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Imunidade inata:

1) Reconhecimento de micróbios e receptores de reconhecimento de componentes celulares do sistema imunitário


inato:
A imunidade inata detecta padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) por meio de receptores de
reconhecimento de padrões (PRRs), como os receptores tipo Toll (TLRs) e receptores de nucleotídeos cíclicos (NLRs)
em células imunes.

2) Reconhecimento solúvel e moléculas efetoras de imunidade inata:


Moléculas solúveis, como pentraxinas e colectinas, podem ligar-se a PAMPs, assim como citocinas, como interferons
e interleucinas, que regulam a resposta imune.

3) A resposta inflamatória:
É desencadeada pela detecção de patógenos ou danos teciduais, envolvendo liberação de mediadores inflamatórios
que aumentam o fluxo sanguíneo, recrutam células imunes e promovem a eliminação de patógenos.

4) Células do sistema imunológico:


Incluem macrófagos, células dendríticas, neutrófilos, células natural killer (NK) e células epiteliais, importantes na
detecção e eliminação de patógenos.

5) Anatomia e funções dos tecidos linfoides:


Baço, gânglios linfáticos e tecido linfoide associado à mucosa (MALT) são locais essenciais para a ativação e
regulação da resposta imune.

6) Migração:
As células imunes migram dos locais de infecção para os tecidos linfoides, onde interagem com outras células do
sistema imunológico e iniciam uma resposta coordenada. Isso é mediado por moléculas de adesão e quimiocinas.

Imunidade adaptativa, com foco na ativação e diferenciação dos linfócitos:

1) Características cardinais das respostas imunitárias adaptativas:


As respostas imunes adaptativas são altamente específicas para antígenos e exibem memória imunológica,
permitindo uma resposta mais rápida e eficaz em exposições subsequentes ao mesmo antígeno.

2) Circulação linfocitária:
Os linfócitos circulam pelo sistema linfático e pelo sangue, migrando entre os tecidos linfoides, onde interagem com
antígenos e outras células do sistema imunológico.

3) Ativação e diferenciação linfocitária:


A ativação dos linfócitos ocorre quando seus receptores específicos reconhecem um antígeno. Isso desencadeia
uma cascata de eventos que leva à sua proliferação e diferenciação em células efetoras.

4) O complexo TCR e a sinalização das células T:


O complexo do receptor de células T (TCR) reconhece antígenos apresentados por moléculas do complexo principal
de histocompatibilidade (MHC) nas células apresentadoras de antígenos (APCs), desencadeando a ativação das
células T por meio de sinalização intracelular.

5) Respostas funcionais dos linfócitos T:


Durante a ativação, as células T sofrem alterações em suas moléculas de superfície, secretam interleucina-2 (IL-2) e
expressam o receptor de IL-2 (IL-2R), resultando na expansão clonal das células T.

6) Diferenciação e funções das células T CD4+:


As células T CD4+ podem diferenciar-se em diferentes subtipos de células T auxiliares (Th), como Th1, Th2, Th17 e T
reguladoras (Tregs), cada uma com funções específicas na modulação da resposta imune.

7) Diferenciação e funções das células T efetoras CD8+:


As células T CD8+ efetoras são citotóxicas e destroem células infectadas por vírus ou células tumorais. Elas
reconhecem antígenos apresentados em moléculas de MHC classe I e secretam citocinas para modular a resposta
imune.
8) Subpopulações B: Reconhecimento do antígeno e ativação B:
Os linfócitos B reconhecem antígenos por meio de seus receptores de anticorpos de superfície (BCR). A ativação
dos linfócitos B ocorre quando o BCR se liga ao antígeno e é auxiliado por células T CD4+.
9) Ativação dependente das células Th: Sequência de eventos durante as respostas humorais dependentes
das células T - Papel do CD40L:CD40; papel das quimiocinas:
As células T auxiliares CD4+ desempenham um papel crucial na ativação de células B. A interação entre CD40L nas
células T e CD40 nas células B é essencial para a ativação e diferenciação dos linfócitos B. Além disso, as
quimiocinas auxiliam na migração das células B para os locais apropriados de ativação.
10) Interação B e T na ativação da célula B, Th-Dependente: ativação extrafolicular da célula B e Centros
Germinais: Troca de Isótipo de Cadeia Pesada (Classe) e Maturação por Afinidade:
Após a ativação, as células B podem passar por duas vias distintas de diferenciação: ativação extrafolicular, que
ocorre fora dos folículos linfoides, e formação de centros germinativos dentro dos folículos linfoides. Nestes
centros, ocorre a troca de isótipo de anticorpos e a maturação por afinidade, resultando em uma resposta mais
eficaz.
11) Visão geral e funções dos anticorpos: estrutura das Igs:
Os anticorpos, ou imunoglobulinas (Igs), são proteínas secretadas pelos linfócitos B após sua ativação. Eles
possuem uma estrutura composta por quatro cadeias polipeptídicas, formando uma unidade Y. Os anticorpos têm
diversas funções, incluindo neutralização de antígenos, opsonização de patógenos para fagocitose, ativação do
sistema complemento e facilitação da citotoxicidade mediada por células.

