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Prof.

ª Fabíola Soares

Sumário

1. Apresentação ................................................................................................................................... 3
1.1 Apresentação da professora ............................................................................................. 3
1.2 Apresentação do curso ..................................................................................................... 4
2. Cronograma de aulas ...................................................................................................................... 5
3. ACENTUAÇÃO GRÁFICA………………..………………..................................................……….. 6

4. ORTOGRAFIA ……………….......…………………………………………………………….......…12

5. LISTA DE EXERCÍCIOS ………………………………………………............................................ 23

5.1 Exercícios (Níveis 1, 2 e 3) …………………………………..............................................23


5.2 Gabarito ..…………………………………………………..................................................44
5.3 Exercícios comentados ……………………......……………............................................45

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ………..…………………………….................................................... 87


Prof. ª Fabíola Soares

1. Apresentação

1.1 Apresentação da professora

Olá, meus queridos!

Antes de iniciarmos a nossa aula 00, gostaria de me apresentar, a fim de que você
conheça um pouquinho sobre mim e de como vim parar aqui, afinal vou acompanhá-lo(a) até
o dia tão esperado, que é a sua classificação no concurso do Colégio Militar.

Eu sou a Fabíola Soares, atualmente professora de Língua Portuguesa do Estratégia


Militares, graduada em bacharel e licenciatura em Letras Português/Francês pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (“Oui! Je parle français!”). Durante a minha graduação, tive a
oportunidade de participar de muitos eventos e cursos de extensão voltados para a área da
educação, a maioria deles relacionados ao processo de ensino/aprendizagem entre professor
e aluno. Ao ingressar em um dos meus estágios, tive a oportunidade de concorrer a uma bolsa
integral para estudar na França e adivinha?! Eu consegui a bolsa! Agora, você pode estar se
perguntando “Por que ela está compartilhando isso comigo?”, compartilho porque foi uma
fase muito importante para a minha vida pessoal e profissional, divido isso com você porque
era um sonho muito distante e, às vezes, alguns sonhos podem estar distantes para você
também, mas, antes de tudo, já lhe peço que tenha paciência e confie no processo. Vai dar
certo!

Atuo como professora de Língua Portuguesa para Escolas Militares desde 2010 e venho
me dedicando bastante, sempre atenta às mudanças dos concursos e aos assuntos mais
recorrentes, durante todos esses anos, para entregar a você o melhor que tenho a oferecer.

No final de 2022, fui convidada a elaborar este curso e confesso que, desde então, tem
sido um grande desafio para mim, porque quero muito poder alcançá-lo(a) por aqui, quero
ter a oportunidade de lhe apresentar uma forma mais leve de olhar para a nossa língua assim
como fazer com que você aprenda mais sobre ela. Nosso maior compromisso aqui, meu e de
toda a equipe, é fazer com que você gabarite a prova de Língua Portuguesa. E aí?! Aceita esse
desafio?! Vamos juntos?!
Prof. ª Fabíola Soares

1.2 Apresentação do curso

Seja muito bem-vindo (a) ao nosso curso voltado para Língua Portuguesa CM 6º ano
2024. Para uma melhor preparação, você precisa entender que a leitura do edital é de suma
importância para a nossa caminhada, pois foi a partir desse edital que eu organizei todas as
nossas aulas. Com base nessa premissa, saiba que eu estou levando em conta o último edital
do concurso divulgado pela Banca que, em Português, distribuiu os conteúdos do seguinte
modo:

LÍNGUA PORTUGUESA

O exame Intelectual terá a seguinte distribuição de pontos na prova de Língua


Portuguesa:

Língua Portuguesa – composta de 15 (quinze) questões objetivas (itens de múltipla


escolha) com pontuação máxima de 10,0 (dez).

Para Candidatos ao 6º ano do Ensino Fundamental (PROVA DE LÍNGUA


PORTUGUESA)

1) Gêneros textuais e conceitos: a) localizar informações explícitas em um texto; b)


inferir o sentido de uma palavra a partir do contexto em que foi empregada; c) inferir o sentido
de uma expressão a partir do contexto em que foi empregada; d) inferir uma informação
implícita em um texto; e e) identificar os elementos de um texto (narrador/foco narrativo).

2) Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do Enunciador na Compreensão do Texto:


a) interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinho, foto,
etc.); e b) identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

3) Coerência e Coesão no Processamento do Texto: a) estabelecer relações entre partes


de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade
de um texto; b) estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto; e
c) estabelecer relações lógico discursivas presentes no texto, marcadas por elementos
coesivos.

4) Relação entre Textos: - reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na


comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi
produzido e daquelas em que será recebido.

5) Relação entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido: a) identificar efeitos de


ironia ou humor em textos variados; b) identificar o efeito de sentido decorrente do uso da
vírgula; c) identificar o efeito de sentido do uso da sinonímia/antonímia; e d) identificar o efeito
de sentido decorrente do uso de outros sinais de pontuação ou outras notações.
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6) Serão consideradas as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa


pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de
1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique e, posteriormente, por TimorLeste, aprovado no Brasil pelo Decreto nº 6.583, de
29 de setembro de 2008, e alterado pelo Decreto nº 7.875, de 27 de dezembro de 2012.

Além de todo este material escrito, você também contará, em nosso curso, com as
videoaulas que vão lhe fornecer ainda mais dinamicidade. Lembre-se de que a prática de
exercícios é muito importante para os seus estudos, pois, a partir dela, você fixará os
conteúdos aprendidos, então faça bastantes exercícios.

No que diz respeito às questões, nesta aula, você contará com alguns exercícios
distribuídos durante a teoria, para que entenda como aquele assunto abordado pode cair em
sua prova, assim como outras 30 questões obedecendo à seguinte divisão: nível 01 - fácil; nível
02 - médio; nível 03 – difícil e mais 30 questões de minha autoria.

2. Cronograma de aulas

Para uma maior organização e planejamento dos seus estudos, compartilho com você
o cronograma de aulas do nosso curso. Note que há nele todos os conteúdos presentes no
edital, como já apresentei no tópico 1.2.

Ortografia oficial da Língua Portuguesa.


Aula 00 – Principais regras ortográficas e de
Ortografia acentuação.

a) localizar informações explícitas em um


texto; b) inferir o sentido de uma palavra a
partir do contexto em que foi empregada; c)
Aula 01 – inferir o sentido de uma expressão a partir do
Gêneros textuais e conceitos contexto em que foi empregada; d) inferir
uma informação implícita em um texto; e e)
identificar os elementos de um texto
(narrador/foco narrativo)
a) interpretar texto com auxílio de material
Aula 02 – gráfico diverso (propagandas, quadrinho,
Interpretação e compreensão de foto, etc.); e b) identificar a finalidade de
diferentes gêneros textuais textos de diferentes gêneros.
a) estabelecer relações entre partes de um
Aula 03 – texto, identificando repetições ou
Coerência e Coesão no Processamento do substituições que contribuem para a
Texto continuidade de um texto; b) estabelecer
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relação causa/consequência entre partes e


elementos do texto; e c) estabelecer relações
lógico discursivas presentes no texto,
marcadas por elementos coesivos.
Reconhecer diferentes formas de tratar uma
informação na comparação de textos que
Aula 04 – tratam do mesmo tema, em função das
Intertextualidade condições em que ele foi produzido e
daquelas em que será recebido.
a) identificar efeitos de ironia ou humor em
textos variados; b) identificar o efeito de
sentido decorrente do uso da vírgula; c)
Aula 05 - Relação entre Recursos
identificar o efeito de sentido do uso da
Expressivos e Efeitos de Sentido
sinonímia/antonímia; e d) identificar o efeito
de sentido decorrente do uso de outros
sinais de pontuação ou outras notações.
- Exercícios com base em todos os tópicos
Aula 06 –
estudados durante o curso.
Revisão final

3. Acentuação gráfica

Vamos ver algumas regras de acentuação. Esse é um assunto muito frequente em


provas militares de modo geral. Esteja pronto para encontrar a cobrança bem específica de
regrinhas como as que você verá por aqui lá na sua prova.

Vamos começar da regra mais fácil! A regra das proparoxítonas.

➢ Acentuação das proparoxítonas

Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas.

Ex.: pássaro; pêssego; líquido; trôpego; úmido.

