Você está na página 1de 12

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1
GESTÃO DE STOCK, ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO ........................................... 2
USO ........................................................................................................................................... 2
ABASTECIMENTO ................................................................................................................. 2
ABASTECIMENTO VIA CLÁSSICA NORMAL .................................................................. 2
ABASTECIMENTO VIA CLÁSSICA ESPECIAL ................................................................. 2
ABASTECIMENTO PROGRAMADO DE KITS.................................................................... 3
GESTÃO E ARMAZENAGEM DE MEDICAMENTOS ........................................................ 3
RECEPÇÃO DE MEDICAMENTOS .......................................................................................... 3
RECEPÇÃO E CONFERÊNCIA DE ENCOMENDA ............................................................. 3
CONFERÊNCIA DA ENCOMENDA...................................................................................... 4
RELATÓRIO DE OCORRÊNCIAS ......................................................................................... 4
ARRUMAÇÃO DOS PRODUTOS .......................................................................................... 4
CONSERVAÇÃO DOS MEDICAMENTOS ........................................................................... 4
PRAZOS DE VALIDADE........................................................................................................ 5
PROCESSO DE INUTILIZAÇÃO ............................................................................................... 6
PRODUTOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS PARA INUTILIZAÇÃO .................... 6
PROCESSO DE DEVOLUÇÃO .................................................................................................. 6
PROCEDIMENTOS DE ELIMINAÇÃO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS ...................... 7
(FORMAS DE TRATAMENTO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS ANTES DO
ATERRO) ..................................................................................................................................... 8
CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 10
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................... 11
INTRODUÇÃO
Por Decreto N° 13/75, de 6 de setembro, foi criada a Central de Medicamentos e Artigos
Médicos (CMAM). Esta instituição subordinada ao Ministério da Saúde tem
competências para administrar, coordenar e executar as funções relativas à aquisição,
armazenagem, conservação, e distribuição de medicamentos e artigos médicos. A
distribuição de medicamentos e artigos médicos do nível central para os depósitos
provinciais de medicamentos, hospitais centrais, e gerais no país é realizada pela CMAM.
Das requisições recebidas, a CMAM emite ordens de fornecimento de acordo com a
disponibilidade nos armazéns centrais, tendo como princípio a distribuição equitativa dos
medicamentos aos diferentes níveis do Serviço Nacional de Saúde.
A Lei N° 25/91 de 31 de dezembro, cria o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que se
subordina ao Ministério da Saúde e é constituído por Unidades Sanitárias que estão
organizadas em quatro níveis de atenção de saúde (a caracterização das Unidades
Sanitárias foi atualizada através do Diploma Ministerial N° 127/2002, de 31 de julho):
• O nível primário com (Centros de Saúde de diferentes tipos – Tipo I, II e III);
• O nível secundário (Hospitais Gerais, Distritais e Rurais);
• O nível terciário (Hospitais Provinciais); O nível quaternário (Hospitais Centrais
e Especializados). Tal como o SNS, a cadeia de distribuição de Medicamentos
está estruturada em diferentes níveis:
• O Nível Central, representado pela CMAM de onde fazem parte os Armazéns
Centrais de Maputo e Beira, que abastecem os Hospitais Centrais, os Hospitais
Gerais e os Depósitos Provinciais;
• O Nível Provincial, representado pelos Depósitos Provinciais, que abastecem os
Hospitais Provinciais, os Hospital Especializados e os Depósitos Distritais, em
algumas situações abastecem também alguns Hospitais Rurais e Centros de
Saúde;
• O Nível Distrital, representado pelos Depósitos Distritais que abastecem os
Hospitais Distritais, Rurais e os Centros de Saúde; O Nível Primário representado
pelos Centros de Saúde;
• A Nível da Comunidade representado pelos APEs que são abastecidos pelos
Depósitos Distritais ou Centros de Saúde mais próximos

A utilização de medicamentos no SNS é orientada por um Formulário Nacional de


Medicamentos (FNM), com o qual foi instituída a obrigatoriedade na prescrição de
medicamentos pelos nomes genéricos ou DCI (Denominação Comum Internacional)
em todo o território nacional. Pelo despacho 42/2007 de Sua Excelência o Ministro
da Saúde datado de 2 de Maio, foi estabelecida a taxa única de cobrança de
medicamentos por diferentes níveis.

