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o Anaximandro (610 - 546 a.c.): o apeiron, e não a água, pois esta não pode gerar seu contrário
(discordância de Tales).
Etimologia: `απείρων = `α (indica negação) + πέρας (indica limites). Apeiron significa “o ilimitado”
ou “o indeterminado”. Tudo nele existe e a ele torna na morte (justiça cósmica).
É incorpóreo e está em toda parte, unindo, por isso, todo o existente, inclusive as almas humanas.
o Empédocles de Agrigento (495 a 430 a.c.) (2ª fase): água, terra, fogo e ar (doutrina dos quatro
elementos).
o Escola atomista:
Leucipo de Abdera (+/- 460 a.c -?): fundador da Escola e mestre de Demócrito.
¤ Para o atomismo:
O não-ser ou o vazio (realidade não corpórea) é tão real quanto o ser (realidade corpórea).
O não-ser tem de existir, para que o movimento seja possível e, assim, todas as coisas se possam
criar.
“Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque o rio não é mais o mesmo.”
(Heráclito). “[...] E nós também não somos mais os mesmos”.
O real é plúrimo, e, por isso, é pólemos (conflito) entre opostos que se complementam e se
estabilizam (dia/noite; calor/frio).
Por outro lado, todas as coisas são uma só, em função do logos.
¤ O logos unifica o real e é elemento básico da racionalidade do cosmo. “Tudo é bom belo e justo
para Deus” (referência a Pitágoras).
A realidade é única, imóvel, eterna, imutável, sem princípio nem fim, contínua e indivisível
(monismo).
O que muda (e, portanto, está em movimento) não é real, é aparente, é superficial.
¤ O movimento não é real, porque sua noção é pressuposta pela mais básica de permanência.
¤ O movimento NÃO É, porque o que é não deixou de ser nem será. Simplesmente É. Ou seja, “aquilo
que é não pode não ser” (Poema).
É necessário, por isso, buscar na mudança o que permanece, o SER: distanciamento da opinião
(doxa), que é aparente, sensível e ilusória, e busca da razão (verdade).
Por que Parmênides pode pensar o Ser? Porque ser e pensar têm a mesma natureza, e, por isso, é
somente sobre o ser que se pode pensar.
o Discípulos importantes: Melisso de Samos (470 a.c - ?): o que é não provém, porque, do contrário,
proviria do que é ou do que não é. E o Ser é eterno, imutável, atemporal e incriado; Zenão de Eleia
(495 – 430 a.c): paradoxos (Aquiles e a tartaruga e Flecha).