➢ Acentuação dos monossílabos tônicos

São acentuadas as palavras terminadas em a, e, o seguidas ou não de s.

a, as: lá, gás, pá.

e, es: fé, mês, dês.

o, os: pó, só, nós.

➢ Acentuação das oxítonas

São acentuadas as palavras terminadas em a, e, o, em seguidas ou não de s.

a, as: maracujá, ananás, Paraná, Goiás.


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e, es: você, café, vocês.

o, os: dominó, vovó, paletós.

em, ens: alguém, também, parabéns.

➢ Acentuação das paroxítonas

Somente acentuam-se as paroxítonas:

● Terminadas em -r.

Ex.: cadáver; âmbar.

● Terminadas em -l.

Ex.: têxtil; fóssil.

● Terminadas em -n.

Ex.: líquen; plâncton.

● Terminadas em -x.

Ex.: córtex; índex.

● Terminadas em -ei, -eis; e em ditongos em que a segunda vogal é mais forte.

Ex.: hóquei, jóqueis; mágoa, régua, ingênuo.

● Terminadas em -i, -is.

Ex.: júri; tênis.

● Terminadas em -us.

Ex.: húmus; tônus.

● Terminadas em -ps.

Ex.: bíceps; fórceps.

● Terminadas em -ã, -ãs, -ão, -ãos.

Ex.: órfã / órfãs; órgão / órgãos.

● Terminadas em -um, -uns, -om, -ons.

Ex.: álbum / álbuns; prótons.


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As palavras paroxítonas terminadas em ditongos crescentes são também


conhecidas como proparoxítonas acidentais.

Ocorre que alguns gramáticos entendem também serem proparoxítonas as


palavras como

“história”, “cárie”, “armário”, “tênue”, “área”, “espontâneo”, “régua”.

Mas aí você deve estar pensando:

Fabíola, você não acabou de escrever que essas palavras se encaixam na regra das
paroxítonas terminadas em ditongo oral crescente?

É isso mesmo! São sim!

É que se pode entender também, embora não muito comum na sua prova, que
não há ditongo oral, mas hiato. Em tal entendimento, a divisão silábica seria:

“his-tó-ri-a”, “cá-ri-e”, “ar-má-ri-o”, “tê-nu-e”, “á-re-a”, “es-pon-tâ-ne-o”, “ré-gu-a”.

Regras especiais

1. Hiato – as vogais “i” ou “u” recebem acento, nas seguintes condições:

a) sejam a segunda vogal do hiato;

b) sejam tônicas;

c) estejam sozinhas ou acompanhadas de “s” na mesma sílaba;

d) não sofram nasalização.

e) nem sejam dobradas

Assim, acentuamos as palavras “saída” (sa-í-da); “faísca” (fa-ís-ca); “saúde” (sa-ú-de);


“balaústre”; (ba-la-ús-tre); “possuímos” (pos-su-í-mos); “possuía” (pos-su-í-a); “juíza” (ju-í-za);
“juízes” (ju-í-zes); “raízes” (ra-í-zes).

Não acentuaremos as palavras que até possuem hiato, mas não satisfazem os critérios vistos
anteriormente, como as que tiverem “nh” posposto à vogal: “bainha”, “rainha”
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Ou ainda em outras palavras como “xiita”, “sucuuba”, “raiz”, “juiz”.

Bom, esta é a regra do hiato, mas há uma extensão dela, que é o hiato formado de ditongo e
vogal.

• Hiato após ditongo decrescente na posição de oxítona

O hiato formado de ditongo e vogal, respectivamente, permite a acentuação na segunda


vogal. Por isso, acentuamos as palavras “Piauí“, “teiú“, “tuiuiú“.

• Hiato após ditongo decrescente na posição de paroxítona

Não haverá acento em palavras como baiuca, feiura.

Mas se liga! O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP)


manteve o acento no “i” após o ditongo crescente. Logo, em palavras como
“Guaíba”, “Guaíra”, haverá acento.

2. Acento diferencial − é utilizado para diferenciar palavras de grafia semelhante.

2.1 Usamos o acento diferencial para distinguir o verbo “pôde” (pretérito perfeito do
indicativo) do verbo “pode” (presente do indicativo).