1
GESTÃO DE STOCK, ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO
Consiste em disponibilizar os medicamentos e artigos médicos necessários para o
funcionamento das Unidades Sanitárias com boa qualidade e quantidade, em tempos
certos e regulares a custos mínimos.
USO
Refere à correta utilização da medicação, considerando a qualidade da prescrição, a
embalagem, a rotulagem, as condições de dispensa e de conservação e o cumprimento da
terapêutica pelo paciente.
ABASTECIMENTO
Existem três métodos de abastecimento de medicamentos no Serviço Nacional de Saúde:
O abastecimento pela Via Clássica: Normal Especial, de reforço ou de emergência
abastecimento programado de Kits Para alguns programas do MISAU como o tratamento
com antirretrovirais, malária e tuberculose, os procedimentos são diferentes e estão
descritos detalhadamente em outros manuais.
ABASTECIMENTO VIA CLÁSSICA NORMAL
A Via Clássica é a forma de abastecimento dos depósitos provinciais, distritais e dos
hospitais bem como do serviço de internamento no geral, sendo também utilizada em
complemento para o reforço às unidades sanitárias abastecidas por Kits. Este
abastecimento é feito com base na elaboração de uma requisição, para a qual é necessário
selecionar e quantificar os medicamentos necessários com base nos consumos médios e
o Stock de Segurança considerando as quantidades existentes no stock.
ABASTECIMENTO VIA CLÁSSICA ESPECIAL
O Abastecimento Especial é utilizado quando um medicamento está em eminência de
rutura de stock e é necessário um reforço ou quando se prevê que aconteça uma das
situações seguintes:
• Sempre que o stock de um determinado produto esteja abaixo do Stock de
Segurança;
• Quando se prevê um consumo extraordinário, por exemplo epidemias, surtos,
acidentes, etc.;
• Sempre que aparece um deficit para determinado produto do kit;
• Quando o nível de qualificação do pessoal clínico da US permite a utilização de
medica -mentos de nível superior aos contidos no kit.
Quando uma destas situações acontece, o responsável da farmácia em coordenação
com o responsável clínico, faz uma requisição de acordo com as necessidades, ao
Depósito Fornecedor solicitando o reforço ou abastecimento adicional de
medicamentos.

2
ABASTECIMENTO PROGRAMADO DE KITS
O processo de abastecimento programado de Kits tem como objetivo garantir a
existência regular dos medicamentos essenciais nas USs de nível primário, melhorar
a utilização do medicamento e as condições de armazenagem e distribuição de
medicamentos neste nível e, desta maneira, melhorar o abastecimento de
medicamentos à população. Um kit define-se como uma embalagem contendo um
número selecionado de medicamentos, está previsto para tratar um número
determinado de doentes em função de padrões epidemiológicos pré-definidos.
A distribuição é realizada pelos depósitos provinciais e distritais sem que seja
necessária a elaboração duma requisição. A quantidade de kits será determinada pelo
número médio mensal de consultas externas realizadas. Existem 2 tipos de kits,
nomeadamente Kit US e Kit APE, sendo o primeiro destinado às unidades sanitárias
e o segundo aos agentes polivalentes elementares.

GESTÃO E ARMAZENAGEM DE MEDICAMENTOS


Os Centros de Saúde são abastecidos mensalmente em Kits de medicamentos pelo
Depósito Fornecedor. Apesar de receber os Kits, as Unidades Sanitárias podem
também receber, quando forem requisitados, reforço de medicamentos da Via
Clássica. Este capítulo descreve as diferentes atividades a serem desenvolvidas a nível
da Unidade Sanitária para a correta gestão e controlo de stock, considerando em
primeiro lugar a receção de medicamentos.

RECEPÇÃO DE MEDICAMENTOS
O agente encarregado pelo transporte dos medicamentos deve entregar junto aos
volumes (caixas seladas), uma GUIA DE REMESSA / ENTRADA devidamente
preenchida pelo Depósito Fornecedor.

