Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BIBLIOLOGIA
BIBLIOLOGIA
Professor:
Aluno:
INTRODUÇÃO BÍBLICA
1. Registro da Revelação: Revelação é o meio pelo qual Deus se fez conhecido aos homens e comunicou os seus
propósitos. O homem não era capaz de chegar ao conhecimento de Deus pelo seu próprio raciocínio ou pelos
recursos que lhe eram peculiares.
2. Por intermédio da revelação Deus comunicou aos homens os seus propósitos isto é, tudo aquilo que ele tinha
planejado em relação ao próprio homem, o exemplo desses propósitos é a redenção de toda a humanidade.
3.A Revelação Divina pode ser classificada de acordo com os seus destinatários em três espécies:
a) Revelação geral que se destina a todos os homens e que é feita através da natureza e da consciência do
homem (Sal. 19).
b) Revelação particular esta é a revelação feita a uma ou algumas pessoas, de maneiras diversas, sem o objetivo
de universalização que só indiretamente poderia ser útil a outros indivíduos (Neem. 2:2).
c) Revelação especial esta revelação inclui as duas espécies anteriores. É uma revelação destinada a todos os
homens, utilizando-se de elementos particulares. Generalizando os fatos que antes eram de conhecimento de
apenas algumas pessoas. Essa espécie de revelação feita por intermédio da Bíblia e da pessoa de Cristo.
4. A constituição da Bíblia:
A palavra “Bíblia” significa coleção de livros ou simplesmente “Livros”. Falando da nossa Bíblia, esta é composta
por 66 livros que registram a revelação especial aos homens. Para que a Bíblia fosse escrita, Deus usou como
instrumentos os próprios homens, Deus usou como instrumento, profetas, sacerdotes, juízes, e reis, além de
outros servos, para tornar-se bem conhecido deles e através fazer-se conhecido da humanidade inteira. Deus
não só convocou esses homens como também os inspirou para efetuação do fim que tinha em vista. Qual seja a
composição da Bíblia, a palavra “inspiração” etimologicamente significa (theopneustos) “sopro de Deus”, Deus
usou os homens, dando a estes a necessária capacidade e direção para que não fugissem dos seus propósitos.
Assim, Deus não mandou do céu a Bíblia escrita nem a ditou palavra por palavra nem tão pouco pegou a mão
dos seus servos para escrevê-la, mas orientou por intermédio do Espírito Santo que se uniu ao espírito do
homem na produção da Bíblia.
O autor por excelência da Bíblia é o Espírito Santo:
a) Como prova da inspiração da Bíblia podemos citar os seguintes fatos: -Os próprios autores não negam que
foram inspirados (Gal.1:11-12)
-A inerrância da Bíblia.
-A unidade que a Bíblia forma não obstante ter sido escrita por aproximadamente 40 autores em tempos,
lugares e circunstâncias diferentes, ela apresenta uma perfeita unidade entre os seus livros.
-Há existência na Bíblia de verdades que os homens por si mesmo não poderiam descobrir.
-O testamento de Jesus acerca da Bíblia (Lc. 24:27). -A experiência das próprias pessoas com a Bíblia, e ainda
outros fatos.
b) A Bíblia divide-se em duas partes principais: Antigo Testamento e Novo Testamento.
c) O Antigo Testamento apresenta as leis de Deus, antes da vinda de Jesus Cristo, ou seja, a encarnação do
Messias, a composição dos livros do A.T. abrange um período de 1600 anos.
d) O N.T. apresenta o nascimento, batismo, o ministério de Jesus, bem como seus ensinos concernentes à
salvação dos crentes e o castigo dos incrédulos. Apresentam ainda a organização e a finalidade da igreja, seus
oficiais, sua história nos primeiros anos de existência. O ensino exemplo dos apóstolos e as profecias sobre a
volta de Cristo e o fim do mundo.
5. Divisões do Antigo Testamento
a) Pentateuco (os 5 livros da Lei).
-Gênesis -Êxodo -Levítico -Números -Deuteronômio
b) Livros históricos -Josué -Juízes -Rute -I Samuel -II Samuel -I Reis -II Reis -I Crônicas -II Crônicas -Esdras
-Neemias -Ester
c) Livros poéticos -Jó -Salmos -Provérbios -Eclesiastes -Cantares de Salomão
d ) Livros dos profetas maiores -Isaías -Jeremias -Lamentações de Jeremias -Ezequiel -Daniel
e ) Livros dos profetas menores -Oséias -Joel -Amós -Obadias -Jonas -Miquéias -Naum
-Habacuque -Sofonias -Ageu -Zacarias -Malaquias
6 . Divisões do N.T.
