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Carma

Karma[3] ou carma (do sânscrito कर्म,


transl karma; em páli: kamma) significa
em sânscrito uma ação, obra ou feito, e
seu efeito ou consequências.[4] Nas
religiões indianas, o termo refere-se mais
especificamente a um princípio de causa
e efeito, muitas vezes chamado
descritivamente de princípio do carma,
em que a intenção e as ações de um
indivíduo (causa) influenciam o futuro
desse indivíduo (efeito), em retribuição
moral:[5] boa intenção e boas ações
contribuem para um bom carma e
renascimentos mais felizes, enquanto as
más intenções e más ações contribuem
para um mau carma e maus
renascimentos.[6][7]

O nó sem fim simboliza a interdependência dos darmas em cossurgimento, incluindo o ciclo de renascimento,
segundo os princípios de "Método e Sabedoria", ou Compaixão (Karuṇā) e Sabedoria (Prajna).[1][2]

O conceito de carma está intimamente


associado à ideia de renascimento em
muitas escolas de religiões indianas
(particularmente hinduísmo, budismo,
jainismo e siquismo),[8] bem como o
taoismo.[9] Nessas escolas, o carma no
presente afeta o futuro da pessoa na
vida atual, bem como a natureza e a
qualidade das vidas futuras—o
saṃsāra.[10][11] Conceitos semelhantes
de causa e efeito em ciclos de vidas
foram também desenvolvidos no
ocidente, principalmente na filosofia
grega, no espiritismo e na teosofia. Esse
conceito também foi adotado na cultura
popular e espiritualidade moderna, por
exemplo em ditados do senso comum de
que os eventos que acontecem após as
ações de uma pessoa podem ser
considerados consequências naturais.

Definição
O termo karma (em sânscrito: कर्म; em
páli: kamma) refere-se tanto à 'ação,
obra, ação, ato' executado quanto ao
'objeto, intenção'.[6]

Wilhelm Halbfass (2000) explica carma


(karman) contrastando-o com a palavra
sânscrita kriya:[6] enquanto kriya é a
atividade junto com os passos e o
esforço em ação, karma é (1) a ação
executada como consequência dessa
atividade, bem como (2) a intenção do
ator por trás de uma ação executada ou
de uma ação planejada (descrita por
alguns estudiosos[12] como resíduo
metafísico deixado no ator). Uma boa
ação cria um bom carma, assim como
uma boa intenção. Uma má ação cria um
mau carma, assim como a má
intenção.[6]

A dificuldade em chegar a uma definição


de carma surge por causa da diversidade
de pontos de vista entre as escolas do
hinduísmo; algumas, por exemplo,
consideram o carma e o renascimento
ligados e simultaneamente essenciais,
outras consideram o carma mas não o
renascimento como essencial, e alguns
poucos discutem e concluem que o
carma e o renascimento são uma ficção
defeituosa.[13] O budismo e o jainismo
têm seus próprios preceitos de carma.
Assim, o carma não tem uma, mas várias
definições e significados diferentes.[14] É
um conceito cujo significado,
importância e alcance variam entre as
várias tradições originárias da Índia e
várias escolas em cada uma dessas
tradições. Wendy O'Flaherty afirma que,
além disso, há um debate em andamento
sobre se o carma é uma teoria, um
modelo, um paradigma, uma metáfora ou
uma postura metafísica.[15]

Princípio do carma
Carma também se refere a um princípio
conceitual que se originou na Índia,
muitas vezes chamado descritivamente
de princípio do carma, e às vezes a teoria
do carma ou a lei do carma.[16]

No contexto da teoria, o carma é


complexo e difícil de definir.[15]
Diferentes escolas de indologia derivam
diferentes definições para o conceito de
antigos textos indianos; sua definição é
uma combinação de (1) causalidade que
pode ser ética ou não ética; (2)
eticização, ou seja, boas ou más ações
têm consequências; e (3)
renascimento.[15][17] Outros indologistas
incluem na definição aquilo que explica
as circunstâncias presentes de um
indivíduo com referência às suas ações
no passado. Essas ações podem ser
aquelas na vida atual de uma pessoa ou,
em algumas escolas de tradições
indianas, possivelmente ações em suas
vidas passadas; além disso, as
consequências podem resultar na vida
atual ou na vida futura de uma
pessoa.[15][18] A lei do carma opera
independentemente de qualquer
divindade ou processo de julgamento
divino.[19]

Causalidade
Carma como ação e reação: uma representação na arte indiana de que se mostrarmos bondade, colheremos
bondade

Um tema comum às teorias do carma é


o seu princípio de causalidade.[16] Essa
relação entre carma e causalidade é um
motivo central em todas as escolas de
pensamento hindus, budistas e
jainistas.[20] Uma das primeiras
associações do carma com a
causalidade ocorre na Brihadaranyaka
Upanishad do hinduísmo. Por exemplo,
em 4.4.5-6, ele afirma:
Agora como um homem é tal
ou qual,
conforme ele age e conforme
ele se comporta, assim ele
será;
um homem de bons atos se
tornará bom, um homem de
maus atos, mau;
ele se torna puro por atos
puros, mau por atos maus;

E aqui dizem que uma pessoa


consiste em desejos,
e como é seu desejo, assim é
sua vontade;
e como é sua vontade, assim é
sua ação;
e toda ação que fizer, tal ele
ceifará.

— Brihadaranyaka Upanishad,
século VII a.C.[21][22]

A teoria do carma como causação


sustenta que: (1) as ações executadas
por um indivíduo afetam o indivíduo e a
vida que ele vive, e (2) as intenções de
um indivíduo afetam o indivíduo e a vida
que ele vive. Ações desinteressadas, ou
ações não intencionais, não têm o
mesmo efeito cármico positivo ou
negativo, como ações interessadas e
intencionais. No budismo, por exemplo,
ações que são realizadas, ou surgem, ou
se originam sem qualquer má intenção
como cobiça, são consideradas não
existentes em impacto cármico ou
neutras em influência para o indivíduo.[23]

Outra característica de causalidade,


compartilhada pelas teorias cármicas, é
que ações semelhantes levam a efeitos
semelhantes. Assim, o bom carma
produz um bom efeito no ator, enquanto
o mau carma produz um mau efeito.
Esse efeito pode ser material, moral ou
emocional—ou seja, o carma de uma
pessoa afeta tanto a felicidade quanto a
infelicidade.[20] O efeito do carma não
precisa ser imediato; o efeito do carma
pode ser mais tarde na vida atual e, em
algumas escolas, se estende a vidas
futuras.[24]

A consequência ou os efeitos do carma


de alguém podem ser descritos de duas
formas: phala e samskara. O phala (do
sânscrito, lit. 'fruto' ou 'resultado') é o
efeito visível ou invisível que é
tipicamente imediato ou dentro da vida
atual. Em contraste, um samskara (em
sânscrito: संस्कार) é um efeito invisível,
produzido dentro do ator por causa do
carma, transformando o agente e
afetando sua capacidade de ser feliz ou
infeliz em sua vida atual e futura. A teoria
do carma é frequentemente apresentada
no contexto dos samskaras.[20][25]
Também se refere que o "fruto" é
resultado de bīja (em sânscrito:
"semente"): das sementes plantadas pelo
comportamento e disposições do
passado; nisso, segundo a Encyclopedia
of Religion, acadêmicos vêem a origem
do conceito como vinculada a analogias
agrárias e ecológicas do contexto
indiano, em que se compara a vida e o
ciclo de renascimentos às condições de
estações, cultivo e colheitas.[26] Karl
Potter (1964) e Harold Coward (1983)
sugerem que o princípio cármico
também pode ser entendido como um
princípio de psicologia e hábito.[16][27]
Carma semeia hábitos (vāsanā), e
hábitos criam a natureza do homem. O
carma também semeia a autopercepção,
e a percepção influencia a forma como a
pessoa vivencia os eventos da vida.
Tanto os hábitos quanto a
autopercepção afetam o curso da vida
de uma pessoa. Quebrar maus hábitos
não é fácil: requer esforço cármico
consciente.[16][28] Assim, psique e hábito,
de acordo com Potter e Coward, ligam o
carma à causalidade na literatura indiana
antiga.[16][29] A ideia de carma pode ser
comparada à noção de 'caráter' de uma
pessoa, pois ambos são uma avaliação
da pessoa e determinados pelo
pensamento e ação habituais dessa
pessoa.[11]
A sua racionalidade forneceu também
explicação causal filosófica para
fenômenos naturais individuais de outra
maneira inexplicáveis no pensamento
religioso de ordem cósmica, como
moléstias do corpo e desejos inatos,
conforme exemplos no Nyāya Sūtra:
"alegria, medo e angústia [vistos no
rosto] de um recém-nascido só podem
ser o resultado de memórias
[inconscientes] de experiências em vidas
anteriores [já que as causas de tais
emoções ainda não foram
experimentadas nesta vida]" e "o desejo
do recém-nascido pelo leite materno
surge de ter amamentado em uma vida
anterior".[30]
Eticização

