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A M E N TORA . ME N TORI A E SPE CIA L I ZA DA EM CA RRE I RA S POL I CI A I S .

SON H E , PLA NE JE E RE AL I ZE
A M E N TORA . ME N TORI A E SPE CIA L I ZA DA EM CA RRE I RA S POL I CI A I S . SON H E , PLA NE JE E RE AL I ZE

INSIGHT DA MENTORA

LEI MARIA DA PENHA

▪ A vitima, OBRIGATORIAMENTE, deve ser MULHER para aplicação da lei Maria Penha. NÃO EXISTE aplicação da lei maria da
penha se a vitima for HOMEM; O sujeito passivo da violência doméstica objeto da Lei Maria da Penha é a mulher, já o
sujeito ativo pode ser tanto o homem quanto a mulher, desde que fique caracterizado o vínculo de relação doméstica,
familiar ou de afetividade, além da convivência, com ou sem coabitação.
▪ Para a aplicação da Lei n. 11.340/2006, há necessidade de demonstração da situação de vulnerabilidade ou
hipossuficiência da mulher, numa perspectiva de gênero.
▪ A coabitação não é requisito para aplicação da lei maria da penha.
▪ Na relação afetiva, deve existir um vinculo entre as partes, ou seja, não é qualquer namoro que se aplica a lei maria da
Penha, se o vinculo for eventual e efêmero, não incide a lei maria da penha.
▪ Configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: Unidade domestica, familiar ou
qualquer relação intima de afeto.
▪ A Lei Maria da Penha atribuiu às uniões homoafetivas o caráter de entidade familiar, ao prever, no seu artigo 5º,
parágrafo único, que as relações pessoais mencionadas naquele dispositivo independem de orientação sexual.
▪ Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos.
▪ Art. 8º Recomendo uma leitura, aborda as diretrizes a serem seguidas pelo poder publico diante da lei maria da penha.
▪ Art. 9º Refere-se a assistência a mulher em situação de violência domestica e familiar. Recomento uma leitura nos
incisos, retendo em vista que contem detalhes, que já foram cobrados em prova
▪ Art. 10-A. É DIREITO da mulher em situação de violência doméstica e familiar o atendimento policial e pericial
especializado, ininterrupto e prestado por servidores - preferencialmente do sexo feminino - previamente capacitados.

