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código brasileiro de

autorregulamentação
publicitária

edição 2021/2022
Código
brasileiro de
autorregulamentação
publicitária

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

2021/2022
CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

Avenida Paulista, 2.073, Edifício Horsa II, 18º andar


São Paulo – SP
01311-949

Tel.: (11) 3284-8880

CONAR@CONAR.org.br

Para mais informações e jurisprudência, visite nosso site


www.CONAR.org.br

O Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária


está registrado no 2º Cartório de Registro de Títulos e Documentos de São Paulo,
sob o número 5678, de 11/5/1980 e alterações posteriores.

4
Código
brasileiro de
autorregulamentação
publicitária

mensagem do presidente 7

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO II – PRINCÍPIOS GERAIS 12

CAPÍTULO III – CATEGORIAS ESPECIAIS DE ANÚNCIOS 19

CAPÍTULO IV – AS RESPONSABILIDADES 20

CAPÍTULO V – INFRAÇÕES E PENALIDADES 22

ANEXOS 23

SÚMULAS DE JURISPRUDÊNCIA 55

5
6
Mensagem do presidente

É
sempre prazeroso apresentar um docu- peças publicitárias. É documento que se in-
mento em nova edição que mantenha, terpreta a cada julgamento, sendo enriquecido
desde que foi escrito, a integridade dos pela contribuição sábia de algumas boas deze-
princípios pelos quais foi criado. Um nas de advogados – alguns de notável saber,
documento simples, de pouco mais de 50 ar- outros de bom senso acentuado – e especial-
tigos, claro e que por mais de quatro décadas, mente por profissionais da publicidade todos
reflete o que a publicidade brasileira pensa ser respeitosos com este livro e seus princípios.
dever preservar em tudo o que cria e divulga. Livro que se recria na sabedoria nem sempre
Um documento síntese que se atualiza através técnica, mas humana e permanentemente res-
de anexos que, respeitando seus princípios, peitosa, dos que julgam.
atendem à realidade de cada época, em tem- Eu tenho orgulho em participar desta jornada
pos de mudanças que, no tempo de agora, a que começou antes do primeiro computador
tecnologia é motora, mais que tudo, na busca simplificar as coisas e permanecerá quando a
permanente pela ubiquidade de que falavam inteligência artificial estiver efetivamente atu-
os gregos na sabedoria de seus mitos e sím- ando e contribuindo para aprimorar os enten-
bolos. dimentos, ajudando a inteligência humana na
Estamos entregando à comunidade que cui- busca do entendimento que abra a porta à fe-
da da autorregulamentação da publicidade a licidade.
Edição 2021/2022 do Código Brasileiro de Au- Este livro é caminho e guia.
torregulamentação Publicitária, em edição im- Que seja bem usado.
pressa neste tempo do virtual, para que con-
tinue a ser um companheiro de quem cria, de João Luiz Faria Netto
quem programa e daqueles que divulgam as Presidente do CONAR

7
CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

CAPÍTULO I – Considerando:

INTRODUÇÃO - as diretrizes da legislação publicitária do País,


especialmente capituladas na Lei nº 4.680, de
18 de junho de 1965, e no Decreto nº 57.690,
de 1º de fevereiro de 1966;

- as recomendações das Câmaras de Comércio


Internacionais (ICC – International Chamber of
Commerce) e as diretrizes do Código Interna-
cional da Prática Publicitária, editado original-
mente em 1937 e revisto em 1949, 1955 e 1966
e, finalmente, em 1973, durante o Congresso
realizado no Rio de Janeiro e cujos termos fo-
ram adotados pelo Brasil e 250 entidades de
mais de 40 países;

- as diretrizes da Associação Internacional de


Propaganda (IAA – International Advertising
Association) e seus Congressos Mundiais, es-
pecialmente as que constam de seu estudo
“Effective Advertising Self Regulation”, publi-
cado em 1974, e as recomendações do XXV
Congresso Mundial de Propaganda realizado
em Buenos Aires em 1976;

- as diretrizes do I Congresso Brasileiro de


Propaganda (Rio de Janeiro, outubro de 1957),
e as normas consubstanciadas no Código de
Ética dos Profissionais de Propaganda então
aprovadas;

- os termos da instrução nº 1 da Febrasp, assi-


nada em 23 de abril de 1968, recomendando
a criação de Comissões de Ética nas entidades
publicitárias;

- as recomendações do II Congresso Brasileiro


de Propaganda (São Paulo, fevereiro de 1969),
especialmente no que toca ao autopoliciamen-
to das agências e anunciantes;

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- as recomendações do I Encontro Nacional de ABAP
Anunciantes, promovido pela ABA – Associa- Associação Brasileira das Agências de Propa-
ção Brasileira de Anunciantes (São Paulo, de- ganda.
zembro de 1974); (a) Petrônio Cunha Corrêa.

- as recomendações feitas na I Conferência ABA


Internacional de Anunciantes (Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Anunciantes.
maio de 1975); (a) Luiz Fernando Furquim de Campos.

- as recomendações do simpósio realizado pela ANJ


Comissão de Comunicações da Câmara dos De- Associação Nacional de Jornais.
putados (Brasília, junho/julho 1975); (a) Roberto Marinho.

- os caminhos apontados pelas lideranças do ABERT


setor publicitário e pelas autoridades nos deba- Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e
tes do II Encontro Brasileiro de Mídia, realizado Televisão.
em São Paulo em setembro de 1976; (a) Carlos Cordeiro de Mello.

- as sugestões do I Seminário Brasileiro de Pro- ANER


paganda (Gramado, outubro de 1976); Associação Nacional de Editores de Revistas.
(a) Pedro Jack Kapeller.
considerando que a publicidade deve ser con-
fiável no conteúdo e honesta na apresentação, Central de Outdoor
pois é da confiança pública que depende o seu (a) Carlos Alberto Nanô.
êxito;
Desde então, aderiram ao Código Brasileiro
considerando, ainda, que as peças de publici- de Autorregulamentação Publicitária a ABTA,
dade e, de forma geral, a atividade publicitária Associação Brasileira de Televisão por Assina-
se acham naturalmente subordinadas ao impé- tura, a Feneec, Federação Nacional das Empre-
rio da lei e devem reger-se pelo princípio da sas Exibidoras Cinematográficas, o IAB Brasil,
legalidade; Interactive Advertising Bureau, que se tornou
entidade cofundadora em 2020, e a Abratel,
considerando, finalmente, que as repercussões Associação Brasileira de Rádio e Televisão.
sociais da atividade publicitária reclamam a es-
pontânea adoção de normas éticas mais especí-
ficas, as entidades abaixo assinadas, representa-
tivas do mercado brasileiro de publicidade, ins-
tituem pelo presente instrumento, este Código
Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.

São Paulo, 05 de maio de 1980.

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 9


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

SEÇÃO 1 – Preâmbulo anúncios sejam criados e produzidos por Agên-


cias e Profissionais sediados no país – salvo
Artigo 1º impossibilidade devidamente comprovada e,
Todo anúncio deve ser respeitador e conformar- ainda, que toda publicidade seja agenciada por
se às leis do país; deve, ainda, ser honesto e empresa aqui estabelecida.
verdadeiro.
SEÇÃO 2 – Objetivos
Artigo 2º
Todo anúncio deve ser preparado com o devi- Artigo 8º
do senso de responsabilidade social, evitando O principal objetivo deste Código é a regula-
acentuar, de forma depreciativa, diferenciações mentação das normas éticas aplicáveis à publi-
sociais decorrentes do maior ou menor poder cidade e propaganda, assim entendidas como
aquisitivo dos grupos a que se destina ou que atividades destinadas a estimular o consumo de
possa eventualmente atingir. bens e serviços, bem como promover institui-
ções, conceitos ou idéias.
Artigo 3º
Todo anúncio deve ter presente a responsabili- Parágrafo único – Não são capituladas neste Có-
dade do Anunciante, da Agência de Publicidade digo as atividades de Relações Públicas e “Pu-
e do Veículo de Divulgação junto ao Consumi- blicity”, por serem ambas distintas tanto da pu-
dor. blicidade quanto da propaganda.

Artigo 4º Artigo 9º
Todo anúncio deve respeitar os princípios de A atividade publicitária de que trata este Código
leal concorrência geralmente aceitos no mundo será sempre ostensiva.
dos negócios.
§ 1º – A alusão à marca de produto ou servi-
Artigo 5º ço, razão social do anunciante ou emprego de
Nenhum anúncio deve depreciar a atividade pu- elementos reconhecidamente a ele associados
blicitária ou desmerecer a confiança do público atende ao princípio da ostensividade.
nos serviços que a publicidade presta à econo-
mia como um todo e ao público em particular. § 2º – O “teaser”, assim entendida a mensagem
que visa a criar expectativa ou curiosidade no
Artigo 6º público, poderá prescindir da identificação do
Toda publicidade deve estar em consonância anunciante, do produto ou do serviço.
com os objetivos do desenvolvimento econômi-
co, da educação e da cultura nacionais. Artigo 10
A publicidade indireta ou “merchandising” sub-
Artigo 7º meter-se-á igualmente a todas as normas dis-
De vez que a publicidade exerce forte influ- postas neste Código, em especial os princípios
ência de ordem cultural sobre grandes massas de ostensividade (art. 9º) e identificação publi-
da população, este Código recomenda que os citária (artigo 28).

10 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


Artigo 11 das autoridades e Tribunais como documento
A propaganda política e a político-partidária de referência e fonte subsidiária no contexto
não são capituladas neste Código. da legislação da propaganda e de outras leis,
decretos, portarias, normas ou instruções que
Artigo 12 direta ou indiretamente afetem ou sejam afeta-
A publicidade governamental, bem como a de das pelo anúncio.
empresas subsidiárias, autarquias, empresas
públicas, departamentos, entidades paraesta- Artigo 17
tais, sociedades de economia mista e agentes Ao aferir a conformidade de uma campanha
oficiais da União, dos Estados, dos Territórios, ou anúncio aos termos deste Código, o tes-
dos Municípios e do Distrito Federal, salvo te primordial deve ser o impacto provável do
proibição legal, deve se conformar a este Có- anúncio, como um todo, sobre aqueles que
digo da mesma forma que a publicidade reali- irão vê-lo ou ouvi-lo. A partir dessa análise
zada pela iniciativa privada. global é que se examinará detalhadamente
cada parte do conteúdo visual, verbal ou oral
Artigo 13 do anúncio, bem como a natureza do meio
A publicidade de causas, instituições sociais, utilizado para sua veiculação.
fundações ou de quaisquer outras atividades
ou entidades sem fins lucrativos também será Artigo 18
regida por este Código, em tudo que lhe cou- Para os efeitos deste Código:
ber.
a. a palavra anúncio é aplicada em seu senti-
SEÇÃO 3 – Interpretação do lato, abrangendo qualquer espécie de pu-
blicidade, seja qual for o meio que a veicule.
Artigo 14 Embalagens, rótulos, folhetos e material de
Este Código deve ser aplicado no espírito tan- ponto-de-venda são, para esse efeito, formas
to quanto na letra. de publicidade. A palavra anúncio só abrange,
todavia, a publicidade realizada em espaço ou
Artigo 15 tempo pagos pelo Anunciante;
Os padrões éticos de conduta estabelecidos b. a palavra produto inclui bens, serviços, fa-
neste Código devem ser respeitados por quan- cilidades, instituições, conceitos ou idéias que
tos estão envolvidos na atividade publicitária, sejam promovidos pela publicidade;
sejam Anunciantes, Agências de Publicidade, c. a palavra consumidor refere-se a toda pes-
Veículos de Divulgação, sejam Publicitários, soa que possa ser atingida pelo anúncio, seja
Jornalistas e outros Profissionais de Comuni- como consumidor final, público intermediário
cação participantes do processo publicitário. ou usuário.

Artigo 16
Embora concebido essencialmente como ins-
trumento de autodisciplina da atividade publi-
citária, este Código é também destinado ao uso

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CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

CAPÍTULO II – SEÇÃO 1 – Respeitabilidade

PRINCÍPIOS GERAIS Artigo 19


Toda atividade publicitária deve caracterizar-
se pelo respeito à dignidade da pessoa huma-
na, à intimidade, ao interesse social, às insti-
tuições e símbolos nacionais, às autoridades
constituídas e ao núcleo familiar.

