan
Psicanalista e escritora
Nada é melhor do que se surpreender, olhar o mundo com olhos de criança. Por isso as pessoas gostam de
viajar. Nem o trânsito, nem a fila no aeroporto, nem o eventual desconforto do hotel são empecilhos neste caso. Só
viajar importa, ir de um para outro lugar e se entregar à cena que se descortina. Como, aliás, no teatro.
O turista compra a viagem baseado nas garantias que a agência de turismo oferece, mas se transporta em busca
de surpresa. Porque é dela que nós precisamos mais. Isso explica a célebre frase “navegar é preciso, viver não”,
erroneamente atribuída a Fernando Pessoa, já que data da Idade Média.
Agora, não é necessário se deslocar no espaço para se surpreender e se renovar. Olhar atentamente uma flor,
acompanhar o seu desenvolvimento, do botão à pétala caída, pode ser tão enriquecedor quanto visitar um monumento
histórico.
Tudo depende do olhar. A gente tanto pode olhar sem ver nada quanto se maravilhar, uma capacidade natural
na criança e que o adulto precisa conquistar, suspendendo a agitação da vida cotidiana e não se deixando absorver por
preocupações egocêntricas. Como diz um provérbio chinês, a lua só se reflete perfeitamente numa água tranquila.
O que nós vemos e ouvimos depende de nós. A meditação nos afasta do clamor do cotidiano e nos permite, por
exemplo, ouvir a nossa respiração. Quem escuta com o espírito e não com o ouvido, percebe os sons mais sutis. Ouve o
silêncio, que é o mais profundo de todos os sons, como bem sabem os músicos. Numa de suas músicas, Caetano Veloso
diz que “só o João (Gilberto) é melhor do que o silêncio”. Porque o silêncio permite entrar em contato com um outro eu,
que só existe quando nos voltamos para nós mesmos.
Há milênios, os asiáticos, que valorizam a longevidade, se exercitam na meditação, enquanto nós, ocidentais,
evitamos o desligamento que ela implica. Por imaginarmos que sem estar ligado não é possível existir, ignoramos que o
afastamento do circuito habitual propicia uma experiência única de nós mesmos, uma experiência sempre nova.
Desde a Idade Média, muitos séculos se passaram. Mas o lema dos navegadores continua atual. Surpreender-se
é preciso. A surpresa é a verdadeira fonte da juventude, promessa de renovação e de vida.
Questão 4
No trecho: “...suspendendo a agitação da vida cotidiana e não se deixando absorver por preocupações egocêntricas”, as
palavras grifadas mantêm, com os vocábulos “absolver” e “personalistas”, uma relação de:
(A) homonímia e sinonímia, respectivamente.
(B) sinonímia e homonínia, respectivamente.
(C) antonímia e paronímia, respectivamente.
(D)antonímia e sinonímia, respectivamente.
(E) paronímia e sinonímia, respectivamente.
Questão 5
A partir dos exemplos 1 e 2, indique as respectivas figuras de linguagem:
Questão 6
Assinalar a alternativa que contém as figuras de linguagem correspondentes aos períodos a seguir:
(Cecília Meireles)
(Monteiro Lobato)
IV - Nunca se afizera ao regime novo - essa indecência de negro igual a branco e qualquer coisinha: a polícia! "Qualquer
coisinha": Uma mucama assada no forno porque se engraçou dela o senhor; uma novena de relho porque disse: "Como
é ruim, a sinhá"...
(Monteiro Lobato)
Colégio Educandus – pág. 4
Teste de 1º Trimestre / 2020
Questão 7
Assinale a alternativa que indica corretamente o ponto comum entre os respectivos trechos:
Questão 8
Assinalar a alternativa correta, correspondente às figuras de linguagem, presentes nos fragmentos a seguir:
I. "Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste."
II. "A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão."
III. "A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam."
IV. "Isaac a vinte passos, divisando a vulto de um, para, ergue a mão em viseira, firma os olhos."
Questão 9
Os versos anteriores ostentam os seguintes recursos retóricos, intensificados na poesia barroca:
Questão 10
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a figura de linguagem empregada no período anterior.
(A) Metáfora
(B) Paradoxo
(C) Metonímia
(D)Catacrese
(E) Sinestesia