a) Os Evangelhos -Mateus -Marcos -Lucas -João
b) Livros históricos -Atos
c) Epístolas -Aos Romanos -I Coríntios -II Coríntios -Aos Gálatas -Aos Efésios -Aos Filipenses -Aos Colossenses -I
Tesalonisenses -II Tesalonisenses -I Timóteo -II Timóteo -Tito -Filemom -Aos Hebreus -Tiago -I Pedro -II Pedro -I
João -II João -III João -Judas
d) Livro profético -Apocalipse
A BÍBLIA HEBRAICA
1. São popularmente conhecidos dois tipos de Bíblias: a Bíblia católica e a Bíblia protestante. Sobre as diferenças
entre uma e outra, veremos depois. O que nos interessa no momento é a existência de um outro tipo de Bíblia
que não é muito conhecido e que é de real importância para nós – A Bíblia Hebraica.
2. Diferença entre a Bíblia Hebraica e as versões Cristãs da Bíblia, ou seja, Bíblia Católica ou Protestante:
a) Diferença Fundamental – Esta diferença consiste no fato da Bíblia Hebraica não conter o N.T., uma outra
diferença fundamental existe apenas entre a Bíblia Hebraica e a católica, pelo fato da Bíblia católica conter mais
livros no A.T. do que a Bíblia hebraica. São os assim chamados livros apócrifos ou deuterocanônicos.
b) Diferença Superficial – Esta diferença consta da divisão do A.T. Já vimos que o A.T. em nossa Bíblia está
dividido por assuntos que por sua vez reúne os livros em grupo ou em coleção, que são: o Pentateuco; Livros
Históricos; Poéticos; Profetas Maiores; e Profetas Menores. A Bíblia hebraica é composta pelos mesmos livros
que existem no A.T. da nossa bíblia, no entanto, ela adota uma divisão mais simples do que as geralmente
conhecidas.
b.1) São as divisões da bíblia hebraica as seguintes: lei (Pentateuco), que se compõe dos livros escritos por
Moisés: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. -Profetas: (Nebiin). Esta divisão dá a seguinte
subdivisão: Profetas anteriores ou profetas antigos (que escreveram a história que vai da morte de Moisés ao
fim do reino)
– Josué, Juízes, Samuel e Reis. I e II Samuel constitui um só livro e os livros de Reis e Crônicas também formam
um só volume.
-Profetas Posteriores (Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze profetas menores).
-Escritos (Ageógrafos) – Nesta divisão estão todos os demais livros que conhecemos como históricos e poéticos
incluindo também o livro de Daniel que era considerado livro histórico.
3. Os originais do Antigo Testamento
Os líderes religiosos dos judeus conservavam com muito cuidado os originais, ou seja, os livros escritos pelas
mãos dos homens inspirados por Deus. “A Arca” por exemplo trazia consigo além da vara de Arão, que floresceu,
um pouco de maná colhido no deserto e as tábuas da lei. De igual modo os demais escritos sagrados eram
cuidadosamente guardado no templo.
a) Os originais não mais existem, com as constantes invasões sofridas por Jerusalém e conseqüentes
vasculhamentos e destruições do templo, os manuscritos originais foram destruídos.
b) Existem cópias dos originais, essa é a razão por que discutimos hoje sobre os originais mais autênticos ou
mais antigos na verdade, não há mais originais antigos e nem modernos; há isso sim, cópias mais ou menos
antigas. Essas cópias são denominadas manuscritos por terem sido escritas a mão. O nome manuscrito é usado
abreviadamente pelas siglas (MS) singular, (MSS) plural.
c) Os manuscritos do Mar Morto (QUMRAN). A partir do ano de 1955, houve uma verdadeira evolução no
mundo dos manuscritos, com alguns rolos descobertos à margem do Mar Morto, ou seja das margens do Mar
Morto até as regiões chamadas QUMRAN, daí serem chamados também MSS de (QUMRAN). Os primeiros rolos
foram descobertos por camponeses em uma caverna próxima ao Mar Morto. Daí os arqueólogos resolveram
pesquisar a região completando a descoberta de valiosos manuscritos considerados mais antigos.