O segundo tema comum às teorias do


carma é a eticização. Isso começa com
a premissa de que toda ação tem uma
consequência,[10] que se concretizará
nesta vida ou em uma vida futura; assim,
atos moralmente bons terão
consequências positivas, enquanto atos
ruins produzirão resultados negativos. A
situação atual de um indivíduo é assim
explicada por referência a ações em sua
vida presente ou em vidas anteriores. O
carma não é em si 'recompensa e
punição', mas a lei que produz
consequências.[31] Wilhelm Halbfass
(1998) observa que o bom carma é
considerado como dharma e leva a punya
('mérito'), enquanto o mau carma é
considerado Adarma e leva a pāp
('demérito, pecado').[32]

Reichenbach (1988) sugere que as


teorias do carma são uma teoria ética.[20]
Isso ocorre porque os antigos
estudiosos da Índia ligavam intenção e
ação real ao mérito, recompensa,
demérito e punição. Uma teoria sem
premissa ética seria uma pura relação
causal; o mérito ou recompensa ou
demérito ou punição seria o mesmo
independentemente da intenção do ator.
Na ética, as intenções, atitudes e desejos
de uma pessoa são importantes na
avaliação de sua ação. Onde o resultado
não é intencional, a responsabilidade
moral por ele é menor do ator, mesmo
que a responsabilidade causal possa ser
a mesma independentemente.[20] Uma
teoria do carma considera não apenas a
ação, mas também as intenções,
atitudes e desejos do ator antes e
durante a ação. O conceito de carma,
portanto, encoraja cada pessoa a buscar
e viver uma vida moral, bem como evitar
uma vida imoral. O sentido e
significância do carma são, portanto,
como um bloco de construção de uma
teoria ética.[33]
A interpretação vitoriana via
negativamente a ética da doutrina
indiana do carma como fatalismo e
passividade, mas essa noção é
superada.[34][35] Sociologicamente, Max
Weber e Peter Berger admitem suas
funções estruturantes, como a de
superação de anomia, e ambos o
enquadram como uma teodiceia racional
que explica o problema do mal em um
universo moralmente constituído.[36] Max
Weber afirma:[37]

"A doutrina do carma


transformou o mundo em um
cosmos estritamente racional e
eticamente determinado;
representa a teodiceia mais
consistente já produzida na
história".

E, por sua vez, Peter Berger diz: "No outro


polo do continuum racional-irracional
das teodiceias, o mais racional,
encontramos o complexo karma-
samsara".[38]

Charles Keyes considera, a partir de seus


estudos do budismo no Sudeste
Asiático, que o conceito de carma é
adotado como último recurso de
explicação a infortúnios inevitáveis ou
incontroláveis de outro modo. Assim,
Holly Gayley indica também o papel de
assumir um carma coletivo como forma
de expressar remediação e centralizar a
agência de uma sociedade que sofreu
trauma cultural, pois fornece controle
interpretativo das catástrofes e evita
colapso de sistemas de sentido.[36][39]

Renascimento

O terceiro tema comum das teorias do


carma é o conceito de reencarnação ou
o ciclo de renascimentos
(saṃsāra).[10][40] O renascimento é um
conceito fundamental do hinduísmo,
budismo, jainismo e siquismo.[11]
Renascimento, ou saṃsāra, é o conceito
de que todas as formas de vida passam
por um ciclo de reencarnação, ou seja,
uma série de nascimentos e
renascimentos. Os renascimentos e a
vida consequente podem estar em
diferentes reinos, condições ou formas.
As teorias do carma sugerem que o
reino, a condição e a forma dependem
da qualidade e quantidade do carma.[41]
Nas escolas que acreditam no
renascimento, a alma de cada ser vivo
transmigra (recicla) após a morte,
carregando as sementes dos impulsos
cármicos da vida recém-concluída, para
outra vida e período de carmas.
Considera-se que este ciclo continua
indefinidamente, exceto para aqueles
que conscientemente quebram este ciclo
alcançando moksha.[10][42]

O conceito tem sido intensamente


debatido na literatura antiga da Índia;
com diferentes escolas de religiões
indianas considerando a relevância do
renascimento como ficção essencial,
secundária ou desnecessária.[13]
Hiriyanna (1949) sugere que o
renascimento é um corolário necessário
do carma;[43] Yamunacharya (1966)
afirma que o carma é um fato, enquanto
a reencarnação é uma hipótese;[44] e
Creel (1986) sugerem que carma é um
conceito básico, renascimento é um
conceito derivado.[45]
A teoria do 'carma e renascimento'
levanta inúmeras questões—tais como,
quando e por que o ciclo começou em
primeiro lugar, qual é o mérito cármico
relativo de um carma versus outro e por
quê, e quais evidências existem de que o
renascimento realmente acontece, entre
outras. Várias escolas do hinduísmo
perceberam essas dificuldades,
debateram suas próprias formulações,
algumas chegando ao que consideravam
teorias internamente consistentes,
enquanto outras escolas a modificaram
e desenfatizaram, enquanto algumas
escolas do hinduísmo como a dos
charvacas (ou Lokayata) abandonaram a
teoria do 'carma e renascimento'
completamente.[6][46][47] As escolas do
budismo consideram o ciclo carma-
renascimento como parte integrante de
suas teorias de soteriologia.[48][49]

Carma coletivo

Nos sistemas filosóficos hindus, o carma


é individual, não é transferível e nem
diluído em grupo.[50] Porém, na escola
Vaisheshika, considera-se que ações
cármicas geram forças invisíveis (adṛṣṭa)
de mérito e demérito (darma e adarma),
que podem influir com efeitos sobre
ocorrências físicas tal como em "carma
grupal", como um comentarista chega a
afirmar: "eventos como terremotos são
indicadores do bem e do mal ... para os
habitantes da terra".[30][51]

No budismo, resultados cármicos são


sempre dependentes do envolvimento
volitivo de cada indivíduo. É possível
considerar um "carma de grupo" caso os
participantes sejam complícitos na
volição, como em um exemplo de
Vasubandhu, de que quando um exército
mata, todos os soldados são tão
carmicamente envolvidos quanto quem
ordena a matança, caso todos
compartilhem a intenção; assim
também, segundo Peter Harvey, pode
haver consequências da teoria em outros
contextos, como por exemplo de alguém
que apoia más decisões passadas de
uma nação e que essa volição gerará
resultados.[52]

No budismo modernista e tibetano há


ocorrências de conceito de carma
coletivo, mas não se nega
responsabilidade individual.[53][36]
Existem referências recentes a tipos
distintos de "carma de grupo": "carma de
transbordamento", "carma de família" e
"carma nacional"―não, porém, sem
críticas dentro do próprio budismo por
outros expoentes. Há noção de "carma
de transbordamento" em passagens
antigas do budismo teravada que
sugerem que os efeitos vão além do
individual na interdependência das ações
cármicas, bem como existe associação
contemporânea de que as ações de
piedosos ou de um governante, como
nos conceitos de realeza budista, trazem
resultados coletivos, como o aumento de
mérito de uma nação ou a expiação
comunal dos delitos. Porém, segundo
James P. McDermott, não havia um
conceito sistemático de carma grupal no
budismo inicial.[53][36]

No Iogachara, Vasubandhu também


articula a concordância intersubjetiva de
carmas para a constituição da realidade
psíquica coletivamente
compartilhada:[54]
"O caso dos pretas (fantasmas
famintos) dão conta da
concordância intersubjetiva de
que, ao olharem para a água,
apenas eles, não outros seres,
veem rios de pus, urina,
excremento, e alucinam
coletivamente os demônios
como os guardiões do inferno.
Embora pus, urina,
excrementos e os guardiões do
inferno sejam inexistentes
externamente, devido ao
amadurecimento de seu carma
coletivo, os pretas
experimentam exclusivamente
a série de cognições (vijñapti),
enquanto outros seres não
encontram tal experiência (Viṃ
3, Sems tsam shi)."

