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Como surgiu o surf?

Quando começaram a pegar ondas é bem antiga. Relatos dizem que o


esporte surgiu de 2.000 a 3.000 anos atrás, com os polinésios, um povo navegador
que colonizou a maior parte das ilhas do Pacífico, inclusive o Havaí. Foi nas ilhas
espalhadas pelo oceano que existiu o primeiro registro oficial do esporte, com o
explorador inglês James Cook relatando surfistas na ilha em 1778.
Em 1778, o navegador inglês James Cook chegou nas ilhas do Havaí e levou a
ideia do esporte para a Europa. Na década de 50, o surf ganhou grande
reconhecimento nos Estados Unidos, principalmente no Estado da Califórnia,
tornando-se uma parte da cultura. A partir das décadas de 70 e 80, iniciaram-se os
campeonatos profissionais.

HISTÓRIA OLÍMPICA
Na década de 1920, fãs e atletas de surfe, incluindo o havaiano e três vezes
campeão olímpico da natação estilo livre Duke Kahanamoku, começaram a fazer
campanha para que o esporte fosse adicionado ao programa Olímpico. Muitos anos
depois, o surfe finalmente entrou no programa Olímpico dos Jogos de Tóquio 2020.
Ele também estará presente nos Jogos de Paris 2024; o lendário local para o surf,
Teahupoo, no Tahiti, foi escolhido como sede dos eventos do esporte.

Qual é o país do surf?


Os primeiros relatos do surf dizem que ele foi introduzido no Havaí pelo rei
polinésio Tahito. Mas, oficialmente, o primeiro fato concreto que revelou a existência
do esporte foi em 1778.
A capital do surf e a Ubatuba
Dia mundial do surf: 18 de junho
O país que tem mais medalhas é o Estados Unidos , em segundo o Japão e em
terceiro a África do sul.
Quem trouxe o surf para o Brasil?
O ingresso do surfe no Brasil aconteceu por meio das pessoas que
trabalhavam no exterior que, ao ver o surfe fora do país, trouxeram o esporte para
nosso país, começando pela praia paulista de Santos e depois partiu para os
cariocas, o surfe rapidamente se espalhou pelo litoral brasileiro.

A primeira organização voltada ao surfe no Brasil foi a Associação de Surfe


do Rio de Janeiro, fundada em 1965.O órgão máximo dos esportes no Brasil, a
Confederação Brasileira de Desportos, apenas reconheceu o surfe como esporte no
ano de 1988, após a realização do primeiro campeonato brasileiro de surfe.
Como a grande maioria dos esportes, o surfe também demorou a incorporar
as mulheres na sua disputa. Enquanto o primeiro campeonato brasileiro masculino
aconteceu em 1987, o primeiro campeonato brasileiro feminino de surfe ocorreu
apenas em 1997. No cenário masculino, destaca-se principalmente o surfista
Peterson Rosa, paranaense, vencedor três vezes do campeonato nacional. Já no
feminino, duas mulheres conseguiram igualmente o tetracampeonato brasileiro: Tita
Tavares, do Ceará, e Andrea Lopes, do Rio de Janeiro.

Os benefícios do surfe são os mesmos de qualquer atividade aeróbica, mas


com um diferencial delicioso: o contato com a natureza. Além de ser um excelente
exercício cardiorrespiratório, o surfe trabalha todos os grupos musculares, além de
propiciar o desenvolvimento da coordenação motora e do equilíbrio do praticante."

Como funciona um torneio de surfe?


O formato de disputa dos eventos de surfe é composto por rodadas. Cada
rodada tem um determinado número de baterias, com os surfistas buscando somar
as duas melhores notas entre suas ondas surfadas. As baterias podem ter de dois
a quatro surfistas dependendo da quantidade de participantes do torneio.

Por exemplo, o sistema de disputa da maioria das etapas da WSL, o circuito


mundial de surfe, funciona da seguinte maneira. Na rodada de abertura, cada
bateria tem três surfistas, mas apenas o melhor avança diretamente para a terceira
rodada. Os dois surfistas com os piores somatórios de notas vão à repescagem ou
segunda rodada.

A partir da segunda rodada, as baterias acontecem com apenas dois


surfistas. O dono do melhor somatório de notas avança, eliminando o rival do
evento. Esse sistema segue até a decisão do título da etapa. Deste modo, os
campeões de cada etapa da WSL precisam vencer pelo menos cinco baterias.