4. Os Copistas
Foram os homens que se encarregaram da tarefa de copiarem os originais. A Bíblia, isto é, a palavra de Deus,
não tinha ou não havia qualquer erro ou engano, porém muitos copistas erraram no ato de transcrever os
manuscritos. O que trouxe algumas dificuldades futuras na tradução dessas cópias ou MSS. Os erros não eram
tão graves, constava apenas do acréscimo de letras em algumas palavras, da omissão de letras em outras
palavras, da troca em outras bem como da colocação de uma palavra em linha contrária.
a) ”Os Soferins” foram homens da classe dos copistas (escribas) que se dispuseram a fazer um estudo em
profundidade dos MSS. E corrigiram assim os possíveis erros. Para isso eles liam as cópias, contavam os
versículos, as linhas, as palavras, e as letras, confrontando depois cópias com cópias. Desse modo, é que temos
hoje MSS, escoimados desses mencionados erros. O estudo e correção dos MSS, como de qualquer texto,
denomina-se crítica textual ou baixa crítica. É a ciência que tem como objetivo corrigir os erros e como método,
leitura comparada. Os soferins começaram no tempo de Esdras (400 a.C) chegaram até o ano 200 d.C. Fazia
emprego da crítica textual para conservar a originalidade das Escrituras.
5 Os Massoretas; estes foram outro grupo de copistas que introduziram nos MSS o sistema de acentos
tradicionais da língua hebraica; conservando-nos MSS. Os sons vocálicos para preservação da pronúncia, foram
críticos textuais que existiram do ano 500 ao 950 a.C.
O NOVO TESTAMENTO
1. O significado do novo testamento: A palavra testamento vem do grego “diatheke” que significa pacto, mas um
testamento não é um pacto qualquer é um pacto especial do Senhor. Ainda hoje, no âmbito jurídico, um
testamento se reveste de formalidade que não são exigidas para os outros tipos de contratos. Quanto aos pactos
antigos, também tinham as suas formalidades; eram atos solenes, uma das formalidades dos antigos pactos
consistia na exigência de serem selados com o sangue, o Antigo Pacto ou Antigo Testamento foi selado com
sangue de animais. O pacto exigia também a mediação de alguém quando estivesse para ser celebrado entre as
duas partes sem litígios. Por fim, um Testamento só tem efeito depois da morte do testador. Por essa razão o
Antigo Pacto é impropriamente chamado de Antigo Testamento pelo fato de não ter ocorrido a morte do
testador. Quanto ao testamento, preencheu todas as exigências. Foi selado com sangue e ocorreu a morte do
testador. O Novo Testamento é, portanto a Renovação do Antigo Pacto ou Antigo Testamento. Os defeitos do
Antigo concerto foram concertados no Novo; foram corrigidos.
2.O Cânon do Novo Testamento
– Nos dias de Jesus e no início da idade apostólica as escrituras conhecidas e usadas eram as escrituras
hebraicas, ou seja, o Antigo Testamento. Há evidência de que a versão usada naqueles tempos era a LXX, ex: A
língua falada nos dias de Jesus e dos apóstolos era o grego; algumas alterações da Bíblia hebraica feitas pelos
LXX, apareceram em citações do Novo Testamento:
a) Os discípulos de Jesus logo após a sua ascensão, começaram a escrever as suas memórias para aqueles que
não tiveram o privilégio de conhecer Jesus pessoalmente ou que não tiveram acesso aos seus ensinos. Os livros
que querem dizer “Boas Novas”. Outro livro que relatou alguns feitos de Jesus, mas preocupou também com
algo sobre a igreja e o ministério dos apóstolos, recebeu o nome de Atos, que significa “Anais”, “Registrados ou
Feitos”. Por último encontramos “cartas”, que foram endereçadas a pessoas ou igrejas a fim de dar
esclarecimento, doutrinamento, informações, consolação, etc., estes escritos são epístolas. Os escritos
mencionados acima passaram a ocupar um lugar tão importante nas igrejas, que foram havidos por dignos de
serem colecionados em um único volume que veio constituir o cânon do N.T. O Novo Testamento é a
semelhança do Antigo, foi produzido por manuscritos que posteriormente desapareceram. Se temos hoje um
Novo Testamento, é graças as diversas cópias que foram feitas dos originais para uso pessoal e também para
utilização nas igrejas. Não sabemos quando iniciou o processo de coleção dos manuscritos do N.T., ou seja,
quando começou a formação do cânon neotestamentário, mas sabemos que até o ano 367 d.C. o Novo
Testamento já estava definido ou fixado. O conhecimento do fato deve-se a Atanásio, conhecido como pai e
doutor da igreja, o qual no seu documento conhecido como “trigésima nona hora pascal”, menciona o N.T. como
já tendo sido completo e definido como os livros que atualmente conhecemos. b) Três fatos serviram para
motivar a formação do cânon do N.T.
