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INTRODUÇÃO

- Gabriel de Tardi (primeiro que fala da imitação)

- Simmel – filósofo alemão, do séc. XIX, início sec. XX

Escolhe as questões da modernidade para dialogar. Coquettes. Estudos financeiros, etc. Busca
entender as mudanças no mundo das aparências

A filosofia do dinheiro.

- Fenômenos urbanos e proliferação dos estilos de vida

- Pessoas antes tinham sua vida regida por meio da tradição (formada por família e igreja).

Ex: Se um pai é marceneiro, o filho seguiria isso. – Lugar determinado como parte de um todo:
limitava e garantia o seu lugar ali.

Modernidade transforma as cidades, com a imigração. Não há mais o constrangimento de


fazer o que quiser – apenas a condição financeira.

No capitalismo não estamos garantidos de nada. Existem várias maneiras de determinar a


conduta da sua vida cotidiana.

Filosofia da Moda (1905)

- A imitação liberta o indivíduo da dor da escolha. Deixa-o aparecer como um produto do


grupo, um receptáculo de conteúdos sociais.

- Expressar-se através da aparência é uma liberdade, mas também um risco. Diversas


interpretações.

- A moda é uma imitação de um modelo dado e satisfaz assim a necessidade de apoio social,
fornece um universal, que faz do comportamento de cada indivíduo um simples exemplo. E
satisfaz igualmente a necessidade de distinção, a tendência para a distinção, para mudar e se
separar.

- Você mostra que pertence a um grupo (a burguesia), se distinguindo, mas se diferenciando


das demais camadas da sociedade. Unir e diferenciar.

- A moda funciona de maneira arbitrária, não se guiando por critérios objetivos os puramente
estéticos.

- Não segue o belo, não necessariamente ser belo faz com que um objeto seja moda.

Quem tá na moda se encontra aqui


- As classes superiores desviam-se desta moda e viram-se para outra, graças à qual de novo se
diferenciam das grandes massas, e na qual o jogo mais uma vez se inicia.

- A moda se expande de cima pra baixo: imitação pelos de baixo e a fuga para a novidade pelos
de cima. Quanto mais esses grupos têm contato, mais dinâmica é essa troca.

O Vestuário novo

- É precisamente através das diferenciações que os setores de grupos interessados na


separação, se mantém unidos: o modo de andar, a cadência, os ritmos dos gestos são, sem
dúvida, essencialmente determinados pelo vestuário.

Ex: homens vestidos de modo semelhante comportam-se de modo relativamente semelhante.

A tragédia da moda

- A essência da moda consiste em que só uma parte do grupo a pratica, enquanto a totalidade
se encontra a caminho dela.

- Sua forma mutável também o gosto, as convicções teóricas e até os fundamentos morais da
vida.

Moda e Inveja

- Inclui uma espécie de partilha ideal nos objetos cobiçados. Ao invejar-se um objeto ou um
homem, já não está dele absolutamente excluído, obteve-se qualquer relação com ele, entre
os dois existe agora o mesmo conteúdo anímico, embora em categorias e formas de
sentimentos de todo diversas

- A moda é a arena apropriada para indivíduos que não são autônomos e que precisam de
apoio. Eleva também o insignificante, porque faz dele o representante de uma totalidade

- Maníaco da moda: obcecado e vítima desta. Normalmente os maiores maníacos são os que
trabalham com ela – editores de revista, influencers, modelos, etc.

O caráter frenético da moda

- Aquele que conduz é, no fundo, o conduzido.

- A arrogância do escravo da moda é a caricatura de uma constelação, favorecida pela


democracia, da relação entre o indivíduo e a totalidade.

A anti-moda

- Se veste ou se comporta de forma não moderna, adquire o sentimento de individualização a


tal associado
- Demanda um grande esforço

- A debilidade da posição social a que as mulheres estiveram condenadas gera uma estreita
relação com tudo que é costume, da adequação

- A moda seria a válvula de escape donde irrompe a necessidade de as mulheres se


distinguirem.

A mulher e a moda

- Precisam de uma participação mais viva para acrescentar um estímulo a si e a sua vida.

- A moda constitui um substituto da posição no seio de uma classe profissional

- Mulher semimundana: atriz, cortesã, etc.

- O desenraizado é o mais apaixonado pelo novo.

Moda e Máscara

- A obediência cega às normas do geral em tudo o que é exterior é para eles o meio consciente
e deliberado de reservar a sua sensibilidade e os seus gostos pessoais. Ou seja, seguir a moda é
uma forma de não se expressar.

Moda e Vergonha

- Proporciona um destacar-se que se capta sempre como adequado

A libertação pela moda

- Ao abandonar o exterior à escravidão do geral, pretendem salvar do modo mais pleno a


liberdade interior

- Cuja inserção e rejeição nas mais variadas esferas conferem à vida um encanto muito mais
fresco

- Se você segue incansavelmente, não existe essa liberdade anterior

Moda e Eternidade

- Ela tem uma tendência para economizar esforço, procura alcançar os seus fins de forma mais
plena, porém com os meios relativamente mais escassos

- Logo que uma moda passada se desvaneceu em parte da memória, não há razão para não a
reavivar
O Conforme e o insubimisso à moda

- Qualquer forma concreta de vestuário, arte, conduta, opiniões, se pode ternar moda.

- Não há nada que não possa virar objeto de moda.

- O classicismo tem sempre algo de recolhido em si que, por assim dizer, não oferece muitos
pontos de ataque

- Clássico: não precisa ser modificado ou renovado, já é puro, simples (não significa que não
possa ser elaborado). Tudo que rebusca, tende a ser excessivo.

Ex: Vestido preto Chanel

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