No Vaibhāṣika, considera-se que a


realização de ações dentro de um
coletivo de indivíduos afeta todo o
universo, o qual, por sua vez, resulta
como um "carma coletivo" de todos os
seres, o que é chamado de "fruto da
dominância".[55]

Richard Seaford afirma que o conceito de


carma pode ter surgido na sociedade
indiana através da introjeção da noção
transcendente de valor monetário, e que,
assim como o dinheiro, ambos são
adquiridos e acumulados
individualmente, em contraste com os
princípios universais de Darma e Ṛta.
Porém, ele sugere que a ideia de carma
coletivo pode também ter surgido a
partir da noção de que o dinheiro
também pode ser uma propriedade
coletiva.[56]

Desenvolvimento inicial

O lótus pode representar simbolicamente o carma em muitas tradições asiáticas. Uma flor de lótus desabrochando é
uma das poucas flores que simultaneamente carrega sementes dentro de si enquanto floresce. A semente é vista
simbolicamente como causa; a flor, o efeito. Lótus também é considerado como uma recordação de que se pode
crescer, compartilhar bom carma e permanecer imaculado mesmo em circunstâncias lamacentas.[57]

A palavra sânscrita védica kárman-


(nominativo kárma) significa 'obra' ou
'ação',[58] frequentemente usada no
contexto dos rituais srautas.[59] No
Rigveda, a palavra ocorre cerca de 40
vezes.[58] Em Satapatha Brahmana
1.7.1.5, o sacrifício é declarado como a
"maior" das obras; Satapatha Brahmana
10.1.4.1 associa o potencial de se tornar
imortal (amara) com o carma do
sacrifício agnicayana.[58]

A primeira discussão clara da doutrina


do carma está nas Upanixades.[10][60] Por
exemplo, causalidade e eticização são
declaradas na Bṛhadāraṇyaka Upaniṣad
3.2.13:[61]

"Verdadeiramente, a pessoa se
torna boa por meio de boas
ações, e má por meio de más
ações."

Alguns autores[62] afirmam que o


samsara (transmigração) e a doutrina do
carma podem ser não-védicos, e que as
ideias podem ter se desenvolvido nas
tradições "shramanas" que precederam o
budismo e o jainismo. Outros afirmam
que algumas das ideias complexas da
antiga teoria emergente do carma
fluíram de pensadores védicos para
pensadores budistas e jains.[15][63] As
influências mútuas entre as tradições
não são claras e provavelmente foram
codesenvolvidas.[64]

Muitos debates filosóficos em torno do


conceito são compartilhados pelas
tradições hindu, jainista e budista, e os
primeiros desenvolvimentos em cada
tradição incorporaram diferentes ideias
novas.[65] Por exemplo, os budistas
permitiam a transferência de carma de
uma pessoa para outra e ritos sraddha,
mas tiveram dificuldade em defender a
racionalidade.[65][66] Em contraste, as
escolas hindus e o jainismo não
permitiriam a possibilidade de
transferência de carma.[67][68]

No hinduísmo
O conceito de carma no hinduísmo se
desenvolveu e evoluiu ao longo dos
séculos. As primeiras Upanixades
começaram com as perguntas sobre
como e por que o homem nasce e o que
acontece após a morte. Como respostas
a esta última, as primeiras teorias
nesses antigos documentos sânscritos
incluem pancagni vidya (a doutrina dos
cinco fogos), pitryana (o caminho cíclico
dos pais) e devayana (o caminho dos
deuses que transcende o ciclo).[69]
Aqueles que fazem rituais superficiais e
buscam ganho material, afirmavam
esses antigos estudiosos, viajam pelo
caminho de seus pais e reciclam de volta
para outra vida; aqueles que renunciam a
estes, vão para a floresta e buscam o
conhecimento espiritual, foram
reivindicados como subindo no caminho
superior dos deuses. São estes que
quebram o ciclo e não renascem.[70] Com
a composição dos Épicos – a introdução
do homem comum ao darma no
hinduísmo – as ideias de causalidade e
elementos essenciais da teoria do carma
foram sendo recitados em histórias
folclóricas. Por exemplo:
"Conforme o próprio homem
semeia, ele mesmo colhe;
nenhum homem herda o ato
bom ou mau de outro homem.
O fruto é da mesma qualidade
que a ação."

— Mahabharata, xii.291.22[71]

O 6º capítulo do Anushasana Parva (o


Livro de Ensino), o 13º livro do
Mahabharata, abre com Yudhishthira
perguntando a Bhishma: "O curso da vida
de uma pessoa já está destinado, ou o
esforço humano pode moldar a vida de
alguém?"[72] O futuro, responde Bhishma,
é tanto uma função do esforço humano
atual derivado do livre arbítrio quanto
das ações humanas passadas que
determinam as circunstâncias.[73]
Repetidamente, os capítulos do
Mahabharata recitam os principais
postulados da teoria do carma. Ou seja:
intenção e ação (carma) têm
consequências; o carma permanece e
não desaparece; e, todas as experiências
positivas ou negativas na vida requerem
esforço e intenção.[74] Por exemplo:

"A felicidade vem devido às


boas ações, o sofrimento
resulta das más ações,
por ações, todas as coisas são
obtidas, por inação, nada é
desfrutado.
Se a ação de alguém não
produzisse frutos, então tudo
seria inútil,
se o mundo funcionasse
apenas pelo destino, seria
neutralizado."

— Mahabharataxiii.6.10 & 19[75]

Ao longo do tempo, várias escolas do


hinduísmo desenvolveram muitas
definições diferentes de carma, algumas
fazendo o carma parecer bastante
determinista, enquanto outras abrem
espaço para o livre arbítrio e a ação
moral.[76] Entre as seis escolas do
hinduísmo mais estudadas, a teoria do
carma evoluiu de diferentes maneiras,
conforme seus respectivos estudiosos
raciocinavam e tentavam abordar as
inconsistências internas, implicações e
questões da doutrina do carma. De
acordo com o professor Wilhelm
Halbfass,[6]

A escola Niaia do hinduísmo considera


o carma e o renascimento como
centrais, com alguns estudiosos
niaias, como Udaiana, sugerindo que a
doutrina do Carma implica que Deus
existe.[77]
A escola Vaisesica não considera
muito importante a doutrina do carma
de vidas passadas.
A escola Sânquia considera o carma
de importância secundária
(secundário a prakrti).
A escola Mimamsa dá um papel
insignificante ao carma de vidas
passadas, desconsidera o samsara e o
moksa.[78]
A escola de Ioga considera o carma de
vidas passadas como secundário, o
comportamento e a psicologia de uma
pessoa na vida atual é o que tem
consequências e leva a
emaranhados.[79]
As escolas do Vedanta (incluindo
Advaita) aceitam a doutrina do carma,
e elas sustentam que ela não funciona
em seu próprio poder, em vez disso,
eles pensam que Deus (Isvara) é o
dispensador do fruto (phala) do carma.
Esta ideia é defendida nos
Brahmasutras (3.2.38).[80][81]