RECEPÇÃO E CONFERÊNCIA DE ENCOMENDA


Os produtos a serem recebidos no Depósito do Centro de Saúde devem ser acompanhados
pela GUIA DE REMESSA / ENTRADA devidamente preenchida pelo fornecedor. O
agente encarregado pelo transporte deverá entregar esta documentação junto com os
volumes (caixas seladas). Assim, no primeiro ato da receção, que é a entrada dos volumes
no armazém, o responsável da farmácia deve verificar, na presença do transportador, que
as embalagens ou caixas de mercadoria não foram violadas e que o N° de volumes
corresponde à quantidade indicada na GUIA DE REMESSA / ENTRADA. Se forem
detetadas faltas ou violações de volumes, será anotada uma observação e logo avisado o
Responsável Clínico do Centro de Saúde, incluindo a elaboração de um RELATÓRIO
DE OCORRÊNCIA, que deve ser assinado também pelo transportador.

3
CONFERÊNCIA DA ENCOMENDA
Numa segunda fase deve-se conferir a encomenda, controlando as quantidades, prazos de
validade e N° de lote de cada item, com base na GUIA DE REMESSA / ENTRADA
recebida.
RELATÓRIO DE OCORRÊNCIAS
Se detetar qualquer anomalia tanto de quantidade assim como da qualidade do produto,
deve ser comunicado imediatamente ao Responsável Clínico do Depósito Fornecedor
através do RELATÓRIO DE OCORRÊNCIAS, que pode ser feito em folha A4 em
duplicado.
ARRUMAÇÃO DOS PRODUTOS
Uma vez conferida a mercadoria e completada a documentação, todos os produtos
recebidos devem ser imediatamente e corretamente arrumados, seguindo as regras de
conservação em vigor:
• Em estrados ou paletas se forem Kits;
• Nas prateleiras da farmácia se forem medicamentos da via clássica.

CONSERVAÇÃO DOS MEDICAMENTOS


A conservação constitui um dos aspetos importantes na gestão de medicamentos. Quando
mal armazenados, as condições ambientais podem alterar a qualidade dos mesmos. Por
esta razão, foram criadas algumas regras básicas para a conservação de medicamentos
que devem ser implementadas. Os elementos adversos dos medicamentos são: calor, luz,
humidade, ratos e insetos. Também é necessário proteger os medicamentos dos roubos e
do incêndio, para além de ter que ser sempre tomado em consideração o prazo de validade.
Alguns produtos requerem condições especiais de armazenagem:
• As vacinas, a insulina e alguns citostáticos requerem temperaturas baixas,
devendo ser conservados em câmaras frias, geleiras ou congeladores e devem
circular de acordo com as normas especiais da cadeia de frio:
✓ Refrigerador não deve estar aberto por mais de 4 minutos;
✓ O refrigerador deve ser somente dedicado a produtos de saúde;
✓ Colocar medicamentos nas prateleiras do meio;
✓ Colocar garrafas com água nas de baixo e cima para manter a temperatura
constante;
✓ Priorizar o armazenamento destes produtos durante a receção.
• Os estupefacientes, os psicotrópicos e outras substâncias de controlo específico
devem ser guardados num local seguro, de preferência num cofre. Apenas o Chefe
do Depósito e uma outra pessoa identificada terão acesso a estes produtos.
• Os inflamáveis, tais como o álcool, éter dietílico, metanol etc., devem ser
armazenados em quartos especiais, de preferência numa pequena construção
separada.

4
PRAZOS DE VALIDADE
É possível minimizar as perdas devido a expiração de prazo de validade através das
seguintes medidas:
• Prever as necessidades corretamente;
• Arrumar corretamente os medicamentos;
• Aviar primeiro os medicamentos com prazo de validade mais curto (regra
PEPS - Primeiro a Expirar, Primeiro a Sair);
• Devolver o stock acumulado ou produtos que não se usam para o depósito
fornecedor;
• Discutir com clínico sobre a utilização de medicamentos que estão a
acumular-se.