Artigo 20
Nenhum anúncio deve favorecer ou estimular
qualquer espécie de ofensa ou discriminação
de qualquer natureza.

Artigo 21
Os anúncios não devem conter nada que pos-
sa induzir a atividades criminosas ou ilegais
– ou que pareça favorecer, enaltecer ou esti-
mular tais atividades.

SEÇÃO 2 – Decência

Artigo 22
Os anúncios não devem conter afirmações ou
apresentações visuais ou auditivas que ofen-
dam os padrões de decência que prevaleçam
entre aqueles que a publicidade poderá atin-
gir.

SEÇÃO 3 – Honestidade

Artigo 23
Os anúncios devem ser realizados de forma a
não abusar da confiança do consumidor, não
explorar sua falta de experiência ou de conhe-
cimento e não se beneficiar de sua credulidade.

SEÇÃO 4 – Medo, Superstição, Violência

Artigo 24
Os anúncios não devem apoiar-se no medo

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sem que haja motivo socialmente relevante ou § 3º – Valor, Preço, Condições
razão plausível. O anúncio deverá ser claro quanto a:
a. valor ou preço total a ser pago pelo produ-
Artigo 25 to, evitando comparações irrealistas ou exage-
Os anúncios não devem explorar qualquer es- radas com outros produtos ou outros preços:
pécie de superstição. alegada a sua redução, o Anunciante deverá
poder comprová-la mediante anúncio ou do-
Artigo 26 cumento que evidencie o preço anterior;
Os anúncios não devem conter nada que pos- b. entrada, prestações, peculiaridades do cré-
sa conduzir à violência. dito, taxas ou despesas previstas nas opera-
ções a prazo;
SEÇÃO 5 – Apresentação Verdadeira c. condições de entrega, troca ou eventual re-
posição do produto;
Artigo 27 d. condições e limitações da garantia ofereci-
O anúncio deve conter uma apresentação ver- da.
dadeira do produto oferecido, conforme dis-
posto nos artigos seguintes desta Seção, onde § 4º – Uso da Palavra “Grátis”
estão enumerados alguns aspectos que mere- a. O uso da palavra “grátis” ou expressão de
cem especial atenção. idêntico significado só será admitido no anún-
cio quando não houver realmente nenhum
§ 1º – Descrições custo para o Consumidor com relação ao pro-
No anúncio, todas as descrições, alegações e metido gratuitamente;
comparações que se relacionem com fatos ou b. nos casos que envolverem pagamento de
dados objetivos devem ser comprobatórias, qualquer quantia ou despesas postais, de frete
cabendo aos Anunciantes e Agências fornecer ou de entrega ou, ainda, algum imposto, é in-
as comprovações, quando solicitadas. dispensável que o Consumidor seja esclarecido.

§ 2º – Alegações
O anúncio não deverá conter informação de § 5º – Uso de Expressões Vendedoras
texto ou apresentação visual que direta ou in- O uso de expressões como “direto do fabri-
diretamente, por implicação, omissão, exagero cante”, “preço de atacado”, “sem entrada” e
ou ambigüidade, leve o Consumidor a enga- outras de igual teor não devem levar o consu-
no quanto ao produto anunciado, quanto ao midor a engano e só serão admitidas quando o
Anunciante ou seus concorrentes, nem tam- Anunciante ou a Agência puderem comprovar
pouco quanto à: a alegação.
a. natureza do produto (natural ou artificial);
b. procedência (nacional ou estrangeira); § 6º – Nomenclatura, Linguagem, “Clima”
c. composição; a. O anúncio adotará o vernáculo gramatical-
d. finalidade. mente correto, limitando o uso de gíria e de
palavras e expressões estrangeiras, salvo quan-
do absolutamente necessárias para transmitir a

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 13


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

informação ou o “clima” pretendido. Todavia, § 8º – Informação Científica


esta recomendação não invalida certos con- O anúncio só utilizará informação científica
ceitos universalmente adotados na criação dos pertinente e defensável, expressa de forma
anúncios e campanhas. O primeiro deles é clara até para leigos.
que a publicidade não se faz apenas com fatos
e idéias, mas também com palavras e imagens; § 9º – Testemunhais
logo, as liberdades semânticas da criação pu- a. O anúncio abrigará apenas depoimentos
blicitária são fundamentais. O segundo é que personalizados e genuínos, ligados à experi-
a publicidade, para se comunicar com o públi- ência passada ou presente de quem presta o
co, tem que fazer uso daquela linguagem que depoimento, ou daquele a quem o depoente
o poeta já qualificou como “ Língua errada do personificar;
povo / Língua certa do povo / Porque ele é b. o testemunho utilizado deve ser sempre
que fala gostoso / O português no Brasil”; comprovável;
b. na publicidade veiculada pelo Rádio e pela c. quando se usam modelos sem personaliza-
Televisão, devem os Anunciantes, Agências e ção, permite-se o depoimento como “licença
Veículos zelar pela boa pronúncia da língua publicitária” que, em nenhuma hipótese, se
portuguesa, evitando agravar os vícios de pro- procurará confundir com um testemunhal;
sódia que tanto já estão contribuindo para d. o uso de modelos trajados com uniformes,
desfigurar o legado que recebemos de nossos fardas ou vestimentas características de uma
antepassados; profissão não deverá induzir o Consumidor a
c. todo anúncio deve ser criado em função do erro e será sempre limitado pelas normas éti-
contexto sociocultural brasileiro, limitando-se cas da profissão retratada;
o mais possível a utilização ou transposição de e. o uso de sósias depende de autorização da
contextos culturais estrangeiros; pessoa retratada ou imitada e não deverá in-
d. o anúncio não utilizará o calão; duzir a confusão.
e. nas descrições técnicas do produto, o anún-
cio adotará a nomenclatura oficial do setor SEÇÃO 6 – Identificação Publicitária
respectivo e, sempre que possível, seguirá os
preceitos e as diretrizes da Associação Brasilei- Artigo 28
ra de Normas Técnicas – ABNT e do Instituto O anúncio deve ser claramente distinguido
Nacional de Metrologia, Normalização e Qua- como tal, seja qual for a sua forma ou meio
lidade Industrial – INMETRO. de veiculação.

§ 7º – Pesquisas e Estatísticas Artigo 29


a. o anúncio não se referirá a pesquisa ou esta- Este Código não se ocupa da chamada “pro-
tística que não tenha fonte identificável e res- paganda subliminar”, por não se tratar de téc-
ponsável; nica comprovada, jamais detectada de forma
b. o uso de dados parciais de pesquisa ou es- juridicamente inconteste. São condenadas, no
tatística não deve levar a conclusões distorci- entanto, quaisquer tentativas destinadas a pro-
das ou opostas àquelas a que se chegaria pelo duzir efeitos “subliminares” em publicidade ou
exame do total da referência. propaganda.

14 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


Parágrafo único a. seu objetivo maior seja o esclarecimento, se
Este Código encoraja os Veículos de Comu- não mesmo a defesa do consumidor;
nicação a adotarem medidas ao seu alcance b. tenha por princípio básico a objetividade na
destinadas a facilitar a apreensão da natureza comparação, posto que dados subjetivos, de
publicitária da ação de “merchandising”. fundo psicológico ou emocional, não consti-
tuem uma base válida de comparação perante
Artigo 30 o Consumidor;
A peça jornalística sob a forma de reportagem, c. a comparação alegada ou realizada seja pas-
artigo, nota, texto-legenda ou qualquer outra sível de comprovação;
que se veicule mediante pagamento, deve ser d. em se tratando de bens de consumo, a com-
apropriadamente identificada para que se dis- paração seja feita com modelos fabricados no
tinga das matérias editoriais e não confunda o mesmo ano, sendo condenável o confronto
Consumidor. entre produtos de épocas diferentes, a menos
que se trate de referência para demonstrar
Artigo 31 evolução, o que, nesse caso, deve ser carac-
Este Código condena os proveitos publicitá- terizado;
rios indevidos e ilegítimos, obtidos por meio e. não se estabeleça confusão entre produtos e
de “carona” e/ou “emboscada”, mediante inva- marcas concorrentes;
são do espaço editorial ou comercial de veícu- f. não se caracterize concorrência desleal, de-
lo de comunicação. preciação à imagem do produto ou à marca de
outra empresa;
Parágrafo único g. não se utilize injustificadamente a imagem
Consideram-se indevidos e ilegítimos os pro- corporativa ou o prestígio de terceiros;
veitos publicitários obtidos: h. quando se fizer uma comparação entre pro-
a. mediante o emprego de qualquer artifício dutos cujo preço não é de igual nível, tal cir-
ou ardil; cunstância deve ser claramente indicada pelo
b. sem amparo em contrato regular celebrado anúncio.
entre partes legítimas, dispondo sobre objeto
lícito; SEÇÃO 8 – Segurança e Acidentes
c. sem a prévia concordância do Veículo de
Comunicação e dos demais titulares dos direi- Artigo 33
tos envolvidos. Este Código condena os anúncios que:
a. manifestem descaso pela segurança, sobre-
SEÇÃO 7 – Propaganda Comparativa tudo quando neles figurarem jovens e crianças
ou quando a estes for endereçada a mensa-
Artigo 32 gem;
Tendo em vista as modernas tendências mun- b. estimulem o uso perigoso do produto ofe-
diais – e atendidas as normas pertinentes do recido;
Código da Propriedade Industrial, a publicida- c. deixem de mencionar cuidados especiais
de comparativa será aceita, contanto que res- para a prevenção de acidentes, quando tais
peite os seguintes princípios e limites: cuidados forem essenciais ao uso do produto;

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 15


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

d. deixem de mencionar a responsabilidade de ção do meio ambiente; assim, serão vigorosa-


terceiros, quando tal menção for essencial; mente combatidos os anúncios que, direta ou
e. deixem de especificar cuidados especiais indiretamente, estimulem:
no tocante ao uso do produto por crianças, a. a poluição do ar, das águas, das matas e dos
velhos e pessoas doentes, caso tais cuidados demais recursos naturais;
sejam essenciais. b. a poluição do meio ambiente urbano;
c. a depredação da fauna, da flora e dos de-
SEÇÃO 9 – Proteção da Intimidade mais recursos naturais;
d. a poluição visual dos campos e das cidades;
Artigo 34 e. a poluição sonora;
Este Código condena a publicidade que: f. o desperdício de recursos naturais.
a. faça uso de imagens ou citações de pessoas
vivas, a menos que tenha sido obtida a sua Parágrafo único
prévia e expressa autorização; Considerando a crescente utilização de infor-
b. ofenda as convicções religiosas e outras sus- mações e indicativos ambientais na publicida-
cetibilidades daqueles que descendam ou se- de institucional e de produtos e serviços, serão
jam de qualquer outra forma relacionados com atendidos os seguintes princípios:
pessoas já falecidas cuja imagem ou referência veracidade – as informações ambientais de-
figure no anúncio; vem ser verdadeiras e passíveis de verificação
c. revele desrespeito à dignidade da pessoa e comprovação;
humana e à instituição da família; exatidão – as informações ambientais devem
d. desrespeite a propriedade privada e seus ser exatas e precisas, não cabendo informa-
limites. ções genéricas e vagas;
pertinência – as informações ambientais vei-
Artigo 35 culadas devem ter relação com os processos
As normas acima não se aplicam: de produção e comercialização dos produtos
a. a fotografias de grandes grupos ou multi- e serviços anunciados;
dões em que os indivíduos possam ser reco- relevância – o benefício ambiental salientado
nhecidos mas não envolvam um contexto di- deverá ser significativo em termos do impacto
famatório, ofensivo ou humilhante; total do produto e do serviço sobre o meio
b. à propaganda de livros, filmes, programas ambiente, em todo seu ciclo de vida, ou seja,
de Rádio e Televisão e atividades semelhantes na sua produção, uso e descarte.
em que as pessoas retratadas sejam autores ou
participantes. SEÇÃO 11 – Crianças e Jovens