Imunização Ativa e Vacinas:

• A imunização ativa envolve a indução de uma resposta imune pelo próprio sistema imunológico do
indivíduo.
• As vacinas são agentes utilizados para induzir imunidade específica contra patógenos. Elas podem conter
antígenos atenuados (enfraquecidos), inativados (mortos), purificados ou de subunidades, e até mesmo antígenos
sintéticos, que mimetizam os componentes do patógeno.
• As vacinas atenuadas contêm formas enfraquecidas do patógeno, enquanto as vacinas inativadas contêm
patógenos mortos. As vacinas de subunidade contêm apenas partes específicas do patógeno, como proteínas de
superfície.
• As vacinas são projetadas para estimular a resposta imune adaptativa, promovendo a produção de
anticorpos e a ativação de células imunes específicas para combater o patógeno.

Adjuvantes e Imunomoduladores:

• Adjuvantes são substâncias adicionadas às vacinas para aumentar e direcionar a resposta imune. Eles
funcionam melhorando a apresentação do antígeno às células do sistema imunológico e aumentando a resposta
imune.
• Os adjuvantes mais comuns incluem compostos à base de alumínio e emulsões de óleo. Eles podem ajudar
a prolongar a atividade do antígeno e aumentar a produção de anticorpos.
• Além dos adjuvantes, os imunomoduladores são substâncias que podem modular a resposta imune de
várias maneiras, promovendo ou suprimindo a atividade imune conforme necessário.

Imunização Passiva:

• A imunização passiva envolve a administração de anticorpos específicos para um patógeno ao invés de


induzir a produção desses anticorpos pelo próprio sistema imunológico do indivíduo.
• Isso pode ser feito através da administração de soro ou imunoglobulinas contendo anticorpos específicos
para o patógeno.
• A imunização passiva proporciona proteção imediata, mas temporária, uma vez que os anticorpos
administrados gradualmente são eliminados do organismo.
• É frequentemente utilizada em situações de emergência, como exposição a toxinas ou vírus, ou em
indivíduos imunocomprometidos que não podem receber vacinas.
Hipersensibilidades: Mecanismos e Classificação das Reações de Hipersensibilidade:

• As reações de hipersensibilidade são respostas imunológicas exageradas a antígenos, classificadas em


quatro tipos principais (I, II, III e IV), baseadas nos mecanismos imunológicos e no tempo de resposta.

Doenças Causadas por Anticorpos:

• Algumas doenças são causadas pela produção de anticorpos contra antígenos presentes nas próprias
células ou tecidos do corpo. Exemplos incluem doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico e artrite
reumatoide.

Hipersensibilidade de Tipo I:

• A hipersensibilidade de Tipo I, também conhecida como reação de hipersensibilidade imediata, é


mediada pela liberação de histamina e outras substâncias inflamatórias em resposta à exposição a um alérgeno.
• A produção de IgE é central nesse tipo de resposta. Anticorpos IgE específicos para o alérgeno são
produzidos após exposição prévia e se ligam a receptores de alta afinidade em mastócitos e basófilos.
• A ativação das células T auxiliares (Th) e a produção de citocinas, como IL-4, desempenham um papel
crucial na ativação das células B e na troca de classe para IgE.
• Quando o alérgeno entra novamente em contato com o organismo, ele se liga aos anticorpos IgE ligados
aos mastócitos e basófilos, desencadeando a liberação de mediadores inflamatórios, como histamina, que
causam os sintomas alérgicos.

Doenças Mediadas por Imunocomplexos:

• Nas doenças mediadas por imunocomplexos, os antígenos e os anticorpos se ligam formando complexos
imunes. Estes podem se depositar nos tecidos, levando à inflamação e danos. Exemplos incluem a
glomerulonefrite pós-estreptocócica e a artrite reumatoide.

Hipersensibilidade Tipo IV ou Retardada:

• A hipersensibilidade Tipo IV é mediada por células T, ao contrário dos outros tipos que são mediados por
anticorpos.
• Envolve uma reação imunológica tardia, ocorrendo horas a dias após a exposição ao antígeno.
• As células T CD4+ e CD8+ reconhecem o antígeno e ativam citocinas e outras moléculas inflamatórias,
levando à inflamação e danos nos tecidos.
• Exemplos incluem a dermatite de contato e a reação de hipersensibilidade a transplantes.

Compreensão dos mecanismos pelos quais os micróbios podem escapar do sistema imunológico “ESCAPE”:

1. Evasão da detecção inicial: Micróbios podem evadir a detecção pelo sistema imunológico através de várias
estratégias, como a modificação de suas superfícies para não serem reconhecidos por receptores de
reconhecimento de padrões (PRRs) da imunidade inata.