5
PROCESSO DE INUTILIZAÇÃO
É o conjunto das atividades que permitem a destruição de produtos farmacêuticos
que não estão em condições para serem consumidos. Esta destruição pode ser por
incineração, por aterro ou esmagamento em lugares apropriados e só pode ser feita
nos seguintes pontos:
• Armazéns Centrais CMAM; Depósitos Provinciais e Distritais de
Medicamentos;
• Depósitos dos Hospitais Centrais, Provinciais e Gerais;
• Centros de Saúde

PRODUTOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS PARA INUTILIZAÇÃO


Devem ser inutilizados todos os produtos farmacêuticos que estejam:
• Com prazo de validade expirado; considerados impróprios para o consumo pelo
Laboratório Nacional de Controlo de Qualidade dos Medicamentos (LNCQM)
mediante o Certificado de Análises;
• Declarados pelo pessoal técnico competente (Farmacêutico, Médico ou Técnico
de Farmácia) como: Deteriorados devido a condições climatéricas adversas ou
quebras; com características organoléticas alteradas (mudança de cor, cheiro,
presença de partículas estranhas e turvação em solutos, etc.);
• Com embalagens danificadas (enferrujadas, amolgadas, sem rótulos ou rótulos
pouco legíveis).

PROCESSO DE DEVOLUÇÃO
A devolução é quando uma Unidade Sanitária ou um depósito decide mandar de volta
uma parte do seu stock para o seu Depósito Fornecedor.
A devolução deve ser considerada como uma remessa da unidade dependente para o
depósito fornecedor.
As razões que determinam um processo de devolução são:
• Excesso de stock de determinado produto;
• Não utilização de um determinado produto em stock;
• Produtos recebidos do Depósito Fornecedor que não foram requisitados
No caso da acumulação de stock de um determinado produto, a devolução para o Depósito
Fornecedor deve ser realizada com antecedência suficiente, de modo permitir a
redistribuição e o uso do produto numa outra Unidade Sanitária antes da sua expiração.
Os acumulados do Centro de Saúde devem ser devolvidos ao distrito com periodicidade
mensal. O processo de devolução é suportado pelo modelo da GUIA DE REMESSA /
ENTRADA (Modelo 02) marcado como “Devolução”, acompanhado de um Relatório de
Ocorrência, detalhando as razões da devolução para cada um dos produtos.

6
PROCEDIMENTOS DE ELIMINAÇÃO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS

Ministério da Saúde: Diploma Ministerial n.º 74/2016. Aprova os procedimentos para


Eliminação de Produtos Farmacêuticos.

CAPÍTULO I
ARTIGO I
Para efeito do presente Diploma entende-se por:
a) ATERRO: é uma porção de terra ou entulho com que se nivela um terreno, onde
os resíduos são despejados diretamente;
b) ENCAPSULAMENTO: é um procedimento de eliminação de resíduos
farmacêuticos que consiste na imobilização do fármaco em blocos sólidos dentro
de um tambor plástico ou de aço;
c) INERTIZAÇÃO: é um procedimento de pré-tratamento de resíduos
farmacêuticos, através do qual os constituintes perigosos de um resíduo são
transformados e mantidos nas suas formas menos solúveis ou menos tóxicas;
d) Esgoto: é um termo usado para as águas residuais que após a utilização humana,
apresentam as suas características naturais alteradas;
e) INCINERAÇÃO: é um processo de destruição térmica realizado sob alta
temperatura utilizado para o tratamento de resíduos de alta periculosidade, que
necessitam de destruição completa e segura;
f) DECOMPOSIÇÃO QUÍMICA: também chamada termólise é definida como
uma reação química onde uma substância se decompõe em pelo menos duas
substâncias quando aquecida.

CAPÍTULO II
Métodos de eliminação e formas de tratamento
de produtos farmacêuticos antes do aterro
ARTIGO 4

1. ATERRO SANITÁRIO ABERTO


Os produtos farmacêuticos são descarregados num lugar aberto sem um procedimento
específico e sem nenhum controlo. Este método não é recomendado porque não garante
proteção ao meio ambiente. Se recorrer por este método recomenda-se preferencialmente
que sejam antes tratados por imobilização.

