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SERVIÇO DE NEONATOLOGIA

INFECÇÕES CONGÊNITAS
IVES RIBEIRO PONTE (I2)
CMV

Toxoplasmose Hepatite

TORCHS

Zika HIV

Rubéola Varicela
CMV

Toxoplasmose Hepatite

TORCHS

Zika HIV

Rubéola Varicela
CITOMEGALOVÍRUS
INTRODUÇÃO

• Tipos de transmissão:
• Congênita ou intrauterina;

• Perinatal;

• Intraparto (exposição à secreção no canal do parto);

• Pós-natal precoce (através do leite materno ou transfusão

sanguínea).
CITOMEGALOVÍRUS
QUADRO CLÍNICO

• Restrição de crescimento intra-uterino;


• Petéquias;
• Hepatoesplenomegalia;
• Icterícia colestática;
• Hiperbilirrubinemia direta;
• Microcefalia;
• Calcificações periventriculares;
• Trombocitopenia;
• Aminotransferases séricas aumentadas;
• Perda auditiva neurossensorial.
CITOMEGALOVÍRUS
DIAGNÓSTICO

• Exames de imagem:
• Neuroimagem: O principal achado são calcificações

periventriculares;
• Podem estar presentes também outras lesões cerebrais.
CITOMEGALOVÍRUS
DIAGNÓSTICO

• Exames de laboratório:
• Identificação do vírus na urina e/ou na saliva do RN nas primeiras três
semanas de vida;
• Isolamento viral em cultura de fibroblastos: padrão ouro;
• PCR;
• Testes sorológicos: têm papel limitado e possuem baixa sensibilidade e
especificidade quando comparados aos métodos de identificação viral;

• Avaliação auditiva: Potencial Evocado Auditivo de Tronco Cerebral (PEATE);


• Avaliação oftalmológica: Fundoscopia no momento do diagnóstico.
CITOMEGALOVÍRUS
TRATAMENTO
CITOMEGALOVÍRUS
ACOMPANHAMENTO

• Potencial Evocado Auditivo de Tronco Cerebral (PEATE): Ao nascimento,


com 3, 6, 12, 18, 24, 30 e 36 meses;
• Audiometria infantil condicionada: > 36 meses, a cada seis meses até
seis anos de idade.
CMV

Toxoplasmose Hepatite

TORCHS

Zika HIV

Rubéola Varicela
CMV

Toxoplasmose Hepatite

TORCHS

Zika HIV

Rubéola Varicela
HEPATITE B
INTRODUÇÃO

• É transmitido por meio de contato com fluidos corpóreos


infectados: sangue, sêmen e saliva;
• Por via: perinatal, sexual e parenteral/percutâneo;
• Quando adquirida no período perinatal, a infecção pelo HBV resulta
em aproximadamente 90% de cronicidade.
HEPATITE B
HEPATITE B
HEPATITE C
INTRODUÇÃO

• Formas se transmissão: exposição percutânea repetida, ou mediante


grandes volumes de sangue infectado, além da transmissão vertical
e transmissão sexual.
HEPATITE C
CMV

Toxoplasmose Hepatite

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Zika HIV

Rubéola Varicela
CMV

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Zika HIV

Rubéola Varicela
HIV
HIV
HIV
HIV
HIV
HIV
HIV
HIV
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Toxoplasmose Hepatite

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Zika HIV

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CMV

Toxoplasmose Hepatite

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Zika HIV

Rubéola Varicela
VARICELA
INTRODUÇÃO

• A infecção primária da mulher pelo Vírus Varicela-Zóster (VVZ) e o


desenvolvimento de varicela podem levar à infecção fetal.
• As manifestações se estabelecem, essencialmente, quando a
infecção ocorre nas primeiras 20 semanas de gestação;
• Os relatos de casos de embriopatia relacionados a casos de herpes-
zóster materno são raros e é até questionável se constituem, de fato,
casos de síndrome de varicela congênita.
VARICELA
QUADRO CLÍNICO

• Lesões cutâneas cicatriciais em trajetos de dermátomos (padrão zosteriforme);


• Hipoplasia dos membros (as lesões cicatriciais podem acompanhar a atrofia do
membro);
• Acometimento neurológico: microcefalia, atrofia cortical e DI;
• Acometimento oftalmológico: coriorretinite, microftalmia e catarata;
• Outros: doença renal; e alterações no sistema nervoso autônomo.
VARICELA
QUADRO CLÍNICO
VARICELA
DIAGNÓSTICO
• Infeção no feto: coleta de sangue de cordão ou biópsia de vilo coriônico
para realização de técnicas de detecção de DNA ou sorologia;
• Após o nascimento: história clínica de varicela na gravidez associada a
manifestações clínicas típicas na embriopatia pelo vírus. A sorologia tem
pouca utilidade.
VARICELA
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
• Como a lesão causada pelo vírus não progride no período pós-parto, não está
indicado tratamento antiviral para pacientes com síndrome da varicela congênita;

• Imunoglobulina antivaricela: No máximo, até 96 horas após ter ocorrido o contato;


• Menores de 6 meses de idade (em situação de surto);
• Gestantes;
• RN de mães nas quais a varicela surgiu nos últimos 5 dias de gestação ou nos 2
primeiros dias após o parto;
• RN < 28 semanas de gestação (ou menos de 1.000g ao nascimento),
independente de história materna de varicela.
CMV