2. Supressão da resposta imune: Alguns micróbios desenvolvem mecanismos para suprimir a resposta imune,
como a produção de substâncias que inibem a função das células imunes ou a indução de células regulatórias
que limitam a atividade das células efetoras.

3. Evasão da resposta adaptativa: Micróbios podem evitar a resposta imune adaptativa, como a mutação frequente
de antígenos de superfície, tornando difícil para o sistema imunológico reconhecê-los consistentemente.

4. Mimetismo molecular: Alguns micróbios podem imitar moléculas do próprio organismo hospedeiro, tornando-se
menos reconhecíveis pelo sistema imunológico ou até mesmo desencadeando respostas autoimunes.

5. Intrusão em células hospedeiras: Certos micróbios têm a capacidade de invadir e residir dentro das células
hospedeiras, onde podem escapar da detecção do sistema imunológico.

6. Formação de biofilmes: Alguns micróbios podem formar biofilmes resistentes que protegem contra a ação dos
componentes do sistema imunológico e antibióticos.
Citocinas:

• As citocinas são proteínas de sinalização secretadas pelas células do sistema imunológico que
desempenham papéis importantes na regulação e coordenação da resposta imune.
• Elas podem ser classificadas em diferentes grupos, como citocinas pró-inflamatórias, citocinas anti-
inflamatórias, citocinas reguladoras e fatores de crescimento.

Citocinas da Imunidade Inata:

• Na imunidade inata, as citocinas desempenham um papel crucial na detecção de patógenos e na indução


da resposta imune inicial.
• Exemplos de citocinas da imunidade inata incluem interleucina-1 (IL-1), interleucina-6 (IL-6), fator de
necrose tumoral alfa (TNF-α) e interferons.

Ações Locais e Sistêmicas das Citocinas na Inflamação:

• As citocinas têm ações tanto locais quanto sistêmicas durante a inflamação.


• Localmente, elas aumentam a permeabilidade vascular, atraem células imunes para o local da inflamação e
promovem a ativação dessas células.
• Sistemicamente, elas podem causar febre, induzir a produção de proteínas de fase aguda e alterar a
produção de células sanguíneas na medula óssea.

Propriedades e Desenvolvimento das Subpopulações TH1, TH2 e TH17:

• As subpopulações de células T helper (TH) desempenham papéis específicos na regulação da resposta


imune.
• TH1 está associada à resposta imune celular e à produção de citocinas como interferon-gama (IFN-γ) e
interleucina-2 (IL-2).
• TH2 está associada à resposta imune humoral e à produção de citocinas como interleucina-4 (IL-4),
interleucina-5 (IL-5) e interleucina-13 (IL-13).
• TH17 está associada à resposta imune contra patógenos extracelulares e à produção de interleucina-17
(IL-17) e interleucina-22 (IL-22).
• O desenvolvimento dessas subpopulações é influenciado pelo ambiente microscópico e por sinais
provenientes de outras células imunes. Por exemplo, a diferenciação de TH1 é induzida pela presença de IL-12,
enquanto a de TH2 é induzida por IL-4.

Processamento do complexo de histocompatibilidade principal (MHC) e a apresentação de antígenos:

MHC Classe I ou Via Endógena/Citosólica de Apresentação:


- O MHC classe I é expresso em todas as células nucleadas do corpo.
- Este caminho de apresentação envolve a exibição de fragmentos de proteínas endógenas, geralmente derivadas de
proteínas citosólicas, como proteínas virais ou proteínas celulares infectadas por vírus intracelulares.
- As proteínas são degradadas no citosol pelas proteínas proteassoma e o complexo resultante é transportado para o
retículo endoplasmático, onde os fragmentos peptídicos se ligam ao MHC classe I.
- Os complexos peptídeo-MHC classe I são então transportados para a superfície celular, onde são apresentados às
células T CD8+ (células T citotóxicas).

MHC Classe II ou Via Exógena ou Endossômica de Apresentação de Proteínas Vesiculares:


- O MHC classe II é expresso principalmente em células apresentadoras de antígenos (APCs), como células
dendríticas, macrófagos e células B.
- Este caminho de apresentação envolve a exibição de fragmentos de proteínas exógenas, geralmente derivadas de
proteínas fagocitadas ou endocitadas do ambiente extracelular.
- As proteínas são fagocitadas pelas células APC e degradadas em vesículas endossômicas. Os fragmentos
peptídicos resultantes se ligam ao MHC classe II no interior dessas vesículas.
- Os complexos peptídeo-MHC classe II são então transportados para a superfície celular, onde são apresentados às
células T CD4+ (células T auxiliares).

Apresentação Cruzada de Antígenos e Cross-Priming:


- A apresentação cruzada de antígenos refere-se à capacidade das APCs de apresentar antígenos exógenos via MHC
classe I, ativando células T CD8+.
- O cross-priming é um mecanismo pelo qual as APCs apresentam antígenos exógenos às células T CD8+, induzindo
uma resposta imune celular específica contra patógenos que não infectam diretamente as células apresentadoras de
antígenos.

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