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Grupos na área da

saúde: um percurso
vivencial reflexivo
O mar é uma unidade?
Daqui, as ondas parecem um
estardalhaço de partes,
que chocalham em forma e
diversidade...
O mar lambe a areia,
A inventa, a compõe com seu
movimento e vitalidade...
Mas esse mar sem a areia,
Esse mar sem a areia?
Em relação, Respire no fluxo natural
Deixe o seu corpo
todas as vidas... balançar suavemente
Movem-se, como uma árvore...
firmam-se,
misturam-se Sinta que esse balançar
Despercebidas... te leva para perto de
um colega da turma...
Como se suas folhas
tocassem as dele...

Deixe essa sensação se ampliar,


como se suas folhas, através das
folhas de quem está perto de você,
tocasse todas as folhas da floresta...
Que histórias podem ser contadas
sobre essa floresta?
“A forma como um grupo se
organiza já representa um
passo em direção aos seus
objetivos” 59

- Do ponto de vista da
configuração dos grupos
no “mundo da vida”;
- Do ponto de vista da
configuração das
intervenções em
dinâmicas de grupo.
Grupos que buscam conhecer (pesquisar):

- demanda externa;
- - não existe o objetivo de mudanças de ideia, crenças e sentimentos e de
trabalhar as relações entre os participantes (exceção pesquisa-ação);
- O grupo recebe um tema e a coordenação orienta-se por um roteiro de
perguntas;
- - podem ser usadas técnicas de dinamização :tempestade de ideias; associação
livre; frases inacabadas; uso de imagens; músicas; quadro de ideias.
- Co-pesquisador;
- Grupo focal – (entre 5 e 12 membros) / de 1 a 3 sessões – autonomia reduzida –
baixa elaboração
Grupos que buscam conhecer ideias, crenças e sentimentos
visando à reflexão, adaptação e/ou mudança, e estimulando
novas aprendizagens

- Reflexões sobre o processo saúde/doença (ampliação da


reflexão);
- Não se limita a conhecer – visa à mudança da realidade
saúde/doença da população;
- Implementar processos educativos – melhorar a comunicação e
a aprendizagem em torno do “problema”;
- Grupos socioeducativos: aumentar o nível de reflexão e
conscientização (Educação Popular);
- Grupos psicoeducativos: visam também que os participantes
reflitam sobre sua experiência;
- Foco de trabalho (Questão previamente definida) – (reflexão
sobre a dimensão da autonomia);
- Até 20 participantes com maior homogeneização
- Podem funcionar com número pequeno de sessões ou sendo
mais longo. Podem ser também permanentemente abertos e
admitindo rotatividade.
- Coordenador / educador
- Porquê?
Grupos operativos (conhecer, refletir, estimular novas aprendizagens e
mudanças e à operatividade e autonomia)

- Comunicação entre os pares, autonomia, comprometimento pessoal e


interpessoal;
- Tem um foco mais amplo – abre a reflexão em torno de seu foco, possibilita o
exame de temas relacionados, permite o aprofundamento;
- Envolvimento do grupo, participação dos membros;
- Inter-relação entre fatores objetivos e subjetivos;
- Não apenas compreender suas condições de saúde/doença mas dar respostas
criativas;
- A aprendizagem envolve elaboração de significados, sentimentos e relações;
- Coordenador como co-pensador/co-operador/mediador
- Elaboração da experiência, em grupo e no contexto;
- Combinar o desenvolvimento do grupo e sua criatividade na realização da tarefa
e na reflexão
- Grupos pequenos (Até 12)
- Baixa rotatividade (embora se busque a flexibilidade)
- Grupos heterogêneos
- Duração variável (de 7 a 15 encontros);
Grupos que trabalham sobre os conflitos psíquicos (terapia de grupo)

- Mais ênfase aos processos psíquicos do que educacionais ou relacionais (reflexão);


- Profundidade;
- Podem ter um foco e geralmente quando o tem são chamados de terapia breve;
- Deixar emergir o material a ser trabalhado;
- Grau de autonomia amplo e estrutura aberta;
- Função educativa do coordenador reduzida; função terapêutica ampliada;
- 5 a 6 participantes (baixa rotatividade) – heterogeneidade;
- Duração variável – depende do desejo do grupo
- Perguntas (Para quê? Como?)
O que se busca:

“Uma metodologia que favoreça a


utilização de grupos na área da saúde
com finalidade educativa e participativa,
visando ao autocuidado e à elaboração
de questões de saúde e doença com foco
e contextos específicos” (AFONSO, 2006,
p. 66
A OFICINA

- A oficina não se situa como grupo focial ou “grupo de terapia;


- é possível prepara uma oficina como se fosse um grupo socioeducativo e/ou
psicoeducativo, desde que mentanha-se o foco e enfatize-se a dimensão pedagógica;
- Mas a lógica da oficina se aproxima mais do grupo operativo;
- Mesmo que a oficina não se constitua em grupo de terapia, recebe contribuições
teóricas e metodológicas desse campo;
- Orienta uma dimensão mais avançada, mas que contém princípios básicos que
permitem a adaptação para algo mais focado, de menor alcance;
- Trabalho estruturado, independente do número de encontros, focalizado em torno de
uma questão central que o grupo se propõe a elaborar (tempo e processo para chegar
à questão);
- Elaboração ampla (não só racional, mas do pensar, sentir e agir);
- Usa informação e reflexão, mas trabalha também com os significados afetivos e as
vivências;
- Se limita a um foco e não pretende focar na análise psíquica profunda;
Referência:


Da floresta ao caminho

Como tem sido caminhar por


essa estrada?

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