As escolas acima ilustram a diversidade


de pontos de vista, mas não são
exaustivas. Cada escola tem subescolas
no hinduísmo, como a do não-dualismo e
o dualismo sob o Vedanta. Além disso,
existem outras escolas de filosofia
indiana como Charvaca (ou Lokayata; os
materialistas) que negavam a teoria do
carma-renascimento, bem como a
existência de Deus; para esta escola não-
védica, as propriedades das coisas vêm
da natureza das coisas. A causalidade
emerge da interação, das ações e da
natureza das coisas e das pessoas,
princípios determinantes como o carma
ou Deus são desnecessários.[82][83]

No budismo
Carma e karmaphala são conceitos
fundamentais no budismo,[84][85] que
explicam como nossas ações
intencionais nos mantêm ligados ao
renascimento no samsara, enquanto o
caminho budista, como exemplificado no
Nobre Caminho Óctuplo, nos mostra a
saída do samsara.[86][87]
O ciclo de renascimento é determinado
pelo carma, literalmente 'ação'.[88][nota 1]
Karmaphala (onde phala significa 'fruto,
resultado')[94][95][96] refere-se ao 'efeito' ou
'resultado' do carma.[97][98] O termo
similar karmavipaka (onde vipāka
significa 'amadurecimento') refere-se à
'maturação, amadurecimento' do
carma.[95][99][100]

Na tradição budista, karma refere-se a


ações movidas por intenção
(cetanā),[101][102][96][nota 2] uma ação feita
deliberadamente por meio do corpo, fala
ou mente, que leva a consequências
futuras.[105] O Nibbedhika Sutta,
Anguttara Nikaya 6.63:
"Intenção (cetana), eu vos
digo, é kamma.
Intencionando, realiza-se
kamma por meio do corpo,
fala e intelecto.[106][nota 3]

Como essas ações intencionais levam


ao renascimento, e como a ideia de
renascimento deve ser reconciliada com
as doutrinas da impermanência e do
não-eu,[108][nota 4] é uma questão de
investigação filosófica nas tradições
budistas, para as quais várias soluções
foram propostos.[88] No budismo inicial,
nenhuma teoria explícita de
renascimento e carma é elaborada,[91] e
"a doutrina do carma pode ter sido
incidental à soteriologia budista
inicial".[92][93] No budismo inicial, o
renascimento é atribuído ao desejo ou à
ignorância.[89][90] O ensinamento do Buda
sobre o carma não é estritamente
determinista, mas incorpora fatores
circunstanciais, ao contrário dos
jainistas.[109][110][nota 5] Não é um
processo rígido e mecânico, mas um
processo flexível, fluido e dinâmico.[111]
Não existe uma relação linear definida
entre uma determinada ação e seus
resultados.[110] O efeito cármico de um
ato não é determinado apenas pelo ato
em si, mas também pela natureza da
pessoa que o comete e pelas
circunstâncias em que é
cometido.[112][110] Karmaphala não é um
"julgamento" imposto por um Deus,
deidade ou outro ser sobrenatural que
controla os assuntos do Cosmos. Em
vez disso, karmaphala é o resultado de
um processo natural de causa e
efeito.[nota 6] Dentro do budismo, a real
importância da doutrina do carma e seus
frutos reside no reconhecimento da
urgência de interromper todo o
processo.[114][115] O Acintita Sutta adverte
que "os resultados de kamma" é um dos
quatro assuntos incompreensíveis (ou
acinteyya),[116][117] assuntos que estão
além de toda conceituação[116] e não
podem ser entendidos com pensamento
lógico ou razão.[nota 7]
O budismo de Nitiren Daishonin ensina
que a transformação e a mudança por
meio da fé e da prática transformam o
carma adverso—causas negativas feitas
no passado que resultam em resultados
negativos no presente e no futuro—em
causas positivas para benefícios no
futuro.[122]

No jainismo

Shrivatsa ou o nó cármico representado no peito do Tirtancara


Tipos de carmas de acordo com a filosofia jainista

No jainismo, o carma transmite um


significado totalmente diferente daquele
comumente entendido na filosofia hindu
e na civilização ocidental.[123] A filosofia
jainista é uma das mais antigas filosofias
indianas que separa completamente o
corpo (matéria) da alma (consciência
pura).[124] No jainismo, o carma é
referido como sujeira cármica, pois
consiste em partículas muito sutis de
matéria que permeiam todo o
universo.[125] Os carmas são atraídos
para o campo cármico de uma alma
devido às vibrações criadas pelas
atividades da mente, fala e corpo, bem
como várias disposições mentais.
Portanto, os carmas são a matéria sutil
que envolve a consciência de uma alma.
Quando esses dois componentes
(consciência e carma) interagem,
experimenta-se a vida que conhecemos
no presente. Os textos jainistas expõem
que sete tattvas (verdades ou
fundamentos) constituem a realidade.
São eles:[126]
1. Jīva: a alma que é caracterizada
pela consciência
2. Ajīva: a não-alma
3. Āsrava: influxo de matéria cármica
auspiciosa e má na alma.
4. Bandha (escravidão): mistura mútua
da alma e carmas.
5. Samvara (parada): obstrução do
influxo de matéria cármica na alma.
6. Nirjara (dissociação gradual):
separação ou queda de parte da
matéria cármica da alma.
7. Mokṣha (libertação): aniquilação
completa de toda a matéria cármica
(ligada a qualquer alma em
particular).
De acordo com Padmanabh Jaini,

"Essa ênfase em colher os


frutos apenas do próprio
carma não se restringia aos
jainas; escritores hindus e
budistas produziram materiais
doutrinários enfatizando o
mesmo ponto. Cada uma das
últimas tradições, no entanto,
desenvolveu práticas em
contradição básica com tal
crença. Além de shrardha (as
oferendas rituais hindus feitas
pelo filho do falecido),
encontramos entre os hindus
uma ampla adesão à noção de
intervenção divina no destino,
enquanto os budistas
acabaram propondo teorias
como bodisatvas que concedem
bênçãos, transferência de
mérito e afins. Apenas os
jainistas foram absolutamente
relutantes em permitir que tais
ideias penetrassem em sua
comunidade, apesar do fato de
que deve ter havido uma
tremenda pressão social sobre
eles para fazê-lo."[127]
A relação entre a alma e o carma, afirma
Padmanabh Jaini, pode ser explicada
com a analogia do ouro. Como o ouro é
sempre encontrado misturado com
impurezas em seu estado original, o
jainismo sustenta que a alma não é pura
em sua origem, mas é sempre impura e
contaminada como o ouro natural. Pode-
se exercer esforço e purificar o ouro, da
mesma forma, o jainismo afirma que a
alma contaminada pode ser purificada
pela metodologia de refinamento
adequada.[128] O carma contamina ainda
mais a alma ou a refina para um estado
mais limpo, e isso afeta os
renascimentos futuros.[129] Carma é,
portanto, uma causa eficiente (nimitta)
na filosofia jainista, mas não a causa
material (upadana). Acredita-se que a
alma seja a causa material.[130]

Os pontos-chave da teoria do carma no


jainismo podem ser declarados da
seguinte forma:

O carma opera como um mecanismo


autossustentável como lei universal
natural, sem a necessidade de uma
entidade externa para gerenciá-los.
(ausência de 'entidade divina' exógena
no jainismo).[carece de fontes

]
O jainismo defende que uma alma
atrai matéria cármica mesmo com os
pensamentos, e não apenas com as
ações. Assim, até mesmo pensar mal
de alguém seria suportar um karma-
bandha ou um incremento no mau
carma. Por esta razão, o jainismo
enfatiza o desenvolvimento de
Ratnatraya (As Três Joias): samyak
darśana ('Fé Correta'), samyak jnāna
('Conhecimento Correto') e samyak
charitra ('Conduta Correta').[carece de
fontes

]
Na teologia jainista, uma alma é
liberada dos assuntos mundanos
assim que é capaz de se emancipar do
karma-bandha.[131] No jainismo, nirvana
e moksha são usados de forma
intercambiável. Nirvana representa a
aniquilação de todos os carmas por
uma alma individual e moksha
representa o estado de bem-
aventurança perfeito (livre de toda
escravidão). Na presença de um
Tirtancara, uma alma pode atingir
Kevala Jnana ('onisciência') e
subsequentemente o nirvana, sem
qualquer necessidade de intervenção
do Tirtancara.[131]
A teoria cármica no jainismo opera
endogenamente. Mesmo os próprios
Tirtancaras têm que passar pelos
estágios de emancipação, para atingir
esse estado.[carece de fontes
?