7
2. ATERRO SANITÁRIO DE ALTA TECNOLOGIA:
a) Os produtos farmacêuticos são descarregados num lugar construído com uma
tecnologia de impermeabilização do solo para que não haja contaminação do meio
ambiente;
b) De forma geral um aterro sanitário deve estar devidamente localizado, construído
e gerido de uma forma seguro com padrões recomendados pela OMS.
3. ESGOTOS
Os produtos farmacêuticos líquidos, como xaropes e antissépticos, em pequenas
quantidades podem ser diluídos com água no local e drenados a um sistema de esgotos.
Sem efeitos graves para a saúde pública ou o ambiente.
4. QUEIMA EM RECIPIENTES ABERTOS
Os produtos farmacêuticos sólidos e semissólidos, em pequenas quantidades podem ser
inutilizados usando carvão, papel ou outro combustível que não seja poluente ao meio
ambiente, como por exemplo embalagem de Policloreto de vinila (PVC).
5. INCINERAÇÃO A TEMPERATURA MÉDIA
O método de eliminação de produtos farmacêuticos por incineração a temperatura média,
é aceitável para inutilização de medicamentos sólidos expirados são inutilizados num
incinerador de duas câmaras que opera a uma temperatura mínima de 850 C, com um
tempo de retenção de combustão de pelo menos dois segundos na segunda câmara.
• Este tipo de incinerador é projetado para incinerar compostos halogenados com
segurança.
6. INCINERAÇÃO A ALTA TEMPERATURA
a) Recomenda-se entrar em contacto com empresas de cimento e as entidades que
atendem o meio ambiente, a fim de eliminar resíduos em fornos de cimento, pois
fornos de cimento são particularmente adequados para destruir os produtos
farmacêuticos expirados, resíduos químicos, óleos usados, pneus, etc;
b) Os produtos farmacêuticos expirados não devem exceder 5% de alimentação de
combustível da caldeira.
7. DECOMPOSIÇÃO QUÍMICA
Este método é utilizado para decompor substâncias a partir de produtos químicos
recomendados pelo fabricante, exige pessoal bem experiente e é prático para destruir uma
pequena quantidade de antineoplásicos de aproximadamente 50 kg.

ARTIGO 5(FORMAS DE TRATAMENTO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS


ANTES DO ATERRO)
1. ENCAPSULAMENTO
a) Encapsulamento envolve a imobilização de produtos farmacêuticos, em
Bloco sólido dentro de um tambor de plástico ou aço. Os tambores devem

8
ser limpos antes do uso e não deve conter explosivos ou materiais
perigosos;
b) Coloca-se os medicamentos sólidos e semissólidos dentro dos tambores
ate 75% da sua capacidade, adiciona-se uma mistura de cal, cimento e água
numa proporção de 15:15:05 (em peso); e
c) Os tambores devem ser fechados e selados e transportado até ao aterro
sanitário onde deve se descarregar e coberto com resíduos sólidos
municipais.

2. INERTIZAÇÃO
Inertizarão envolve a separação de materiais de embalagem (papel, papelão ou
plástico) dos produtos farmacêuticos, em seguida são esmagados e adicionados a
uma mistura de cimento, água e cal numa proporção de 65:15:15;5 (em peso). A
mistura é transportada num caminhão betoneira para um aterro sanitário.

9
CONCLUSÃO
O processo de inutilização é o conjunto das atividades que permitem a destruição de
produtos farmacêuticos que não estão em condições de serem consumidos, assim sendo
a instituição ao instalar a incineradora irá gerir os seus resíduos farmacêuticos de uma
forma eficiente.

Geralmente são incinerados nos Armazéns da CMAM, numa periodicidade trimestral,


produtos considerados impróprios para consumo pelo Laboratório Nacional de Controlo
de Qualidade de Medicamentos (LNCQM), mediante o certificado de análise, e produtos
que devido as condições climatéricas apresentem características organoléticas alteradas
(mudança de cor, cheiro, presença de partículas estranhas e turvação em solutos, etc.) ou
embalagens danificadas, (enferrujadas, amolgadas, sem rótulos ou rótulo pouco legível)
devendo ser colocados em quarentena, e enviados para o controlo de qualidade a nível
dos Depósitos Provinciais de Medicamentos (DPM), que possuem minilaboratórios para
efeitos de certificação.

Importa referir que para a instalação de uma incineradora, a CMAM desencadeia uma
série de estudos climáticos e sociais da área a ser implantada a infraestrutura de modo a
não prejudicar, nem o meio ambiente, quanto os residentes das zonas circunvizinhas.

10
BIBLIOGRAFIA
✓ Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde, USAID | PROJECTO
DELIVER 3ª edição.
✓ Diploma Ministerial n.º 74/2016: Boletim da República

11

Você também pode gostar