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Pós JOSI
Pós JOSI
Trabalho apresentado à
Disciplina
Bases Psicogenéticas na Educação
Professora: Iandara David
Turma: ICA 20
Aluna: Josinete Matos Pereira
Niterói
2010
“Nos tempos atuais, falar de aprendizagem e negligenciar os mecanismos cerebrais
responsáveis pelo ato de aprender, conservar, recuperar e associar conhecimentos,
significa desconsiderar um dos principais componentes responsáveis pelo processo
evolutivo humano. Não há como negar a importância do funcionamento mental como
base para a aprendizagem.” (...)
“A aprendizagem pode ser vista como um processo pelo qual o cérebro reage a
estímulos ou demandas do ambiente, transformando-se e permitindo uma atuação do
indivíduo no mundo em que vive. Promover situações que facilitem a aprendizagem,
fornecer os estímulos adequados ao cérebro em formação, sempre considerando o seu
desenvolvimento e maturação, é função daqueles que se preocupam e atuam
diretamente com a aprendizagem.”
Luiz Zorzi
PERGUNTAS:
RESPOSTA:
As crianças já nascem sabendo. Antes, eles vinham até nós, hoje somos nós que vamos
até eles.
Toda a construção deve passar pelo processo crítico, fazendo com que o
indivíduo/sujeito possa inovar, inventar, descobrir, transformar, onde se descobre com
novos conceitos e se transforma em sua totalidade, sendo um sujeito cognoscente. Sua
construção para a sociedade se dá de forma TRANSFORMADORA, pois o outro
aprende com a interação, com a troca com o outro.
Para construir um saber, é importante que o sujeito /indivíduo passe por quatro passos:
1º passo – A INGENUIDADE – onde a pessoa nem sabe que não sabe, não tem
consciência do erro
2º passo – A DESCOBERTA – a pessoa sabe que não sabe e tem oportunidade de
aprender, busca meios de aprender, onde tem a curiosidade do novo. Associada a esses
dois atributos, a descoberta e a curiosidade, surge a criatividade.
3º passo – O APRENDIZADO – a pessoa são sabe que sabe. Adquiri conhecimento,
onde confere uma sensação de poder, alimentando, indiretamente, o orgulho natural de
saber.
4º passo – A SABEDORIA – a pessoa nem lembra que sabe. Seu saber é incorporado
como algo natural. Passando a pertencer ao seu comportamento. Agindo sem precisar
pensar.
Por fim, a escola tem um importante papel, que é aproveitar o potencial de inteligência
de seus alunos para a conquista do sucesso no processo de aprendizagem. Os
professores são os principais agentes, através do desenvolvimento de projetos de
interesse para a realização do ensino e aprendizagem. Quando Compreendem que a
aprendizagem envolve várias dimensões do cognitivo, social e afetivo adotam uma
ação mais competente, levando em conta a influência das emoções para o
desenvolvimento na construção do conhecimento.
“Educação é muito mais do que transmitir conhecimento e habilidades por meios dos
quais se atingem objetivos limitados. É também abrir os olhos das crianças para as
necessidades e direitos dos outros. Precisamos mostrar às crianças que suas ações têm
uma dimensão universal.
E precisamos encontrar uma forma de estimular seus sentimentos naturais de empatia
para que venham a ter uma noção de responsabilidade afetiva em relação aos outros.
Pois é isto que nos motiva a agir”.
"Ser educador é ser um poeta do amor. Educar é acreditar na vida e ter esperança no
futuro. Educar é semear com sabedoria e colher com paciência."
Augusto Cury
(2) Selecionar 2 situações em que permita ser identificado o
processo de autonomia (moral e intelectual), em diferentes
momentos e em diferentes idades, identificando: Que tipo de
relação? Qual a hipótese?
No intuito de responder essa pergunta, recorro à obra O julgamento moral na criança
(Piaget, 1994) e a textos de quem difunde Piaget entre nós. E penso que, um bom
começo é deixar claro qual era o campo de estudo de Piaget. Sobre isso, ele próprio
afirma:
“Não será nem um utilitarismo nem um amoralismo nem uma ciência dos costumes,
no sentido estrito da palavra, mas uma moral do altruísmo, correspondendo às
aspirações mais altas da consciência humana” (Piaget apud Freitas, 2003, p. 56)
Encaminhamento:
De: Serviço de Orientação Educacional da Escola Maria Zulmira Ferraz.
Aluna: Geovana Muniz
Motivo: Duas reprovações sucessivas e estar começando um novo ano
com notas muito baixas, sem perspectivas de melhora.
Dia da consulta – 10/07/2010
No âmbito familiar, a jovem não sabia colocar toda sua postura, pois não era ouvida
pelos pais em uma situação espontânea.
No ponto de vista psicopedagógico, esse relato, representam diferentes pontos nas
relações da família com o trabalho escolar. Tais como: valorização, apoio e atenção à
execução de tarefas doméstica, nível de exigência e forma de cobrança do produto
escolar, sentimento da adolescente em relação a essa situação e a escolha da escola.
A partir desses pontos, discutiram-se o nível de competência dos pais em determinar
limites sociais gerais, a margem de liberdade de ação de Geovana, os horários
compatíveis com a sua idade, as culpas vivenciadas pelos pais, suas expectativas de
produção escolar dos filhos e de futuro profissional, a forma de se fazerem as cobranças
e as dificuldades da mãe.
Geovana analisou com bastante seriedade seu pouco investimento anterior na
aprendizagem escolar, seu desejo atual de assumir um novo compromisso com a escola,
suas reações agressivas com relação aos pais por meio da escola, seu desejo de dispor de
tempo para definir melhor suas responsabilidades nas diferentes situações de vida.
Encerrou-se o diagnostico assim, combinando-se um novo encontro para o final do
semestre escolar. Constatou-se, nesse segundo momento, que o desempenho escolar de
Geovana fora médio em relação à turma, satisfazendo suas próprias expectativas e as de
seus pais.
Este é um caso típico de adolescente SEM PROBLEMA DE APRENDIZAGEM, mas
com FRACASSO ESCOLAR que era motivo de preocupação. O fato de não querer
aprender e produzir prendia-se a uma relação á família e também à autoridade escolar.
Geovana expressava conflitos típicos do adolescente na busca de autonomia, mas com
medo da independência: “me olha” “me deixa”. Se isso não é compreendido pela
família e pela escola, corre-se o risco de um agravamento da situação, acarretando mais
reprovações com deterioração do vínculo com a aquisição do conhecimento.