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Sobre Mercados, Liberalismo Econômico e - Neoliberalismo - Leituras Temáticas #2 - , de O Minhocário
Sobre Mercados, Liberalismo Econômico e - Neoliberalismo - Leituras Temáticas #2 - , de O Minhocário
O Minhocário
https://ominhocario.wordpress.com/sobre-mercados-liberalismo-economico-e-neoliberalismo-leituras-tematicas-2/ 1/30
4/5/2024 Sobre Mercados, Liberalismo Econômico e Neoliberalismo [Leituras Temáticas #2] – O Minhocário
[Esta página faz parte de uma série com recomendações de leituras (principalmente aqui n’O Minhocário, mas
também em outros espaços) para analisarmos a fundo algum tema, em seus diversos aspectos. Estas páginas
serão continuamente atualizadas com novas recomendações para expandir as discussões. É também uma forma
de organizar as postagens anteriores aqui do blog para facilitar o acesso por tema.]
Apresentação
O Que É Neoliberalismo?
Neoliberalismo – Passado, Presente, Futuro
Neoliberalismo Decadente: Reconfiguração Autoritária de “Desdemocratização”, Perda de Impulso e
Aberturas no pós-Crise de 2008
Situação atual da Economia e da Política Mundial – Efeitos do Neoliberalismo/Liberalismo Econômico
Concepção de Mundo Neoliberal – Ideais e Contradições
O Mercado como Ideal de Liberdade e Centro da Vida Social
Liberalismo Econômico Como Solução Para o Subdesenvolvimento e a Pobreza
Economia dominante: Problemas no pensamento neoclássico e em seu uso político
Mais mitos neoliberais
Mercado e Racionalidade
Subvertendo o Liberalismo
Neoliberalismo no Brasil
“Nova” Direita “Liberal”
E esse “Partido Novo”?
Neoliberalismo e Contradições do Capitalismo em Diferentes Áreas
O Que é “Capitalismo”? (https://ominhocario.wordpress.com/sobre-capitalismo-leituras-tematicas-1/#o-
que-e)
Problemas, Contradições, Antagonismos e Limites do Sistema Capitalista
(https://ominhocario.wordpress.com/sobre-capitalismo-leituras-tematicas-1/#problemas-limites)
Desigualdade Social e Pobreza; (https://ominhocario.wordpress.com/sobre-capitalismo-leituras-
tematicas-1/#desigualdade-pobreza)
Moral, Valores e Efeitos Psicológicos; (https://ominhocario.wordpress.com/sobre-capitalismo-leituras-
tematicas-1/#moral-valores-efeitos-psicologicos)
Emprego, Falta de Tempo-Livre e Realização Humana; (https://ominhocario.wordpress.com/sobre-
capitalismo-leituras-tematicas-1/#emprego-e-tempo-livre-realizacao)
Produção, Consumo e Meio-Ambiente; (https://ominhocario.wordpress.com/sobre-capitalismo-leituras-
tematicas-1/#producao-consumo-meio-ambiente)
Tecnologia, Inovação e Quarta Revolução Industrial; (https://ominhocario.wordpress.com/sobre-
capitalismo-leituras-tematicas-1/#tecnologia-inovacao-quarta-revolucao-industrial)
Capitalismo e outras formas de opressão; (https://ominhocario.wordpress.com/sobre-capitalismo-
leituras-tematicas-1/#outras-opressoes)
Nacionalismo, Globalização e Dependência; (https://ominhocario.wordpress.com/sobre-capitalismo-
leituras-tematicas-1/#nacionalismo-globalizacao-dependencia)
E o Futuro? Quais são as perspectivas futuras das tendências atuais do sistema?
(https://ominhocario.wordpress.com/sobre-capitalismo-leituras-tematicas-1/#futuro)
OK. E Agora?
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Apresentação
OK, se o sistema em que vivemos tem problemas gravíssimos; se nele há muito potencial humano desperdiçado e
elementos que entram em conflito até mesmo com a própria continuidade da vida humana como a conhecemos; se
precisamos de transformações em seus processos, relações e instituições centrais para possibilitar à todos uma vida
plena e satisfatória [e se você ainda não está convencido disso, dê uma boa olhada nos textos em ‘Sobre
Capitalismo – O Que é? Quais são suas características, problemas e limites?