2.2 Também usamos para distinguir o verbo “pôr” da preposição “por”.

2.3 Ele distingue ainda os verbos “vir” e “ter” para marcar plural:

ele tem − eles têm

ele vem − eles vêm

Atenção!

Admite-se o acento circunflexo quando nos referirmos à fôrma de bolo para diferenciar-se da
homógrafa de timbre aberto equivalente a “formato” (forma física) ou relativa à conjugação do
verbo FORMAR (ele forma).

Ah! Não se esqueça de que acentuamos os verbos oxítonos terminados em “a”, “e”, “o”,
seguidos dos pronomes pessoais oblíquos átonos “-lo”, “-la”, “-los”, “-las". Observe:

Vou comprar a torta. Vou comprá-la

Vou vender os carros. Vou vendê-los.


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Mas não acentuamos as oxítonas terminadas em “i”:

Vou partir o bolo. Vou parti-lo.

Vou reunir o povo. Vou reuni-lo.

Entretanto fique atento (a) da oxítona formada por hiato com o “i” tônico, pois há acento nesse
caso:

Vou instruir os soldados. Vou instruí-los.

FIQUE POR DENTRO!

01. (Questão modelo) Os vocábulos cuja acentuação gráfica pode


ser justificada simultaneamente por duas regras são:

A) herói/papéis;

B) econômico/histórico;

C) pátria/tênue;

D) gás/três;

E) têm/vêm.

Comentários:

Na alternativa A, ambas as palavras são acentuadas por serem oxítonas terminadas em ditongo
aberto tônico “éi” e “ói”.

Na alternativa B, ambas as palavras são acentuadas por serem proparoxítonas.

Na alternativa C, é a que devemos marcar, pois, primeiramente, ambas as palavras são


acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo oral. Porém, as paroxítonas
terminadas em ditongo oral podem ser entendidas também como proparoxítonas aparentes,
ou esdrúxulas aparentes. Portanto, entende-se a possibilidade de duas regras para essas
palavras. Podem ser separadas como pá-tria ou pá-tria-a / tê-nue ou tê-nu-e.

Na alternativa D, ambas as palavras são acentuadas por serem monossílabos tônicos


terminados em “a” e “e”, respectivamente, seguidas de “s”.
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Na alternativa E, ambas as palavras são acentuadas por apresentarem acento diferencial de


plural.

Gabarito: C

FIQUE POR DENTRO!

02. (Questão modelo) Assinale a opção na qual as palavras foram


acentuadas pelo mesmo motivo que “rápidas”, “fé”, “também”,
respectivamente.
A) bíceps, até, Maringá.
B) álibi, Grajaú , jacaré.
C) gramática, Piauí, Tribobó.
D) partícula, nós, parabéns.
E) tóxico, céu, já.

Comentários:
A palavra “rápida”, no enunciado, é uma proparoxítona assim como a palavra “partícula”; a
palavra “fé”, no enunciado, trata-se de um monossílabo tônico assim como “nós”; a palavra
“também”, no enunciado, é uma oxítona e acentuada pelo mesmo motivo do que a palavra
“parabéns”.
As palavras nas outras alternativas são, respectivamente, classificadas de acordo com sua
sílaba tônica em:
a) paroxítona, oxítona, oxítona.
b) proparoxítona, regra do ‘u’ tônico, oxítona.
c) proparoxítona, regra do ‘i’ tônico, oxítona.
e) proparoxítona, monossílabo acentuado pela regra do ditongo aberto, monossílabo tônico.

Gabarito: D
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4. Ortografia

Há alguns casos especiais que você precisa ficar atento(a). Há muitas questões nas
provas em que você deve completar lacunas com o modo correto.

➢ “C”, “Ç”,“SS”, “S” e “Z”

O “C” é utilizado com som de “s” apenas antes de “e” e “i” nas seguintes situações:

● no sufixo -áceo, que denota relação se semelhança ou pertencimento.

Ex.: farináceo.

● nos sufixos -ância e -ência e -ice, -ícia e -ície

Ex.: abundância; paciência; tolice; malícia; imundície.

● no sufixo -ício e nas terminações -cia e -cio, tanto para substantivos quanto adjetivos.

Ex.: alimentício; fictício; macia; anúncio.