▪ Não é o Delegado de Polícia que representa por medidas protetivas de urgência, é a própria ofendida que pede ao juiz
a concessão. O que o Delegado faz é remeter, no prazo de 48h, em expediente apartado, o pedido da ofendida ao juiz.
▪ Não é o Delegado de Polícia que poderá suspender o porte ou a posse de arma de fogo do agressor. Ele apenas junta
aos autos essa informação, bem como irá notificar a ocorrência à instituição responsável pela concessão do registro ou
emissão do porte. O responsável por suspender é o Juiz.
▪ Art. 12-C. Verificada a existência de RISCO ATUAL OU IMINENTE à vida ou a integridade física ou psicológica da mulher
em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor SERÁ IMEDIATAMENTE AFASTADO
DO LAR, DOMICÍLIO OU LOCAL DE CONVIVÊNCIA COM A OFENDIDA: (Redação dada pela Lei nº 14.188, de 2021)
I - pela autoridade judicial;
II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no momento da
denúncia.
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24 horas e
decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério
Público concomitantemente.
§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou a efetividade da medida protetiva de urgência, não será
concedida liberdade provisória ao preso.
▪ Exclui-se da competência dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher a pretensão relacionada à
partilha de bens
▪ Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia
à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do RECEBIMENTO da
denúncia (o que difere do CP, que pode acontecer até o OFERECIMENTO da denuncia) e ouvido o Ministério Público.
▪ É VEDADA a aplicação de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária; substituição de pena que implique o
pagamento isolado de multa.
▪ A lei 14.550/2023 - Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para dispor sobre as medidas
protetivas de urgência e estabelecer que a causa ou a motivação dos atos de violência e a condição do ofensor ou da
ofendida não excluem a aplicação da Lei.” Art. 40-A. Esta Lei será aplicada a todas as situações previstas no seu art. 5º,
independentemente da causa ou da motivação dos atos de violência e da condição do ofensor ou da ofendida.
▪ A proibição de decretação da prisão preventiva de ofício também se estende para o art. 20 da Lei Maria da Penha. Se
você reparar o art. 20 da Lei nº 11.340/2006 ele continua dizendo, textualmente, que o juiz pode decretar a prisão
preventiva de ofício nos casos envolvendo violência doméstica. Ocorre que esse art. 20 da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria
da Penha) destoa do atual regime jurídico. Houve uma revogação tácita da expressão “de ofício”. A atuação do juiz de
ofício é vedada independentemente do delito praticado ou de sua gravidade, ainda que seja de natureza hedionda, e
deve repercutir no âmbito da violência doméstica e familiar.
▪ A decisão proferida em processo penal que fixa alimentos provisórios ou provisionais em favor da companheira e da
filha, em razão da prática de violência doméstica, constitui título hábil para imediata cobrança e, em caso de
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inadimplemento, passível de decretação de prisão civil. STJ. 3ª Turma. RHC 100446-MG, Rel. Min. Marco Aurélio
Bellizze, julgado em 27/11/2018 (Info 640).
▪ Compete à Justiça Federal conceder medida protetiva em favor de mulher ameaçada por ex-namorado que mora nos
EUA e faz as ameaças por meio do Facebook. STJ. 3ª Seção. CC 150.712-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em
10/10/2018 (Info 636).
▪ Em caso de ameaça por redes sociais ou pelo WhatsApp, o juízo competente para deferir as medidas protetivas é
aquele no qual a mulher tomou conhecimento das intimidações. STJ. 3ª Seção. CC 156.284/PR, Rel. Min. Ribeiro Dantas,
julgado em 28/02/2018.
▪ Cabe habeas corpus para apurar eventual ilegalidade na fixação de medida protetiva de urgência consistente na proibição
de aproximar-se de vítima de violência doméstica e familiar. STJ. 5ª Turma. HC 298.499-AL, Rel. Min. Reynaldo Soares da
Fonseca, julgado em 1º/12/2015 (Info 574).
▪ Art. 24-A. DESCUMPRIR DECISAO JUDICIAL que defere medidas protetivas de urgência previstas nesta Lei:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que deferiu as medidas.
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, APENAS A AUTORIDADE JUDICIAL PODERÁ CONCEDER FIANÇA.
§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis.
Em regra, o Delegado de Polícia pode estabelecer fiança para as infrações penais com pena máxima de até 4 anos (art.
322, CPP). O referido crime é uma exceção a essa regra. Mesmo tendo pena máxima de 2 anos, apenas a AUTORIDADE
JUDICIÁRIA poderá conceder a fiança.
▪ Independentemente da extinção de punibilidade do autor, a vítima de violência doméstica deve ser ouvida para que
se verifique a necessidade de prorrogação/concessão das medidas protetivas. STJ. 3ª Seção. REsp 1.775.341-SP, Rel.
Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 12/4/2023 (Info 770).
▪ O juízo do domicílio da mulher vítima de violência doméstica é competente para deferir as medidas protetivas de
urgência, mesmo que a agressão tenha ocorrido em outra comarca; vale ressaltar, contudo, que a competência para
julgar o crime é do local dos fatos. Assim, independentemente do local onde tenham inicialmente ocorrido as supostas
condutas criminosas que motivaram o pedido da vítima, o juízo do domicílio da mulher em situação de violência
doméstica e familiar é competente para processar e julgar o pleito de medidas protetivas de urgência por aplicação do
princípio do juízo imediato. Vale ressaltar, contudo, que a competência para examinar as medidas protetivas de urgência
atribuída ao juízo do domicílio da vítima não altera a competência do juízo natural para o julgamento de eventual ação