SEÇÃO 10 – Poluição e Ecologia Artigo 37


Os esforços de pais, educadores, autoridades e
Artigo 36 da comunidade devem encontrar na publicida-
A publicidade deverá refletir as preocupações de fator coadjuvante na formação de cidadãos
de toda a humanidade com os problemas re- responsáveis e consumidores conscientes.
lacionados com a qualidade de vida e a prote- Diante de tal perspectiva, nenhum anúncio

16 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


dirigirá apelo imperativo de consumo direta- positivo das relações entre pais e filhos, alu-
mente à criança. E mais: nos e professores, e demais relacionamentos
que envolvam o público-alvo deste normativo;
1. Os anúncios deverão refletir cuidados espe- b. respeitar a dignidade, ingenuidade, creduli-
ciais em relação à segurança e às boas manei- dade, inexperiência e o sentimento de lealda-
ras e, ainda, abster-se de: de do público-alvo;
a. desmerecer valores sociais positivos, tais c. dar atenção especial às características psico-
como, dentre outros, amizade, urbanidade, lógicas do público-alvo, presumida sua menor
honestidade, justiça, generosidade e respeito a capacidade de discernimento;
pessoas, animais e ao meio ambiente; d. obedecer a cuidados tais que evitem even-
b. provocar deliberadamente qualquer tipo tuais distorções psicológicas nos modelos pu-
de discriminação, em particular daqueles que, blicitários e no público-alvo;
por qualquer motivo, não sejam consumidores e. abster-se de estimular comportamentos so-
do produto; cialmente condenáveis.
c. associar crianças e adolescentes a situações
incompatíveis com sua condição, sejam elas 3. Este Código condena a ação de merchan-
ilegais, perigosas ou socialmente condenáveis; dising ou publicidade indireta contratada que
d. impor a noção de que o consumo do pro- empregue crianças, elementos do universo in-
duto proporcione superioridade ou, na sua fal- fantil ou outros artifícios com a deliberada fi-
ta, a inferioridade; nalidade de captar a atenção desse público es-
e. provocar situações de constrangimento aos pecífico, qualquer que seja o veículo utilizado.
pais ou responsáveis, ou molestar terceiros,
com o propósito de impingir o consumo; 4. Nos conteúdos segmentados, criados, pro-
f. empregar crianças e adolescentes como mo- duzidos ou programados especificamente para
delos para vocalizar apelo direto, recomenda- o público infantil, qualquer que seja o veículo
ção ou sugestão de uso ou consumo, admitida, utilizado, a publicidade de produtos e serviços
entretanto, a participação deles nas demons- destinados exclusivamente a esse público esta-
trações pertinentes de serviço ou produto; rá restrita aos intervalos e espaços comerciais.
g. utilizar formato jornalístico, a fim de evitar
que anúncio seja confundido com notícia; 5. Para a avaliação da conformidade das ações
h. apregoar que produto destinado ao consu- de merchandising ou publicidade indireta con-
mo por crianças e adolescentes contenha ca- tratada ao disposto nesta Seção, levar-se-á em
racterísticas peculiares que, em verdade, são consideração que:
encontradas em todos os similares; a. o público-alvo a que elas são dirigidas seja
i. utilizar situações de pressão psicológica ou adulto;
violência que sejam capazes de infundir medo. b. o produto ou serviço não seja anunciado
objetivando seu consumo por crianças;
2. Quando os produtos forem destinados ao c. a linguagem, imagens, sons e outros artifí-
consumo por crianças e adolescentes seus cios nelas presentes sejam destituídos da fina-
anúncios deverão: lidade de despertar a curiosidade ou a atenção
a. procurar contribuir para o desenvolvimento das crianças.

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 17


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

§ 1º – Crianças e adolescentes não deverão fi- a legislação específica, respeitados os direitos


gurar como modelos publicitários em anúncio de gravação.
que promova o consumo de quaisquer bens e
serviços incompatíveis com sua condição, tais Artigo 40
como armas de fogo, bebidas alcoólicas, cigar- É condenado o uso desrespeitoso da música
ros, fogos de artifício e loterias, e todos os de- folclórica, dos folguedos e temas populares
mais igualmente afetados por restrição legal. que constituem parte integrante do patrimônio
cultural do país.
§ 2º – O planejamento de mídia dos anúncios
de produtos de que trata o inciso 2 levará em Artigo 41
conta que crianças e adolescentes têm sua Este Código protege a criatividade e a origi-
atenção especialmente despertada para eles. nalidade e condena o anúncio que tenha por
Assim, tais anúncios refletirão as restrições téc- base o plágio ou imitação, ressalvados os ca-
nica e eticamente recomendáveis, e adotar-se- sos em que a imitação é comprovadamente
á a interpretação a mais restritiva para todas as um deliberado e evidente artifício criativo.
normas aqui dispostas.
Artigo 42
Nota: Nesta Seção adotar-se-ão os parâmetros Será igualmente condenado o anúncio que
definidos nos arts. 2º e 6º do Estatuto da Crian- configure uma confusão proposital com qual-
ça e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): “Con- quer peça de criação anterior.
sidera-se criança, para os efeitos desta Lei, a
pessoa até doze anos de idade incompletos, e Artigo 43
adolescente aquela entre doze e dezoito anos O anúncio não poderá infringir as marcas,
de idade” e na sua interpretação, levar-se-á apelos, conceitos e direitos de terceiros, mes-
em conta a condição peculiar da criança e do mo aqueles empregados fora do país, reco-
adolescente como pessoas em desenvolvimento. nhecidamente relacionados ou associados a
outro Anunciante.
SEÇÃO 12 – Direito Autoral e Plágio
Parágrafo único
Artigo 38 Este Código condena a publicidade que faça
Em toda a atividade publicitária serão respei- uso do símbolo oficial e do nome do Conselho
tados os direitos autorais nela envolvidos, in- Nacional de Autorregulamentação Publicitária
clusive os dos intérpretes e os de reprodução. – CONAR, exceto em anúncios da própria en-
tidade.
Artigo 39
O anúncio não utilizará música de fundo, “vi-
nhetas” ou trechos de composições de autores
nacionais ou estrangeiros sem o devido respei-
to aos respectivos direitos autorais, a não ser
no caso de músicas que sejam ou se tenham
tornado de domínio público, de acordo com

18 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


CAPÍTULO III – Anexo A Bebidas Alcoólicas;
Anexo B Educação, Cursos, Ensino;

CATEGORIAS Anexo C Empregos e Oportunidades;


Anexo D Imóveis: Venda e Aluguel;

ESPECIAIS DE Anexo E Investimentos, Empréstimos e Mer-


cado de Capitais;

ANÚNCIOS Anexo F Lojas e Varejo;


Anexo G Médicos, Dentistas, Veterinários,
Parteiras, Massagistas, Enfermeiros,
Serviços Hospitalares, Paramédicos,
Para-hospitalares, Produtos Protéti-
cos e Tratamentos;
Anexo H Produtos Alimentícios;
Anexo I Produtos Farmacêuticos Isentos de
Prescrição;
Anexo J Produtos de Fumo;
Anexo K Produtos Inibidores de Fumo;
Anexo L Profissionais Liberais;
Anexo M Reembolso Postal ou Vendas pelo
Correio;
Anexo N Turismo, Viagens, Excursões, Hote-
laria;
Anexo O Veículos Motorizados;
Anexo P Cervejas e Vinhos;
Anexo Q Testemunhais, Atestados, Endossos;
Artigo 44 Anexo R Defensivos Agrícolas;
Pela sua importância econômica ou social, Anexo S Armas de Fogo;
pelo seu volume, pelas suas repercussões no Anexo T Ices e Bebidas Assemelhadas.
indivíduo ou na sociedade, determinadas cate- Anexo U Apelos de Sustentabilidade.
gorias de anúncios devem estar sujeitas a cui- Anexo V Publicidade de Serviços de Tele-
dados especiais e regras específicas, além das comunicação Modalidade Internet
normas gerais previstas neste Código. Essas Móvel
regras específicas figuram mais adiante como
“Anexos” a este Código e, alguns casos, resul- Parágrafo único
taram de valiosa colaboração de Associações Pretendendo ser este Código um instrumento
de Classe que prontamente se identificaram dinâmico e permanentemente atualizado, es-
com o espírito do presente Código. São eles, sas categorias especiais poderão ser ampliadas
pela ordem: mediante o acréscimo de novos Anexos.

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 19


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

CAPÍTULO IV – Artigo 45
A responsabilidade pela observância das nor-

AS mas de conduta estabelecidas neste Código


cabe ao Anunciante e a sua Agência, bem

RESPONSABILIDADES como ao Veículo, ressalvadas no caso deste


último as circunstâncias específicas que serão
abordadas mais adiante, neste Artigo:
a. o Anunciante assumirá responsabilidade to-
tal por sua publicidade;
b. a Agência deve ter o máximo cuidado na
elaboração do anúncio, de modo a habilitar o
Cliente Anunciante a cumprir sua responsabi-
lidade, com ele respondendo solidariamente
pela obediência aos preceitos deste Código;
c. este Código recomenda aos Veículos que,
como medida preventiva, estabeleçam um sis-
tema de controle na recepção de anúncios.
Poderá o veículo:
c.1. recusar o anúncio, independentemente de
decisão do Conselho Nacional de Autorregu-
lamentação Publicitária – CONAR, quando en-
tender que o seu conteúdo fere, flagrantemen-
te, princípios deste Código, devendo, nesta
hipótese, comunicar sua decisão ao Conselho
Superior do CONAR que, se for o caso, deter-
minará a instauração de processo ético;
c.2. recusar anúncio que fira a sua linha edito-
rial, jornalística ou de programação;
c.3. recusar anúncio sem identificação do
patrocinador, salvo o caso de campanha que
se enquadre no parágrafo único do Artigo 9º
(“teaser”);
c.4. recusar anúncio de polêmica ou denúncia
sem expressa autorização de fonte conhecida
que responda pela autoria da peça;
d. o controle na recepção de anúncios, preco-
nizado na letra “c” deste artigo, deverá adotar
maiores precauções em relação à peça apre-
sentada sem a intermediação de Agência, que
por ignorância ou má-fé do Anunciante, pode-
rá transgredir princípios deste Código;

20 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


e. a responsabilidade do Veículo será equipa-
rada à do Anunciante sempre que a veiculação
do anúncio contrariar os termos de recomen-
dação que lhe tenha sido comunicada oficial-
mente pelo Conselho Nacional de Autorregu-
lamentação Publicitária – CONAR.

Artigo 46
Os diretores e qualquer pessoa empregada
numa firma, companhia ou instituição que to-
mem parte no planejamento, criação, execu-
ção e veiculação de um anúncio, respondem,
perante as normas deste Código, na medida
de seus respectivos poderes decisórios.

Artigo 47
A responsabilidade na observância das normas
deste Código abrange o anúncio no seu con-
teúdo e forma totais, inclusive testemunhos e
declarações ou apresentações visuais que te-
nham origem em outras fontes. O fato de o
conteúdo ou forma serem originários, no todo
ou em parte, de outras fontes, não desobriga
da observância deste Código.

Artigo 48
Um anúncio enganador não pode ser defen-
dido com base no fato de o Anunciante, ou
alguém agindo por ele, ter posteriormente for-
necido ao Consumidor as informações corre-
tas. O Anunciante terá, entretanto, “a priori”, o
crédito de boa-fé.

Artigo 49
Nenhum Anunciante, Agência, Editor, pro-
prietário ou agente de um veículo publicitá-
rio deve promover a publicação de qualquer
anúncio que tenha sido reprovado pelo Con-
selho Nacional de Autorregulamentação Publi-
citária – CONAR, criado para o funcionamento
deste Código.

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 21


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

CAPÍTULO V – Artigo 50
Os infratores das normas estabelecidas neste

INFRAÇÕES E Código e seus anexos estarão sujeitos às se-


guintes penalidades:

PENALIDADES a. advertência;
b. recomendação de alteração ou correção do
Anúncio;
c. recomendação aos Veículos no sentido de
que sustem a divulgação do anúncio;
d. divulgação da posição do CONAR com re-
lação ao Anunciante, à Agência e ao Veículo,
através de Veículos de Comunicação, em face
do não acatamento das medidas e providên-
cias preconizadas.