A WSL tem um sistema particular para definir o campeão. Após o final de


todas as etapas da temporada, os cinco surfistas com mais pontos vão ao WSL
Finals, que define o campeão mundial. O 5º melhor da temporada enfrenta o 4º na
primeira rodada. O vencedor deste duelo enfrenta o 3º e assim por diante. A
decisão do título acontece em uma melhor de três baterias.

Atualmente, alguns surfistas desafiam a natureza ao procurar as maiores


ondas para surfar. É a modalidade tow-in. Para chegar a essas ondas, são puxados
com um jet ski até essas ondas gigantes, que podem ultrapassar os 20 metros de
altura.

As linhas do surfe são:


● Clássica - dá mais importância ao estilo em detrimento à força.
● Moderna – dá mais importância à força e a radicalidade do que o estilo

As manobras mais radicais do surfe são:

● Tubo – o surfista fica envolto pela onda, “dentro” dela.


● Aéreo – o surfista usa a onda como rampa, alçando voo e “pousando”
novamente sob a água.
● Outras manobras são: 360°, cut-back, rasgada, cavada, batida e floater. O
surfe pode ser praticado por crianças a partir de 5 anos, desde que saibam
nadar.

Quais são os critérios para as notas no surfe?

As notas do surfe vão de 0 até 10, com duas casas decimais. Uma onda
considerada excelente resulta em uma nota superior a 8. Nas competições da
WSL, os juízes avaliam os seguintes elementos para dar as notas:

● Manobras inovadoras e progressivas


● Grau de dificuldade
● Técnica
● Altura e amplitude
● Comprometimento
● Estilo
● Velocidade
● Força
● Controle

Normalmente, as competições, sobretudo da WSL, contam com cinco juízes.


A melhor e a pior nota são desconsideradas e é feita uma média entre as outras
notas. Cada competidor pode surfar quantas ondas quiser, mas apenas as duas
melhores notas entram para o somatório da bateria. Em caso de empate, quem
surfou a melhor onda vence.

Quanto tempo dura uma bateria?

Cada bateria do circuito mundial de surfe dura em média 30 minutos.


Dependendo da organização do evento, as baterias podem ter um tempo um
pouco superior, sobretudo nas finais. Em outros eventos com uma grande
quantidade de participantes, as baterias podem durar apenas 20 minutos.
De 2018 para cá, a WSL implantou um novo sistema de baterias
simultâneas, conhecido como overlapping. Nesse caso, em algumas rodadas
específicas de eventos, uma bateria de 40 minutos começa e, quando chega na
metade, uma outra bateria começa. Os surfistas da bateria com menos de 20
minutos ficam com a prioridade das ondas. Dessa forma, a organização consegue
realizar o torneio em um período menor de tempo.

O que é preciso para ser um surfista profissional?

Foque no treinamento

1. O bicampeão mundial de surf Gabriel Medina decidiu, aos 11 anos de idade,


que queria ser o melhor do mundo. Na época, seu padrasto e treinador,
Charles, avisou o menino que, para ter sucesso, ele deveria ter dedicação
total. Isso significava abrir mão de festas, dormir cedo, cuidar da alimentação,
fazer natação e yoga, e treinar muito! O sucesso de Medina não veio por
acaso. Ele precisou se privar de muitas coisas e, claro, treinar muito! E essa
é a nossa primeira dica para quem quer ser surfista profissional: foque no
treinamento. Entre no mar todos os dias, procure diferentes tipos de ondas
para surfar, treine aéreos, mas não se esqueça dos tubos e das ondas que
exigem um estilo mais clássico. Na hora da competição, todas essas
características pesam e podem ser decisivas para conquistar vitórias.

Procure patrocínios

2. Ninguém alcança o sucesso sozinho. No universo do esporte, contar com um


suporte é um dos primeiros passos para quem quer ser profissional. Além
disso, o surf é um esporte caro, que envolve um grande número de
equipamentos, roupas e despesas com viagens. Você não precisa buscar um
patrocínio de bico de prancha logo de cara, mas é extremamente importante
contar com o apoio de algumas marcas menores (nem que seja uma
empresa local). Por isso, faça um bom vídeo com a sua melhor performance
e corra atrás de apoio!