O jainismo trata todas as almas


igualmente, na medida em que
defende que todas as almas têm o
mesmo potencial de atingir o nirvana.
Somente aqueles que se esforçam
realmente o alcançam, mas, no
entanto, cada alma é capaz de fazê-lo
por si mesma, reduzindo gradualmente
seu carma.[132]
Oito Carmas

Existem oito tipos de Carma que ligam


uma alma ao Samsar (o ciclo de
nascimento e morte):[133][134]

1. Gyanavarniya (obstrutivo do
conhecimento): como um véu
impede que um rosto e seus traços
sejam vistos, esse carma impede a
alma de conhecer um objeto junto
com detalhes sobre esse objeto.
Esse carma impede a alma de
perceber sua qualidade essencial
de conhecimento. Na sua ausência,
uma alma é onisciente. Existem
cinco subtipos de carmas
gyanavarniya que impedem os cinco
tipos de conhecimento: mati gyan
(conhecimento sensorial), shrut
gyan (conhecimento articulado),
avadhi gyan (clarividência), mana
paryay gyan (telepatia) e keval gyan
(onisciência).
2. Darshanavarniya (obstrutivo da
percepção): como um porteiro
impede a visão do rei, esse carma
impede que um objeto seja
percebido, escondendo-o. Esse
carma impede a alma de perceber
sua qualidade essencial de
percepção. Na sua ausência, uma
alma percebe completamente todas
as substâncias do universo.
Existem nove subtipos deste carma.
Quatro deles impedem os quatro
tipos de percepção; percepção
visual, percepção não-visual,
percepção clarividente e percepção
onisciente. Os outros cinco
subtipos de escravidão do carma
darshanavarniya induzem cinco
tipos de sono causando redução na
consciência: sono leve, sono
profundo, sonolência, sonolência
pesada e sonambulismo.
3. Vedaniya (produtor de sensações):
como lamber o mel de uma espada
dá um sabor doce, mas corta a
língua, esse carma faz a alma
experimentar prazer e dor. A bem-
aventurança da alma é
continuamente perturbada por
experiências de prazer e dor
sensual externa. Na ausência do
carma vedaniya, a alma
experimenta bem-aventurança
imperturbável. Existem dois
subtipos deste carma; produtor de
prazer e produtor de dor.
4. Mohniya (ilusório): como uma
abelha se apaixona pelo cheiro de
uma flor e é atraída por ela, esse
carma atrai a alma para os objetos
que considera favoráveis, enquanto
a repele dos objetos que considera
desfavoráveis. Cria uma ilusão na
alma de que objetos externos
podem afetá-la. Este carma obstrui
a qualidade essencial da felicidade
da alma e impede que a alma
encontre a felicidade pura em si
mesma.
5. Ayu (determinante do tempo de
vida): como um prisioneiro
permanece preso por correntes de
ferro (em torno de suas pernas,
mãos, etc.), esse carma mantém
uma alma presa em uma
determinada vida (ou nascimento).
6. Naam (produtor de corpos): como
um pintor cria vários quadros e lhes
dá vários nomes, esse carma dá às
almas vários tipos de corpos (que
são classificados com base em
vários atributos). É o naamkarma
que determina o corpo do
organismo vivo no qual a alma deve
entrar.
7. Gotra (determinante de status):
como um oleiro faz vasos curtos e
altos, esse carma confere um
status baixo ou alto (social) ao
corpo da alma. Cria desigualdades
sociais e, na sua ausência, todas as
almas são iguais. Existem dois
subtipos de carma gotra: status alto
e status baixo.
8. Antaray (obstrutivo do poder): como
um tesoureiro impede um rei de
gastar sua riqueza, esse carma
impede a alma de usar seu poder
inato para atos de caridade, lucro,
prazer, satisfação repetida e força
de vontade. Ele obstrui e impede
que a qualidade essencial do poder
infinito da alma se manifeste. Na
sua ausência, uma alma tem poder
infinito.

Recepção em outras
tradições

Siquismo

No siquismo, todos os seres vivos são


descritos como estando sob a influência
das três qualidades de maiá. Sempre
presentes juntas em diferentes misturas
e graus, essas três qualidades de maiá
ligam a alma ao corpo e ao plano
terrestre. Acima dessas três qualidades
está o tempo eterno. Devido à influência
de três modos da natureza de maiá, os
Jivas (seres individuais) realizam
atividades sob o controle e alcance do
tempo eterno. Essas atividades são
chamadas de carma, em que o princípio
subjacente é que o carma é a lei que traz
de volta os resultados das ações para a
pessoa que as executa.[carece de fontes

]
Esta vida é comparada a um campo no
qual nosso carma é a semente. Colhe-se
exatamente o que se planta; nem menos,
nem mais. Essa lei infalível do carma
responsabiliza todos pelo que a pessoa é
ou será. Com base na soma total do
carma passado, alguns se sentem
próximos do Ser Puro nesta vida e outros
se sentem separados. Esta é a lei do
carma em Gurbani (Seri Guru Granth
Sahib). Como outras escolas de
pensamento indianas e orientais, o
Gurbani também aceita as doutrinas do
carma e da reencarnação como fatos da
natureza.[135]

Taoismo
Carma é um conceito importante no
taoismo. Cada ação é rastreada por
divindades e espíritos. Recompensas ou
retribuições apropriadas seguem o
carma, assim como uma sombra segue
uma pessoa.[9]

A doutrina do carma do taoismo


desenvolveu-se em três estágios.[136] No
primeiro estágio, adotou-se a
causalidade entre ações e
consequências, com seres sobrenaturais
acompanhando o carma de todos e
atribuindo o destino (ming). Na segunda
fase, a transferibilidade das ideias de
carma do budismo chinês foi expandida
e foi introduzida uma transferência ou
herança do destino cármico dos
ancestrais para a vida atual. No terceiro
estágio do desenvolvimento da doutrina
do carma, foram adicionadas ideias de
renascimento baseadas no carma. Pode-
se renascer como outro ser humano ou
outro animal, de acordo com essa
crença. Na terceira etapa, foram
introduzidas ideias adicionais; por
exemplo, rituais, arrependimento e
oferendas nos templos taoistas eram
encorajados, pois poderiam aliviar o
fardo cármico.[136][137]

Xintoísmo
Interpretado como musubi, uma visão do
carma é reconhecida no xintoísmo como
um meio de enriquecimento,
empoderamento e afirmação da vida.[138]

Discussões

Livre arbítrio e destino

Uma das controvérsias significativas


com a doutrina do carma é se ela
sempre implica destino e suas
implicações no livre arbítrio. Essa
controvérsia também é chamada de
problema da agência moral;[139] a
controvérsia não é exclusiva da doutrina
do carma, mas também encontrada de
alguma forma nas religiões
monoteístas.[140]

A controvérsia do livre arbítrio pode ser


esboçada em três partes:[139]