§ 1º – Compete privativamente ao Conselho de


Ética do CONAR apreciar e julgar as infrações
aos dispositivos deste Código e seus Anexos
e, ao Conselho Superior do CONAR, cumprir e
fazer cumprir as decisões emanadas do Conse-
lho de Ética em processo regular.

§ 2º – Compete privativamente ao Conselho


Superior do CONAR alterar as disposições des-
te Código, bem como alterar, suprimir e acres-
centar-lhe Anexos.

22 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


ANEXOS – ANEXO “A”
Bebidas Alcoólicas

CATEGORIAS Considera-se bebida alcoólica, para os efeitos

ESPECIAIS DE da ética publicitária, aquela que como tal for


classificada perante as normas e regulamentos

ANÚNCIOS oficiais a que se subordina o seu licenciamen-


to. Este Código, no entanto, estabelece distin-
ção entre três categorias de bebidas alcoóli-
cas: as normalmente consumidas durante as
refeições, por isso ditas de mesa (as Cervejas
e os Vinhos, objetos do Anexo “P”); demais
bebidas alcoólicas, sejam elas fermentadas,
destiladas, retificadas ou obtidas por mistura
(normalmente servidas em doses, cuja publi-
cidade é disciplinada pelo Anexo “A”); e a
categoria dos “ices”, “coolers”, “álcool pop”,
“ready to drink”, “malternatives”, e produtos a
eles assemelhados, em que a bebida alcoólica
é apresentada em mistura com água, suco ou
refrigerante, enquadrada em Anexo próprio (o
Anexo “T”), e no Anexo “A”, quando couber.
As normas éticas que se seguem complemen-
tam as recomendações gerais deste Código e,
obviamente, não excluem o atendimento às
exigências contidas na legislação específica.

A publicidade submetida a este Anexo:

1. Regra geral
Por tratar-se de bebida alcoólica — produto
de consumo restrito e impróprio para determi-
nados públicos e situações — deverá ser es-
truturada de maneira socialmente responsável,
sem se afastar da finalidade precípua de difun-
dir marca e características, vedados, por texto
ou imagem, direta ou indiretamente, inclusive
slogan, o apelo imperativo de consumo e a
oferta exagerada de unidades do produto em
qualquer peça de comunicação.

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 23


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

2. Princípio da proteção a crianças e adolescen- 3. Princípio do consumo com responsabilidade


tes social
Não terá crianças e adolescentes como público- A publicidade não deverá induzir, de qualquer
alvo. Diante deste princípio, os Anunciantes e forma, ao consumo exagerado ou irresponsá-
suas Agências adotarão cuidados especiais na vel. Assim, diante deste princípio, nos anúncios
elaboração de suas estratégias mercadológicas de bebidas alcoólicas:
e na estruturação de suas mensagens publici- a. eventuais apelos à sensualidade não consti-
tárias. Assim: tuirão o principal conteúdo da mensagem; mo-
a. crianças e adolescentes não figurarão, de delos publicitários jamais serão tratados como
qualquer forma, em anúncios; qualquer pes- objeto sexual;
soa que neles apareça deverá ser e parecer b. não conterão cena, ilustração, áudio ou vídeo
maior de 25 anos de idade; que apresente ou sugira a ingestão do produto;
b. as mensagens serão exclusivamente desti- c. não serão utilizadas imagens, linguagem ou
nadas a público adulto, não sendo justificável argumentos que sugiram ser o consumo do pro-
qualquer transigência em relação a este prin- duto sinal de maturidade ou que ele contribua
cípio. Assim, o conteúdo dos anúncios deixará para maior coragem pessoal, êxito profissional
claro tratar-se de produto de consumo impró- ou social, ou que proporcione ao consumidor
prio para menores; não empregará linguagem, maior poder de sedução;
expressões, recursos gráficos e audiovisuais d. apoiados na imagem de pessoa famosa, ado-
reconhecidamente pertencentes ao universo tar-se-ão as mesmas condicionantes dispostas
infanto-juvenil, tais como animais “humaniza- no item 2, letras “a”, “b”, “c” e “d” do Anexo “Q”
dos”, bonecos ou animações que possam des- – Testemunhais, Atestados e Endossos;
pertar a curiosidade ou a atenção de menores e. não serão empregados argumentos ou apre-
nem contribuir para que eles adotem valores sentadas situações que tornem o consumo do
morais ou hábitos incompatíveis com a meno- produto um desafio nem tampouco desvalori-
ridade; zem aqueles que não bebam; jamais se utilizará
c. o planejamento de mídia levará em conside- imagem ou texto que menospreze a moderação
ração este princípio, devendo, portanto, refle- no consumo;
tir as restrições e os cuidados técnica e etica- f. não se admitirá que sejam elas recomendadas
mente adequados. Assim, o anúncio somente em razão do teor alcoólico ou de seus efeitos
será inserido em programação, publicação ou sobre os sentidos;
website dirigidos predominantemente a maio- g. referências específicas sobre a redução do
res de idade. Diante de eventual dificuldade teor alcoólico de um produto são aceitáveis,
para aferição do público predominante, ado- desde que não haja implicações ou conclusões
tar-se-á programação que melhor atenda ao sobre a segurança ou quantidade que possa ser
propósito de proteger crianças e adolescentes; consumida em razão de tal redução;
d. os websites pertencentes a marcas de pro- h. não se associará positivamente o consumo
dutos que se enquadrarem na categoria aqui do produto à condução de veículos;
tratada deverão conter dispositivo de acesso i. não se encorajará o consumo em situações
seletivo, de modo a evitar a navegação por impróprias, ilegais, perigosas ou socialmente
menores. condenáveis;

24 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


j. não se associará o consumo do produto ao te de tais compromissos e da necessidade de
desempenho de qualquer atividade profissio- conferir-lhes plena eficácia, a resolução levará
nal; em conta as peculiaridades de cada meio de
k. não se associará o produto a situação que comunicação e indicará, quanto a cada um de-
sugira agressividade, uso de armas e alteração les, dizeres, formato, tempo e espaço de vei-
de equilíbrio emocional; culação da cláusula. Integrada ao anúncio, a
l. não se utilizará uniforme de esporte olímpi- “cláusula de advertência” não invadirá o con-
co como suporte à divulgação da marca. teúdo editorial do Veículo; será comunicada
com correção, de maneira ostensiva e enun-
4. Horários de veiculação ciada de forma legível e destacada. E mais:
Os horários de veiculação em Rádio e TV, in- a. em Rádio, deverá ser inserida como encer-
clusive por assinatura, submetem-se à seguinte ramento da mensagem publicitária;
disciplinação: b. em TV, inclusive por assinatura e em Ci-
a. quanto à programação regular ou de linha: nema, deverá ser inserida em áudio e vídeo
comerciais, spots, inserts de vídeo, textos-fo- como encerramento da mensagem publicitá-
guete, caracterizações de patrocínio, vinhetas ria. A mesma regra aplicar-se-á às mensagens
de passagem e mensagens de outra natureza, publicitárias veiculadas em teatros, casas de
inclusive o merchandising ou publicidade in- espetáculo e congêneres;
direta, publicidade virtual e as chamadas para c. em Jornais, Revistas e qualquer outro meio
os respectivos programas só serão veiculados impresso; em painéis e cartazes e nas peças
no período compreendido entre 21h30 (vinte publicitárias pela internet, deverá ser escrita
e uma horas e trinta minutos) e 6h (seis horas) na forma adotada em resolução;
(horário local); d. nos vídeos veiculados na internet e na tele-
b. quanto à transmissão patrocinada de even- fonia, deverá observar as mesmas prescrições
tos alheios à programação normal ou rotineira: adotadas para o meio TV;
as respectivas chamadas e caracterizações de e. nas embalagens e nos rótulos, deverá reite-
patrocínio limitar-se-ão à identificação da mar- rar que a venda e o consumo do produto são
ca e/ou fabricante, slogan ou frase promocio- indicados apenas para maiores de 18 anos.
nal, sem recomendação de consumo do pro-
duto. As chamadas assim configuradas serão 6. Mídia exterior e congêneres:
admitidas em qualquer horário. Por alcançarem todas as faixas etárias, sem
possibilidade técnica de segmentação, as men-
5. Cláusula de advertência sagens veiculadas em Mídia Exterior e congê-
Todo anúncio, qualquer que seja o meio em- neres, sejam “outdoors”, “indoors” em locais
pregado para sua veiculação, conterá “cláusu- de grande circulação, telas e painéis eletrôni-
la de advertência” a ser adotada em resolução cos, “back e front lights”, painéis em empenas
específica do Conselho Superior do CONAR, de edificações, “busdoors”, envelopamentos
a qual refletirá a responsabilidade social da de veículos de transporte coletivo, peças pu-
publicidade e a consideração de Anunciantes, blicitárias de qualquer natureza no interior de
Agências de Publicidade e Veículos de Comu- veículos de transporte, veículos empregados
nicação para com o público em geral. Dian- na distribuição do produto; peças de mobiliá-

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 25


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

rio urbano e assemelhados etc., quaisquer que direcionada a público adulto, contendo adver-
sejam os meios de comunicação e o suporte tência de que a este é destinado o produto. As
empregados, limitar-se-ão à exibição do pro- mensagens inseridas nos equipamentos de ser-
duto, sua marca e/ou slogan, sem apelo de viço, assim compreendidos as mesas, cadeiras,
consumo, mantida a necessidade de inclusão refrigeradores, luminosos etc., não poderão
da “cláusula de advertência”. conter apelo de consumo e, por essa razão, fi-
cam dispensadas da “cláusula de advertência”.
7. Exceções
Estarão desobrigados da inserção de “cláusula 11. Consumo responsável:
de advertência” os formatos abaixo especifi- Este Código encoraja a realização de campa-
cados que não contiverem apelo de consumo nhas publicitárias e iniciativas destinadas a re-
do produto: forçar a moderação no consumo, a proibição
a. a publicidade estática em estádios, sambó- da venda e da oferta de bebidas alcoólicas para
dromos, ginásios e outras arenas desportivas, menores, e a direção responsável de veículos.
desde que apenas identifique o produto, sua
marca ou slogan; 12. Interpretação:
b. a simples expressão da marca, seu slogan Em razão da natureza do produto, o CONAR,
ou a exposição do produto que se utiliza de os Anunciantes, as Agências de Publicidade, as
veículos de competição como suporte; Produtoras de filmes publicitários e os Veículos
c. as “chamadas” para programação patroci- de comunicação adotarão a interpretação mais
nada em rádio e TV, inclusive por assinatura, restritiva para as normas dispostas neste Anexo.
bem como as caracterizações de patrocínio
desses programas; Aprovado pelo Conselho Superior do CONAR
d. os textos-foguete, vinhetas de passagem e em 18/02/08.
assemelhados.
RESOLUÇÃO Nº 01/08 REF. ANEXO “A”
8. Comércio
Sempre que mencionar produto cuja publici- Complementa o Anexo “A” – Bebidas Alcoólicas,
dade é regida por este Anexo, o anúncio as- do Código Brasileiro de Autorregulamentação
sinado por atacadista, importador, distribui- Publicitária, de 18/2/08.
dor, estabelecimento varejista, bar, restaurante
e assemelhado estará sujeito às normas aqui O Conselho Superior do CONAR resolve:
previstas, especialmente as contidas no item 5.
1. A “cláusula de advertência” prevista no item 5
9. Salas de espetáculos: do Anexo “A” conterá uma das seguintes frases:
A veiculação em cinemas, teatros e salões le- - “BEBA COM MODERAÇÃO”
vará em consideração o disposto no item 2, - “A VENDA E O CONSUMO DE BEBIDA AL-
letra “c”. COÓLICA SÃO PROIBIDOS PARA MENO-
RES”
10. Ponto de venda - “ESTE PRODUTO É DESTINADO A ADUL-
A publicidade em pontos-de-venda deverá ser TOS”

