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Filosofia

Professor: Bruno Pereira de Oliveira


CONTRATO SOCIAL
O contrato social é um conceito da filosofia política usado para entender a
origem e a legitimidade dos sistemas políticos.

A ideia por trás do contrato social é que em algum ponto hipotético no


passado os seres humanos não tinham nem governos nem leis.

Para proteger seu bem-estar físico e criar condições para a prosperidade,


eles chegaram a um acordo: em troca da estabilidade e segurança oferecidas
pela lei, todos deveriam abrir mão de algumas de suas liberdades originais
para um governo.
Contratualismo: Doutrina que considera a sociedade humana e o estado
originados por um acordo ou contrato estabelecido entre os indivíduos
autônomos.
O contrato social se opõe ao estado de natureza que pode ser
compreendido como uma manifestação da Anarquia.

O contrato social odeia a anarquia.

O contrato social é um chato!!


Basicamente é o que faz você ter certeza de que algumas ações não
podem ser feitas pois elas devem ter certas consequências.

Vários teóricos vão dizer que esse contrato (e a vida em sociedade)


configura na verdade, uma prisão.
Thomas Hobbes (1588-1679).

John Locke (1632-1704).

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778).


Parte 1 – O Estado de Natureza
Estado de Natureza é o comportamento do
homem quando não existem regras, e se
não existem regras as ações de cada
pessoa são limitadas pela sua própria
decisão.
O conceito de Estado de Natureza é uma abstração teórica que se
refere a um "momento" em que os seres humanos organizavam-se
apenas sob as leis da natureza.

É um momento anterior ao surgimento de qualquer tipo de organização


social e do Estado Civil.
Para Hobbes, os seres humanos possuem uma tendência natural à violência.
Daí, sua célebre frase:

“O homem é o lobo do homem.”

Por conta de seu intelecto, os seres humanos dominam a natureza, mas


encontram em outros seres humanos os seus grandes rivais, seus
verdadeiros predadores naturais.

Os desejos dos indivíduos em estado de natureza gerariam disputas que


poderiam levar à morte de uma das partes do conflito.
A única opção racional era estabelecer um contrato social em que o povo
perdesse a autoridade sobre o líder.

Segundo Hobbes, o estado de natureza era tão ruim que, por mais tirânico ou
arbitrário que seja um governante, é preferível a ele.

Portanto, as pessoas não têm o direito de se rebelar.

Hobbes também argumentou que o soberano deve ter poder incondicional e


absoluto sem contrapoderes.
Soberano vs Proprietário
Locke, o "pai do liberalismo". Isso se deve fundamentalmente por sua
concepção da propriedade como um direito natural dos seres humanos.

Diferente de Hobbes, afirma que os seres humanos em estado de


natureza não vivem em guerra, tendem a uma vida pacífica por sua
condição de liberdade e igualdade.
"Ser livre é ter a liberdade de ditar suas ações e dispor de seus bens, e de
todas as suas propriedades, de acordo com as leis regentes. Dessa forma,
não ser sujeito à vontade arbitrária de outros, podendo seguir livremente a sua
própria vontade.”
-Locke
Rousseau, filósofo suíço, entende o ser humano em estado de natureza bem
diferente dos seus predecessores.

Rousseau afirma que o ser humano é naturalmente bom.


Em estado de natureza, viveria uma vida
isolada dos demais, plenamente livre e
feliz.

O indivíduo seria o "bom selvagem"


inocente e incapaz de praticar o mal,
como os outros animais.

https://filosofianaescola.
com/politica/o-bom-
selvagem-de-rousseau/
Entretanto, esse estado termina quando por algum motivo particular, um
indivíduo cerca um pedaço de terra e o classifica como seu.

O surgimento da propriedade privada é o motor gerador de


desigualdades e violência.

O homem nasce bom e a sociedade o corrompe.


PARTE 2 – A NECESSIDADE
DO CONTRATO
https://www.teoeominimund
o.com.br/2018/08/30/rousse
au-tirinha-sobre-a-
liberdade-facebook/
Os contratualistas queriam explicar como e porque os indivíduos são
capazes de abrir mão de liberdades individuais em benefício da
harmonia política e social de todos.

Eles também procuravam entender como garantir (e se deve ser


garantida) a preservação da liberdade do homem ao mesmo tempo que
se anseia pelo o bem-estar coletivo.
Pela necessidade de segurança e, principalmente, por receio de uma morte
violenta, os indivíduos preferem abrir mão de seu direito à liberdade e
igualdade dados pela natureza.

Sendo assim, celebram um pacto ou contrato social no qual passam a estar


submetidos a um governo que possa, através das leis, garantir-lhes uma vida
segura.

Os seres humanos abandonam o Estado de Natureza e dão origem ao Estado


Civil por meio do contrato social.
De acordo com Hobbes, por conta de seu intelecto, os seres humanos
dominam a natureza, mas encontram em outros seres humanos os seus
grandes rivais, seus verdadeiros predadores naturais.

Os desejos dos indivíduos em estado de natureza gerariam disputas que


poderiam levar à morte de uma das partes do conflito.
Pela necessidade de segurança e, principalmente, por receio de uma morte
violenta, os indivíduos preferem abrir mão de seu direito à liberdade e
igualdade dados pela natureza.

Sendo assim, celebram um pacto ou contrato social no qual passam a estar


submetidos a um governo que possa, através das leis, garantir-lhes uma vida
segura.

Os seres humanos abandonam o Estado de Natureza e dão origem ao


Estado Civil por meio do contrato social.
De acordo com Locke, os indivíduos ao nascer receberiam da natureza,
o direito à vida, à liberdade e aos bens que tornam possíveis os dois
primeiros.

Isto é, o direito à propriedade privada.

O indivíduo em estado de natureza, por seus desejos e por sua


liberdade, acabaria entrando em conflito com outros indivíduos.
Como cada uma das partes defenderia seu próprio interesse, tornou-se
necessária a criação de um poder mediador ao qual todos se submetessem.

Sendo assim, o indivíduo abandona o estado de natureza, celebrando o


contrato social.

Com isso, o Estado deve desempenhar o papel de árbitro nos conflitos,


evitando injustiças e, consequentemente, a vingança daquele que se sentiu
injustiçado.

Tendo em vista sempre, a garantia do direito natural à propriedade.


Locke afirma que a função do estado é interferir o mínimo possível na
vida dos indivíduos, atuando apenas na mediação de conflitos e na
defesa do direito à propriedade.

“Onde não há lei, não há liberdade.”


Para Rousseau, o surgimento do estado de sociedade onde os
possuidores (aqueles que detém a posse de algo) lutam contra aqueles
que não possuem bens.

Pela extinção dessa insegurança, o contrato social faz com que os


indivíduos abandonem o estado de natureza e assumam a liberdade civil.

Vivam sob o controle de um Estado que deve realizar estritamente a


vontade geral.

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