1. Uma pessoa que mata, estupra ou


comete qualquer outro ato injusto,
poderia alegar que todas as suas
más ações foram um produto de
seu carma: ele é desprovido de livre
arbítrio, não pode fazer uma
escolha, sendo um agente do carma
que simplesmente entrega as
punições necessárias que suas
vítimas "perversas" mereciam por
seu próprio carma em vidas
passadas? Os crimes e ações
injustas são devidos ao livre arbítrio
ou por forças do carma?
2. Uma pessoa que sofre a morte não
natural de um ente querido, ou
estupro ou qualquer outro ato
injusto, assume que um agente
moral é responsável, que o dano é
gratuito e, portanto, busca a justiça?
Ou deve-se culpar a si mesmo pelo
mau carma de vidas passadas e
presumir que o sofrimento injusto é
destino?
3. A doutrina do carma mina o
incentivo para a educação moral—
porque todo sofrimento é merecido
e consequência de vidas passadas,
por que aprender alguma coisa
quando o balanço do carma de
vidas passadas determinará as
ações e sofrimentos de
alguém?[141]

As explicações e respostas ao problema


do livre-arbítrio acima variam de acordo
com a escola específica do hinduísmo,
budismo e jainismo. As escolas do
hinduísmo, como Ioga e Advaita Vedanta,
que enfatizam a vida atual sobre a
dinâmica do resíduo de carma movendo-
se através de vidas passadas, permitem
o livre arbítrio.[142] Seu argumento, assim
como o de outras escolas, é triplo:
1. A teoria do carma inclui tanto a
ação quanto a intenção por trás
dessa ação. Não só a pessoa é
afetada pelo carma passado, como
cria um novo carma sempre que se
age com intenção – boa ou má. Se
a intenção e o ato puderem ser
comprovados além de qualquer
dúvida razoável, um novo carma
pode ser comprovado e o processo
de justiça pode prosseguir contra
esse novo carma. O ator que mata,
estupra ou comete qualquer outro
ato injusto, deve ser considerado
como o agente moral desse novo
carma, e julgado.
2. As formas de vida não apenas
recebem e colhem a consequência
de seu carma passado, mas juntas
elas são os meios para iniciar,
avaliar, julgar, dar e entregar a
consequência do carma aos outros.
3. Carma é uma teoria que explica
alguns males, não todos (cf. mal
moral versus mal natural).[143][144]

Outras escolas do hinduísmo, assim


como o budismo e o jainismo que
consideram o ciclo de renascimentos
centrais para suas crenças e que o
carma de vidas passadas afeta o
presente, acreditam que tanto o livre
arbítrio (cetanā) quanto o carma podem
coexistir; no entanto, suas respostas não
persuadiram todos os
estudiosos.[139][144]

Indeterminação psicológica

Outro problema com a teoria do carma é


que ele é psicologicamente
indeterminado, sugere Obeyesekere
(1968).[145] Isto é, se ninguém pode
saber qual foi seu carma em vidas
anteriores, e se o carma de vidas
passadas pode determinar o futuro de
alguém, então não é psicologicamente
claro ao indivíduo o que ele ou ela pode
fazer agora para moldar o futuro, ser
mais feliz ou reduzir o sofrimento. Se
algo der errado, como doença ou
fracasso no trabalho, não está claro a ele
se o carma de vidas passadas foi a
causa, ou se a doença foi causada por
uma infecção curável e a falha foi
causada por algo corrigível.[145]

Esse problema de indeterminação


psicológica também não é exclusivo da
teoria do carma; encontra-se em todas
as religiões que adotam a premissa de
que Deus tem um plano, ou de alguma
forma influencia os eventos humanos.
Assim como no problema do carma e do
livre-arbítrio acima, as escolas que
insistem na primazia dos renascimentos
enfrentam as maiores controvérsias.
Suas respostas para a questão da
indeterminação psicológica são as
mesmas que para abordar o problema do
livre-arbítrio.[144]

Transferibilidade

Algumas escolas de religiões asiáticas,


particularmente o budismo popular,
permitem a transferência de mérito e
demérito do carma de uma pessoa para
outra. Essa transferência é uma troca de
qualidade não física, assim como uma
troca de bens físicos entre dois seres
humanos. A prática da transferência de
carma, ou mesmo sua possibilidade, é
controversa. A transferência de carma
levanta questões semelhantes às da
expiação substitutiva e da punição
vicária. Ela derrota os fundamentos
éticos e dissocia a causalidade e a
eticização na teoria do carma do agente
moral. Os proponentes de algumas
escolas budistas sugerem que o
conceito de transferência de mérito de
carma encoraja a doação religiosa, e que
tais transferências não são um
mecanismo para transferir carma ruim
(ou seja, demérito) de uma pessoa para
outra.[146][147]

No hinduísmo, os ritos de Sraddha


durante os funerais foram rotulados
como cerimônias de transferência de
mérito de carma por alguns estudiosos,
uma afirmação contestada por
outros.[148] Outras escolas do hinduísmo,
como as filosofias vedânticas do Ioga e
Advaita, e o jainismo sustentam que o
carma não pode ser transferido.[15][149]

O problema do mal

Tem havido um debate contínuo sobre a


teoria do carma e como ela responde ao
problema do mal e ao problema
relacionado da teodiceia. O problema do
mal é uma questão significativa debatida
nas religiões monoteístas com duas
crenças:[150]
1. Há um Deus que é absolutamente
bom e compassivo
(onibenevolente); e
2. Esse Deus sabe absolutamente
tudo (onisciente) e é todo poderoso
(onipotente).

O problema do mal é então declarado em


formulações como: "por que o Deus
onibenevolente, onisciente e onipotente
permite que qualquer mal e sofrimento
existam no mundo?" O sociólogo Max
Weber estendeu o problema do mal às
tradições orientais no livro Sociologia das
Religiões.[151]

O problema do mal, no contexto do


carma, tem sido discutido há muito
tempo nas tradições orientais, tanto nas
escolas teístas quanto nas não-teístas;
por exemplo, nos Sutras Uttara
Mīmāṃsā, Livro 2 capítulo 1;[152][153] os
argumentos do século VIII de Adi
Xancara no bhasya do Brahma Sutra onde
ele postula que Deus não pode ser
razoavelmente a causa do mundo porque
existe mal moral, desigualdade,
crueldade e sofrimento no
mundo;[154][155] e a discussão de
teodiceia do século XI por Ramanuja em
Sri Bhasya.[156] Épicos como o
Mahabharata, por exemplo, sugerem três
teorias predominantes na Índia antiga
sobre por que o bem e o mal existem –
uma sendo que tudo é ordenado por
Deus, outra sendo pelo carma e uma
terceira citando eventos casuais
(yadrccha, यदृच्छा).[157][158] O Mahabharata,
que inclui a divindade hindu Vishnu na
forma de Krishna como um dos
personagens centrais do épico, debate a
natureza e a existência do sofrimento a
partir dessas três perspectivas e inclui
uma teoria do sofrimento como
decorrente de uma interação de eventos
casuais. como enchentes e outros
eventos da natureza), circunstâncias
criadas por ações humanas passadas e
os desejos atuais, volições, darma,
adarma e ações atuais (purusakara) das
pessoas.[157][159][160] No entanto, embora
a teoria do carma no Mahabharata
apresente perspectivas alternativas
sobre o problema do mal e do
sofrimento, não oferece uma resposta
conclusiva.[157][161]

