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GESTAO AMBIENTAL TERRITORIAL-trabalho
GESTAO AMBIENTAL TERRITORIAL-trabalho
Armando Muiane
Awage Aiuba Ahamada
Delsen Didi Pereira
Erasmo Marcelino Augusto
Frana Alves Vireque
Katia F. A. Rosario
Suzete António B. Moreira
Xavier Carlitos Tebulo
Universidade Rovuma
Nampula
2021
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Alexandre Alberto
Awage Aiuba Ahamada
Armando Muiane
Delsen Didi Pereira
Erasmo Marcelino Augusto
Frana Alves Vireque
Suzete António B. Moreira
Katia F. A. Rosario
Xavier Carlitos Tebulo
Universidade Rovuma
Nampula
2021
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Índice
Introdução........................................................................................................................................4
Conclusões.....................................................................................................................................19
Bibliografia....................................................................................................................................20
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Introdução
O presente trabalho aborda sobre Gestão Ambiental Territorial, é indispensável um
aprofundamento no que diz respeito a importância da Gestão ambiental territorial, uma vez que
nesses últimos anos verifica-se problemas ambientais. O tema em si reveste-se de grandes
instâncias pelo que, em Gestão Ambiental é um tema de análise bastante essencial no que diz
respeito a conservação do meio ambiente usando tecnologia para conservação do ambiente. O
respectivo trabalho tem como objectivos geral e específicos.
Objectivo Geralː
Compreender. Quadro jurídico sobre a protecção do ambiente em Moçambique.
Objectivos específicos:
Explicar a Lei do ambiente em Moçambique;
Identificar Principais áreas de protecção ambiental
Identificar tipos de tecnologia Ambiental.
Metodologias
No que diz respeito a metodologias, o grupo recorreu a pesquisa bibliográfica.
Estrutura do trabalho
O vigente trabalho está estruturado em introdução, desenvolvimento, conclusão e referências
bibliográficas.
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1. GESTAO AMBIENTAL TERRITORIAL
Importa ainda referir a inclusão de aspectos ambientais na diversa legislação que versa sobre as
actividades económicas, incluindo a exploração de recursos naturais. Neste caso, também urge
atender à necessidade de acautelar as questões ambientais em alguns sectores de actividades,
como, por exemplo, o da agro-pecuária.
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1.1.1. O esverdear do discurso político e o advento de quadro jurídico-ambiental
O advento de um quadro jurídico ambiental especifica ocorre em Moçambique, tal como
aconteceu na grande maioria dos países, a seguir à sua participação na Conferência das Nações
Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, realizada na cidade do Rio de Janeiro, em 1992. A
questão ambiental tornou-se central nos discursos políticos nacionais a partir do início da década
de noventa, ganhando corpo nos anos seguintes, constituindo uma das áreas transversais do
principal instrumento programático do Governo moçambicano – o Plano Quinquenal.
“Contudo, um passo importante foi dado dois anos antes – a aprovação da segunda
Constituição de Moçambique Independente, em 1990. Esta Constituição consagrou um
conjunto de normas ambientais sem correspondência no texto fundamental anterior, com
especial destaque para o preceito que reconheceu o direito fundamental ao direito
equilibrado e a norma que consubstanciou, ainda que muito genericamente, uma
obrigação do Estado em promover acções de protecção, conservação e valorização do
ambiente”. CARLOS M. Serra, (2012, pág. 12).
Desde então, o País tem registado um movimento significativo no domínio jurídico- ambiental
traduzido em quatro linhas fundamentais:
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1.1.2. A Lei do Ambiente
A Lei do Ambiente configura-se actualmente como uma espécie de Lei-quadro, fixando os
pilares do regime de protecção jurídico-legal do ambiente. Segundo o respectivo artigo 2, esta
Lei “tem como objecto a definição das bases legais para uma utilização e gestão correctas do
ambiente e seus componentes, com vista à materialização de um sistema de desenvolvimento
sustentável no país.
