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Retábulo e Dossel No Rito Adonhiramita
Retábulo e Dossel No Rito Adonhiramita
RETÁBULO E DOSSEL
NO RITO ADONHIRAMITA
Sergio Emilião
MI - F R+C
OBSERVAÇÕES
• Esta apresentação foi baseada no conteúdo da Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita, e das diversas edições do
Ritual do Grau de Aprendiz Maçom do Rito Adonhiramita, publicadas pelo Grande Oriente do Brasil, GOB, desde 1836, com
maior ênfase para a edição atual datada de 2009.
• Entendimentos de autores maçônicos, da literatura do Ordem em geral, e de publicações leigas também foram utilizadas.
• Os comentários refletem apenas a opinião pessoal do apresentador, e não a posição oficial do Grande Oriente do Brasil ou de
qualquer Potência Simbólica ou Filosófica na qual o Rito Adonhiramita é praticado.
• Todas as dúvidas podem e devem ser dirimidas de forma oficial junto à Secretaria Geral de Orientação Ritualística do Grande
Oriente do Brasil, e nos departamentos correspondentes nas demais Potências.
• O conteúdo desta apresentação é de circulação livre, porém restrita a maçons.
AVISO LEGAL
O ingresso voluntário na sala virtual desta apresentação implica na tácita concordância com a íntegra do que
dispõe a Lei Geral de Proteção de Dados, Lei Federal n° 13.709, de 14.08.2018
INTRODUÇÃO
• Etimologia
• Origem Histórica
• A Prática nas Primeiras Lojas Especulativas
• A Compilação Preciosa
• Os Rituais Brasileiros
• Retábulo e Dossel Atuais
• O Simbolismo Contido nos seus Elementos
• Padrões e Materiais de Fabricação
• Considerações Adicionais
• Conclusão
ETIMOLOGIA - RETÁBULO
• No que diz respeito ao Rito Adonhiramita, o ritual do Grau de Aprendiz publicado pelo GOB
em 1963 inaugura as descrições mais detalhadas tanto da decoração dos Templos, quanto
da ritualística. Este pode ser considerado o divisor de águas no Rito, por assim dizer
• Neste ritual existe menção à decoração que deve existir atrás da cadeira do Venerável
Mestre, nos seguintes termos:
• É uma redação estranha, pouco clara e ambígua. Ao que parece não se tratava
exatamente de um retábulo, mas sim de uma pintura ou aplicação em relevo nas
costas ou espaldar da cadeira do Venerável Mestre, ou ainda parede de fundo do
Templo. Mas creio que possa ser entendido como retábulo pelo menos em finalidade
• Não há menção ao dossel, e pela imagem que vemos à direita, do mesmo ritual,
podemos perceber que não há espaço entre a cadeira do Venerável Mestre e a parede
de fundo do Templo, o que denota que nesta época a circulação na forma do Analema
ainda não era praticada
O RITUAL DE 1969
• Na edição seguinte do ritual do Grau de Aprendiz, publicada pelo GOB em
1969 é mencionado o dossel com a seguinte formatação:
“(...) Sobre o Altar do Venerável Mestre que acaba de ser descrito, deverá haver
um dossel revestido com pano de seda azul celeste com franjas de ouro, ao
centro do qual deverá pender um triângulo equilátero, em cujo centro brilhará um
olho”.
