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2 - Conceitos Basicos Mecanica Materiais 2020.2021 - 9exs
2 - Conceitos Basicos Mecanica Materiais 2020.2021 - 9exs
2 - Conceitos Basicos Mecanica Materiais 2020.2021 - 9exs
Apontamentos Teóricos
de
Elementos de Máquinas I:
Autoria:
Rosa Marat-Mendes
Atualizado por:
2020/2021
ESTSetúbal/IPS Página MM-1
Folhas de Apoio à unidade curricular Elementos de Máquinas I Conceitos Básicos de Mecânica dos Materiais
Índice
Conceitos Básicos de Mecânica dos Materiais .................................................................... 3
2.1. Conceito de tensão.............................................................................................................................. 3
2.1.1. Tração pura.................................................................................................................................................... 3
2.1.2. Flexão pura .................................................................................................................................................... 4
2.1.3. Torção pura ................................................................................................................................................... 5
2.2. Resistência ............................................................................................................................................ 7
2.3. Coeficiente de segurança ............................................................................................................... 10
2.4. Critérios de falha............................................................................................................................... 11
2.4.1. Critério da tensão de corte máxima (Tresca) ............................................................................... 11
2.4.2. Critério da energia de distorção (von Mises) ............................................................................... 12
2.5. Anexo: Tabelas de propriedade mecânicas de alguns aços ............................................... 13
2.6. Exercícios de Aplicação Propostos ............................................................................................. 16
A unidade em SI para tensão é o pascal (Pa), que é uma medida de força por unidade de área. A unidade
da tensão é a mesma que a da pressão. Grandezas de engenharia são normalmente medidas em
megapascal (MPa) ou gigapascal (GPa).
Sendo as unidades de pascal = [Pa] = [N/m2 ], [MPa] = 106 [Pa] ou [MPa] = [N/mm2 ].
A hipótese de uma distribuição de tensões uniforme pode ser, por vezes, considerada em projeto. O
resultado é normalmente designada por tração pura, flexão pura ou torção pura, dependendo de como a
carga é aplicada ao corpo em estudo.
A hipótese de tensão uniforme significa que se cortarmos uma barra numa secção distante das
extremidades e eliminarmos um bocado, pode-se substituir o seu efeito pela aplicação de uma força
uniformemente distribuída de magnitude, 𝜎𝐴, à extremidade cortada (Figura 2.2).
𝐹
𝜎= ( 2.2 )
𝐴
em que:
Exemplo 2.1
Sabendo que, uma barra retangular com 20𝑚𝑚 × 10𝑚𝑚 de lado, está a ser traccionada por uma força
de 50𝑘𝑁, a tensão normal de tração exercida na barra é de 25𝑀𝑃𝑎, i.e,
A tensão máxima que se está a exercer na barra é dada pela equação ( 2.2 ) e sabendo que a área é dada
por 𝐴 = 𝑙𝑎𝑑𝑜 × 𝑙𝑎𝑑𝑜, vem então:
𝐹 50 × 103
𝜎= = = 25 × 106 𝑃𝑎 = 25𝑀𝑃𝑎
𝐴 0.020 × 0.010
Uma barra submetida à ação de dois conjugados iguais e de sentidos opostos que atuam no mesmo
plano longitudinal, está a ser sujeita à flexão pura. O eixo 𝑥 é coincidente com o eixo neutro da secção. O
plano 𝑥𝑧 coincide com o plano neutro. O eixo neutro coincide com o eixo centroidal da secção transversal
(Figura 2.3).
(a) (b)
Figura 2.3 - (a) Flexão pura numa viga; (b) Distribuição das tensões de flexão.
A tensão de flexão varia linearmente com a distância ao eixo neutro 𝑦 e é dada por:
𝑀𝑦 ( 2.3 )
𝜎𝑥 = −
𝐼
A tensão é máxima quando 𝑦 tiver a maior distância ao eixo neutro, dessa forma, a tensão de flexão
máxima é dada por:
𝑀𝑐 ( 2.4 )
𝜎𝑚𝑎𝑥 =
𝐼
em que:
𝑐 – distância máxima ao eixo neutro [𝑚] (para barras submetidas à flexão pura, com secção simétrica nos
dois eixos, a linha neutra passa pelo centro geométrico da secção enquanto as tensões permanecerem em
regime elástico).
