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PROZ - Ensino Técnico

ESTUDO DE CASO: TEMA 4

Nome: Ana Beatriz Martinelli Magro


Amanda Maria
Alessandra Maria
Rubia
Ezeneide
Michelle

São Paulo
2023
Este trabalho tem como objeto a complementação de notas para disciplina do
projeto integrador, para finalização do módulo, através da apresentação presencial
do mesmo e elaboração textual, após estudo e discussão do estudo de caso
apresentado.
Índice

Introdução

Estudo de caso

Diagrama de Ishikawa

Desenvolvimento

Conclusão
Resumo

O erro médico é a base do presente estudo, usando como base um caso onde um
paciente foi vítima de um erro médico. Assim, através da análise do mesmo,
conseguir esclarecer o conceito de erro médico e dessa forma diferenciá-lo de um
resultado de uma complicação ou de uma má prática. De acordo com a OMS 5
pessoas morrem a cada minuto por um erro médico. Além do óbito, um erro médico
pode gerar danos e desgastes emocionais a família do paciente, e nos casos em
que o mesmo permanece com vida, danos físicos e psicológicos ainda maiores
podem ser causados. No caso de constatação de erro médico, as medidas
disciplinares ficam a cargo dos conselhos de medicina, que também são
responsáveis pela fiscalização dos médicos durante o exercício de sua profissão. Já
a responsabilidade penal ou cível, fica a cargo da justiça comum.
Introdução

Neste projeto iremos apresentar as 6 metas internacionais de segurança do


paciente, que verificadas no Caso 4, não foram levadas em consideração e nem
utilizadas durante o atendimento e processo cirúrgico da paciente apresentada no
Caso.
A utilização das metas internacionais devem ocorrer durante todo o processo com os
pacientes para evitar erros, e todo profissional da área da saúde deve saber as
metas e se atentar às mesmas durante seu trabalho.
Um profissional que leva as metas como bagagem, é um profissional melhor e mais
atento aos processos.
Estudo de caso 4

Em nosso estudo de caso, foi apresentado a história de uma mulher canadense que
ao embarcar para um voo doméstico, a mesma disparou diversas vezes um detector
de metais, e mesmo ao ser utilizado um detector portátil não foram observados
objetos metálicos visíveis, ela embarcou para o voo porém estranhou a situação em
si, e começou a se questionar se haveria alguma relação com uma dor em seu
estômago que ela vinha sentindo de forma frequente desde sua cirurgia abdominal,
ela estava tomando medicamentos para dor porém não aliviaram totalmente.
Ao retornar de viagem, a mesma procurou um médico que solicitou que ela
realizasse uma radiografia do abdômen, e o exame mostrou um esboço de um
afastador metálico, peça utilizada em cirurgias, e que havia sido usado na cirurgia da
mulher.
Foi constatado que a equipe médica que realizou a cirurgia havia esquecido o objeto
dentro da mulher, e a mesma precisou passar por mais um procedimento cirúrgico
para retirada do afastador.
Diagrama de Ishikawa
Desenvolvimento

Após pesquisas, verificamos que de acordo com a OMS, metade dos pacientes em
atendimento ambulatorial sofrem com erros médicos, este percentual normalmente
caem em relação a hospitais porém, não se anulam. A pesquisa mostrou também,
que 2,6 milhões de pessoas morrem nos 150 países de baixo ou médio rendimento
devido a tratamentos médicos errados, e no Brasil, em 2019 foram realizadas um
total de 459.076 demandas judicializadas relacionadas à saúde. Os dados são do
Relatório Justiça em Números do Conselho Nacional de Justiça em 2020.

Ao analisarmos o caso apresentado, observamos diversos erros e falhas durante o


processo de segurança do paciente.
Se levarmos em consideração as metas internacionais, a mesma possui uma meta
chamada de Meta 04 - Assegurar cirurgias com local de intervenção correto,
procedimento correto e paciente correto. A meta tem como objetivo aperfeiçoar as
comunicações entre os profissionais durante o processo cirúrgico, assegurando a
inclusão do paciente na marcação do local da intervenção, garantir cirurgias e
procedimentos invasivos no local de intervenção correto, procedimento correto no
paciente correto.
No nosso estudo de caso, vemos que essa meta em específico se enquadra de
forma adequada para seguirmos com as linhas de raciocínio e compreendermos os
erros apresentados.