Outros estudiosos[162] sugerem que as


tradições religiosas indianas não teístas
não assumem um criador
onibenevolente, e algumas[163] escolas
teístas não definem ou caracterizam
seu(s) Deus(es) como as religiões
ocidentais monoteístas o fazem e que as
divindades têm personalidades coloridas
e complexas; as deidades indianas são
facilitadoras pessoais e cósmicas, e em
algumas escolas conceituadas como o
Demiurgo de Platão.[156] Portanto, o
problema da teodiceia em muitas
escolas das principais religiões indianas
não é significativo, ou pelo menos é de
natureza diferente do que nas religiões
ocidentais.[164] Muitas religiões indianas
colocam maior ênfase no
desenvolvimento do princípio do carma
para a primeira causa e justiça inata com
o Homem como foco, em vez de
desenvolver princípios religiosos com a
natureza e os poderes de Deus e o
julgamento divino como foco.[165] Alguns
estudiosos, particularmente da escola
Niaia de hinduísmo e Xancara no Brahma
Sutra bhasya, postularam que a doutrina
do carma implica a existência de Deus,
que administra e afeta o ambiente da
pessoa, dado o carma dessa pessoa,
mas depois reconhecem que isto torna o
carma como violável, contingente e
incapaz de resolver o problema do
mal.[166] Arthur Herman afirma que a
teoria da transmigração do carma
resolve todas as três formulações
históricas para o problema do mal, ao
mesmo tempo em que reconhece os
insights da teodiceia de Sankara e
Ramanuja.[167]

Algumas religiões teístas indianas, como


o siquismo, sugerem que o mal e o
sofrimento são fenômenos humanos e
surgem do carma dos indivíduos.[168] Em
outras escolas teístas, como as do
hinduísmo, particularmente na escola
Niaia, o carma é combinado com o
darma e o mal é explicado como
surgindo das ações e intenções
humanas que estão em conflito com o
darma.[156] Em religiões não-teístas,
como o budismo, o jainismo e a escola
Mimamsa do hinduísmo, a teoria do
carma é usada para explicar a causa do
mal, bem como para oferecer maneiras
distintas de evitar ou não ser afetado
pelo mal no mundo.[154]

As escolas do hinduísmo, budismo e


jainismo que se baseiam na teoria do
carma-renascimento foram criticadas
por sua explicação teológica do
sofrimento nas crianças ao nascer, como
resultado de seus pecados em uma vida
passada.[169] Outros discordam e
consideram a crítica falha e um mal-
entendido da teoria do carma.[170]

Conceitos comparáveis

It Shoots Further Than He Dreams por John F. Knott, março de 1918

A cultura ocidental, influenciada pelo


cristianismo, mantém uma noção
semelhante ao carma, como
demonstrado na frase "o que vai, volta".[8]

Filosofia grega

Will Durant considerava que, como a


doutrina do carma, para os gregos, toda
desmedida contra a ordem cósmica
(hybris) gerava um efeito negativo
correspondente de retribuição, efetuado
por Nêmesis.[171] As doutrinas platônica
e plotiniana foram vistas como
elaborando uma teoria eticizada do ciclo
do renascimento, comparável à doutrina
indiana do carma.[172][173] Platão,
admitindo também a teoria
reencarnatória, afirma em Leis 9.870:[173]
"A vingança é exigida por esses
crimes na vida após a morte, e
quando um homem retorna a
este mundo novamente, ele é
inelutavelmente obrigado a
pagar a pena prescrita pela lei
da natureza - a sofrer o mesmo
tratamento que ele próprio
infligiu à sua vítima, e concluir
sua existência terrena
encontrando um destino
semelhante nas mãos de outra
pessoa."

Plotino, em Enéadas 3.2.13:[173]


“Assim, um homem, uma vez
governante, será feito escravo
porque abusou de seu poder e
porque a queda é para seu bem
futuro. Aqueles que usaram
mal o dinheiro ficarão pobres -
e para os bons a pobreza não é
obstáculo. Aqueles que
mataram injustamente, são
mortos por sua vez,
injustamente em relação ao
assassino, mas com justiça em
relação à vítima, e aqueles que
devem sofrer são lançados no
caminho daqueles que
administram o tratamento
merecido. Não é um acidente
que torna um homem escravo;
ninguém é prisioneiro por
acaso; todo ultraje corporal
tem sua devida causa. O
homem uma vez fez o que
agora sofre. (...) Daí surge
aquela palavra espantosa
"Adrasteia" [a Retribuição
Inevitável]; pois na verdade
esta ordenança é uma
Adrasteia, a própria justiça e
uma sabedoria
maravilhosa."[174]
Cristianismo

Mary Jo Meadow sugere que o carma é


semelhante a "noções cristãs de pecado
e seus efeitos".[175] Ela afirma que o
ensinamento cristão sobre o Juízo Final
de acordo com a caridade de alguém é
um ensinamento sobre o carma.[175] O
cristianismo também ensina morais tal
como de que se colhe o que se planta
(Gálatas 6:7) e que "todos os que
lançarem mão da espada, à espada
morrerão" (Mateus 26:52).[176] A maioria
dos estudiosos, no entanto, considera o
conceito do Juízo Final como diferente
do carma, com o carma como um
processo contínuo que ocorre todos os
dias na vida de uma pessoa, enquanto o
Juízo Final, por outro lado, é uma revisão
única no final da vida.[177]

Judaísmo

Existe um conceito no judaísmo


chamado em hebraico midah k'neged
midah, que muitas vezes é traduzido
como "medida por medida".[178] O
conceito é usado não tanto em questões
de lei, mas em questões de retribuição
divina pelas ações de uma pessoa. David
Wolpe comparou midah k'neged midah ao
carma.[179] No judaísmo cabalístico,
emprega-se o conceito de guilgul
(reencarnação) como manifestação do
Amor de Deus. Segundo Joseph P.
Schultz, o conceito fixo e imutável de
carma do budismo, que recai até mesmo
sobre as deidades, é alheio à tradição
judaica, mas há diversas similaridades e
afinidades no judaísmo rabínico inicial e
medieval com o conceito hinduísta,
como em hashgahah: a preocupação de
Deus para com os atos humanos.[180]

Modernidade ocidental

A ideia de carma ou de causa e efeito foi


popularizada no mundo ocidental a partir
das traduções de obras indianas no
século XIX,[34] bem como pelo
espiritismo e obras da Sociedade
Teosófica, e, mais recentemente, tornou-
se parte da cultura popular também
através dos movimentos da Nova
Era.[181][182][183][184]

Segundo Lynn F. Sharp, um precursor da


ideia de reercarnação com teor cármico
no século XIX foi Jean Reynaud, um
republicano e reformador socialista com
ideais românticos, cristãos e
neodruidistas que formulou uma
doutrina de justificação e teria
influenciado a formação posterior da
doutrina espírita por Allan Kardec.
Reynaud afirmou:[185]
"Assim, somos a causa de
nosso próprio nascimento (...)
Não somos, portanto, passivos
neste fato capital do
nascimento, que representa de
alguma forma tudo o que há
em nossa vida de fatal ou
preordenado [incluindo] (.. .) as
qualidades essenciais de
nossos corpos e nossas mentes,
de nossa educação, de nosso
status, de nosso país e nossas
relações mais comuns na
sociedade" "precisamente
aquelas circunstâncias que
constituem as posições
particulares que, por seus
esforços anteriores,
mereceram do céu "

No espiritismo, a chamada "lei de causa


e efeito" é análoga à doutrina do carma, e
por vezes os termos são
intercambiáveis.[186][187] Porém aqui,
Kardec afirma que a doutrina das penas
e recompensas futuras têm sua
confirmação no ensino dos espíritos e no
raciocínio da justiça divina.[185][188][189]

Na teosofia, Helena Blavatsky incorporou


o conceito de carma a partir das
doutrinas indianas, o qual também foi
divulgado por Annie Besant e Rudolf
Steiner dentro dos novos movimentos do
esoterismo ocidental.[190][191][192] O
teosofista I. K. Taimni escreveu: "Karma
nada mais é do que a Lei de Causa e
Efeito operando no reino da vida humana
e provocando ajustes entre um indivíduo
e outros indivíduos que ele afetou por
seus pensamentos, emoções e
ações".[193]