26 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


- “EVITE O CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCO- Jornal Tamanho Padrão
OL”
Anúncio “Cláusula de advertência” (*)
- “NÃO EXAGERE NO CONSUMO”
1 Página Corpo 36
- “QUEM BEBE MENOS, SE DIVERTE MAIS”
- “SE FOR DIRIGIR NÃO BEBA” 1/2 Página Corpo 24
- “SERVIR BEBIDA ALCOÓLICA A MENOR DE 1/4 Página Corpo 12
18 É CRIME”
Obs.: As frases acima não excluem outras, que Jornal Tamanho Tablóide
atendam à finalidade e sejam capazes de re- Anúncio “Cláusula de advertência” (*)
fletir a responsabilidade social da publicidade. 1 Página Corpo 24
1/2 Página Corpo 15
1.1. No meio Rádio, será veiculada durante fra-
1/4 Página Corpo 12
ção de tempo suficiente para sua locução pau-
sada e compreensível.
Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser
considerados desde que atendam à finalidade
1.2. Nos meios TV, inclusive por assinatura e
de orientar o público e estejam em conformi-
Cinema, quaisquer que sejam os suportes uti-
dade com o item 2 desta Resolução.
lizados para o comercial, será veiculada em
(*) Os tamanhos não especificados serão pro-
áudio e vídeo durante fração de tempo corres-
porcionalizados tomando-se por base a defini-
pondente a, pelo menos, um décimo da du-
ção para 1/4 de página.
ração da mensagem publicitária. Utilizar-se-á
o seguinte formato: cartela única, com fundo
1.4. No meio Revista será inserida em retân-
azul e letras brancas de forma a permitir per-
gulo de fundo branco, emoldurada por filete
feita legibilidade e visibilidade, permanecendo
interno, em letras de cor preta, padrão Univers
imóvel no vídeo ou na tela. A cartela obedece-
65 Bold, caixa alta, nas seguintes dimensões:
rá ao gabarito RTV de filmagem, no tamanho
padrão de 36,5 cm x 27 cm (trinta e seis e meio
centímetros por vinte e sete centímetros); as Anúncio “Cláusula de advertência” (*)
letras serão da família tipográfica Univers, va- Página Dupla /
riação Médium, corpo 48, caixa alta. A locução Página Simples Corpo 18
constará apenas da leitura da frase escolhida. 1/2 Página Corpo 12
Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser 1/4 Página Corpo 6
considerados desde que atendam à finalidade
de orientar o público e estejam em conformi- Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser
dade com o item 2 desta Resolução. considerados desde que atendam à finalidade
de orientar o público e estejam em conformi-
1.3. No meio Jornal, será inserida em retângulo dade com o item 2 desta Resolução.
de fundo branco, emoldurada por filete inter- (*) Os tamanhos não especificados serão pro-
no, em letras de cor preta, padrão Univers 65 porcionalizados tomando-se por base a defini-
Bold, caixa alta, nas seguintes dimensões: ção para 1/4 de página.

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 27


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

1.5. Na mídia exterior e congêneres, quaisquer 2. Na interpretação das recomendações dis-


que sejam os suportes utilizados para o anún- postas no Anexo “A” e nesta Resolução, seja
cio, será incluída em retângulo de fundo bran- para efeito de criação, produção e veiculação
co, emoldurada por filete interno, em letras de do anúncio, seja no julgamento de infração
cor preta, padrão Univers 65 Bold, caixa alta, ética por seu descumprimento, levar-se-á em
nas seguintes dimensões: conta:
a. o conteúdo da mensagem;
Anúncio “Cláusula de advertência” (*) b. o meio de comunicação empregado.
0 a 250 cm 2
Corpo 16 c. a intenção de permitir a perfeita comunica-
ção das “cláusulas de advertência” e de facili-
251 a 500 cm 2
Corpo 20
tar sua apreensão pelo público;
501 a 1000 cm 2
Corpo 24
1000 a 1500 cm 2
Corpo 26 3. Estão dispensadas da “cláusula de adver-
1501 a 2000 cm2 Corpo 30 tência” a publicidade legal, as campanhas de
2001 a 3000 cm2 Corpo 36 cunho institucional e os formatos expressa-
3001 a 4000 cm2 Corpo 40 mente especificados no item 7 do Anexo “A”.
4001 a 5000 cm 2
Corpo 48 Esta resolução entra em vigor nesta data, exi-
gindo-se seu cumprimento a partir do dia 10
Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser de abril de 2008.
considerados desde que atendam à finalidade
de orientar o público e estejam em conformi- ANEXO “B”
dade com o item 2 desta Resolução. Educação, Cursos, Ensino
(*) Os tamanhos não especificados serão pro-
porcionalizados, tomando-se por base a defi- Além de atender às provisões gerais deste Có-
nição para 500 cm2. digo, a publicidade a que se refere este Anexo
observará as seguintes recomendações:
1.6. No meio Internet, integrará a mensagem
publicitária, qualquer que seja a forma ado- 1. Não deverá afirmar ou induzir o público a
tada. crer que um estabelecimento ou curso é oficia-
lizado, reconhecido, autorizado, aprovado, ou
1.7. Nos cartazes, pôsteres e painéis exibidos no que tenha sua situação legal definida, a me-
ponto-de-venda, além da “cláusula de adver- nos que o Anunciante esteja em condição de
tência” de moderação mencionada no item 5 comprová-lo.
do Anexo “A”, será inscrita também de forma
legível, em cores contrastantes com o fundo 2. Tendo em vista que nem todos os estabele-
da mensagem, a seguinte frase: “VENDA E cimentos e cursos que podem ser anunciados
CONSUMO PROIBIDOS PARA MENORES DE estão sujeitos a autorização de funcionamen-
18 ANOS”. to e fiscalização das autoridades de ensino,
Obs.: Determinação contida no art. 81, nº II recomenda-se aos Anunciantes que tenham a
do Estatuto da Criança e do Adolescente, arti- sua situação legal definida, que facilitem a sua
go 81, n° II. identificação, informando em sua publicidade

28 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


o nome da escola ou curso e o respectivo ato 9. O anúncio que fizer menção a preço, deve-
oficial de autorização ou reconhecimento. rá indicar claramente o total a ser pago pelo
aluno.
3. Para ser aceito como documento válido ca-
paz de possibilitar ao seu portador o prosse- 10. A utilização de testemunhas e a publicação
guimento de seus estudos, a legislação em vi- de listas de aprovação em concursos e exames
gor estabelece determinados requisitos a serem vestibulares estão sujeitas à comprovação, de
atendidos pelo estabelecimento ou curso para acordo com as provisões deste Código, no que
a emissão de diplomas ou certificados. Assim toca a “testemunhais” (Capítulo II, Seção 5, Ar-
sendo, os anúncios não deverão insinuar, suge- tigo 27, § 9º).
rir ou afirmar que os diplomas ou certificados
prometidos tenham valor mais amplo do que 11. O anúncio de curso de instrução ou de
efetivamente tiverem. De igual forma deverá preparação para o aprendizado de ofícios ou
ficar claro no anúncio quando o aluno estiver matérias que conduzam a exames profissio-
obrigado a submeter-se a exame de avaliação nais ou técnicos não poderá oferecer empre-
e/ou prova de assiduidade para validar o curso. gos ou oportunidades irreais de remuneração,
a menos que o anunciante assuma, no mesmo
4. Não deverá afirmar ou induzir o Consumi- anúncio e com clareza, total responsabilidade.
dor a crer que a inscrição ou matrícula no cur-
so lhe proporcionará um emprego, a menos 12. O anúncio de curso de instrução ou pre-
que o Anunciante assuma, no mesmo anúncio paração para concursos públicos ou exames
e com clareza, total responsabilidade. vestibulares não poderá prometer a aprovação
do candidato nos concursos ou exames.
5. Não se permitirá que o anúncio prometa be-
nefícios exagerados quanto à conquista de títu- 13. O anúncio de curso por correspondência
los, tais como promessas de “doutoramento”, ou à distância, além das recomendações con-
quando na verdade o curso é de “bacharelado”. tidas nos demais itens deste Anexo, atenderá
ao seguinte:
6. Não se permitirão promessas de sucesso ou a. tornará explícito que o curso é ministrado
promoção garantida na carreira profissional do por correspondência ou à distância e de ne-
aluno, a não ser que tais fatos sejam compro- nhum modo procurará confundi-lo com curso
váveis. por freqüência;
b. deverá divulgar nos anúncios impressos o
7. Não se admitirão alegações inverídicas so- nome do Anunciante (ou o título do estabe-
bre o nível do curso anunciado, como é o caso lecimento) e o respectivo endereço completo,
da frase “em nível de pós-graduação” para de- que não poderá se restringir ao número da cai-
signar simples cursos de extensão cultural. xa postal. Quando contiver cupom ou similar,
o endereço completo deverá figurar também
8. O anúncio de curso ou cursinho que exigir no corpo do anúncio.
freqüência do aluno deverá explicitar o tempo
de sua duração.

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 29


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

ANEXO “C” 1. Não se deve confundir propositada e mali-


Empregos e Oportunidades ciosamente “sinal” com “entrada”, dessa forma
induzindo o Consumidor a erro de julgamento
Os anúncios referentes a empregos e oportu- quanto ao real valor do imóvel e suas próprias
nidades, geralmente publicados pela imprensa condições para adquiri-lo.
diária na forma de “classificados”, obedecerão
às normas gerais deste Código, com especial Parágrafo único:
atenção para os seguintes aspectos específicos: “Sinal” é parcela inicial que o comprador dá
ao vendedor no ato da reserva do imóvel; “en-
1. Não deverão enganar o consumidor com trada” é o montante que o comprador paga ao
alegações exageradas quanto à natureza do vendedor até o ato da escritura de promessa
serviço, ao nível de remuneração e às condi- de compra e venda.
ções do ambiente de trabalho.
2. Não se deve confundir propositada e ma-
2. Não deverão fornecer descrições e títulos liciosamente prestação de “poupança” com a
falsos para a ocupação oferecida (exemplo: prestação relativa à amortização do “financia-
não se deve anunciar o cargo de “relações pú- mento”.
blicas” quando o que se oferece, na realidade,
é um emprego de vendedor). Parágrafo único:
“Poupança” é o pagamento facilitado em par-
3. Não deverão conter qualquer restrição celas e prestações mensais, originário de re-
quanto a sexo, idade, estado civil, nacionali- cursos próprios do comprador e realizado até
dade, raça, cor ou religião. o “habite-se” do imóvel; à “poupança” suce-
dem-se as prestações correspondentes à amor-
4. Não deverão utilizar títulos de profissões tização do financiamento após o “habite-se”.
devidamente reconhecidas como engodo para
esconder a verdadeira condição de trabalho. 3. Caso o preço seja citado, deve ele ser espe-
cífico do imóvel oferecido e referir-se ao seu
ANEXO “D” valor total; e quando o imóvel for destinado a
Imóveis: Venda e Aluguel público de baixo ou médio poder aquisitivo,
devem ser mencionadas as despesas de aqui-
Além de obedecer os preceitos gerais des- sição a cargo do comprador.
te Código, a publicidade de imóveis, seja de
venda, aluguel ou leasing, deverá atender as 4. Na hipótese de locação ou leasing, o anún-
normas deste Anexo. Essas normas específicas cio deverá deixar claro se existirão (ou não)
somente se aplicam aos anúncios de maiores para o locatário, ônus de qualquer natureza,
dimensões, particularmente os de lançamento, decorrentes da transação.
delas ficando excetuados os anúncios “remin-
der” (recordatórios), de pequeno espaço e os 5. Tratando-se de imóvel novo, o nome do ven-
Classificados, bem como a propaganda feita dedor ou imobiliária deve constar do anúncio,
pela Televisão e pelo Rádio: recomendando-se que nele figurem também o