Exemplo 2.2
Numa barra quadrangular com 10𝑚𝑚 de lado, sujeita a um momento fletor de 20𝑁𝑚, a tensão máxima
de flexão é de 1200𝑀𝑝𝑎, i.e,
A tensão máxima de flexão que se está a exercer na barra é dada pela equação ( 2.4) e sabendo que o
𝑏ℎ3 0.010×0.0103
momento de Inércia é da dado por 𝐼 = = = 8.33 × 10−10 𝑚4 (Tabela 2.1), vem então:
12 12
0.010
𝑀𝑐 20 ×
𝜎𝑚𝑎𝑥 = = 2 = 1200𝑀𝑃𝑎
𝐼 8.33 × 10−10
Torção refere-se à rotação de uma barra quando carregada por momentos (ou torques) que tendem a
produzir rotação sobre o eixo longitudinal da barra (Figura 2.4(a)). Num veio sujeito à ação de dois
momentos de torção ou torque representados por 𝑀𝑡 ou 𝑇, os dois momentos de torção têm sentidos
opostos e a mesma intensidade podendo ser representados por setas curvas ou setas de vetores de torção
ao longo dos eixos de torção da barra (Figura 2.4(b)). Os vetores são setas que obedecem à regra da mão
direita.
• Membros cilíndricos
todas as seções transversais permanecem submetidos
planas e circulares a torques
e todos e que
os raios transmitem
permanecem potência
retos; através
• o ângulo de rotação entre uma
sãoextremidade
chamados dedaeixos.
barra e outra é pequeno, nem o comprimento da
barra e nem o seu raio irão variar.
𝑀𝑡 𝑐
Ex:𝜏o girabrequim ( 2.5um
de um automóvel ou o eixo propulsor de ) navio. A m
=
𝑚𝑎𝑥
𝐽
eixos tem seções transversais circulares,sólidas ou tubulares
em que:
Salete Souza de Oliveira Buffoni 1
• Desenvolver
𝑀𝑡 ou 𝑇 – momento de torção ou torque aplicado [𝑁𝑚]; fórmulas para as deformações e tensões em barras
[𝑚4 ];
𝐽 – segundo momento polar de inércia de áreasubmetidas à torção.
𝑐 – distância máxima ao eixo neutro [𝑚] •(para
Analisar o estado de
veios submetidos tensãopura,
à torção conhecido como passa
a linha neutra cisalhamento
pelo puro e
centro geométrico da secção, logo 𝑐 = 𝑟𝑎𝑖𝑜). relaçào entre os módulos de elasticidade E e G em tração e cis
𝑀𝑡 𝑐
A tensão de corte máxima que está a ser exercido ao veio é dada pela equação ( 2.5 ), 𝜏𝑚𝑎𝑥 = ,e
𝐽
1 1
sabendo que o momento polar de Inércia é da dado por 𝐽 = 𝜋𝑟 4 = 𝜋 × (0.05)4 = 9.82 × 10−6 𝑚4 (Tabela
2 2
0.010
𝑀Souza
𝑡𝑐
20 ×
Salete
𝜏𝑚𝑎𝑥 = = de 2 Buffoni
Oliveira = 10,18 𝑘𝑃𝑎
𝐽 9.82 × 10−6
Retângulo Semicírculo
Circulo Elipse
Tabela 2.1 – Segundos momentos de área de superfícies com formas geométricas usuais.
2.2. Resistência
Resistência é uma propriedade de um material ou de um elemento mecânico. A resistência de um
elemento depende da escolha, do tratamento e do processo de fabrico do material. Tensão é algo que
acontece a uma peça devido à aplicação de uma força, mas resistência é uma propriedade inerente à peça
devido ao uso de certo material e determinado processo de fabrico.
Muitas das resistências estáticas dependem da informação obtida através de ensaios de tração
padronizados. Estes ensaios utilizam provetes maquinados segundo dimensões pré-estabelecidas (Figura
2.5). Traciona-se lentamente o provete enquanto se observam as cargas e as deformações
correspondentes. A força 𝐹 é convertida em tensão por meio da equação no final do ensaio obtém-se um
gráfico denominado diagrama tensão-extensão ou tensão-deformação.