• Esta descrição não foi alterada nas edições seguintes do ritual de Aprendiz, e é
exatamente a mesma do ritual em vigor, publicado pelo GOB em 2009
• Temos ainda essa imagem colorida à direita, que reproduzida deste ritual, para
ilustrar a formatação do retábulo
• Neste ritual fica claro que retábulo e dossel são elementos diferentes, cada um com
símbolos e cores distintas
• Esta edição também determina a existência de um espaço entre a cadeira do
Venerável Mestre e a parede de fundo do Templo, permitindo a circulação como
hoje em dia
• Como vimos, a padronização destes elementos no Rito Adonhiramita só ocorreu
neste século
RETÁBULO E DOSSEL ATUAIS
• Como vimos o dossel não deixa de ser uma representação do céu, um sobrecéu como também é chamado, e isso por si só explicaria a
adoção da cor azul celeste
• Ocorre que a representação do céu em nossos Templos se dá através da Abóboda Celeste, e assim sendo não há necessidade de
representa-lo num outro elemento
• Vimos também que sua inspiração provavelmente teve origem na cobertura dos tronos medievais e nos baldequinos da Igreja Católica,
portanto, deve haver outro simbolismo que não seja o do céu atrelado a ele
• O Venerável Mestre realmente ocupa um trono, chamado por muitos de Trono de Salomão, e sob este ponto de vista faz todo o sentido a
adoção da cor azul como revestimento, já que iconograficamente representa a realeza ou a nobreza
• Esta associação na Europa medieval ocorreu em virtude da dificuldade de fabricação de pigmentos da cor azul que era obtida através
do lápis lazúli dos egípcios, pedra extremamente cara, que restringia o uso do azul às pessoas ricas, principalmente reis e nobres. Vem
daí também a afirmação da nobreza possuir sangue azul
• Outra hipótese é a do Rito Adonhiramita juntamente com o Rito Moderno serem conhecidos como Ritos Azuis, pois apesar de sua
origem francesa adotaram posturas da Maçonaria britânica. Também nesse caso não está afastada a associação com a realeza, já que
as Lojas inglesas dos Modernos possivelmente adotaram essa cor em homenagem à Casa Real
• Quanto às franjas douradas, não há dificuldade em associa-las ao ouro e à riqueza, tanto a dos monarcas como o Salomão bíblico e
presente em nossa Doutrina, que decorou o Templo de Jerusalém com peças de ouro, quanto a riqueza do conhecimento, que todo
maçom pretende alcançar
O MATERIAL DO RETÁBULO
2,10
altura de uma porta convencional, pois assim não haverá interferência do pé
direito do Templo caso este seja baixo, e sobrará espaço suficiente para
instalação do dossel sobre ele sem prejudicar a visão dos seus símbolos
• Quanto aos símbolos, primeiramente devem ter tamanho proporcional para
manter a harmonia do conjunto, e considerando que haverá pessoas sentadas
1,50
à sua frente, o ideal é que a altura do eixo horizontal dos elementos na base
do conjunto se estabeleça no mínimo a 1,50m do chão para possibilitar sua
visibilidade sem obstáculos
• Por fim, para que a passagem por trás seja confortável, o ideal é que o espaço
entre a parede de fundo do Templo e o retábulo seja no mínimo de 60cm
LARGURA DA MESA
O MATERIAL DO DOSSEL
• Também não há norma no ritual com relação ao material a ser utilizado na fabricação do dossel
• O dossel é um elemento prismático, não necessariamente piramidal, que pode ser construído em estrutura metálica, tubular ou de
madeira, e forrada de tecido
• Pode ser atirantado por cabos no teto do Templo, ou fixado em balanço na sua parede de fundo através de mãos francesas ou
estrutura espacial
• A forração pode ser feita em tecido ou lona vinílica, ressaltando que quanto mais pesado for o material mais robusta deverá ser sua
estrutura de sustentação. O ideal é que sejam usados panos leves como cetim e seda
• As franjas podem ser adaptadas de borlas de cortinas, fabricadas em cordas, ou ainda apenas simbolizadas por tiras de tecido
espaçadas horizontalmente e costuradas ao pano de cobertura do dossel, contanto que sejam douradas ou pelo menos
confeccionadas em tecido amarelo ouro
• Novamente o bom senso deverá prevalecer, e as Oficinas ficam livres para escolher o modelo mais adequado às suas posses e à
configuração espacial do Templo
AS DIMENSÕES DO DOSSEL
30cm
60cm
30cm