Nos movimentos da Nova Era, o carma é


assimilado de uma maneira otimista,
considerando-o como uma oportunidade
de evolução espiritual progressiva, em
meio à interconexão cósmica e o livre-
arbítrio, e muitas vezes rejeitando-se seu
caráter oficial oriental de punição ou
retribuição.[194] No neopaganismo
wiccano, derivou-se dele a chamada "Lei
Tríplice".[195] Alusões ao conceito
também se difundiram na cultura
popular.[196]

Psicologia

Carl Jung inicialmente não afirmava a


noção indiana de carma, porém
empregou-a em sua conceituação da
herança de arquétipos do inconsciente
coletivo em Sobre o inconsciente coletivo
(1942)―não porém, como tendo origem
individual em outras vidas: "uma
extensão deliberada do arquétipo por
meio do fator cármico, que é tão
importante para a filosofia indiana. O
aspecto do carma é essencial para uma
compreensão mais profunda da natureza
de um arquétipo."[197][198]
Posteriormente, mostrou-se disposto a
admitir os conceitos tradicionais de
carma e reencarnação.[197]

Ver também
Amor fati
Boas obras
Carma no budismo tibetano
Consequencialismo
Ética da reciprocidade
Hipótese do mundo justo
Justiça poética
Carmaioga
Moinhos de Deus
Profecia autorrealizável
Retribuição divina
Sistema de crédito social
Sorte

Notas
1. No budismo inicial, o renascimento é
atribuído ao desejo ou à
ignorância,[89][90] e a teoria do carma
pode ter sido de menor importância
na soteriologia budista
inicial.[91][92][93]
2. Citação de Rupert Gethin: "[Karma is]
a being's intentional 'actions' of body,
speech, and mind—whatever is done,
said, or even just thought with
definite intention or volition";[103] "[a]t
root karma or 'action' is considered a
mental act or intention; it is an
aspect of our mental life: 'It is
"intention" that I call karma; having
formed the intention, one performs
acts (karma) by body, speech and
mind.'"[104]
3. Existem muitas traduções diferentes
da citação acima para o inglês. Por
exemplo, Peter Harvey traduz a
citação da seguinte forma: "It is will
(cetana), O monks, that I call karma;
having willed, one acts through body,
speech, and mind." (A.III.415).[107]
4. Citação de Dargray: "When [the
Buddhist] understanding of karma is
correlated to the Buddhist doctrine of
universal impermanence and No-Self,
a serious problem arises as to where
this trace is stored and what the
trace left is. The problem is
aggravated when the trace remains
latent over a long period, perhaps
over a period of many existences.
The crucial problem presented to all
schools of Buddhist philosophy was
where the trace is stored and how it
can remain in the ever-changing
stream of phenomena which build up
the individual and what the nature of
this trace is."[108]
5. Citação de Thanissaro Bhikkhu:
"Unlike the theory of linear causality
— which led the Vedists and Jains to
see the relationship between an act
and its result as predictable and tit-
for-tat — the principle of this/that
conditionality makes that
relationship inherently complex. The
results of kamma ("kamma" is the
Pali spelling for the word "karma")
experienced at any one point in time
come not only from past kamma, but
also from present kamma. This
means that, although there are
general patterns relating habitual
acts to corresponding results [MN
135], there is no set one-for-one, tit-
for-tat, relationship between a
particular action and its results.
Instead, the results are determined
by the context of the act, both in
terms of actions that preceded or
followed it [MN 136] and in terms
one's state of mind at the time of
acting or experiencing the result [AN
3:99]. [...] The feedback loops
inherent in this/that conditionality
mean that the working out of any
particular cause-effect relationship
can be very complex indeed. This
explains why the Buddha says in AN
4:77 that the results of kamma are
imponderable. Only a person who
has developed the mental range of a
Buddha—another imponderable itself
—would be able to trace the
intricacies of the kammic network.
The basic premise of kamma is
simple—that skillful intentions lead to
favorable results, and unskillful ones
to unfavorable results—but the
process by which those results work
themselves out is so intricate that it
cannot be fully mapped. We can
compare this with the Mandelbrot
set, a mathematical set generated by
a simple equation, but whose graph
is so complex that it will probably
never be completely explored."[110]
6. Citação de Khandro Rinpoche:
"Buddhism is a nontheistic
philosophy. We do not believe in a
creator but in the causes and
conditions that create certain
circumstances that then come to
fruition. This is called karma. It has
nothing to do with judgement; there
is no one keeping track of our karma
and sending us up above or down
below. Karma is simply the
wholeness of a cause, or first action,
and its effect, or fruition, which then
becomes another cause. In fact, one
karmic cause can have many
fruitions, all of which can cause
thousands more creations. Just as a
handful of seed can ripen into a full
field of grain, a small amount of
karma can generate limitless
effects."[113]
7. Dasgupta explica que, na filosofia
indiana, acintya é "aquilo que deve
ser inevitavelmente aceito para
explicar os fatos, mas que não
suporta o escrutínio da lógica".[118]
Ver também o Aggi-Vacchagotta
Sutta "Discurso a Vatsagotra sobre o
[Simile do] Fogo," Majjhima Nikaya
72,[119][120] no qual o Buda é
questionado por Vatsagotra sobre as
"dez questões indeterminadas",[119] e
o Buda explica que um Tathagata é
como um fogo que foi extinto, e que
é "profundo, ilimitado, difícil de
sondar, como o mar".[121]

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27. A sugestão de Karl Potter é apoiada
pelo Bhagavad-Gita, que liga a boa e
a má escravidão aos bons e maus
hábitos, respectivamente. Também
lista vários tipos de hábitos – como
o bem (sattva), a paixão (rajas) e o
indiferente (tamas) – ao explicar o
carma. Veja a referência de Potter
citada; em outros lugares, nos Yoga
Sutras, o papel do karma na criação
de hábitos é explicado com Vāsanās
– ver Ian Whicher, The Integrity of the
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"This confirms that the doctrine of
transmigration is non-aryan and was
accepted by non-vedics like
Ajivikism, Jainism and Buddhism.
The Indo-aryans have borrowed the
theory of re-birth after coming in
contact with the aboriginal
inhabitants of India. Certainly
Jainism and non-vedics [..] accepted
the doctrine of rebirth as supreme
postulate or article of faith." Gavin D.
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Hinduism, Cambridge University
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Citação: "The origin and doctrine of
Karma and Saṃsāra are obscure.
These concepts were certainly
circulating amongst sramanas, and
Jainism and Buddhism developed
specific and sophisticated ideas
about the process of transmigration.
It is very possible that the karmas
and reincarnation entered the
mainstream brahaminical thought
from the sramana or the renouncer
traditions." Bimala Law (1952, Reprint
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constant interaction between Vedism
and Buddhism in the early period that
it is fruitless to attempt to sort out
the earlier source of many doctrines,
they lived in one another's pockets,
like Picasso and Braque (who, in later
years, were unable to say which of
them had painted certain paintings
from their earlier, shared period)."
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RA2-PA46#v=onepage&q=%22fr
uits%20of%20their%20acts%22&
f=false)
Há um extenso debate no épico
Mahabharata sobre carma, livre
arbítrio e destino em diferentes
capítulos e livros. Diferentes
personagens do Épico tomam
partido, alguns afirmam que o
destino é supremo, alguns
afirmam que o livre-arbítrio é.
Para uma discussão, ver: Daniel
H. H. Ingalls, Dharma and
Moksa, Philosophy East and
West, Vol. 7, No. 1/2 (Apr. – Jul.
1957), pp. 44–45; Citação: "(...)
In the Epic, free will has the
upper hand. Only when a man's
effort is frustrated or when he is
overcome with grief does he
become a predestinarian
(believer in destiny)."; Quote –
"This association of success
with the doctrine of free will or
human effort (purusakara) was
felt so clearly that among the
ways of bringing about a king's
downfall is given the following
simple advice: 'Belittle free will
to him, and emphasize destiny.' "
(Mahabharata 12.106.20)
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Ligações externas
O que é Karma? (https://super.abril.co
m.br/mundo-estranho/o-que-e-karm
a/) - Revista Superinteressante

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