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Relatório Vasos de Pressão
Relatório Vasos de Pressão
Autora:
nº4 – Carla Araújo Perim – 791864
São Carlos - SP
2024
RESUMO
Este relatório aborda a análise de vasos de pressão de aço, de parede grossa e fina,
e objetiva assegurar a segurança e integridade do equipamento, introduzindo o
conceito de “leak before break”. Examina-se a aplicação de materiais apropriados,
como aço-carbono e aços-liga, e métodos analíticos e por elementos finitos para
prever o comportamento do vaso sob pressões internas. Estudos práticos validam
teorias sobre tensões circunferenciais, radiais e longitudinais, destacando a
influência da espessura da parede, principalmente no desenvolvimento de trincas.
Conclui-se que uma modelagem 2D no software Abaqus é suficiente para comprovar
a efetividade dos estudos em questão sobre vasos de pressão.
2
LISTA DE FIGURAS
3
LISTA DE TABELAS
4
LISTA DE SÍMBOLOS
σ𝑙 tensão longitudinal
σ𝑟 tensão radial
ν coeficiente de Poisson
𝐸 módulo de elasticidade
𝑏 raio externo
𝑎 raio interno
𝑝𝑜 pressão externa atuante nas paredes do cilindro
5
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 7
1.1 Objetivos 8
1.2 Revisão Bibliográfica 8
1.3 Fundamentação Teórica 8
1.4 Materiais e Métodos 13
1.4.1 Aço carbono 14
1.4.2 Aços-liga 14
2 DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS 14
2.1 Estudo 1 – Validação da análise teórica 15
2.2 Estudo 2 – Análise 2D de uma trinca 17
3 CONCLUSÃO 20
3.1 Estudo 1 – Validação da análise teórica 20
3.2 Estudo 2 – Análise 2D de uma trinca 20
REFERÊNCIAS 21
6
1 INTRODUÇÃO
Fonte: Alumetal.
7
1.1 Objetivos
𝐷
𝑑𝐹 = 𝑝 𝑑𝐴 = 𝑝𝐿 2
𝑑θ (1)
8
Figura 2 – Determinação analítica da força 𝐹 de pressão.
π
𝑑𝐹 = ∫ 𝑝𝐿
0
( 𝐷
2 )
𝑑θ 𝑠𝑒𝑛θ = 𝑝𝐿
𝐷
2
π
[− 𝑐𝑜𝑠θ]0 (2)
𝐹 = 𝑝𝐷𝐿 (3)
Para manter o equilíbrio, forças 𝑃 de mesmo valor da força total 𝐹 atuam nas
duas seções cortadas da parede do cilindro, permitindo-se reescrever a Equação 3:
𝐹 = 𝑝𝐷𝐿 = 2𝑃 (4)
𝐹 𝑝𝐷𝐿 𝑝𝐷
σ𝑡 = 𝐴
= 2𝑡𝐿
ou σ𝑡 = 2𝑡
(5)
2
π𝐷 𝑝𝐷
π𝐷𝑡σ𝑙 = 4
𝑝 ou σ𝑙 = 4𝑡
(6)
10
ruptura, a falha tenderá a ocorrer ao longo de uma seção ou uma junta longitudinal
do cilindro. Assim, no projeto, a pressão interna permissível dependerá da
resistência da junta longitudinal.
Para Singer e Pytel (1994), a determinação das tensões máximas
transmitidas na seção longitudinal do vaso de pressão de paredes grossas segue
um processo análogo ao utilizado para vasos de paredes finas, empregando as
equações da estática. Porém, enquanto para paredes finas é considerada a hipótese
da distribuição de tensões uniformes ao longo da espessura da parede, o mesmo
não pode ser aplicado para análise de vasos de parede grossa.