● na terminação verbal -ciar e -cer.

Ex.: pronunciar; silenciar; abastecer; crescer.

● depois do som s e normalmente após in ou un (sons nasais)

Ex.: ascendente; nascer; pincel; pronúncia.

O “Ç” é utilizado nunca no início das palavras, só no meio. Vejamos:

● nos sufixos -aça, -aço, -uça, denotando abundância ou intensidade; e no sufixo verbal -
açar

Ex.: arruaça; ricaço; dentuça; escorraçar; esvoaçar.

● nos sufixos -ança e -ença e no sufixo -ção depois de a, hiato ou ditongo.

Ex.: crença; diferença; mudança; lembrança; comunicação; criação; insurreição.

● nos sufixos -iça e -iço.

Ex.: justiça; quebradiço.

● normalmente após in ou un (sons nasais).

Ex.: extinção, função

● depois de c ou p mudos.

Ex.: ficção; erupção.


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O “S” é utilizado:

● no início da maior parte das palavras com esse som.

Ex.: sarar; seguir; Sílvia; sopro; surdez.

● com o sufixo de naturalidade -ense, formando adjetivo pátrios.

Ex.: ateniense.

● em palavras formadas com os prefixos ab- ou abs-, denotando afastamento ou


separação.

Ex.: absolutismo; absolver; absorver.

● em palavras formadas com o prefixo ob-.

Ex.: observar; obsessão; obsoleto.

O “SS” é utilizado nunca é utilizado no início das palavras, só no meio.

● Apenas entre vogais.

Ex.: antepassado; disse; fissura; massa; posso.

● no sufixo feminino -essa, muito comum em títulos de nobreza.

Ex.: condessa.

● na terminação de superlativo -íssimo(a).

Ex.: belíssima; caríssimo.

● em palavras derivadas ou compostas, formadas a partir de palavra que tinha s no início.

Ex.: antessala (ante + sala); dezessete (dez + sete); girassol (gira + sol).

O “Z” é utilizado:

● Nos sufixos -ez e -eza, que formam substantivos abstratos a partir de adjetivos.

Ex.: pobreza (de pobre); surdez (de surdo).

● Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, formando substantivos.

Ex.: civilizar e civilização; realizar e realização.

● Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita.

Ex.: cafezal; cafezeiro; cafezinho; cafezito.


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Quando as palavras primitivas não possuírem nem “s” nem “z”, as derivadas devem
se escrever com “z”.
Ex.: símbolo / simbolizar; hospital / hospitalizar; colônia / colonizar.

➢ “G” e “J”

O “G” é utilizado quando:

● As palavras terminam em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio, e em -gem.

Ex.: plágio; privilégio; prestígio; relógio; refúgio; viagem; regulagem; montagem.

● Os verbos terminam em -ger ou -gir.

Ex.: proteger; fugir; fingir.

O “J” é utilizado quando:

● Os verbos terminam em -jar

Ex.: viajar; arranjar; despejar.

● As palavras são de origem indígena

Ex.: pajé; canjica; jiboia.

● As palavras são de origem africana

Ex.: jabá; jiló; jagunço.

➢ “X” e “CH”

A regra que se deve saber aqui é apenas dos usos do “x”. As demais palavras são
grafadas com “ch”.
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A diferença de grafia pode distinguir palavras homófonas. Atente-se para esses


casos em especial.
Mexa: do verbo mexer
Mecha: de parte do cabelo

Usa-se o “x”, portanto:

● Depois da sílaba inicial me-.

Ex.: mexido; mexicano; mexilhão.

● Depois da sílaba inicial en-, desde que não sejam derivadas de palavras escritas com
“ch”.

Ex.: enxoval; enxame; enxada; enxuto.

Mas atenção: encher (de cheio); enchiqueirar (de chiqueiro).

● Depois de ditongos.

Ex.: caixa; peixe; frouxo.

● Em palavras de origem indígena e africana.

Ex.: abacaxi; orixá.

● Em palavras aportuguesadas do inglês.


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➢ Mal X Mau

Para não errar mais esse tipo de questão, você deve se atentar para o significado de
cada uma dessas palavras.

Mal pode ser entendido de duas maneiras: como advérbio de modo ou como
substantivo.