De acordo com CARLOS M. Serra, (2012, pág. 15) Assim, a Lei do Ambiente centrou-se
fundamentalmente na definição de um conjunto de conceitos e princípios fundamentais
da gestão ambiental, na fixação do quadro institucional básico de protecção do ambiente,
na eleição de uma norma geral de proibição de todas as actividades que causem
degradação ambiental para além dos limites legalmente definidos (com destaque para a
poluição), da enunciação de normas especiais de protecção do ambiente (com especial
enfoque na protecção da biodiversidade), na previsão de um conjunto de instrumentos de
prevenção ambiental (o licenciamento ambiental, o processo de avaliação do impacto
ambiental e a auditoria ambiental) e na caracterização do sistema de infracções,
penalidades e fiscalização.
A Lei do Ambiente versa sobre a poluição do ambiente e foi já objecto de um assinalável esforço
de regulamentação. Destacam-se o Regulamento sobre a Gestão dos Lixos Biomédicos
(aprovado pelo Decreto n.º 8/2003, de 18 de Fevereiro), o Regulamento sobre Padrões de
Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes (aprovado pelo Decreto n.º 18/2004, de 2 de
Junho, alterado pelo Decreto n.º 67/2010, de 31 de Dezembro), o Regulamento sobre a Gestão de
Resíduos (aprovado pelo Decreto n.º 13/2006, de 15 de Junho), o Regulamento sobre Prevenção
da Poluição e Protecção do Ambiente Marinho e Costeiro (aprovado pelo Decreto n. ° 45/2006,
de 30 de Novembro), na parte que diz respeito à poluição, o Regulamento sobre a Gestão das
Substâncias que Destroem a Camada de Ozono (aprovado pelo Decreto n. ° 24/2008, de 1 de
Julho) e o Regulamento obre o Banimento do Amianto e seus Derivados (aprovado pelo Decreto
n. ° 55/2010, de 22 de Novembro).
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1.1.4. Legislação ambiental complementar
A incorporação de normas ambientais na legislação sectorial
O quadro jurídico-legal do ambiente é complementado por um conjunto de leis e regulamentos
respeitantes aos diversos sectores de actividade, designadamente de terras, águas, florestas e
fauna bravia, pescas, turismo, saúde, agro-pecuária, indústria, comércio, transportes e
comunicações, minas, petróleos (incluindo gás natural), energia, obras públicas e cultura.
CARLOS M. Serra, (2012, pág. 20) “A preocupação com a protecção do ambiente tornou-se
paulatinamente presente na vasta e dispersa legislação sectorial, ainda que o tratamento tenha
sido feito de forma bastante diferenciada em termos de profundidade, existência e alcance”.
Os sectores de águas, florestas e fauna bravia, pescas, minas, petróleos e turismo são aqueles
que, no presente momento, se encontram na dianteira em termos de desenvolvimento de normas
jurídico-ambientais, apesar de o enfoque estar na exploração do recurso e não propriamente na
questão da protecção e conservação, justificando-se que o assento tónico seja sobre o
licenciamento da actividade.
Agro-pecuária
Tal como é o caso da actividade agrícola, grandemente responsável pela problemática ambiental
a nível planetário e também nacional (a título de exemplo, veja-se a destruição das florestas e
redução da biodiversidade, o esgotamento dos recursos hídricos, subterrâneos e de superfície, a
degradação dos solos - erosão, empobrecimento, excesso de sal, a poluição química dos solos e
águas devido ao uso e abuso de fertilizantes e pesticidas químicos e o esgotamento das reservas
hídricas por causa decorrente do uso não regrado da água).
Urge portanto elaborar e fazer aprovar uma Lei-quadro sobre a actividade agrícola, facilitando o
papel do Executivo na implementação das respectivas políticas e estratégias. Esta lei fixaria,
entre outros aspectos de natureza social e económica, os princípios e regras fundamentais para
protecção e conservação dos solos, dos recursos hídricos e da biodiversidade, estabelecendo
igualmente um regime específico e mais adequado do que o geral sobre a avaliação dos impactos
ambientais.
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a reconstrução do equilíbrio desfeito entre o Homem, território e recursos naturais” CARLOS
M. Serra, (2012, pág. 24).
Esta Lei poderia ainda contemplar a actividade de pecuária, dada a estreita relação entre as duas
áreas, assumindo-se como Lei da Actividade Agro-Pecuária, ainda que, ao nível da actividade
pecuária, exista legislação regulamentar contendo algumas normas ambientais, longe de
constituir o nível adequado de protecção.