na superfície externa é σ𝑟 + 𝑑σ𝑟, já que a tensão radial varia ao longo do raio. Para o
equilíbrio de forças na parede deste cilindro, a soma de todas deve ser igual a zero:
11
Para obter outra relação entre as tensões radiais e tangenciais, supõe-se
que uma seção transversal, normal ao eixo do cilindro, permanece plana após a
deformação e, portanto, que a deformação unitária longitudinal é constante em
qualquer ponto da seção. Aplicando a lei de Hooke no caso de um estado triaxial de
tensões, resulta:
ϵ𝑧 =
1
𝐸 [σ𝑧 − ν(σ𝑟 + σ𝑡)] (9)
2 2 2 2 2 2 2 2
𝑎 𝑝𝑖−𝑏 𝑝𝑜 𝑎 𝑏 𝑝𝑖−𝑝𝑜 ( ) 𝑎 𝑝𝑖−𝑏 𝑝𝑜 𝑎 𝑏 𝑝𝑖−𝑝𝑜 ( )
σ𝑟 = 2 2 − 2 2 2 σ𝑡 = 2 2 + 2 2 2 (10)
𝑏 −𝑎 (𝑏 −𝑎 )𝑟 𝑏 −𝑎 (𝑏 −𝑎 )𝑟
2 2
𝑎 𝑝𝑖
( ) 𝑎 𝑝𝑖
( )
2 2
𝑏 𝑏
σ𝑟 = 2 2 1 − 2 σ𝑡 = 2 2 1 + 2 (11)
𝑏 −𝑎 𝑟 𝑏 −𝑎 𝑟
2
𝑏
τ𝑚á𝑥 = 2 2 𝑝𝑖 (12)
𝑏 −𝑎
13
1.4.1 Aço carbono
1.4.2 Aços-liga
Os aço-liga são, no geral, mais caros que o aço carbono, além de serem de
manuseio mais difícil, mas são bons substitutos para os casos nos quais o aço
carbono não é recomendável.
Para vasos de pressão de paredes grossas, é mais apropriada a utilização
de aços liga manganês, que são aços com até 1,6% de manganês, podendo conter,
às vezes, uma pequena quantidade de molibdênio e/ou níquel. O alto teor de
manganês é destinado a aumentar a resistência mecânica de chapas grossas
(acima de 50 mm, por exemplo) sem causar perdas em soldabilidade e tenacidade.
Essas chapas podem ser empregadas em vasos de pressão de grandes dimensões
ou que irão trabalhar em elevadas condições de pressão (SILVA, 2017).
2 DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
14
2.1 Estudo 1 – Validação da análise teórica
(a)
(b)
Fonte: CANTO (2023).
15
Figura 8 – Resultados no Abaqus de vasos de pressão de paredes grossas.
Caso 1 Caso 2
Equação
𝑎 = 100 𝑚𝑚 ; 𝑏 = 110 𝑚𝑚 𝑎 = 100 𝑚𝑚 ; 𝑏 = 125 𝑚𝑚
𝑝𝐷
σ𝑡 = σ𝑡 = 157, 5 𝑀𝑃𝑎 σ𝑡 = 67, 5 𝑀𝑃𝑎
2𝑡
𝑝𝐷
σ𝑙 = σ𝑙 = 78, 75 𝑀𝑃𝑎 σ𝑙 = 33, 75 𝑀𝑃𝑎
4𝑡
2
𝑎 𝑝𝑖
( )
2
σ𝑟 = 1 −
𝑏 σ𝑟 = − 15 𝑀𝑃𝑎 σ𝑟 = − 15 𝑀𝑃𝑎
2 2 2
𝑏 −𝑎 𝑟
2
𝑎 𝑝𝑖
(1 + )
2
σ𝑡 =
𝑏 σ𝑡 = 157, 86 𝑀𝑃𝑎 σ𝑡 = 68, 33 𝑀𝑃𝑎
2 2 2
𝑏 −𝑎 𝑟
2
𝑏
τ𝑚á𝑥 = 2 2 𝑝𝑖 τ𝑚á𝑥 = 86, 43 𝑀𝑃𝑎 τ𝑚á𝑥 = 41, 66 𝑀𝑃𝑎
𝑏 −𝑎
16
2.2 Estudo 2 – Análise 2D de uma trinca
17
Figura 10 – Representação do cilindro conforme ampliação da deformação.
18
Figura 12 – Tabela comparativa entre as diferentes discretizações.
20
REFERÊNCIAS
21