30 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


nome da construtora e do incorporador e, ain- 12. No caso de apartamentos, bem como de
da, o do órgão financiador. salas e andares para escritórios, quando as
unidades tiverem preços diferentes por andar,
6. Quando o anúncio fornecer o valor do imó- deve esse fato ser mencionado e o preço cita-
vel em dinheiro, deve ser especificado o preço do identificar o que está sendo oferecido.
total, poupança, parcelas intermediárias e nú-
meros de prestações, sempre com os respec- Parágrafo único:
tivos valores. Os preceitos acima aplicam-se aos loteamen-
tos, devendo-se indicar claramente o valor do
7. Deverá ser igualmente especificada a “área co- imóvel segundo a localização dos lotes.
mum”, dela se distinguindo claramente a “área
útil”, evitando-se expressões “área real de cons- 13. Quando o Anunciante for empresa ou cor-
trução”, que não são suficientemente claras. retor autônomo, é obrigatória a inclusão, no
anúncio, dos respectivos números de registro
8. Quando for mencionado o material a ser (CRECI etc.).
empregado na construção, deve ser especifi-
cada a natureza, o tipo e se possível a marca. 14. O anúncio deve explicar o estado do imó-
vel ou a situação da construção, bem como o
9. Se o anúncio fornecer a localização do imó- prazo de entrega.
vel, deve tal indicação ser feita segundo a de-
signação oficial. 15. Fotografias e ilustrações que porventura
figurem nos anúncios devem reproduzir fiel-
Parágrafo único: mente o imóvel e o local onde se situa, não
Considera-se designação oficial, para os efei- devendo induzir o Consumidor a erro de jul-
tos do presente Código: gamento.
a. no caso de imóveis rurais, o Estado, o Muni-
cípio, o Distrito e a Circunscrição; ANEXO “E”
b. no caso de imóveis urbanos, o Bairro e a Investimentos, Empréstimos e
Circunscrição Imobiliária. Mercado de Capitais

10. No caso de financiamento por meio de Além de obedecer às normas gerais deste Có-
programas públicos de habitação, deverá ser digo, os anúncios que versem sobre Investi-
claramente indicada a renda mensal exigida mentos, Empréstimos e Mercado de Capitais
do comprador para a aquisição do imóvel. deverão obedecer as seguintes disposições es-
pecíficas:
11. Em áreas de loteamento deve ser forneci-
da a distância, em quilômetros, do centro da 1. Direito de Informação
cidade mais próxima, a metragem do lote e Respeitar o direito de informação dos investi-
as condições de pagamento, delas constando dores, acionistas, aplicadores individuais e ins-
o valor da entrada, parcelas intermediárias e titucionais, terceiros que negociam com valo-
prestações. res mobiliários, instituições públicas e organis-

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 31


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

mos internacionais – observando escrupulosa- a. valorizar o conteúdo informativo e educa-


mente a necessidade de lhes serem oferecidos cional de suas mensagens;
todos os esclarecimentos para uma decisão b. evitar proposições que ajam no sentido
criteriosa e consciente -, conforme preceitua a da desinformação ou da confusão dos inves-
legislação sobre a matéria. tidores.

2. Sigilo 6. Regulamentações Específicas


Resguardar, sem prejuízo do item anterior, o Sem embargo das disposições deste Código
sigilo inerente à coisa financeira, cuidando e em conformidade com ele, as empresas in-
para que não seja violada a privacidade dos tegrantes do Sistema Financeiro Nacional po-
investidores. derão atender a recomendações sobre ativi-
dades publicitárias emanadas de seus órgãos
3. Projeções ou Estimativas de Resultados de representação institucional, se e quando as
Caso os anúncios contenham projeção ou esti- campanhas específicas recomendarem proce-
mativa de resultados futuros (rendimentos, ren- dimentos comuns e uniformidade no proces-
tabilidade, valorização ou quaisquer outros), so de comunicação em benefício da melhor
sob a forma de índice ou percentual, deverão: orientação e informação do público investidor.
a. esclarecer em que bases foi realizada a pro-
jeção ou estimativa; Sobre as regras da publicidade das atividades
b. explicitar se foi considerada ou não a tribu- tratadas no presente Anexo, vide também a Lei
tação ou impostos pertinentes, se houve ou n° 14.181/21, que alterou a Lei nº 8.078/90.
não reaproveitamento de lucros gerados no
período analisado, se foram ou não deduzidos ANEXO “F”
incentivos fiscais e, principalmente, se a pro- Lojas e Varejo
jeção ou estimativa foi feita a partir de resulta-
dos pretéritos cuja repetição possa ser incerta Na Publicidade de Varejo:
ou improvável no futuro. 1. Em caso de oferta de produtos com venda a
crédito, deve ser mencionado, além do preço
4. Propaganda Comparativa a vista, o número de pagamentos, os valores
Respeitar as mesmas bases e condições de da entrada e da prestação e o valor total do
comparação quanto a prazos, garantias, liqui- financiamento.
dez, resgate e critérios de cálculo de rentabi-
lidade ou outros benefícios produzidos pelos 2. Quando for mencionada redução de preços,
bens ou serviços anunciados. deve o anúncio explicitar ambos os valores,
ou seja, o antigo e o novo. Fica suprida esta
5. Educação e Orientação do Investidor exigência quando a redução for em números
Considerando a necessidade do contínuo apri- relativos (percentual) e não absolutos.
moramento do mercado financeiro e de ca-
pitais mediante a melhoria dos níveis de in- 3. Deve ficar explícito nos anúncios:
formação e a educação dos investidores, os a. Quando a oferta envolver produtos descon-
anúncios deverão: tinuados ou sem garantia do fabricante.

32 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


b. Quando se tratar de produtos que não es- 3. A propaganda de serviços hospitalares e as-
tejam em estado de novo, como por exemplo, semelhados deve, obrigatoriamente, mencio-
pontas de estoque, saldos etc. nar a direção responsável.
c. Quando o produto requer instalação técnica
especializada que onera significativamente a 4. A propaganda de tratamentos clínicos e ci-
compra. rúrgicos (p. ex. emagrecimento, plástica) será
regida pelos seguintes princípios:
4. Em se tratando de bem durável original- a. deve, antes de mais nada, estar de acordo
mente com garantia do fabricante e que esteja com a disciplina dos órgãos de fiscalização
sendo oferecido sem ela, tal circunstância de- profissional e governamentais competentes;
verá ficar clara no anúncio. b. precisa mencionar a direção médica respon-
sável;
5. Na propaganda de vendas a crédito, são c. deve dar uma descrição clara e adequada do
condenáveis as alegações exageradas sobre caráter do tratamento;
facilidades no processo de abertura de crédito. d. não pode conter testemunhais prestados
por leigos;
ANEXO “G” e. não pode conter promessa de cura ou de
Médicos, Dentistas, Veterinários, Parteiras, recompensa para aqueles que não obtiverem
Massagistas, Enfermeiros, Serviços êxito com a utilização do tratamento.
Hospitalares, Paramédicos, Para-hospitalares,
Produtos Protéticos e Tratamentos * Sobre a atividade tratada no presente Anexo,
vide também a Lei n° 13.989/2020 e resolução
1. A publicidade submetida a este Anexo não aplicável do CFM.
poderá anunciar:
a. a cura de doenças para as quais ainda não ANEXO “H”
exista tratamento apropriado, de acordo com Alimentos, Refrigerantes, Sucos e Bebidas
os conhecimentos científicos comprovados; Assemelhadas
b. métodos de tratamentos e diagnósticos ain-
da não consagrados cientificamente; Este Anexo disciplina a propaganda comercial
c. especialidade ainda não admitida para o res- de alimentos, refrigerantes, sucos, achocolata-
pectivo ensino profissional; dos, bebidas não-carbonatadas e as isentas de
d. a oferta de diagnóstico e/ou tratamento à álcool a elas assemelhadas, assim classificados
distância;* pelos órgãos da administração pública, e, ob-
e. produtos protéticos que requeiram exames viamente, não exclui o atendimento às exigên-
e diagnósticos de médicos especialistas. cias das legislações específicas.

2. A propaganda dos profissionais a que se 1. Disposições Gerais


refere este Anexo não pode anunciar: Além de atender aos preceitos gerais deste Có-
a. o exercício de mais de duas especialidades; digo, os anúncios de produtos submetidos a
b. atividades proibidas nos respectivos códi- este Anexo deverão:
gos de ética profissional. a. compatibilizar-se com os termos do respec-

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 33


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

tivo licenciamento oficial. Adotarão termino- k. ao utilizar personagens do universo infantil


logia com ele harmonizada seja para designar ou apresentadores de programas dirigidos a
qualidades como “diet”, “light”, “não contém este público-alvo, fazê-lo apenas nos interva-
açúcar”, “não contém gluten”, seja para des- los comerciais, evidenciando a distinção entre
crever quaisquer outras características distinti- a mensagem publicitária e o conteúdo edito-
vas que orientem as escolhas do consumidor; rial ou da programação;
b. evitar qualquer associação a produtos fár- l. abster-se de utilizar crianças muito acima ou
maco-medicinais; muito abaixo do peso normal, segundo os pa-
c. valorizar e encorajar, sempre que possível, a drões biométricos comumente aceitos, evitan-
prática de exercícios físicos e atividades afins; do que elas e seus semelhantes possam vir a
d. abster-se de encorajar ou relevar o consumo ser atingidos em sua dignidade.
excessivo nem apresentar situações que incen-
tivem o consumo exagerado ou conflitem com 2. Quando o produto for destinado à crian-
esta recomendação; ça, sua publicidade deverá, ainda, abster-se de
e. abster-se de menosprezar a importância da qualquer estímulo imperativo de compra ou
alimentação saudável, variada e balanceada; consumo, especialmente se apresentado por
f. abster-se de apresentar qualquer produto autoridade familiar, escolar, médica, esportiva,
como substituto das refeições básicas (desje- cultural ou pública, bem como por persona-
jum, almoço e jantar), a menos que tal indica- gens que os interpretem, salvo em campanhas
ção esteja embasada em responsável opinião educativas, de cunho institucional, que pro-
médica ou nutricional , reconhecida pela auto- movam hábitos alimentares saudáveis.
ridade sanitária;
g. limitar afirmações técnicas relativas aos be- 3. A publicidade que aludir a propriedades
nefícios à saúde e à nutrição às que forem funcionais de produto submetido a este Ane-
compatíveis com o licenciamento oficial e am- xo deverá estar baseada em dados fáticos, téc-
paradas em responsável opinião médica ou nicos ou científicos, e estar em conformidade
nutricional. Neste caso, tais afirmações deve- com o respectivo licenciamento oficial.
rão ser apresentadas em linguagem acessível
ao consumidor médio; 4. A publicidade de bebidas não-alcoólicas de-
h. apresentar corretamente as características verá abster-se de gerar confusão quanto:
de sabor, tamanho, conteúdo/peso, benefícios a. à qualidade, natureza e tipo de produto;
nutricionais e de saúde; b. ao valor calórico do produto;
i. evitar a exploração de benefícios potenciais c. à sua natureza (natural ou artificial), bem como
derivados do consumo do produto, como a quanto à presença de aditivos, quando for o caso.
conquista de popularidade, elevação de status
ou êxito social, sexual, desempenho escolar, 5. Na publicidade dos produtos submetidos
esportivo, dentre outros; a este Anexo adotar-se-á interpretação a mais
j. abster-se de desmerecer o papel dos pais, edu- restritiva quando:
cadores, autoridades e profissionais de saúde a. for apregoado o atributo “produto natural”;
quanto à correta orientação sobre hábitos alimen- b. o produto for destinado ao consumo por
tares saudáveis e outros cuidados com a saúde; crianças.