Mal advérbio: é advérbio de modo, significando “incorretamente” ou “erroneamente”. Seu


anônimo é o advérbio bem. Como advérbio, são invariáveis e ligados sempre aos verbos.

Ex.: O menino come mal = O menino come incorretamente.

O menino come mal ≠ O menino come bem.

Mal substantivo: denota ideia de algo “nocivo”, podendo ser sinônimo de “doença”. Seu
antônimo é o substantivo bem, que denota ideia de algo “satisfatório”, que traz “benefícios”.
Como substantivo, admite flexão de número, podendo vir acompanhado de artigo, pronome
ou adjetivo.

Ex.: O mal do homem é a ganância. = O problema do homem é a ganância.

O homem não deve fazer o mal ≠ O homem deve fazer o bem.

Mau é adjetivo e significa “ruim” ou “que causa danos e prejuízos”. Seu antônimo é bom.
Por ser adjetivo, pode ser flexionado em número e gênero.

Ex.: Ele é um homem mau = Ele é um homem ruim.

Ele é um homem mau ≠ Ele é um homem bom.

➢ Mas X Mais

O “mas” pode ser um advérbio, uma conjunção ou um substantivo.

Mas advérbio: assume valor de intensidade, podendo ser associado a outras palavras como o
“tão”.

Ex.: Estava tão cansada, mas tão cansada, que dormiu no ônibus.

Mas conjunção: assume valor adversativo, ou seja, aparece para relacionar ideias contrárias
entre si.

Ex.: Estava cansada, mas feliz. = Estava cansada, porém feliz.


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“Mas” substantivo: sinônimo de “senão”.

Ex.: O mas da questão é isso. = O senão da questão é isso.

O “mais” é advérbio de intensidade e indica ideia de soma ou aumento de quantidade.


Seu antônimo é a palavra “menos”

Ex.: Quero ir à academia mais vezes = Quero ir à academia menos vezes.

➢ Usos do H

O H é uma letra que pode tanto não possuir som algum, quanto modificar o som da
letra à qual se liga.

● Quando está no início e no final das palavras, o H não possui som.

Ex.: hábito; hélice; hino; homem; humano.

Ah!; hum; hein?

Perceba que muitas dessas palavras são interjeições, ou seja, palavras que reproduzem
sons e sentimentos.

● Quando está no meio da palavra, integra os dígrafos “ch”, “lh” e “nh”.

Ex.: chimarrão; calha; manhã.

Quando em construções com hífen, mantém-se o “h” no começo do segundo


elemento.
Ex.: sobre-humano; pré-história; anti-higiênico.
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Um tipo de questão bastante comum são as que você deve completar as lacunas
optando por há, a ou à. Relembre as diferenças entre eles para não se confundir mais.

Há A À

Do verbo haver. Artigo A crase é formada a partir de


É usado quando: Acompanhando substantivo uma preposição “a” + um
artigo definido A ou um
feminino no singular.
- A lacuna demanda verbo pronome demonstrativo A
com sentido de existir, Ex.: A menina estuda ou um pronome
sempre flexionado no português. demonstrativo aquele
singular, independente da (a/s/as).
palavra posterior.
Preposição
Ex.:
Aparece quando a palavra As condições básicas são:
Há flores no vaso. seguinte for plural, - existência de palavra
= masculina, pronome, verbo feminina;
ou artigo indefinido.
Existem flores no vaso. - a regência das palavras
Ex.: Foram a aulas diferentes. demandar proposição A.
Andamos a cavalo.
- A lacuna demandar
indicação de tempo Contei a ele o que A crase é obrigatória em:
decorrido. ocorreu.
- Indicação de horas ou parte
Ex.: Ficou a ver navios. do dia.
Há um ano não o vejo. Foi a uma festa. Ex.: Vou encontrar minhas
Já estou esperando há duas amigas à noite, às sete horas.
horas. Pronome oblíquo
Aparece junto a um verbo, - Locuções adverbiais,
substituindo palavra prepositivas ou conjuntivas.
feminina. Ex.: Falaram-se às
Ex.: Avisei-a da prova. escondidas.

Eu que a chamei aqui. Venceu à custa de esforço.