Conservação
Para além da questão da necessidade de “esverdear” a actividade agrícola, importa ainda dar
seguimento ao trabalho iniciado com a elaboração e a aprovação da Política de Conservação e
Estratégia da sua Implementação, aprovada pela Resolução n.º 63/2009, de 2 de Novembro,
procedendo-se à elaboração de uma autêntica Lei da Conservação, capaz de responder às lacunas
existentes ao nível da legislação de florestas e fauna bravia, cujo enfoque é, efectivamente, o
licenciamento do uso e exploração dos recursos florestais e faunísticos, e não propriamente a sua
conservação.
Esta Lei teria como objectivo fundamental a promoção de um sistema nacional de conservação
dos recursos naturais biológicos e seus ecossistemas, integrando a rica biodiversidade terrestre e
aquática, contribuindo para a sustentação da vida, crescimento económico e para a erradicação
da pobreza em Moçambique.
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Processo de Expropriação para efeitos de Ordenamento Territorial (aprovado pelo Diploma
Ministerial n.º 181/2010, de 3 de Novembro).
Energia
No sector energético, a Lei n.º 21/97, de 1 de Outubro, regula a actividade de produção,
transporte, distribuição e comercialização de energia eléctrica. Esta Lei teve sequência
regulamentar através do Decreto n.º 42/2005, de 29 de Novembro (que aprovou o Regulamento
que Estabelece Normas Referentes à Rede Nacional de Energia Eléctrica) e do Decreto n.º
48/2007, de 22 de Outubro (que aprovou o Regulamento de Licenças para Instalações
Eléctricas). Esta Lei está de certo modo desajustada em relação aos grandes desafios que se
colocam em face da corrida para os biocombustíveis, bem como das chamadas energias novas ou
renováveis.
Construção
Se existe um sector que tem vindo a ser relegado para o esquecimento em matéria legislativa esse
sector é o da construção. Na realidade, contínua em vigor o velho Regulamento Geral de
Edificações Urbanas (aprovado pelo Diploma Legislativo n.º 1976, de 10 de Março de 1960),
bastante desajustado em relação aos desafios rumo à sustentabilidade que se colocam a este
sector de actividade. O Regime de Licenciamento de Obras Particulares (aprovado pelo Decreto
n.º 2/2004, de 31 de Março) pouco disse em relação à protecção do ambiente.
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De acordo com CARLOS M. Serra, (2012, pág. 28), “torna-se necessário fazer aprovar
um instrumento legal que regule a actividade da construção, garantindo a necessária
sustentabilidade ambiental, através da previsão de normas que definam o tipo de
matérias-primas, que promovam a reciclagem e reutilização de materiais, que adeqúem as
construções às diferentes mudanças climáticas de que Moçambique é alvo, que garantam
a poupança energética, bem como a auto-suficiência hídrica (incluindo a captação de
águas pluviais e a reutilização e reciclagem de águas) ”.
e) Prevenir e eliminar qualquer forma de ocupação do solo e actividades incompatíveis que, pela
dimensão ou grandeza, ponham em causa os objectivos da protecção da paisagem;
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f) Proporcionar aos cidadãos espaços de lazer ao ar livre respeitando as qualidades essenciais da
área de conservação;
a) Constituída por uma ou várias áreas chave, destinadas à protecção integral da natureza;
b) Possua uma ou várias zonas entre estas áreas chave, onde o processo de ocupação do espaço e
o maneio dos recursos naturais sejam planificados e conduzidos de modo participativo e em
bases sustentáveis;
c) Possua uma ou várias zonas de desenvolvimento económico, onde só sejam admitidas
actividades de que não resultem em danos para as áreas chave.
A Área de Protecção Ambiental pode abranger áreas terrestres, águas lacustres, fluviais ou
marítimas e outras zonas naturais distintas.
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d) Contribuir para o desenvolvimento sustentável ao nível local, pela promoção do turismo
cinegético com a participação das comunidades locais nos benefícios resultantes dessas
actividades.