penal por crimes praticados no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher, que deve ser definida
conforme as regras gerais fixadas pelo Código de Processo Penal. Exemplo hipotético: casal mora em Indaiatuba (SP); foi
passear em Belo Horizonte; o homem agrediu a mulher; o juízo de Indaiatuba será competente para as medidas
protetivas de urgência e o de Belo Horizonte para julgar o crime. STJ. 3ª Seção. CC 190666-MG, Rel. Min. Laurita Vaz,
julgado em 8/2/2023 (Info 764).
▪ As medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do art. 22 da Lei Maria da Penha têm natureza de
cautelares penais, não cabendo falar em citação do requerido para apresentar contestação, tampouco a possibilidade
de decretação da revelia, nos moldes da lei processual civil. STJ. 5ª Turma. REsp 2009402-GO, Rel. Min. Ribeiro Dantas,
Rel. Acd. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 08/11/2022 (Info 756).
▪ É indevida a manutenção de medidas protetivas na hipótese de conclusão do inquérito policial sem indiciamento do
acusado. STJ. 6ª Turma. RHC 159303/RS, Rel. Min. Antônio Saldanha Palheiro, julgado em 20/09/2022 (Info 750).
▪ As medidas protetivas previstas na Lei n. 11.340/2006 são aplicáveis às minorias, como transexuais, transgêneros,
cisgêneros e travestis em situação de violência doméstica, afastado o aspecto meramente biológico.
▪ O Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher é competente para conhecer e julgar ação de divórcio ou
de reconhecimento e dissolução de união estável na hipótese em que houve anterior promoção de medida protetiva,
ainda que tenha sido extinta por homologação de acordo entre as partes.
▪ O descumprimento de ordem judicial que impõe medida protetiva de urgência em favor de vítima de violência doméstica
autoriza decretação da prisão preventiva.
▪ A imputação simultânea das qualificadoras de motivo torpe e de feminicídio no crime de homicídio praticado contra
mulher em situação de violência doméstica e familiar não caracteriza bis in idem.
▪ É inadmissível a utilização da tese da “legítima defesa da honra” como argumento no feminicídio e nos crimes de violência
doméstica e familiar contra a mulher, pois se trata de alegação discriminatória que contribui para a perpetuação da
violência de gênero.
▪ Nos delitos praticados em contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher não é possível a consunção entre
o crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência e o crime de ameaça.
▪ Quem julga o crime de estupro de vulnerável praticado por pai contra filha de 4 anos: vara criminal “comum” ou vara
de violência doméstica e familiar contra a mulher? Se o fator determinante que ensejou a prática do crime foi a tenra
idade da vítima fica afastada a vara de violência doméstica e familiar? Ex: estupro de vulnerável praticado por pai contra
a filha, de 4 anos.
• SIM. Posição da 5ª Turma do STJ: Se o fato de a vítima ser do sexo feminino não foi determinante para a caracterização
do crime de estupro de vulnerável, mas sim a tenra idade da ofendida, que residia sobre o mesmo teto do réu, que com
ela manteve relações sexuais, não há que se falar em competência do Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher.
STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 1020280/DF, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 23/08/2018.
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• NÃO. Julgado recente da 6ª Turma do STJ: A idade da vítima é irrelevante para afastar a competência da vara
especializada em violência doméstica e familiar contra a mulher e as normas protetivas da Lei Maria da Penha. STJ. 6ª
Turma. RHC 121.813-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/10/2020 (Info 682).
▪ Competência para o processamento de crimes dolosos contra a vida praticados no contexto de violência doméstica. A
Lei de Organização Judiciária poderá prever que a 1ª fase do procedimento do júri seja realizada na Vara de Violência
Doméstica em caso de crimes dolosos contra a vida praticados no contexto de violência doméstica. Não haverá usurpação
da competência constitucional do júri. Apenas o julgamento propriamente dito é que, obrigatoriamente, deverá ser feito
no Tribunal do Júri. STF. 2ª Turma. HC 102150/SC, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 27/5/2014 (Info 748).
▪ Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena
prevista, NÃO SE APLICA A LEI Nº 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995.
▪ Súmulas relevantes:
Súmula nº 536, STJ: “A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos
sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.” Obs. é cabível apenas suspensão condicional da pena.
Súmula nº 542, STJ: “A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher
é pública incondicionada.” O crime de lesão corporal, ainda que leve ou culposo, praticado contra a mulher no âmbito
das relações domésticas e familiares, deve ser processado mediante ação penal pública incondicionada.
Súmula nº 588, STJ: “A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no
ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.”
Súmula nº 589, STJ: “É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados contra a
mulher no âmbito das relações domésticas.”
Súmula nº 600, STJ: “Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei n. 11.340/2006
(Lei Maria da Penha) não se exige a coabitação entre autor e vítima.”
▪ Jurisprudências em teses relevantes:
Leitura da jurisprudência em teses do STJ, N 41.
Leitura da jurisprudência em teses do STJ, N 205.
Leitura da jurisprudência em teses do STJ, N 206.
Leitura da jurisprudência em teses do STJ, N 209.
Leitura da jurisprudência em teses do STJ, N 211.

O conteúdo deste material é exclusivo e acompanha o planejamento de mentoria individual, como


também o REVISACO PPPI

Maiores informações:
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