𝐹 𝐹
𝑙 − 𝑙0 ( 2.6 )
𝜀=
𝑙0
ESTSetúbal/IPS Página MM-7
Folhas de Apoio à unidade curricular Elementos de Máquinas I Conceitos Básicos de Mecânica dos Materiais
Nestas folhas, por se basearem no livro de “Elementos de Máquinas de Shigley”, será usada a letra 𝑆
maiúscula para designar resistência (tensão como propriedade do material), com os subscritos para
designar o tipo de resistência. Consequentemente 𝑆𝑆 é a resistência ao corte, 𝑆𝑦 é a resistência à cedência,
𝑆𝑢 é a resistência à rotura e 𝑆𝑓 é a resistência final.
De acordo com as práticas de engenharia, empregam-se as letras do alfabeto grego 𝜎 (sigma) e 𝜏 (tau)
para designar, respectivamente, tensões normais e de corte.
A Figura 2.6 representa diagramas de tensão-extensão típicos para materiais dúcteis e frágeis.
Materiais dúcteis deformam-se muito mais do que materiais frágeis.
Figura 2.6 – Diagrama tensão-extensão: (a) material dúctil; (b) material frágil.
Qualquer carregamento do material nesta região não altera as dimensões do provete. O ponto 𝑝𝑙 é o limite
de proporcionalidade, esse é o ponto em que a linha começa e deixa de ser reta. A relação tensão-extensão
uniaxial nessa região linear é dada pela lei de Hooke em que a inclinação da reta representa o módulo de
elasticidade ou módulo de Young:
𝜎 = 𝜀𝐸 ( 2.7 )
É a maior tensão que o material pode suportar sem sofrer uma extensão permanente quando a carga for
retirada, ou seja, a partir desse ponto a deformação passa a ser plástica e o material apresentará
deformação permanente quando a carga for retirada. Entre o ponto 𝑝𝑙 e 𝑒𝑙 o diagrama não é uma linha reta
perfeita, no entanto ainda se considera regime elástico.
Este ponto caracteriza o inicio da deformação plástica. É a tensão que produz uma pequena quantidade de
deformação permanente, ou seja de 0,2% (𝜀 = 0.002). Se o provete for descarregado neste ponto, este vai
sofrer um aumento de comprimento permanente definido por 𝑂𝑎.
A tensão correspondente a esse ponto é a tensão de rotura ou de tração e é a maior tensão que o material
atinge no diagrama tensão-extensão.
Alguns materiais, a partir da tensão de rotura a carga decresce dando-se finalmente a fratura no ponto 𝑓.
Há no entanto outros, tais como o ferro fundido e o aço de alta resistência, fraturam enquanto a curva ainda
está a subir (Figura 2.6 (b)) e a tensão de rotura é coincidente com a tensão final.
Desta forma, pode-se concluir que os materiais dúcteis, são materiais que permitem grandes
deformações plásticas antes da fratura. Quando o carregamento atinge um certo valor máximo (𝑆𝑢𝑡 ), o
diâmetro do provete começa a diminuir, devido à perda de resistência local. Após este valor, um
carregamento mais baixo é suficiente para manter o corpo a se deformar, até se dar a rotura (𝑆𝑓 ). Esta
rotura dá-se segundo uma superfície em forma de cone, que forma um ângulo aproximado de 45° com a
superfície perpendicular ao carregamento (Figura 2.7(a)). Materiais dúcteis são exemplo do cobre, do aço
macio e do alumínio.
Quanto aos materiais frágeis, são materiais que fraturam após uma pequena deformação plástica ou
nenhuma. Para os materiais com comportamento frágil, não existe diferença entre a tensão de rotura e a
tensão final (𝑆𝑢𝑡 =𝑆𝑓 ), além de que a deformação até à rotura é muito menor nos materiais frágeis do que nos
materiais dúcteis. A Figura 2.7(b) mostra que a rotura se dá numa superfície perpendicular ao
carregamento. Pode-se concluir daí que a rotura dos materiais frágeis se deve principalmente a tensões
normais. Um material frágil é um material que possui uma elevada dureza (> 500~600) e uma baixa
ductilidade (elongation) (< 5~8%) São exemplos desses materiais, os aços de alta resistência e os ferros
fundidos.
superfície de fratura com aspeto fibroso e baço superfície de fratura com aspeto granular e brilhante
(a) (b)
Figura 2.7 – (a) rotura de um material dúctil; (b) rotura de um material frágil.