Santuário
O Santuário é uma área de domínio público do Estado ou de domínio privado, destinada à
reprodução, abrigo, alimentação e investigação de determinadas espécies de fauna e flora. O
Santuário pode ser demarcado dentro de uma área de conservação já criada ou fora dela.
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O Santuário tem os seguintes objectivos de conservação:
a) Preservar e conservar a condição natural dos habitats para salvaguarda das áreas inalteradas ou
áreas pouco alteradas sem habitação humana permanente ou significativa no meio;
b) Preservar populações representativas de espécies de flora e fauna raras, endémicas, em
extinção, em declínio ou de valor intrínseco elevado ao nível local, nacional ou internacional, e
seus habitats;
c) Criar as condições para a reprodução, abrigo e alimentação de determinadas espécies de fauna
e flora;
d) Estabelecer as condições para a investigação de determinadas espécies de fauna e flora quando
isso não seja possível ou não seja prático noutras circunstâncias.
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tecnologias de baixo custo capazes de reduzir os impactos causados à natureza. Por outro lado,
são inegáveis as dificuldades para estas em práticas, de forma que possam alcançar os resultados
para quais foram desenvolvidas. A implantação de tecnologias sustentáveis tem como objectivo
possibilitar a coexistência do crescimento populacional e nosso ecossistema, atendendo as
necessidades das sociedades atuais sem comprometer as futuras gerações.
A tecnologia sustentável é uma das várias formas de utilizar tecnologias sem poluir o meio
ambiente. A ideia de desenvolvimento sustentável surgiu a partir do conceito de
ecodesenvolvilmento, proposto durante a Primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento, ocorrida em Estocolmo, na Suécia, em 1972.
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“Nesse contexto, para além dos tipos radical e incremental, cabe destacar a proposta de
tipologias ambientais desenvolvida por Kuehr (2007). O autor afirma que a formulação
de uma tipologia das tecnologias ambientais constitui uma carência da literatura
especializada. Assim, ele empreendeu uma tipologia oriunda, principalmente, de sua
percepção e experiência sobre o tema. Sua proposta é de que o conjunto das tecnologias
ambientais pode ser dividido em quatro categorias” CHARBEL J. Chiappetta (2010, pág.
600).
Fornecer uma gama confiável de opções para a tomada de decisões sobre a qualidade do meio
ambiente;
Fornecer à humanidade informações úteis na busca por alternativas ambientais, como, por
exemplo, a falta de água e aquecimento global.
A tecnologia de mensuração ambiental contrasta com suas congéneres por não focar
necessariamente na redução dos impactos produzidos pela humanidade sobre o ambiente natural,
mas sim por subsidiar o entendimento de como o meio ambiente vem se alterando e quais são as
melhores alternativas para minimizar os impactos dessas alterações sobre a perspectiva de
qualidade de vida da população;
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controlo da poluição por requererem uma perspectiva holística de como podem ser reduzidos os
impactos ambientais de um processo ou produto.
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Como se percebe, a tipologia das tecnologias ambientais defendida por Kuehr (2007) possui
similaridades com as abordagens de outras pesquisas, mas o autor avança nesse sentido ao
reflectir sobre os dois tipos de tecnologias que ocupam os extremos dessa proposta: as
tecnologias de mensuração ambiental e de impacto nulo.
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Conclusões
Como principal conclusão, o grupo confirma que Moçambique possui um quadro político-
jurídico sobre o ambiente de valor assinalável, começando pela Constituição da República, que
tratou como nenhum das suas antecessoras a questão ambiental, passando pela Lei do Ambiente
de 1997 e respectivos regulamentos, culminando na já rica e variada legislação ambiental
sectorial. Este quadro é significativamente reforçado com a aprovação da Lei do Ordenamento
do Território e respectivo Regulamento, prevendo um conjunto significativo de princípios e
normas ambientais, bem como um leque de instrumentos de ordenamento territorial à escala
nacional, provincial, distrital e autárquica, que a serem levados a cabo com rigor, método,
esmero e abertura, sendo posteriormente implementados, contribuiriam sobremaneira para a
resolução de grande parte dos problemas ambientais que ocorrem em Moçambique.
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Bibliografia
CARLOS Manuel l Serra, O Meio Ambiente em Moçambique, 2012.
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