Participe de campeonatos

3. A participação em campeonatos é um fator importantíssimo para aqueles que


desejam ter uma carreira profissional no surf. Não importa o quão bem você
surfe sem compromisso: durante uma bateria de campeonato, tudo muda. É
preciso aprender, desde cedo, a ganhar uma prioridade na remada, escolher
a melhor onda, posicionar-se no melhor local do pico. Essas estratégias só
podem ser desenvolvidas durante a competição. Portanto, inscreva-se no
maior número de campeonatos possíveis. E não se decepcione nem desista
caso o resultado não seja o esperado! Lembre-se de que tudo tem o seu
tempo, e muitos atletas que chegaram à elite se dedicaram por muitos e
muitos anos.

Tenha um objetivo e trabalhe para que ele aconteça

4. A última dica para quem quer ser um surfista profissional é traçar um objetivo
e ir atrás dele. Você já sabe que o seu sonho é entrar na elite do surf
mundial, então, agora é o momento de pensar nas ações que devem ser
tomadas para que isso aconteça. Por isso, coloque tudo no papel. Liste as
suas principais habilidades, pense naquelas que precisam ser melhoradas e
crie estratégias para que isso aconteça. Ao final, trace um plano e siga-o o
máximo que puder. Tornar-se um surfista profissional não é fácil,
principalmente em um país como o Brasil, em que falta apoio para os atletas.
Não basta apenas ser um bom surfista: é preciso ter muita dedicação dentro
e fora do mar, e levar os treinamentos a sério.

Quanto custam os equipamentos de surf?

Existem várias marcas de prancha, então os preços variam muito. Uma


prancha nova barata é em torno de R$1.600,00, enquanto uma prancha de Surf top
de linha de marca pode custar até R$5.500,00
Mas além da prancha, você vai precisar de equipamentos de surf:
As quilhas proporcionam estabilidade direcional e controle durante o surfe. Quando
um surfista rema sobre uma onda, a quilha permite que a prancha mantenha uma
trajetória mais reta, evitando que ela deslize para os lados de maneira indesejada, e
o preço delas variam de R$100 a R$2.000,00.
A leash é um item de segurança que o deixa preso na prancha, e garante que
você não perca sua prancha dentro da água, e o preço dela varia de R$60,00 a
R$800,00.
O deck é uma espécie de tapete que é aplicado na parte superior da prancha.
A sua função é proporcionar maior aderência ao pé do surfista, melhorando o
equilíbrio e a manobrabilidade na prancha, e o preço dele varia de R$100,00 a
R$800,00.A parafina proporciona aderência e tração para os pés na prancha de
surf. Ela também impede que você deslize para fora da prancha enquanto rema
para em direção às ondas, e o preço delas custam a partir de R$15,00.
Principais manobras do surf

Cutback

Essa manobra clássica do surfe, do tempo em que as


pranchas eram muito mais pesadas do que hoje,
precisa ser fluida e ampla.

Rasgada

Consiste em dar uma guinada de 180° na parede da


onda, levando a ponta da sua prancha na direção da
zona de ruptura.

Batida

Similar à rasgada, no entanto é mais curta e vertical.


Quanto mais vertical a manobra, mais crítica será e
jogará mais água.

Float

O surfista deve passar por cima da onda pela


crista, chamada de lip, passando a sessão e
aterrissando entre a parede e a base da onda.
Layback

Tipo de manobra que define agressividade no


surfe. Nela, o surfista escolhe um ponto crítico
do lip da onda e provoca uma rasgada forte o
suficiente para deitar as suas costas na onda.

Tubo
Nessa manobra, o surfista fica dentro da onda,
sendo coberto pelo lip.

