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A questão da homossexualidade tem sido um tópico de discussão e debate ao longo da

história, e as opiniões divergentes a respeito desencadearam muitas controvérsias. Uma figura


que gerou uma polêmica significativa é a psicóloga Rozângela Alves Justino, cuja visão sustenta
a possibilidade de “cura” da orientação sexual de indivíduos gays, o que provocou reações
acaloradas e levou a sua cassação pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). Este ensaio busca
examinar essa perspectiva abordando os contextos éticos abordados em aula.

Rozângela Alves Justino é conhecida por seu posicionamento que propõe a possibilidade de
“tratamento” ou “cura” da homossexualidade. Ela argumenta que a orientação sexual é uma
questão passível de transformação, utilizando uma abordagem psicoterapêutica para atingir
esse objetivo. Essa posição, entretanto, é amplamente contrariada por consensos científicos e
éticos vigentes na comunidade psicológica. A controvérsia em torno das afirmações de
Rozângela Alves Justino reflete um conflito entre visões divergentes. Enquanto alguns grupos a
apoiam por considerarem sua opinião alinhada a crenças religiosas ou valores tradicionais,
muitos profissionais da saúde mental e ativistas LGBT+ argumentam que a visão dela carece de
fundamentação científica e é potencialmente prejudicial. O Conselho Federal de Psicologia
(CFP), órgão regulador da profissão no Brasil, tomou uma postura firme ao proibir qualquer
abordagem que promova a “cura” da homossexualidade, em conformidade com consensos
internacionais.

Sua declaração de que “não separa suas crenças religiosas de sua atuação” levanta questões
importantes sobre a ética e a responsabilidade profissional no campo da psicologia. A ética
profissional exige que os psicólogos forneçam serviços baseados em evidências científicas e
respeitem os direitos e a dignidade de todos os indivíduos, independentemente de sua
orientação sexual. Ao trazer suas crenças religiosas para sua prática profissional, Rozângela
Alves Justino suscita preocupações sobre a possibilidade de que essas crenças possam
influenciar negativamente seu julgamento clínico, levando a tratamentos inapropriados ou
prejudiciais para pacientes LGBT+. Além disso, comparações inadequadas de Rozângela Alves
entre homossexualidade e transtornos de preferências sexuais têm o potencial de perpetuar
estigmatização e discriminação, além de enfraquecerem o entendimento científico e ético e,
por fim, trazer danos para a comunidade.

A visão controversa de Rozângela Alves Justino sobre a “cura” da homossexualidade ilustra o


desafio de reconciliar crenças individuais com consensos científicos e éticos. Enquanto a
liberdade de expressão é importante, as ações do Conselho Federal de Psicologia refletem um
compromisso mais amplo com a proteção da saúde mental e o respeito aos direitos humanos.
O debate em torno dessa questão enfatiza a necessidade contínua de considerar os aspectos
científicos, éticos e humanitários quando se aborda temas tão sensíveis e complexos como a
orientação sexual.

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