34 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


ANEXO “I” e. deve evitar qualquer inferência associada ao
Produtos Farmacêuticos Isentos de Prescrição uso excessivo do produto;
f. não deverá ser feita de modo a induzir ao
A publicidade dos produtos submetidos a este uso de produtos por crianças, sem supervisão
Anexo observará as normas específicas que se dos pais ou responsáveis a quem, aliás, a men-
seguem, as quais complementam as normas ge- sagem se dirigirá com exclusividade;
rais deste Código. Para os efeitos deste Anexo, g. não deverá encorajar o Consumidor a come-
são considerados produtos farmacêuticos isen- ter excessos físicos, gastronômicos ou etílicos;
tos de prescrição, também conhecidos como h. não deverá mostrar personagem na depen-
medicamentos populares ou OTC – over the dência do uso contínuo de medicamentos
counter –, aqueles cuja venda, nos termos da como solução simplista para problemas emo-
lei, está dispensada da apresentação de receita cionais ou estados de humor;
emitida por Médicos e Cirurgiões-Dentistas. i. não deverá levar o Consumidor a erro quan-
to ao conteúdo, tamanho de embalagem, apa-
1. A embalagem, rotulagem e publicidade de rência, usos, rapidez de alívio ou ações tera-
medicamentos populares deverão estar em pêuticas do produto e sua classificação (simi-
conformidade com a legislação pertinente: lar/genérico);
a. entende-se por embalagem todo invólucro, re- j. deverá ser cuidadosa e verdadeira quanto
cipiente ou qualquer forma de acondicionamen- ao uso da palavra escrita ou falada bem como
to, removível ou não, destinado a cobrir, empaco- de efeitos visuais. A escolha de palavras de-
tar, envasar, proteger ou manter, especificamente verá corresponder a seu significado como ge-
ou não, os produtos de que trata este Anexo; ralmente compreendido pelo grande público;
b. entende-se por rotulagem qualquer identifi- k. não deverá conter afirmações ou dramati-
cação por palavras ou ilustrações presentes na zações que provoquem medo ou apreensão
embalagem. no Consumidor, de que ele esteja, ou possa
vir, sem tratamento, a sofrer de alguma doença
2. A publicidade de medicamentos populares: séria;
a. não deverá conter nenhuma afirmação l. deve enfatizar os usos e ações do produ-
quanto à ação do produto que não seja basea- to em questão. Comparações injuriosas com
da em evidência clínica ou científica; concorrentes não serão toleradas. Qualquer
b. não deverá ser feita de modo a sugerir cura comparação somente será admitida quando
ou prevenção de qualquer doença que exija facilmente perceptível pelo Consumidor ou
tratamento sob supervisão médica; baseada em evidência clínica ou científica.
c. não deverá ser feita de modo a resultar em Não deverão ser usados jargões científicos
uso diferente das ações terapêuticas constan- com dados irrelevantes ou estatísticas de va-
tes da documentação aprovada pela Autorida- lidade duvidosa ou limitada, que possam su-
de Sanitária; gerir uma base científica que o produto não
d. não oferecerá ao consumidor prêmios, par- tenha;
ticipação em concursos ou recursos semelhan- m. não deverá conter qualquer oferta de de-
tes que o induzam ao uso desnecessário de volução de dinheiro pago ou outro benefício,
medicamentos; de qualquer natureza, pela compra de um me-

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 35


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

dicamento em função de uma possível inefi- A publicidade submetida a este Anexo obser-
cácia; vará o seguinte:
n. a publicidade de produto dietético deve sub-
meter-se ao disposto neste Anexo e, no que cou- 1. Não sugerirá que os produtos possuam pro-
ber, nos anexos “G” e “H”. Não deverá incluir priedades calmantes ou estimulantes, que re-
ou mencionar indicações ou expressões, mesmo duzam a fadiga, a tensão ou produzam qual-
subjetivas, de qualquer ação terapêutica. quer efeito similar.

3. A referência a estudos, quer científicos ou 2. Não associará o produto a ideias ou ima-


de consumo, deverá sempre ser baseada em gens de maior êxito na sexualidade das pes-
pesquisas feitas e interpretadas corretamente. soas, insinuando o aumento da virilidade ou
feminilidade dos fumantes.
4. Qualquer endosso ou atestado, bem como a
simples referência a profissionais, instituições 3. Não sugerirá ou promoverá o consumo exa-
de ensino ou pesquisa e estabelecimentos de gerado ou irresponsável, a indução ao bem-
saúde, deverá ser suportada por documenta- estar ou à saúde, bem como o consumo em
ção hábil, exigível a qualquer tempo. locais ou situações perigosas ou ilegais.

5. A publicidade de medicamentos não ofe- 4. Não associará o uso do produto à prática de


recerá a obtenção de diagnóstico à distância. esportes olímpicos e nem se utilizará de trajes
de esportes olímpicos para promoção/divulga-
6. Não conterá afirmações injuriosas às ativida- ção de suas marcas.
des dos profissionais de saúde ou ao valor de
cuidados ou tratamentos destes. 5. Não fará qualquer apelo dirigido especifi-
camente a menores de 18 anos, e qualquer
7. Quando oferecer a venda do produto por pessoa que, fumando ou não, apareça em
meio de telefone ou endereço eletrônico, de- anúncio regido por este Anexo, deverá ser e
verá explicitar a razão social e o endereço físi- parecer maior de 25 anos.
co do anunciante a fim de facilitar ação fiscali-
zatória e reclamações. 6. Não empregará imperativos que induzam
diretamente ao consumo.
ANEXO “J”
Produtos de Fumo 7. Na publicidade e nas publicações institucio-
nais e legais, bem como nos anúncios classi-
O Anexo “J” encontra-se, em muitos de seus ficados de empresas produtoras de derivados
dispositivos, superado pelas restrições deter- de fumo, não haverá obrigatoriedade de in-
minadas na Lei Federal nº 10.167, de 27 serção de advertência, conforme facultado por
de dezembro de 2000. Impõe-se, portanto, a lei, desde que as referidas peças não visem a
leitura desse texto legal, em paralelo com as promoção de marcas de produtos destinados
recomendações do Código Brasileiro de Au- ao público consumidor.
torregulamentação Publicitária e do Anexo.

36 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


ANEXO “K” e claras sobre o produto oferecido, pois será
Produtos Inibidores do Fumo exclusivamente com base nesses dados que o
Consumidor irá fazer sua decisão de compra
Não será aceita a propaganda de qualquer sem sequer ver o produto anunciado.
produto que se proponha a inibir o hábito de
fumar sem que o Anunciante torne claro que 2. Entre as informações acima devem figurar
o produto oferece apenas uma ajuda e que o – além daquelas atinentes às virtualidades do
êxito de sua aplicação dependerá de força de produto oferecido – uma descrição objetiva do
vontade de quem o utilizar. mesmo, o seu preço e condições de pagamen-
to, prazo de entrega, condições de perecimen-
ANEXO “L” to do produto (quando for o caso), condições
Profissionais Liberais de devolução (se forem oferecidas), garantias
e facilidades de serviço e manutenção pós-
Os anúncios de profissionais liberais, com pro- venda.
fissão definida e regulamentada em lei, terão
que conter o nome do Anunciante, seu título 3. A razão social do Anunciante bem como
profissional, sua especialidade, seu endereço o seu endereço completo devem figurar no
e o número de seu registro na respectiva Or- anúncio. Quando o anúncio contiver um
dem ou Conselho. cupom, o endereço não poderá figurar apenas
nesse cupom.
ANEXO “M”
Reembolso Postal ou Vendas pelo Correio 4. A razão social do Anunciante deve figurar
com destaque no endereço que é fornecido
A propaganda que objetiva vendas pelo reem- pela propaganda e, nesse endereço, o Anun-
bolso postal é uma forma muito especial de ciante deve ter condições para atender a con-
comunicação publicitária, posto que dispensa sultas dos Consumidores e, ainda, condições
os públicos intermediários (sobretudo o va- de mostrar e demonstrar o produto anunciado
rejista) que podem facultar ao consumidor a – mesmo na forma de modelos ou amostras.
chance de ver e, em alguns casos, experimen-
tar o produto antes da compra. Nas vendas ANEXO “N”
pelo reembolso postal a decisão de compra é Turismo, Viagens, Excursões, Hotelaria
feita em geral por Consumidores colocados à
distância dos grandes centros urbanos e ape- Além de atender às provisões gerais deste Có-
nas com base nas informações fornecidas pelo digo, a propaganda de Turismo, Viagens, Ex-
vendedor em anúncios, folhetos e prospectos cursões e Hotelaria:
enviados pelo Correio (mala-direta). Por essas Deverá ser concebida de tal forma que se
razões: evitem desapontamentos para o Consumidor.
Portanto, no caso particular de Excursões, o
1. A primeira obrigação de qualquer peça material publicitário – sejam anúncios, sejam
publicitária que visa à venda por reembolso folhetos e prospectos – deve fornecer dados
postal é a de fornecer informações precisas precisos no tocante aos seguintes aspectos:

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 37


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

a. a firma ou organização responsável pela Ex- 3. Também não serão permitidos anúncios que
cursão; induzam o usuário a desrespeitar, quando na
b. o meio de transporte, nome da empresa direção de veículos motorizados, as regras de
transportadora, tipo ou classe de avião, dados silêncio e de higiene das vias públicas, bem
sobre o navio ou outro meio de transporte; como do respeito aos recursos naturais e eco-
c. destinos e itinerários; lógicos quando em viagem.
d. duração exata da Excursão e o tempo de
permanência em cada localidade; 4. Os anúncios não deverão induzir a erro
e. o tipo e o padrão das acomodações de Ho- quanto às características específicas do veícu-
tel e as refeições porventura incluídas no lo, tais como consumo, velocidade, desempe-
preço-pacote; nho, conforto e segurança.
f. quaisquer benefícios incluídos, tais como
passeios etc.; ANEXO “P”
g. o preço total da Excursão – pelo menos em Cervejas e Vinhos
seus limites máximo e mínimo – com indica-
ção precisa do que está ou não incluído (tras- Considera-se bebida alcoólica, para os efeitos
lados de e para aeroportos e hotéis, carrega- da ética publicitária, aquela que como tal for
dores, gorjetas etc). classificada perante as normas e regulamen-
h. condições de cancelamento. tos oficiais a que se subordina o seu licen-
ciamento. Este Código, no entanto, estabele-
ANEXO “O” ce distinção entre três categorias de bebidas
Veículos Motorizados alcoólicas: as normalmente consumidas du-
rante as refeições, por isso ditas de mesa (as
Na propaganda de automóveis, caminhões, Cervejas e os Vinhos, objetos do Anexo “P”);
ônibus e tratores: demais bebidas alcoólicas, sejam elas fermen-
tadas, destiladas, retificadas ou obtidas por
1. Não se permitirá a divulgação de dados de mistura (normalmente servidas em doses,
desempenho que correspondam a condições cuja publicidade é disciplinada pelo Anexo
de uso atípicas para a maioria dos Consumi- “A”); e a categoria dos “ices”, “coolers”, “ál-
dores – a não ser quando tais condições forem cool pop”, “ready to drink”, “malternatives”,
claramente especificadas. e produtos a eles assemelhados, em que a
bebida alcoólica é apresentada em mistura
2. Não se permitirá que o anúncio contenha com água, suco ou refrigerante, enquadrada
sugestões de utilização do veículo que possam em Anexo próprio (o Anexo “T”), e no Anexo
pôr em risco a segurança pessoal do usuário e “A”, quando couber.
de terceiros, tais como ultrapassagens não per- As normas éticas que se seguem comple-
mitidas em estradas, excesso de velocidade, não mentam as recomendações gerais deste Có-
utilização de acessórios de segurança, desres- digo e, obviamente, não excluem o atendi-
peito à sinalização, desrespeito aos pedestres e mento às exigências contidas na legislação
às normas de trânsito de uma forma geral. específica.

38 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


A publicidade submetida a este Anexo: tir as restrições e os cuidados técnica e etica-
mente adequados. Assim, o anúncio somente
1. Regra geral será inserido em programação, publicação ou
Por tratar-se de bebida alcoólica — produto website dirigidos predominantemente a maio-
de consumo restrito e impróprio para determi- res de idade. Diante de eventual dificuldade
nados públicos e situações — deverá ser es- para aferição do público predominante, ado-
truturada de maneira socialmente responsável, tar-se-á programação que melhor atenda ao
sem se afastar da finalidade precípua de difun- propósito de proteger crianças e adolescentes;
dir marca e características, vedados, por texto d. os websites pertencentes a marcas de pro-
ou imagem, direta ou indiretamente, inclusive dutos que se enquadrem na categoria aqui
slogan, o apelo imperativo de consumo e a tratada deverão conter dispositivo de acesso
oferta exagerada de unidades do produto em seletivo, de modo a evitar a navegação por
qualquer peça de comunicação. menores.