(https://ominhocario.wordpress.com/sobre-capitalismo-leituras-tematicas-1/)‘, que estão organizados por temas
em torno dos problemas do sistema capitalista em diferentes áreas] enfim, se precisamos transformar a realidade
em alguma direção, talvez possa parecer que uma boa solução para os nossos problemas pode vir das ideias dos
‘liberais’, não? Afinal, eles não defendem ‘a Liberdade’? Quem poderia ser contra ‘a Liberdade’?
Sem dúvida se dizer “liberal”, “libertário”, “conservador nos costumes, liberal na Economia“, até mesmo
“anarcocapitalista” (“ancap“) ou outros tantos rótulos do tipo está na moda. “Abaixo o Estado”, “viva a
propriedade privada”, “imposto é roubo“. Mas está na moda desde quando? E entre quem? Será que estamos
mesmo falando de algo novo, que podemos ver como uma alternativa verdadeira à “tudo o que está aí”? Alguns
diriam que sim. Mas espera, não temos ouvido de forma quase ininterrupta sobre os benefícios do “livre-mercado”,
do “Estado mínimo”, das privatizações, da desregulação, das flexibilizações de direitos, dos cortes de impostos, da
concorrência, etc, pelo menos desde a década de 80? Esse tipo de discurso não vêm dominando o espaço nas mídias
sobre economia e política, nos ambientes empresariais e governamentais desde aquela época? A maioria dos
governos, tanto nos países mais desenvolvidos quanto nos mais dependentes, não bate no peito para defender
“reformas” nesse sentido desde aquela época? Não chegaram a nos dizer que era o “fim da História”, que “não há
alternativa” (“there is no alternative” ou “TINA”, na famosa sigla em inglês) a essas ideias?
Os textos abaixo pretendem mostrar contradições centrais nestas ideologias; como elas, ao invés de serem uma
alternativa à ordem dominante, na verdade têm sido centrais para o funcionamento do capitalismo como o
conhecemos atualmente; como elas vêm inclusive gerando e/ou aprofundando vários dos problemas que nos
afligem; como diferentes grupos (alguns deles recebendo muito dinheiro de grandes empresários) vêm trabalhando
para construir uma base popular para ideias que tradicionalmente não possuem esse tipo de apoio; e tentar refletir
para onde essas ideias tendem a nos levar à partir daqui.
O que é Neoliberalismo?
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Muitos “liberais” de direita recusam o termo e até mesmo dizem que não existe “neoliberalismo” – eles preferem
termos como “liberal” ou, dependendo da linha ideológica específica que seguem, principalmente no sentido
econômico, podem preferir “ortodoxos”/”neoclássicos”, “austríacos” (ou seguidores da “escola austríaca” de
Economia) ou “anarcocapitalistas” (“ancaps“, na versão contraída). Muitos irão apontar para o fato de que a
maioria dos autores classificados como neoliberais não usariam esse termo para se referir a si mesmos, preferindo
algum dos outros listados acima. O ponto é que “neoliberal” é um conceito analítico – isto é, utilizado pelos
estudiosos do fenômeno como um todo, numa crítica que se pretende externa à ele – que engloba várias linhas de
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interpretação da realidade social e econômica que podem até divergir entre si em certos aspectos, mas que
convergem no essencial nas políticas públicas imediatas (mesmo que possam divergir em seu ideal de longo prazo)
e que passaram a dominar o espaço do debate político e econômico desde os anos 80 do século XX.
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Pequena comédia alemã sobre como funciona a economia neoliberal, sua política, sobre como os institutos
neoliberais estão profundamente interligados entre si e sobre como eles vêm trabalhando e tendo sucesso em
influenciar a política do mundo inteiro há décadas.
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Trabalhista, em pouco tempo, foi capaz de transformar radicalmente a paisagem política do Reino Unido. A
importância histórica desse evento não deve ser minimizada: ao que me consta, é a primeira vez que um
partido de massas, esclerosado e envelhecido, é trazido de volta à vida por meio da mobilização multitudinária
de base, tornando-se novamente um instrumento útil ao movimento social de contestação e reativando a
imaginação utópica pós-capitalista.”
