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Caderno de Resumos de alunos

e temas de professores.
Encontro Nacional de Pesquisa em Graduação em Filosofia UnB
8ª Edição

1. Matheus Oliveira dos Santos Araújo: Heráclito de Éfeso - Do mito ao lógos.


Considerações sobre o sono, a vigília e a morte
1. Quinta-feira (26/10) - 20:00 - Auditório 3 IB
Pan, personificação deificada da natureza, assume em sua essência a origem e a morte de
tudo, através de uma perspectiva biológica. Assim como o tempo das deidades gregas se
exauriu, inicia-se o tempo e origem dos primeiros filósofos. Nesta obra veremos
inicialmente conceituações acerca das epopeias homéricas, mito e poética e sua
contraposição e correlação com os primeiros filósofos, para se chegar ao princípio
progenitor do desvelar-se da vida e do ser

2. Luiz Felipe de Andrade Santos: Estranhamentos entre ecotecnologia e cohumanismo.


Terça-feira (24/10) - 16:10 - Auditório 3 Instituto de Biologia

Pensar um aparato ético e político das inteligências artificial em 2023 não é uma tarefa fácil;
apesar de, e talvez por conta de, ser uma das tarefas mais urgentes da contemporaneidade. O fazer
filosófico é uma atividade humana, todavia, não é um exercício que se encerra na esfera do próprio
- e as implicações dessa asserção são tremendas, estranhas e dignas de imensa atenção. Esta
comunicação visa apresentar os conceitos de ecotecnologia e cohumanismo, mordidos por Leonardo
Boff em uma pista de decolagem terrânea politicamente situada.

3. José Roberto Nogueira de Sousa Carvalho: Os limites da crítica pachukaniana ao direito e


à subjetividade jurídica: diálogos com o Humanismo Dialético e o Direito Achado na Rua.
Segunda-feira (26/10) - 20:00 - Auditório PPGHIS - Módulo 24

Para Pachukanis, a subjetividade jurídica (o sujeito individual, igual perante a lei e livre para
firmar contratos) é o que aperfeiçoa o Direito como um fenômeno eminentemente burguês.
Pachukanis, portanto, em "Teoria Geral do Direito e Marxismo" faz uma crítica mordaz ao
fenômeno jurídico e vê como necessária sua abolição em uma passagem para uma sociedade
comunista. O autor encontra duas objeções: para Roberto Lyra Filho, o Direito deve ser superado
em um movimento dialético que o conserva, ou seja, ele estaria presente em uma sociedade
comunista sem Estado; por sua vez, José Geraldo de Sousa Júnior considera que o sujeito coletivo
de direitos é distinto da subjetividade individual pautada em noções contratuais, mas sim
fundamentada na luta coletiva materializadora de direitos.

4. Hudson Mateus Araujo Ribeiro: O Entretenimento como paliativo momentâneo frente a


uma realidade intrinsicamente incognoscível.
Quinta-feira (26/10) - 16:10 - Auditório 3 IB
É observado nos tempos modernos um agravamento latente pela busca de um preenchimento
passageiro das aflições causais de uma realidade sensível, em que a subjetividade tem sido
misturada a uma percepção multifacetada e dotada de uma demasiada dificuldade na apreensão de
sua aplicabilidade prática. Assim como a religião é caracterizada pela coloração que dá ao abismo
conceitual existente na ideia de sentido - como um pintor que sob pinceladas livres dá este mundo
frio tons arco íris - o entretenimento sairia de um viés - fumaça do fumo – e entraria como um
ativista torrencial provocador de mudanças empíricas, iniciadas por estímulos ínfimos, percebidos
por uma eternidade findável, fim este em que nós teríamos ainda algum poder de determinar a sua
direção, mesmo que não totalmente. Dito isso, será feito um destrinchamento sobre a necessidade
de uma espécie de pílula existencial, que é caracterizada como um paliativo social, e quais seriam as
condições existentes no mundo que permitem que a sua voz ecoe tão fortemente; E sendo de
categoria farmacêutica, quem são os pseudomédicos que tem controlado este mercado?