Se o critério do projeto for o de evitar a deformação plástica do órgão, a tensão de Resistência é a tensão
de cedência e o componente deve ser projetado de tal forma que a tensão de cedência seja
consideravelmente maior que a tensão normal que essa peça ou elemento irá suportar em condições
normais de funcionamento. Se pelo contrário, o critério for o de evitar a rotura, a tensão de Resistência será
a tensão de rotura do material.
A tensão máxima a que o componente pode estar submetido é chamada de tensão admissível, 𝜎𝑎𝑑𝑚 e o
coeficiente de segurança é dado por:
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑆
𝑛= ou 𝑛 = ( 2.8 )
𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 (𝜎 𝑜𝑢 𝜏)
De onde se depreende que a tensão admissível para esforços normais, vem dada por:
𝜎𝑐 𝑜𝑢 𝜎𝑟
𝜎𝑎𝑑𝑚 = ( 2.9 )
𝑛
A determinação do valor a ser adotado para o coeficiente de segurança, nas muitas aplicações possíveis, é
um dos mais importantes problemas de engenharia. A escolha de um coeficiente de segurança baixo pode
levar a uma possibilidade de rotura. Por outro lado, um coeficiente de segurança muito alto leva a projetos
antieconómicos e pouco funcionais. Deste modo, quando o coeficiente de segurança não é estabelecido à
partida por códigos de projeto ou por normas relativos ao tipo de órgão ou estrutura a dimensionar, este
será um parâmetro de difícil escolha.
A escolha do coeficiente de segurança não é assim uma tarefa fácil e o “grande segredo” prende-se com a
“boa experiência” do projetista.
A título ilustrativo, poder-se-á considerar alguns valores típicos de coeficiente de segurança relativos ao tipo
de material utilizado, ou seja, o coeficiente de segurança do material, e ao tipo de carregamento que esse
material está sujeito, ou seja, o coeficiente de segurança relativo ao carregamento (Tabela 2.2).
Choques 3– 5
𝑛 = 𝑛1 × 𝑛2 ( 2.10 )
São apresentados de seguida, dois dos principais critérios de falha existentes na literatura para
materiais dúcteis.
O caso mais comum de corte de um material dúctil, como o aço carbono, é o deslizamento que ocorre
ao longo dos planos de contato dos cristais que, aleatoriamente ordenados, formam-se no próprio material.
Esse deslizamento deve-se à tensão de corte e, se fizermos um provete fino altamente polido e o
submetermos a um ensaio de tração simples poderá ser visto como a tensão provoca o corte do material
em que as linhas apresentadas mostram claramente os planos de deslizamento, que ocorrem a
aproximadamente 45° do eixo do provete - Figura 2.8. A cedência inicial está associada ao aparecimento da
primeira linha de deslizamento na superfície do provete e, conforme a deformação aumenta, mais linhas de
deslizamento aparecem até́ que todo o provete tenha cedido. Se este deslizamento for considerado o
mecanismo real de falha, então a tensão que melhor caracteriza esta falha é a tensão de corte nos planos
de deslizamento.
Este critério só é aplicável à falha por cedência, pois só nesta está implícito um mecanismo de corte. A falha
ocorre sempre que a tensão de corte máxima aplicada atinja a tensão de corte máxima que está presente
no provete de tração quando este entra em cedência.
𝑠𝑠𝑦
𝜏𝑚𝑎𝑥 ≥ ( 2.11 )
𝑛
𝑆𝑦
𝑆𝑠𝑦 = ( 2.12 )
2
Embora a teoria da tensão de corte máxima (tresca) forneça uma hipótese razoável para a cedência
em materiais dúcteis, a teoria da energia de distorção máxima (von Mises) correlaciona-se melhor com os 1
dados experimentais e, deste modo, é geralmente preferida. Nesta teoria, considera-se que a cedência
ocorre quando a energia associada à mudança de forma de um corpo sob carregamento multiaxial for igual
à energia de distorção num provete de tração, quando a cedência ocorre na tensão de cedência uniaxial
(𝑆𝑦 ).