Quando os neoliberais encontram os fascistas (https://outraspalavras.net/crise-civilizatoria/o-persistente-
encontro-entre-neoliberais-e-fascistas/) [Eleutério Prado] – Novo livro tenta explicar como sistema que diz
defender a liberdade gerou figuras como Trump e Bolsonaro. Explicação pode estar na auto-corrosão e
niilismo a que estão sujeitas as sociedades quando creem no valor supremo do dinheiro.
O neoliberalismo é o verdadeiro caminho da servidão (https://jacobin.com.br/2020/09/o-neoliberalismo-e-o-
verdadeiro-caminho-da-servidao/) [Branko Marcetic] – O mais batido refrão de direita alega que o socialismo
levaria necessariamente à tirania. No entanto, nas últimas quatro décadas, é o neoliberalismo que tem nos
aproximado mais de um Estado policial autoritário.
Os filhos bastardos de Hayek (https://jacobin.com.br/2021/08/os-filhos-bastardos-de-hayek/) [Quinn
Slobodian] – Grande parte da mídia enquadrou a nova extrema direita populista como uma reação contra o
neoliberalismo – mas eles compartilham a mesma raiz ideológica que visa defender as hierarquias, os
privilégios e o capitalismo contra a ameaça democrática e outros projetos que visam a igualdade.
Aqui pretendemos apontar apenas para o cenário político e econômico geral, principalmente no sentido da
concentração de cada vez mais poderes e recursos em cada vez menos mãos, com cartéis e monopólios
transnacionais tendo cada vez mais influência e mesmo controle sobre as vidas dos indivíduos. Boa parte dos
efeitos diretos ou indiretos do domínio ideológico neoliberal se manifesta em outras áreas de atividade
humana (como nas questões relacionadas com o meio-ambiente, a tecnologia, a inovação, o comportamento,
os elementos psicológicos, etc) e podemos observar textos sobre a relação do neoliberalismo (e do capitalismo
em geral) sobre esses diferentes aspectos abaixo, na sessão Neoliberalismo e Contradições do Capitalismo em
Diferentes Áreas.
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de Hayek realmente mostram que uma alternativa desse tipo não seria apenas menos eficiente, mas
simplesmente impossível?]
Os filhos bastardos de Hayek (https://jacobin.com.br/2021/08/os-filhos-bastardos-de-hayek/) [Quinn
Slobodian] – Grande parte da mídia enquadrou a nova extrema direita populista como uma reação contra o
neoliberalismo – mas eles compartilham a mesma raiz ideológica que visa defender as hierarquias, os
privilégios e o capitalismo contra a ameaça democrática e outros projetos que visam a igualdade.
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Entenda porque Mises não deve ser levado a sério quando o assunto é marxismo
(https://cienciaproletarialivre.com/2019/07/16/entenda-porque-mises-nao-deve-ser-levado-a-serio-
quando-o-assunto-e-marxismo/) [Jorge Nogueira]
Quando os neoliberais encontram os fascistas (https://outraspalavras.net/crise-civilizatoria/o-persistente-
encontro-entre-neoliberais-e-fascistas/) [Eleutério Prado] – Novo livro tenta explicar como sistema que diz
defender a liberdade gerou figuras como Trump e Bolsonaro. Explicação pode estar na auto-corrosão e
niilismo a que estão sujeitas as sociedades quando creem no valor supremo do dinheiro.
Amigo Neoliberal, Sua Defesa do Liberalismo Não o Livra de Ser um Fascista
(https://voyager1.net/filosofia/pare-de-achar-que-ser-liberal-o-livra-de-ser-um-fascista/) [Eduardo
Migowski] – Os “liberais” podem ser chamados de fascistas? A chave para responder a essa pergunta vem da
filosofia e da psicologia, não da história.
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O Que Acontece Quando Você Acredita em Ayn Rand e na Teoria Econômica Moderna
(http://evonomics.com/o-que-acontece-quando-voce-acredita-em-ayn-rand-e-na-teoria-economica-
moderna/) [Denise D. Cummins] – “E se as pessoas se comportassem de acordo com a filosofia do
“objetivismo” de Rand? E se nós de fato nos permitíssemos ser cegos a tudo, menos nosso próprio interesse?”