5. Wesley Miranda de Almeida: A prática psiquiátrica a partir de comunidades


marginalizadas: uma abordagem fanoniana.
Terça-feira (24/10) - 16:40 - Auditório 3 Instituto de Biologia
O encontro entre a filosofia e a psiquiatria é indispensável para vislumbrar perspectivas de
cura que respondam aos requintes das formas de sofrimentos psíquicos de nossa época. Fanon, um
psiquiatra colonizado, abriu as portas para se entrever o fim efetivo do pensamento manicomial, dos
sofrimentos psíquicos, e das feridas ainda abertas do colonialismo. A tensa relação entre a loucura e
a liberdade, tantas vezes explorada ao longo da tradição, ao mesmo tempo que passa a ser entendida
a partir do lugar que ocupa na teia da infraestrutura do capitalismo neocolonial de nossos tempos, se
reposiciona: absolve-se a loucura, sentada desde sempre no mesmo banco dos réus que toda e
qualquer manifestação de experiências dissidentes, e se desvela enquanto um clamor pela liberdade.

6. Isabel Medeiros Muller: Simpoiese como heteronomia sem servidão - Consonâncias entre
Vladimir Safatle e Donna Haraway.
Quarta-feira (25/10) - 16:10 - Auditório 3 Instituto de Biologia
O presente artigo visa apontar significativas congruências entre as obras “Crítica da
autonomia – liberdade como heteronomia sem servidão” escrita por Vladimir Safatle, e “Ficar com
o problema – Fazer parentes no Chthluceno” de Donna Haraway. Com intuito de amplificar a
investigação relativa à inviabilidade do antropocentrismo individualista, cara à filosofia
contemporânea, o texto une a prescrição feita por Haraway da impossibilidade de se pensar um
humanismo autopoiético com a argumentação de Safatle acerca do esgotamento do projeto
filosófico moderno de autonomia.

7. João Victor Azevedo Cavalheiro: A Crise da Democracia e o Novo Imaginário Social: A


construção do imaginário social na história da filosofia antiga e medieval.
Segunda-feira (23/10) - 20:00 - Auditório PPGHIS - Módulo 24

Essa pesquisa nasceu do questionamento sobre as origens dos problemas e dos fatos que
contemporaneamente têm levado as democracias ocidentais às crises políticas e econômicas que
podem ser observadas. Antes de tratar dos fatos contemporâneos acerca da crise de um imaginário
político e social, devemos retomar as origens e os fundamentos desses imaginários que conduzem
ainda hoje a maneira de como o ocidente se organiza institucionalmente.

8. Gabriela Malesuik: A natureza lógica do pensamento: aproximações entre Lévi-Strauss e


Hegel.
Quarta-feira (25/10) - 20:00 - Auditório 3 Instituto de Biologia
Nesta comunicação, busco compreender a noção de estrutura em Lévi-Strauss a partir de
suas investigações sobre os sistemas de parentesco e a capacidade classificatória humana. Na
medida em que a antropologia de Lévi-Strauss capacita a disciplina a estudar processos de formação
da identidade social por meio da criação de nexos semânticos com pretensão de objetividade acerca
da realidade, interpreto de quais modos pode-se observar aproximações entre o pensamento de
Lévi-Strauss e a concepção de Hegel de “ideia lógica”.

9. Camila Ribas Vieira: Autoridade democrática: vontade geral ou tirania da maioria?


Segunda-feira (26/10) - 16:40 - Auditório PPGHIS - Módulo 24

Na tradição democrática as decisões coletivas são tomadas a partir da vontade do povo, ou


vontade geral, como conceituada por Rousseau. Contudo, na prática, se usa a vontade da maioria do
povo como parâmetro para as decisões políticas. Desse modo, esse artigo tem como objetivo
diferenciar os conceitos de vontade geral e vontade da maioria, para pensar a possibilidade da
tirania da maioria e as consequências acerca da limitação da soberania e da autoridade democrática
que tais conceitos carregam.

10. Méfis Dias Wolosker: Body Horror - As Fronteiras de Gênero.


Sexta-feira (27/10) - 16:10 - Auditório BSAN

Sobre o Body Horror/Terror Corporal na literatura e no cinema, que compreende a própria


experiência de ter um corpo como traumática; suas fundações filosóficas e suas consequências;
apresentação de algumas histórias relevantes ao conteúdo filosófico e às temáticas de gênero social
(como Frankenstein; Metamorfose, de Kafka; etc.). A experiência de gênero social enquanto Terror
Corporal, em suas múltiplas formas. E uma defesa do abolicionismo de gênero.