Durante um procedimento cirúrgico, é realizada a contagem de cada material que


será utilizado durante a cirurgia (como por exemplo números de compressas) é
montado um checklist que normalmente tem um padrão entre instituições e o mesmo
deve ser revisado. Esse checklist foi implementado em cirurgias pela OMS
(Organização Mundial da Saúde) em 2009, com intuito de reduzir riscos cirúrgicos e
coletar a experiência de um painel internacional de especialistas.O checklist é
formado por 3 tópicos: Entrada (antes da indução anestésica), Time out ou Pausa
(antes da incisão) e Saída (antes do paciente deixa o centro cirúrgico). A OMS ainda
recomenda que o checklist não pode ser muito extenso para que não se torne mais
difícil sua verificação e realização.
Nesse caso apresentado, verificamos que houve a falta do seguimento do check list,
ao final do procedimento, ocasionando o esquecimento do afastador no abdômen da
paciente citada. Muitos motivos podem ter ocasionado esse esquecimento, falta de
atenção da equipe, alguma emergência durante o processo cirúrgico que requeriu
mais atenção, cansaço da equipe. Porém o processo correto de segurança do
paciente não foi levado em consideração e poderia ter ocasionado em uma piora do
paciente e até mesmo a sua morte.
Devido ao erro apresentado a paciente necessitou ser colocada em mesa cirúrgica,
para mais uma cirurgia de abdômen aberto para retirada do afastador. Além de
passar a paciente por uma nova cirurgia e uma nova necessidade de recuperação
física, pode ter ocasionado também em um trauma psicológico na paciente.

Embora casos tão graves de erros médicos em ambientes hospitalares sejam


menores devido aos protocolos de segurança, esse cenário destaca a importância
da vigilância constante e da prevenção desses erros em procedimentos cirúrgicos. É
fundamental que os profissionais de saúde sigam procedimentos rigorosos para
garantir a segurança dos pacientes.
Resultados e discussões

Após a conclusão do conteúdo onde estudamos pesquisas para resolução do


problema, utilizamos o diagrama de ishikawa e estudo das metas internacionais para
encontrarmos o erro em cada ponto do caso cirúrgico apresentado, desenvolvemos
formas de soluções para que não ocorresse ou ocorra novamente o erro.
Observamos que a equipe que realizou o procedimento não fez a checagem do
checklist cirúrgico, o que é uma das principais formas de evitar erros em cirurgias,
além disso, podemos levar em consideração que além do lado profissional podemos
imaginar o lado pessoal desses profissionais, pesquisas mostram que na área da
enfermagem é em sua grande maioria composta por profissionais cansados
psicologicamente, como por exemplo, existem pesquisas onde mostram a
prevalência de síndrome de burnout em técnicos de enfermagem, enfermeiros e
médicos. Se tentarmos evitar que este erro ocorra novamente por parte da equipe, é
necessário que seja obrigatório a checagem do checklist cirúrgico, normalmente este
é o trabalho do circulante de sala que fica com o checklist em mãos e que garante a
checagem no início, meio e fim do procedimento. Garantir que a equipe esteja
devidamente descansada, não utilizar, se possível, profissionais que estejam a mais
horas de plantão ou em fim de plantão, pois possivelmente estes mesmos estarão
mais cansados e correm o risco de estarem dispersos e distraídos, realizar escalas
de cirurgias, garantindo que nenhum profissional realize um número muito alto de
procedimentos cirúrgicos no mesmo dia.
Além disso, também podemos observar que existiu um erro vindo de mais um setor
do hospital, a equipe do CME. O CME é responsável pela montagem das caixas
cirúrgicas, eles realizam a separação e contagem dos materiais que irão ser usados
em cada procedimento realizado no hospital, essas mesmas caixas retornam ao
CME onde os materiais são esterilizados novamente e a equipe deve realizar mais
uma checagem para averiguar que todos os materiais que foram enviados sejam
devolvidos.
Neste caso podemos ver que não houve dupla checagem (que é classificado como
uma meta internacional) da equipe de CME, que poderia ter evitado que a paciente
ficasse com o afastador em seu abdômen por tanto tempo. Uma solução para evitar
que o CME não persista no mesmo erro, seria uma listagem contendo identificação
do paciente, cirurgia que irá realizar e materiais que serão usados, colocaríamos as
quantidades de cada material, com itens de checagem onde a mesma quantidade
que saiu deverá retornar ao CME.
Conclusão

As metas internacionais precisam ser levadas ao pé da letra para segurança total do


paciente, para garantir que o procedimento realizado seja feito de forma correta e no
paciente correto, isso assegura não só a vida da pessoa em processo de cuidado
como também o profissional que está realizando esse cuidado. É necessário que os
profissionais se atentem e garantam que os processos realizados durante seus
atendimentos sejam feitos de forma correta e segura, como a profissão exige.
Referências bibliográficas

https://ibsp.net.br
https://fbh.com.br
http://www.coren-mt.gov.br

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