Este critério, tal como o anterior também só é aplicável à falha por cedência. A falha ocorre sempre que a
energia de distorção verificada num ponto qualquer da peça considerada, atinja o valor da energia de
distorção presente no provete de tração quando este entra em cedência.
Para um estado geral de tensões principais a falha ocorre se a tensão máxima atingir a tensão de cedência:
1
(𝜎1 − 𝜎2 )2 + (𝜎2 − 𝜎3 )2 + (𝜎3 − 𝜎1 )2 2 ( 2.13 )
[ ] ≥ 𝑆𝑦
2
𝑆𝑦 𝑆𝑦
√3(𝜏𝑥𝑦 2 ) ≥ 𝑜𝑢 𝜏𝑥𝑦 ≥ ( 2.16 )
𝑛 √3𝑛
𝑆𝑦 𝑆𝑠𝑦
𝑆𝑠𝑦 = e 𝜏𝑥𝑦 ≥ ( 2.17 )
√3 𝑛
IP.1. Um veio de secção circular de alumínio 𝐴𝐼𝑆𝐼 2011 tem uma força 𝐹 axial aplicada ao longo
do eixo de 100𝑘𝑁.
Qual deve ser o diâmetro mínimo do veio, sabendo que o coeficiente de segurança pretendido é
de 2?
IP.2. Um veio de secção circular em aço AISI 1018 está sujeito à ação de uma força axial F de
22,5kN. Sabendo que o coeficiente de segurança é de 3. Qual deve ser o menor diâmetro, d, do
veio?
𝑭
IP.3. Um veio de secção circular de aço AISI 1144 está sujeito a uma força vertical F de 100kN
aplicada a 0,1m do encastramento. Qual deve ser o menor valor do raio do veio, r, sabendo que o
coeficiente de segurança é de 3 (despreze efeitos de concentração de tensões no
encastramento).
IP.4. Uma barra de aço AISI 1018 de secção rectangular 20 × 60mm está submetida a um
momento flector Mf . Sabendo que se pretende usar um coeficiente de segurança de 2, qual o
máximo momento flector que pode ser aplicado à barra?
𝑴𝒇 𝑴𝒇
IP.5. Uma barra retangular oca em alumínio AISI 2011 está sujeita a um momento fletor numa
das extremidades e está encastrada na outra. Sabendo que se pretende usar um coeficiente de
segurança de 3, qual o valor do momento fletor máximo que pode ser aplicado? (despreze efeitos
de concentração de tensões no encastramento)
64
𝑴𝒇 104 120 𝑚𝑚
80
IP.6. Um veio de alumínio AISI 7075 está sujeito a um momento torsor de Mt = T = 5 Nm. O
coeficiente de segurança pretendido é de 3. Qual deve ser o diâmetro mínimo, D, do veio.
IP.7. Um veio oco de alumínio AISI 7075 está sujeito a um momento torsor, M𝑡 . O coeficiente de
segurança pretendido é de 3. Determinar qual o momento torsor máximo que pode ser aplicado:
a) Quando o veio tem um diâmetro exterior d𝑜 = 100mm, um diâmetro interior di = 50mm e
um comprimento 𝑙 = 250mm.
b) Quando o veio é maciço e do mesmo material com o mesmo peso e o mesmo
comprimento que o da alínea a).
𝑀𝑡
𝑀𝑡
IP.8. Considere um veio de alumínio 7075, sujeito a um momento torsor de 5 N.m, tendo um
raio de 2 mm e um comprimento de 0.5 m. Sabendo que se pretende um coeficiente de segurança
de 3, verifique o veio através dos critérios de falha de Tresca e von Mises.
IP.9. A Máquina de ensaios biaxiais existente no IPS tem a capacidade de realizar ensaios a
provetes de materiais em duas direções distintas e perpendiculares. Assumindo que um provete
cruciforme (conforme figura) é tracionado na direção 1 com 20 kN, e na direção 2 com 10 kN,
determine a tensão de von Mises equivalente e a tensão de Tresca equivalente. Repita o exercício
com a força em 2 igual a 20 kN. A secção do provete é de 10 x 20 mm.