A Destruição das Empresas Estatais (https://www.cartacapital.com.br/revista/984/a-destruicao-das-
empresas-estatais) – [Gilberto Bercovici] Na privatização, o governo não vende o que é dele. Livra-se do
patrimônio dos cidadãos sem consultá-los.
Austeridade e Retrocesso [2016] (http://brasildebate.com.br/wp-content/uploads/Austeridade-e-
Retrocesso.pdf) – Relatório organizado por pesquisadores de diversas instituições (Friedrich Ebert Stiftung,
Fórum 21, Plataforma Política Social e Sociedade Brasileira de Economia Política) sobre os efeitos econômicos
de medidas de austeridade. O documento realiza uma “análise da política fiscal e das finanças públicas no
Brasil, com um estudo detalhado dos indicadores fiscais no Brasil, das alternativas de regime fiscal e uma
proposta de reforma tributária. Além disso, o documento de 2016 explicitou didaticamente as prováveis
consequências da opção brasileira pela austeridade que se inicia em 2015 e se aprofunda com a emenda
constitucional do teto dos gastos propostas pelo governo Temer. Infelizmente, as análises do documento foram
validadas pela realidade econômica e, quase dois anos após a publicação daquele documento, é fácil perceber
que, de fato, as previsões sobre a deterioração dos indicadores econômicos e sociais estavam corretas. e sobre
seus terríveis e prováveis efeitos (a maioria deles, infelizmente confirmados nos dois anos seguintes). “
Austeridade e Retrocesso: Impactos da Política Fiscal no Brasil [2018] (http://campanha.org.br/wp-
content/uploads/2018/08/DOC-AUSTERIDADE_doc3-_L9.pdf) – Sequência do documento de 2016, ” este
documento dá continuidade ao trabalho anterior, mas com um foco distinto. Trata-se de articular o tema da
gestão orçamentária com a agenda dos direitos sociais e de analisar os impactos sociais da política fiscal tendo
em vista a consolidação de uma agenda permanente de austeridade fiscal imposta pela aprovação da Emenda
Constitucional 95/2016 (EC 95). A abordagem escolhida para esse segundo volume é pouco comum na
literatura especializada que usualmente separa a dimensão macroeconômica – orçamento público, regime e
política fiscal – e a dimensão social – políticas setoriais, financiamento de programas específicos. Tal
conciliação é necessária e crucial, porque os objetivos da política econômica deveriam estar fundamentalmente
relacionados à garantia de que as dimensões produtivas, alocativas e distributivas da sociedade sejam
aprimoradas e funcionem de modo a melhorar a vida das pessoas. A política fiscal, em especial, transforma e é
transformada pela sociedade, portanto sua análise não pode ser apartada da dimensão social.”
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Mercado e Racionalidade
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O Mercado é a maneira mais racional e eficiente de alocação dos recursos produtivos e do consumo para a
humanidade? Podemos ignorar modelos alternativos baseados em decisões coletivas, democracia e
planejamento racional?
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ainda assim é possível que teremos de nos organizar para lidar com o estrago deixado no planeta pelo sistema
capitalista, planejando, executando e administrando projetos gigantescos de reconstrução, geo-engenharia e
racionamento de recursos limitados. Em outras palavras, provavelmente ainda precisaremos de algum tipo de
Estado.
Planejando o Bom Antropoceno (https://ominhocario.wordpress.com/2017/11/11/planejando-o-bom-
antropoceno/) – [Leigh Phillips e Michal Rozworski] O mercado está nos levando cegamente a uma calamidade
climática – o planejamento democrático é uma saída.
Geoengenharia Para o Povo: Todos os Meios que Forem Necessários
(https://ominhocario.wordpress.com/2018/08/16/geoengenharia-para-o-povo-todos-os-meios-que-forem-
necessarios/) – [Peter Frase] Precisamos de uma visão abrangente de reconstrução ecológica – e isso significa
ter a geoengenharia como parte de nossa visão.