11. Fabiana Santana de Oliveira: Os direitos humanos sob uma análise da política como
liberdade em Hannah Arendt.
Quinta-feira (26/10) - 16:50 - Auditório 3 IB

Considerando os acontecimentos do século XX, é possível constatar várias violações de


direitos de diversos grupos. É o caso dos apátridas, que se multiplicaram depois dos impactos
desencadeados pelas duas grandes guerras. Esta situação foi examinada por vários intelectuais,
sendo Hannah Arendt uma das mais importantes. O objetivo desta pesquisa é examinar a relação
entre as ideias de Arendt e as discussões acerca da ideia de direitos humanos, com base em uma
análise de um dos sentidos de política desenvolvido pela autora: a política como liberdade. Para
tanto, foi realizado um estudo filosófico constituído por leituras e análises dos principais textos da
filósofa, bem como de seus comentadores. Diante disso, observou-se que o diagnóstico feito pela
pensadora ainda se aplica às condições de vida de diversos grupos no século XXI, como é o caso,
por exemplo, da situação dos refugiados do campo de Calais, na França.

12. Nicolli Alexandre Galvão: A coisa mais certa de todas as coisas: Teorias contemporâneas
sobre a verdade - correspondência, coerência, pragmatista e deflacionista.
Sexta-feira (27/10) - 16:40 - Auditório BSAN

A teoria correspondentista é colocada em comparação crítica com as teorias deflacionista,


pragmatista e coerentista da verdade. A correspondentista se revela a teoria mais completa. As
outras três tentam derrubá-la, por ser obscura ou por ser ontologicamente inflada, mas fracassam
por não possuírem uma teoria robusta o suficiente. A pragmatista e a coerentista não conseguem se
livrar dos fatos e uma compatibilização à teoria correspondentista é a melhor saída. Já a
deflacionista, ao ferir o princípio da não-identidade entre proposição e fato, não consegue diferençar
uma crença de uma crença verdadeira.
13. Antonio Carlos de Oliveira Aguiar Neto: As ideias dos modos não existentes na Ética de
Espinosa.
Quinta-feira (26/10) - 15:30 - Auditório 3 Instituto de Biologia

Esta apresentação diz respeito a uma pesquisa em andamento, que tem como tema os modos
finitos não existentes presentes na Ética de Espinosa. O trabalho se divide em dois momentos,
primeiramente fazer uma introdução a substância espinosana, e aos conceitos que estão presentes na
Ética I, para no segundo momento podermos tratarmos diretamente da proposição 8 da Ética II para
ter um vislumbre da questão em torno das ideias dos modos não existentes na filosofia de Espinosa.

14. Daniel da Silva Campos: Liberdades em Rousseau: independência, autonomia e não


dominação.
Quarta-feira (25/10) - 16:40 - Auditório 3 Instituto de Biologia

Para Rousseau, a liberdade é inerente ao ser humano no estado de natureza, sendo crucial
em sua formação. Quando o indivíduo transita para o estado social, essa liberdade, que é inevitável
e necessária, precisa sofrer adaptações para se adequar ao contexto político, resultando em três
concepções: independência, não dominação e autonomia. Sendo assim, a pesquisa se concentra em
apresentar esse processo.

15. Igor Bessa dos Reis: Resposta a pergunta: O que é filosofia? - Reflexões sobre o estatuto
da razão na modernidade.
Segunda-feira (23/10) - 16:10 - Auditório PPGHIS - Módulo 24

Esta comunicação visa discutir o tratamento epistemológico dado à filosofia face aos
problemas do projeto metafísico wolffiano de ciência que evidenciava a necessidade de
fundamentar um paradigma próprio à filosofia que não tomasse de empréstimo o aparato
"epistemológico" das ciências puras. Assim, busca-se debater o estatuto da razão moderna a luz do
projeto kantiano de crítica da razão pura, bem como a dimensão autocrítica da razão expressa na
filosofia de Hegel na sua interlocução com Kant.

16. Lucas Rosa: Personalidade elíptica - uma fenomenologia das estratégias borderlines
Quarta-feira (25/10) Auditório 3 IB 3:30

17. Vanessa Di Giorno: Safo de Lesbos


Terça-feira (24/10) - 15:30 - Auditório 3 Instituto de Biologia

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