Aprendeu à medida que
viveu.
Pronome demonstrativo
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Quando estiver substituindo - Expressão clara ou


um “aquele” e semelhantes. subentendida de
modo/maneira.
Ex.:
A minha amiga é a que Ex.: Pediu um bife à milanesa
(à moda de Milão).
chegou agora
=
A minha amiga é aquela que
chegou agora.

➢ Usos dos porquês

Na língua portuguesa, há quatro porquês, cada um com uma função:

● Por que: Perguntas

● Por quê: Fim de perguntas

● Porque: Respostas

● Porquê: Substantivo

Vamos ver melhor cada um deles:

Por que

● Em perguntas, diretas ou não.

Ex.: Por que isto está acontecendo?

Diga-me por que isto está acontecendo.

● Como pronome relativo, podendo ser substituído por “pelo qual” ou “por qual”.

Ex.: A casa por que passei era antiga = A casa pela qual passei era antiga.

Por quê

● Em perguntas, no fim das frases.

Ex.: Ele não chegou ainda por quê?


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● Sozinho numa frase.

Ex.: Ele não chegou ainda? Por quê?

Porque

● Em respostas, possuindo o mesmo valor que “pois” ou “uma vez que”.

Ex.: – Por que você demorou?

– Porque estava trânsito.

● Pode aparecer em orações subordinadas adverbiais causais ou orações coordenadas


explicativas.

Ex.: Causal – Não vou sair hoje porque vou trabalhar amanhã.

Explicativa – Ele deve estar cansado, porque trabalhou a noite toda.

Porquê

● Como substantivo e significando “motivo”, “razão”. Pode ser precedido de artigo,


pronome, adjetivo ou numeral.

Ex.: Não sei o porquê você partiu.

Esse porquê eu não sei explicar.

Que belo porquê você me deu!

Há dois porquês para isso.

Norma ortográfica
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Apesar de já estar em vigor desde 2009, a norma ortográfica ainda causa certa confusão nas
pessoas. Assim, preparamos uma tabela com as principais mudanças da norma ortográfica
para que você não se confunda mais.

Caso Norma

Alfabeto O alfabeto incorporou as letras “k”, “w” e “y”, passando assim a ter 26
letras.

Acentuação - Não há mais acentos em paroxítonas com ditongos abertos.


Ex.: ideia, Assembleia; heroico, paranoia.

- Não há mais acento agudo em paroxítonas com “i” e “u” tônicos depois
de ditongos:
Ex.: Feiura; Bocaiuva.

- O acento diferenciador só existe para diferenciar tempo e pessoa.


Ex.: Ele tem medo. / Eles têm medo.
Ela pode vir hoje. / Ela pôde vir ontem.
Exceção: “pôr”, que segue sendo acentuado para não confundir com a
preposição “por”.

- Não há mais acento circunflexo em terminações “-oo” e “-eem”


Ex.: enjoo, zoo; leem, veem.

Hífen As regras gerais para o uso do hífen são:


- Substantivos compostos que conservam seu som ao se unirem, ou seja,
palavras formadas por processos de justaposição.
Ex.: anos-luz; quinta-feira; médico-cirurgião; guarda-chuva.

- Quando a segunda palavra se inicia com a mesma letra que o final da


primeira.
Ex.: anti-inflamatório; arqui-inimigo; sub-bibliotecário; auto-observação.

- Quando a segunda palavra se inicia com “h”.


Ex.: pré-história; anti-higiênico; super-homem; anti-herói.

- Não se usa hífen em palavras de letras diferentes.


Prof. ª Fabíola Soares

Trema - A trema deve ser utilizada apenas em nomes estrangeiros.


Ex.: Müller; Gisele Bündchen.

FIQUE POR DENTRO!

03. (Questão modelo) Na correspondência entre os pares de


vocábulos a seguir, há erro ortográfico em:
A) súbito / subitamente
B) impotente / impotênsia
C) impetuosa / impetuosidade
D) intumescido / intumescimento
E) incerta / incerteza

Comentários:
O vocábulo “impotência”, referente a ‘impotente’, foi registrado em desacordo com a
ortografia da língua portuguesa, em lugar de ”s” deve estar o “c”. Os outros vocábulos
possuem registro correto de acordo com a ortografia.
Gabarito: B

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