A Revolução Cybersyn (https://ominhocario.wordpress.com/2017/03/31/a-revolucao-cybersyn/) [Eden
Medina] – Cinco lições de um projeto de computação socialista no Chile de Salvador Allende.
Democratizar Isso (https://ominhocario.wordpress.com/2017/06/08/democratizar-isso/) [Michal
Rozworski] – “Os planos do Partido Trabalhista inglês para buscar modelos democráticos de propriedade são
o aspecto mais radical do programa de Corbyn, e um dos mais radicais que temos visto na política dominante
em muito tempo.”
Defeitos Estruturais de Controle no Sistema do Capital
(https://ominhocario.wordpress.com/2018/05/30/defeitos-estruturais-de-controle-no-sistema-do-capital/) [István
Mészáros] – “A razão principal por que este sistema forçosamente escapa a um significativo grau de controle
humano é precisamente o fato de ter, ele próprio, surgido no curso da história como uma poderosa – na
verdade, até o presente, de longe a mais poderosa – estrutura “totalizadora” de controle à qual tudo o mais,
inclusive seres humanos, deve se ajustar, e assim provar sua “viabilidade produtiva”, ou perecer, caso não
consiga se adaptar. Não se pode imaginar um sistema de controle mais inexoravelmente absorvente – e, neste
importante sentido, “totalitário” – do que o sistema do capital globalmente dominante, que sujeita cegamente
aos mesmos imperativos a questão da saúde e a do comércio, a educação e a agricultura, a arte e a indústria
manufatureira, que implacavelmente sobrepõe a tudo seus próprios critérios de viabilidade, desde as menores
unidades de seu “microcosmo” até as mais gigantescas empresas transnacionais, desde as mais íntimas
relações pessoais aos mais complexos processos de tomada de decisão dos vastos monopólios industriais,
sempre a favor dos fortes e contra os fracos. […] o preço a ser pago por esse incomensurável dinamismo
totalizador é, paradoxalmente, a perda de controle sobre os processos de tomada de decisão. Isto não se aplica
apenas aos trabalhadores, em cujo caso a perda de controle […] é bastante óbvia, mas até aos capitalistas
mais ricos, pois, não importa quantas ações controladoras eles possuam na companhia ou nas companhias de
que legalmente são donos como indivíduos particulares, seu poder de controle no conjunto do sistema do
capital é absolutamente insignificante. ”
O video abaixo infelizmente ainda só está disponível em inglês por enquanto (é possível tentar ligar a tradução
automática, mas o resultado não é perfeito, e varia a cada execução). Paul Cockshott explica como estudos
econômicos baseados nas leis da termodinâmica vêm sendo capazes de explicar a distribuição desigual dos
recursos e a concentração cada vez maior (entenda-se: desigualdade cada vez maior) com o tempo em soluções
baseadas em mercados:
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Subvertendo o Liberalismo
Os textos abaixo foram escritos ou traduzidos por um ex-anarcocapitalista durante sua fase de superação dessa
concepção de mundo, e tratam diretamente das contradições que para ele foram essenciais para indicar os limites de
como as visões de mundo “liberais” de direita enxergam questões essenciais à nossa vida em sociedade.
https://ominhocario.wordpress.com/sobre-mercados-liberalismo-economico-e-neoliberalismo-leituras-tematicas-2/ 24/30
4/5/2024 Sobre Mercados, Liberalismo Econômico e Neoliberalismo [Leituras Temáticas #2] – O Minhocário
Liberalismo, Populismo, Comunismo. Sim, por favor. De Volta para o Futuro – [Victor Marques, Sandra
Helena e Martônio Mont’alverne] Uma ampla reflexão sobre os caminhos da modernidade européia e os
desafios que essa tradição coloca para o Brasil e a América Latina no momento presente diante de um futuro
novamente aberto diante de nós.