Aéreo
Essa manobra é marcada por levar o surfista
literalmente ao ar, demandando preparo físico
e mobilidade articular.
Atletas que mais se destacaram no surf

Kelly Slater
Faturou o primeiro título mundial aos 20 anos, em
1992, tornando-se o surfista mais jovem a levantar o
troféu. Depois, a partir de 1994, enfileirou cinco títulos
consecutivos, se sagrando pentacampeão. E não parou
por aí: foi campeão mundial também de 2005 a 2006, e
nos anos de 2010 e 2011.
A carreira de Slater vai além do desempenho nas
ondas. Ele se empenhou no desenvolvimento de novas
tecnologias para popularizar o surfe. Encampou a ideia
das piscinas artificiais e em 2015, já com a empresa Kelly
Slater concretizou o sonho ao construir uma moderna
piscina de ondas no seu Rancho de Surfe Kelly Slater, no
estado da Califórnia (EUA).Kelly Slater anunciou que não participará mais de
competições da WSL, circuito mundial de surfe. Eliminado da atual temporada na
etapa de Margaret River, na Austrália, o norte-americano anunciou que este foi o
seu último ano no torneio e anunciou a sua aposentadoria.

Stephanie Gilmore
Nativa de Nova Gales do Sul, começou a surfar
aos 10 anos na infame Gold Coast na Austrália, era
talento nas ondas. Quando ela tinha 17, já entrava em
competições como sendo uma competidora curinga.E
em 2010 Gilmore foi introduzida no Hall da Fama dos
surfistas quando ela tinha apenas 22 anos de idade, a
mais nova até aquele momento a conseguir tal feito.
Ela conquistou o título de 2007 ganhando quatro
das oito competições, e cinco competições sucessivas
reivindicando o primeiro lugar em 2009, 2010, 2012 e em 2014 também. Ela
recuperou o título novamente em 2008 e atualmente está classificada como a 5º
melhor do mundo de acordo com o WSL.
Nos primórdios do esporte
Desde a década de 1960, as mulheres têm lutado para serem reconhecidas
como surfistas. Na época, o surf era considerado um esporte masculino, e muitos se
opunham à ideia de mulheres surfando. As primeiras mulheres surfistas enfrentaram
muitos obstáculos, como:

● Falta de oportunidades para competir em igualdade de condições com os


homens;
● Em muitas praias, as mulheres eram proibidas de surfar ou eram obrigadas a
surfar em horários restritos ou em áreas limitadas;
● As pranchas de surf disponíveis eram projetadas e fabricadas para os
homens, e as mulheres tinham dificuldades para encontrar pranchas
adequadas para seu tamanho e peso.
● Quando estavam na água, as melhores ondas eram surfadas pelos homens,
mesmo que uma mulher estivesse na prioridade da onda.

No entanto, isso não impediu que as mulheres corajosas entrassem no mar e


provassem sua habilidade na prancha.


​ Depois de muita luta, as mulheres conquistam seu espaço
Hoje em dia, as mulheres surfistas são uma parte importante da comunidade
de surf. Elas competem em competições internacionais, realizam manobras
impressionantes e inspiram outras mulheres a entrar na água. A popularidade do
surf feminino tem crescido mais ainda nos últimos anos, graças a mulheres como a
brasileira Maya Gabeira, que estabeleceu recordes de ondas gigantes e foi
destaque em documentários e filmes de surf como, Maya and the Wave (2022),
Maya Gabeira: Return to Nazaré (2016), Red Charges (2017).
Fontes:

https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/aprendendo_surf.htm
https://www.blog.surfsupclub.com/blog/o-que-a-mulher-representa-no-surf
https://olympics.com/pt/noticias/surfe-quanto-dura-bateria-como-funciona-torneio
https://www.hawaiisurfpoint.com.br/dicas-para-se-tornar-um-surfista-profisional/

https://www.infoescola.com/esportes-radicais/surfe/
https://www.espn.com.br/surfe/artigo/_/id/13525631/kelly-slater-maior-campeao-histo
ria-surfe-aposenta-wsl-52-anos#:~:text=Nesta%20ter%C3%A7a%2Dfeira%20(16),e
%20anunciou%20a%20sua%20aposentadoria
https://agenciabrasil.ebc.com.br/node/1590543#:~:text=Kelly%20Slater%20faturou%
20o%20primeiro,anos%20de%202010%20e%202011.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Surfe_nos_Jogos_Ol%C3%ADmpicos.
https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/esportes/surfe/
https://mundoeducacao.uol.com.br/educacao-fisica/surfe.htm#:~:text=O%20surfe%2
0%C3%A9%20origin%C3%A1rio%20da,do%20esporte%20para%20a%20Europa.
https://olympics.com/pt/paris-2024/esportes/surfing

Lauane, Letícia Amaral e Nicoly Zaccaria 9 Ano A

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