1º- O cânon de Marcião: por volta do ano 140 d.C. Marcião, líder religioso, resolveu canonizar os livros
inspirados do N.T., mas não usou para tal os melhores critérios. Por ser contra qualquer influência judaica no
conteúdo do N.T., Marcião eliminou dos escritos apostólicos todos os textos que pareciam ter recebido tal
influência. Deste modo ele mutilou os escritos apostólicos. Por esta causa os demais líderes religiosos
resolveram fazer também um cânon que conservasse intacto os mencionados escritos.
2º- A inflamação de escritos não inspirados. Começaram a surgir vários escritos não inspirados que poderiam
causar confusão. São os chamados apócrifos do N.T. para evitar que mais tarde não fosse fácil distinguir entre
inspirados e apócrifos, a melhor solução seria reunir logo os livros inspirados em um cânon.
3º- O decreto de Diocleciano “300a d.C.”. Diocleciano, através de um edito mandou que todos os livros religiosos
dos judeus fossem ateados no fogo. Por esse motivo houve um grande esforço da igreja para salvar os livros
inspirados. Nesta época completou-se o cânon do N.T.
3. A língua que foi escrito o Novo Testamento. Os manuscritos do N.T. foram escritos em grego, mas no grego
comum; no falado popularmente. Esse tipo de linguagem denominava-se Koinê, por oposição ao grego falado
pelos filósofos, o grego clássico.
4. Os manuscritos do Novo Testamento. Esses manuscritos que eram cópias dos originais possuíam muitas
falhas. Alguns eram até de difícil leitura, porque não possuíam entrelinhas nem espaço entre as palavras, estes
eram o MSS. Escrito em caracteres maiúsculos.
Havia também o MSS, chamados cursivos em letras minúsculas que era de fácil leitura.
Os MSS do Novo Testamento eram comumente chamados de papiros, porque foram escritos neste material.
5. Os critérios adotados na seleção dos livros inspirados do N.T. -Autoria: devia ser escrito por um apóstolo ou
por alguém que conviveu com Jesus. -A doutrina: o conteúdo do livro deveria ter caráter espiritual e estar em
conformidade com o ensino geral dos demais livros.
-A universalidade: deveriam ter ensinamento de interesse geral.
-A inspiração do Espírito Santo: deviam ter evidência dessa inspiração.
6. As versões do Novo Testamento: diversos livros do N.T. foram vertidos dos manuscritos gregos para o latim
por volta do ano 200 d.C., mas a versão do Novo Testamento Completo saiu mais tarde.
a) O Novo Testamento na Vulgata: Gerônimo também traduziu os MSS, do Novo Testamento, em 386 d.C. a
Vulgata já estava completa de Antigo e Novo Testamento.
b) Em 1445 Erasmo preparou uma edição do N.T. grego que foi posteriormente traduzida para o inglês e que
denominou-se “King James”, isto ocorreu em 1661.
c) No século XVI Lutero traduziu o N.T. do grego para o alemão.
d) No século XVII duas outras versões surgiram:
-A versão de João Ferreira de Almeida.
-Versão Figueredo, ambas em português.
e) No século XIX surgiram as versões Americana Revisada e Brasileira.
b) Leite: alimento básico para o recém-nascido se desenvolver, portanto é o primeiro alimento com que o
novo convertido ( recém-nascido na fé) deve entrar em contato (“Com leite vos criei, e não com carne,
porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora podeis.” 1 Co 3.2). Leite é o alimento que manaria
da Terra prometida por Deus ao seu povo. Assim como a criança deseja o Leite, também precisamos
ansiar pela Palavra de Deus para salvação e crescimento espiritual ( “Desejai afetuosamente, como
meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo.” 1 Pe
2.2)
c) Alimento Sólido: à medida que a criança se desenvolve, é necessário mudar o tipo de alimento – de leite
para algo mais consistente. Semelhantemente, o novo convertido, quando cresce espiritualmente, deve
mudar sua alimentação de LEITE para MANJAR, porque agora ele pode suportar algo mais pesado (“Mas
o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados
para discernir tanto o bem com o mal” Hb 5.14 ). O Adulto tem necessidades alimentares fortes, pois
gasta mais energia que uma criança, portanto, é preciso alimentar-se todos os dias. De igual modo, é
necessário alimentar nosso espírito com o verdadeiro alimento sólido que veio do céu, a Palavra de
Deus.
d) Mel: Simboliza o alimento desejável: A palavra de Deus é doce como mel ( “Oh! Quão doces são as tuas
palavras ao meu paladar, mais doces do que o mel à minha boca” Sl 119.103). Enquanto o mundo e suas
palavras são amargas, a doçura do mel traz prazer e sacia a fome. Faz-se necessário trocarmos as
amarguras deste mundo pela doçura da Palavra de Deus, o gosto amargo do pecado pela doce Graça de
Deus.