Neoliberalismo no Brasil
A revista Le Monde Diplomatique Brasil, na edição de Novembro de 2017, trouxe um especial sobre o MBL, a
“Nova Direita” brasileira e seus principais think tanks, apresentando um histórico dessas instituições e suas
movimentações, principalmente na direção do Conservadorismo no âmbito dos costumes como solução para a
manutenção da importância desses movimentos, uma vez que a “carolice” tem muito mais entrada na população
brasileira do que os ideais neoliberais que formam o núcleo da concepção de mundo desses grupos. Segue abaixo o
vídeo de divulgação da edição e as reportagens que fazem parte do especial:
https://ominhocario.wordpress.com/sobre-mercados-liberalismo-economico-e-neoliberalismo-leituras-tematicas-2/ 25/30
4/5/2024 Sobre Mercados, Liberalismo Econômico e Neoliberalismo [Leituras Temáticas #2] – O Minhocário
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4/5/2024 Sobre Mercados, Liberalismo Econômico e Neoliberalismo [Leituras Temáticas #2] – O Minhocário
Além dessas, temos ótimas e profundas reportagens sobre os laços institucionais e de financiamento desses
movimentos (não só no Brasil, mas por toda a América Latina) em outras mídias:
Por décadas o PSDB, apesar do nome “Partido da Social Democracia Brasileira”, foi o maior representante do
Neoliberalismo no país, com vários partidos menores orbitando no seu entorno. Tendo continuado o impulso
neoliberal em seu governo entre 1994-2002, depois disso o partido nunca mais conseguiu vencer uma eleição
presidencial para continuar com seu projeto de reformas neoliberais. Em 2016 seu programa de governo, apesar de
não ter sido eleito, finalmente pôde ser implantado, em parceria com o PMDB de Temer.
Mesmo depois de praticamente 4 anos de reformas neoliberais ininterruptas (primeiro 1 ano e meio de rendição de
Dilma às exigências do mercado financeiro e de sua mídia, e depois 2 anos e meio de ataque generalizado por
Temer/Meirelles/PMDB/PSDB) que não geraram a prometida superação da crise, a última moda no momento
https://ominhocario.wordpress.com/sobre-mercados-liberalismo-economico-e-neoliberalismo-leituras-tematicas-2/ 27/30
4/5/2024 Sobre Mercados, Liberalismo Econômico e Neoliberalismo [Leituras Temáticas #2] – O Minhocário
(setembro de 2018, pré-eleições presidenciais no Brasil) entre os assalariados que ganham salários acima da média
é se encantar com o “Partido Novo”. Talvez este partido venha nos próximos tempos a se consolidar na posição
antes ocupada pelo PSDB, hoje já um tanto desgastado.
Sendo assim, acreditamos ser importante mostrar como esse partido não passa de mais uma reciclagem do mesmo
neoliberalismo dos anos 80, com as mesmas ideias gerais de Collor, do PSDB/PMDB e de Temer, com a mesma
defesa da “austeridade” à qualquer custo, como se essas medidas pudessem gerar o desenvolvimento de um país
subdesenvolvido – dessa vez requentado com uma estética ainda mais empresarial do que a do PSDB, um
fundamentalismo de mercado ainda mais extremo, com um ar de “desdemocratização/fascistização” muitas vezes
semelhante àquele oferecido pelo Bolsonarismo, mas que é típico (até num nível mundial) desse momento
decadente em que o fundamentalismo de mercado vai abandonando qualquer ideia de democracia que o capitalismo
foi obrigado a aceitar durante o século XX.
O neoliberalismo é apenas a etapa atual do capitalismo e, assim, se relaciona diretamente com as características e
problemas centrais do sistema, acirrando várias das suas principais contradições. Sendo assim, muitos dos
problemas atuais do sistema capitalista, nas mais diversas áreas, sofreram impactos profundos com a adoção do
neoliberalismo nas últimas décadas, e não há como fechar uma discussão como esta sem entrar nesses temas. Como
já organizamos na primeira edição (https://ominhocario.wordpress.com/sobre-capitalismo-leituras-tematicas-1/) da
série Leituras Temáticas muitos textos (alguns deles incluídos também nas sessões acima) sobre o sistema
Capitalista, suas características, contradições, antagonismos e limites, nas mais diversas áreas, não vamos repetir as
sessões aqui abaixo, mas apenas apontar para as sessões naquela página, de acordo com o tema:
OK. E Agora?