Toxoplasmose Hepatite

TORCHS

Zika HIV

Rubéola Varicela
CMV

Toxoplasmose Hepatite

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Zika HIV

Rubéola Varicela
RUBÉOLA
INTRODUÇÃO

• Ocorre pela infecção materna pelo vírus da rubéola durante a


gestação;

• O ser humano é o único hospedeiro conhecido do vírus da rubéola;

• O risco de defeitos congênitos é maior quando a grávida adquire


infecção primária durante o primeiro trimestre.
RUBÉOLA
FISIOPATOLOGIA
• A infecção intrauterina pode levar à reabsorção do embrião, abortamento
espontâneo, natimorto, infecção da placenta sem manifestações no feto ou infecção
da placenta e do feto;

• A infecção adquirida após o quarto mês de gestação, em geral, não se encontra


associada a malformações fetais, nem à persistência do vírus;

• Algumas crianças infectadas durante a vida intrauterina podem não apresentar


malformações evidentes ao nascimento;

• Na presença de infecção fetal, o vírus pode ser excretado nas secreções


nasofaríngeas, sangue, urina e fezes por longos períodos.
RUBÉOLA
QUADRO CLÍNICO
• Mais de 50% dos RN infectados intraútero são assintomáticos no
período neonatal;
• Deficiência auditiva: É provocada por alterações degenerativas da
cóclea e do órgão de Corti, clinicamente ocorrendo em graus
variáveis e geralmente bilateral;
• Restrição ao crescimento intrauterino;
• Malformações cardíacas: persistência de canal arterial e a estenose
de artéria pulmonar;
• Alterações neurológicas: microcefalia, meningoencefalite,
tetraplegia espástica, retardo do desenvolvimento psicomotor.
RUBÉOLA
QUADRO CLÍNICO
• Malformações oculares: Catarata bilateral na metade das vezes,
glaucoma, retinopatia e microftalmia;
• Eritropoiese dérmica pode levar ao surgimento de lesões vermelho-
azuladas (aspecto de muffin de blueberry);
• Outras: hepatomegalia e icterícia, esplenomegalia, púrpura
trombocitopênica, pneumonite intersticial e lesões ósseas (franjeamento
da metáfise: lesão em talo de aipo).
RUBÉOLA
DIAGNÓSTICO
RUBÉOLA
TRATAMENTO

• Não existe tratamento medicamentoso para a síndrome da rubéola


congênita;
• A catarata e a cardiopatia são as manifestações clínicas passíveis de
correção cirúrgica.
RUBÉOLA
PREVENÇÃO

• Vacinação;
• Contraindicada para gestantes.
CMV

Toxoplasmose Hepatite

TORCHS

Zika HIV

Rubéola Varicela
CMV

Toxoplasmose Hepatite

TORCHS

Zika HIV

Rubéola Varicela
ZIKA
INTRODUÇÃO
• O vírus zika (ZIKV) é um arbovírus, gênero Flavivírus, família Flaviridae;
• Pode ser transmitido por: mosquito Aedes aegypti, transmissão vertical,
pelo contato sexual ou por hemotransfusão;
• A passagem transplacentária pode levar ao estabelecimento de uma
infecção congênita;
• Além de ser neurotrópico, o vírus parece apresentar tropismo por outros
órgãos, como o coração e o fígado;
• Deve-se medir o perímetro cefálico nas primeiras 48h de vida.
ZIKA
QUADRO CLÍNICO
• Microcefalia;
• Hipertonia;
• Persistência ou exagero dos reflexos primitivos;
• Desproporção craniofacial;
• Alterações neurológicas;
• Alterações visuais e alterações auditivas;
• Malformação articular dos membros (artrogripose).
ZIKA
QUADRO CLÍNICO
ZIKA
DIAGNÓSTICO

• Laboratório:
• PCR para Zika, no sangue, liquor e urina dos RNs;

• Imagem:
• Ultrassonografia transfontanela;

• Tomografia computadorizada de crânio (sem contraste).


ZIKA
TRATAMENTO

• Não há tratamento específico para microcefalia ou para as demais


sequelas neurológicas e sensoriais associadas à infecção congênita
pelo ZIKV;
• Acompanhamento multidisciplinar.
CMV

Toxoplasmose Hepatite

TORCHS

Zika HIV

Rubéola Varicela
CMV

Toxoplasmose Hepatite

TORCHS

Zika HIV

Rubéola Varicela
TOXOPLASMOSE
INTRODUÇÃO

• A transmissão congênita pode ocorrer como consequência de infecção aguda,


ou recrudescência de infecção crônica em gestantes imunodeprimidas;
• Os casos mais sintomáticos e graves se verificam quando a infecção ocorre no
primeiro trimestre;
• Os casos mais sintomáticos e graves se verificam quando a infecção ocorre no
primeiro trimestre. No entanto, quanto mais tardia ocorre a infecção na
gestação, maior a chance da infecção congênita.
TOXOPLASMOSE
QUADRO CLÍNICO

• Podem ser encontradas desde o período neonatal à idade adulta.


• Assintomáticos: 85%;
• Tríade clínica clássica (Sabin): hidrocefalia, calcificações cerebrais e
retinocoroidite - incomum.
TOXOPLASMOSE
DIAGNÓSTICO

• Observacionais
• Posicionamento passivo do investigador: O pesquisad
TOXOPLASMOSE
DIAGNÓSTICO
TOXOPLASMOSE
DIAGNÓSTICO
TOXOPLASMOSE
FLUXOGRAMA
TOXOPLASMOSE
TRATAMENTO
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

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