Bom, acredito que se você leu e refletiu com as questões apresentadas acima, no mínimo já deve ter chegado à
conclusão de que relegar o nosso destino às forças do mercado não é a solução para todos os nossos problemas,
diferente do que muitos vendem nas mídias empresariais e nos think tanks nas redes sociais. Sim, eu sei, é uma
merda quando nossas certezas sobre algo se perdem. Passei por essa mesma experiência com relação ao livre-
mercado como solução ideal durante a crise de 2008 e sei bem como a gente acaba se sentindo.
Mas dessa forma acabamos voltamos à questão original, que abriu a apresentação lá no início: “se o sistema em que
vivemos tem problemas gravíssimos; se nele há muito potencial humano desperdiçado e elementos que entram em
conflito até mesmo com a própria continuidade da vida humana como a conhecemos; se precisamos
de transformações em seus processos, relações e instituições centrais para possibilitar à todos uma vida plena e
satisfatória [e se você ainda não está convencido disso, dê uma boa olhada nos textos em ‘Sobre Capitalismo – O
Que é? Quais são suas características, problemas e limites? (https://ominhocario.wordpress.com/sobre-
capitalismo-leituras-tematicas-1/)‘, que estão organizados por temas em torno dos problemas do sistema capitalista
em diferentes áreas] enfim, se precisamos transformar a realidade em alguma direção”, e se agora estamos
convencidos de que não podemos confiar nos mercados para resolver nossos problemas, então somos desafiados
pela grande questão:
O que fazer? Para onde seguir? Como poderíamos superar o sistema atual por um sistema mais livre, mais
equilibrado, mais justo, mais igualitário, mais racional, mais sustentável, mais democrático, mais humano?
Não vamos fingir que já temos uma resposta definitiva, completa e ideal. No entanto, te convidamos a participar na
reflexão e no debate sobre como poderíamos buscar uma alternativa e sobre como ela poderia se parecer,
principalmente considerando os desafios iminentes da aceleração da automação de postos de trabalho e dos efeitos
https://ominhocario.wordpress.com/sobre-mercados-liberalismo-economico-e-neoliberalismo-leituras-tematicas-2/ 29/30
4/5/2024 Sobre Mercados, Liberalismo Econômico e Neoliberalismo [Leituras Temáticas #2] – O Minhocário
Nossa aposta é que uma sociedade em que os meios de produção (fábricas, fazendas, equipamento pesado,
matérias-primas, etc) sejam usados em conjunto, de maneira radicalmente democrática, em nome das necessidades
e interesses de todos e não dos lucros de uma minoria (https://ominhocario.wordpress.com/os-abcs-do-socialismo/),
então poderíamos aplicar ao máximo nossas tecnologias e conhecimentos para produzir tudo de que precisamos
com o mínimo de trabalho possível, liberando o máximo de tempo livre
(https://ominhocario.wordpress.com/2018/08/30/imaginarios-do-pos-trabalho-automacao-completa-renda-basica-
jornada-de-trabalho-e-etica-do-emprego/) possível para todos usarmos como acharmos melhor: cultivando e
perseguindo nossos interesses, produzindo e consumindo artes, avançando com pesquisas em ciências, praticando
esportes, viajando, passando mais tempo com as pessoas que amamos, etc etc. Sem as amarras da necessidade do
lucro, do consumismo, da expansão infinita, podemos usar nossos recursos produtivos de maneira realmente
racional, humana, democrática e sustentável; não precisamos abandonar ninguém à condição de “inútil” que marca
o desempregado; não precisamos manter uma sociedade de hierarquia e controle; podemos expandir a liberdade
para todos; e podemos finalmente lidar com a questão do meio-ambiente e das mudanças climáticas como
necessário para impedir algum tipo de cataclisma – e, como já vimos, o Capitalismo não pode aceitar os limites a
alguns dos seus elementos centrais (autoexpansão infinita, consumismo, etc) que seriam necessários para lidar com
isso à sério.
A reposta que vemos é a construção de algo que vem sendo chamado por algumas pessoas de “Comunismo de
Luxo Totalmente Automatizado (https://www.facebook.com/comunismoluxuriante/?hc_location=ufi)“:
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