2. Princípio da proteção a crianças e adolescen- 3. Princípio do consumo com responsabilidade


tes social
Não terá crianças e adolescentes como público- A publicidade não deverá induzir, de qualquer
alvo. Diante deste princípio, os Anunciantes e forma, ao consumo exagerado ou irresponsá-
suas Agências adotarão cuidados especiais na vel. Assim, diante deste princípio, nos anún-
elaboração de suas estratégias mercadológicas cios de bebidas alcoólicas:
e na estruturação de suas mensagens publici- a. eventuais apelos à sensualidade não cons-
tárias. Assim: tituirão o principal conteúdo da mensagem;
a. crianças e adolescentes não figurarão, de modelos publicitários jamais serão tratados
qualquer forma, em anúncios; qualquer pes- como objeto sexual;
soa que neles apareça deverá ser e parecer b. não conterão cena, ilustração, áudio ou ví-
maior de 25 anos de idade; deo que apresente ou sugira a ingestão do
b. as mensagens serão exclusivamente desti- produto;
nadas a público adulto, não sendo justificável c. não serão utilizadas imagens, linguagem
qualquer transigência em relação a este princí- ou argumentos que sugiram ser o consumo
pio. Assim, o conteúdo dos anúncios deixará do produto sinal de maturidade ou que ele
claro tratar-se de produto de consumo impró- contribua para maior coragem pessoal, êxito
prio para menores; não empregará linguagem, profissional ou social, ou que proporcione ao
expressões, recursos gráficos e audiovisuais consumidor maior poder de sedução;
reconhecidamente pertencentes ao universo in- d. apoiados na imagem de pessoa famosa,
fanto-juvenil, tais como animais “humanizados”, adotar-se-ão as mesmas condicionantes dis-
bonecos ou animações que possam despertar a postas no item 2, letras “a”, “b”, “c” e “d” do
curiosidade ou a atenção de menores nem con- Anexo “Q” – Testemunhais, Atestados e En-
tribuir para que eles adotem valores morais ou dossos;
hábitos incompatíveis com a menoridade; e. não serão empregados argumentos ou apre-
c. o planejamento de mídia levará em conside- sentadas situações que tornem o consumo do
ração este princípio, devendo, portanto, refle- produto um desafio nem tampouco desvalori-

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 39


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

zem aqueles que não bebam; jamais se utiliza- o conteúdo editorial do Veículo; será comu-
rá imagem ou texto que menospreze a mode- nicada com correção, de maneira ostensiva
ração no consumo; e enunciada de forma legível e destacada. E
f. não se admitirá que sejam elas recomen- mais:
dadas em razão do teor alcoólico ou de seus a. em Rádio, deverá ser inserida como encer-
efeitos sobre os sentidos; ramento da mensagem publicitária;
g. referências específicas sobre a redução do b. em TV, inclusive por assinatura e em Ci-
teor alcoólico de um produto são aceitáveis, nema, deverá ser inserida em áudio e vídeo
desde que não haja implicações ou conclusões como encerramento da mensagem publicitá-
sobre a segurança ou quantidade que possa ria. A mesma regra aplicar-se-á às mensagens
ser consumida em razão de tal redução; publicitárias veiculadas em teatros, casas de
h. não se associará positivamente o consumo espetáculo e congêneres;
do produto à condução de veículos; c. em Jornais, Revistas e qualquer outro meio
i. não se encorajará o consumo em situações impresso; em painéis e cartazes e nas peças
impróprias, ilegais, perigosas ou socialmente publicitárias pela internet, deverá ser escrita
condenáveis; na forma adotada em resolução;
j. não se associará o consumo do produto ao d. nos vídeos veiculados na internet e na tele-
desempenho de qualquer atividade profissio- fonia, deverá observar as mesmas prescrições
nal; adotadas para o meio TV;
k. não se associará o produto a situação que e. nas embalagens e nos rótulos, deverá reite-
sugira agressividade, uso de armas e alteração rar que a venda e o consumo do produto são
de equilíbrio emocional; indicados apenas para maiores de 18 anos.
l. não se utilizará uniforme de esporte olímpi-
co como suporte à divulgação da marca. 5. Mídia exterior e congêneres
Por alcançarem todas as faixas etárias, sem
4. Cláusula de advertência possibilidade técnica de segmentação, as men-
Todo anúncio, qualquer que seja o meio em- sagens veiculadas em Mídia Exterior e congê-
pregado para sua veiculação, conterá “cláusu- neres, sejam “outdoors”, “indoors” em locais
la de advertência” a ser adotada em resolução de grande circulação, telas e painéis eletrôni-
específica do Conselho Superior do CONAR, cos, “back e front lights”, painéis em empenas
a qual refletirá a responsabilidade social da de edificações, “busdoors”, envelopamentos
publicidade e a consideração de Anunciantes, de veículos de transporte coletivo, peças pu-
Agências de Publicidade e Veículos de Comu- blicitárias de qualquer natureza no interior de
nicação para com o público em geral. Dian- veículos de transporte, veículos empregados
te de tais compromissos e da necessidade de na distribuição do produto; peças de mobiliá-
conferir-lhes plena eficácia, a resolução leva- rio urbano e assemelhados etc., quaisquer que
rá em conta as peculiaridades de cada meio sejam os meios de comunicação e o suporte
de comunicação e indicará, quanto a cada um empregados, limitar-se-ão à exibição do pro-
deles, dizeres, formato, tempo e espaço de duto, sua marca e/ou slogan, sem apelo de
veiculação da cláusula. Integrada ao anún- consumo, mantida a necessidade de inclusão
cio, a “cláusula de advertência” não invadirá da “cláusula de advertência”.

40 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


6. Exceções 10. Ponto de venda
Estarão desobrigados da inserção de “cláusula A publicidade em pontos-de-venda deverá
de advertência” os formatos abaixo especifi- ser direcionada a público adulto, conten-
cados que não contiverem apelo de consumo do advertência de que a este é destinado o
do produto: produto. As mensagens inseridas nos equi-
a. publicidade estática em estádios, sambó- pamentos de serviço, assim compreendidos
dromos, ginásios e outras arenas desportivas, as mesas, cadeiras, refrigeradores, luminosos
desde que apenas identifique o produto, sua etc., não poderão conter apelo de consumo
marca ou slogan; e, por essa razão, ficam dispensadas da “cláu-
b. a simples expressão da marca, seu slogan sula de advertência”.
ou a exposição do produto que se utiliza de
veículos de competição como suporte; 11. Consumo responsável
c. as “chamadas” para programação patroci- Este Código encoraja a realização de campa-
nada em rádio e TV, inclusive por assinatura, nhas publicitárias e iniciativas destinadas a
bem como as caracterizações de patrocínio reforçar a moderação no consumo, a proibi-
desses programas; ção da venda e da oferta de bebidas alcoóli-
d. os textos-foguete, vinhetas de passagem e cas para menores, e a direção responsável de
assemelhados. veículos.

7. Comércio 12. Interpretação


Sempre que mencionar produto cuja publici- Em razão da natureza do produto, o CONAR,
dade é regida por este Anexo, o anúncio as- os Anunciantes, as Agências de Publicidade, as
sinado por atacadista, importador, distribui- Produtoras de filmes publicitários e os Veícu-
dor, estabelecimento varejista, bar, restaurante los de Comunicação adotarão a interpretação
e assemelhado estará sujeito às normas aqui mais restritiva para as normas dispostas neste
previstas, especialmente as contidas no item 4. Anexo.

8. Salas de espetáculos Aprovado pelo Conselho Superior do CONAR


A veiculação em cinemas, teatros e salões le- em 18/02/08.
vará em consideração o disposto no item 2,
letra “c”. RESOLUÇÃO Nº 02/08 REF. ANEXO “P”

9. Cerveja sem álcool Complementa o Anexo “P” – Cervejas e Vinhos,


A publicidade de “cerveja sem álcool” des- do Código Brasileiro de Autorregulamentação
tacará, obrigatoriamente, tal característica e Publicitária, de 18/2/08.
se submete, no que couber, às normas des-
te Anexo. Estará desobrigada da “cláusula de O Conselho Superior do CONAR resolve:
advertência”, desde que não remeta a marca,
slogan ou frase promocional de produto sub- 1. A “cláusula de advertência” prevista no item
metido ao presente Anexo ou aos Anexos “A” 4 do Anexo “P” conterá uma das seguintes fra-
e “T”. ses:

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 41


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

- “BEBA COM MODERAÇÃO” de orientar o público e estejam em conformi-


- “CERVEJA É BEBIDA ALCOÓLICA. VENDA dade com o item 2 desta Resolução.
E CONSUMO PROIBIDOS PARA MENORES”
- “ESTE PRODUTO É DESTINADO A ADUL- 1.3. No meio Jornal, será inserida em retângulo
TOS” de fundo branco, emoldurada por filete inter-
- “EVITE O CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCO- no, em letras de cor preta, padrão Univers 65
OL” Bold, caixa alta, nas seguintes dimensões:
- “NÃO EXAGERE NO CONSUMO”
- “QUEM BEBE MENOS, SE DIVERTE MAIS” Jornal Tamanho Padrão
- “SE FOR DIRIGIR NÃO BEBA” Anúncio “Cláusula de advertência” (*)
- “SERVIR CERVEJA A MENOR DE 18 É CRIME”
1 Página Corpo 36
1/2 Página Corpo 24
Obs.: As frases acima não excluem outras,
que atendam à finalidade e sejam capazes de 1/4 Página Corpo 12
refletir a responsabilidade social da publici-
dade. Jornal Tamanho Tablóide
Anúncio “Cláusula de advertência” (*)
1.1. No meio Rádio, será veiculada durante fra- 1 Página Corpo 24
ção de tempo suficiente para sua locução pau- 1/2 Página Corpo 15
sada e compreensível. 1/4 Página Corpo 12

1.2. Nos meios TV, inclusive por assinatura e Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser
Cinema, quaisquer que sejam os suportes uti- considerados desde que atendam à finalidade
lizados para o comercial, será veiculada em de orientar o público e estejam em conformi-
áudio e vídeo durante fração de tempo corres- dade com o item 2 desta Resolução.
pondente a, pelo menos, um décimo da dura- (*) Os tamanhos não especificados serão pro-
ção da mensagem publicitária. porcionalizados tomando-se por base a defini-
Utilizar-se-á o seguinte formato: cartela úni- ção para 1/4 de página.
ca, com fundo azul e letras brancas de forma
a permitir perfeita legibilidade e visibilidade, 1.4. No meio Revista será inserida em retân-
permanecendo imóvel no vídeo ou na tela. A gulo de fundo branco, emoldurada por filete
cartela obedecerá ao gabarito RTV de filma- interno, em letras de cor preta, padrão Uni-
gem, no tamanho padrão de 36,5 cm x 27 cm vers 65 Bold, caixa alta, nas seguintes di-
(trinta e seis e meio centímetros por vinte e mensões:
sete centímetros); as letras serão da família ti-
pográfica Univers, variação Médium, corpo 48,
Anúncio “Cláusula de advertência” (*)
caixa alta. A locução constará apenas da leitu-
ra da frase escolhida. Página Dupla /
Página Simples Corpo 18
Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser 1/2 Página Corpo 12
considerados desde que atendam à finalidade 1/4 Página Corpo 6

42 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser do Anexo “P”, será inscrita também de forma
considerados desde que atendam à finalidade legível, em cores contrastantes com o fundo
de orientar o público e estejam em conformi- da mensagem, a seguinte frase: “VENDA E
dade com o item 2 desta Resolução. CONSUMO PROIBIDOS PARA MENORES DE
(*) Os tamanhos não especificados serão pro- 18 ANOS”.
porcionalizados tomando-se por base a defini- Obs.: Determinação contida no art. 81, nº II
ção para 1/4 de página. do Estatuto da Criança e do Adolescente, arti-
go 81, n° II.
1.5. Na mídia exterior e congêneres, quaisquer
que sejam os suportes utilizados para o anún- 2. Na interpretação das recomendações dispos-
cio, será incluída em retângulo de fundo bran- tas no Anexo “P” e nesta Resolução, seja para
co, emoldurada por filete interno, em letras de efeito de criação, produção e veiculação do
cor preta, padrão Univers 65 Bold, caixa alta, anúncio, seja no julgamento de infração ética
nas seguintes dimensões: por seu descumprimento, levar-se-á em conta:
a. o conteúdo da mensagem;
Anúncio “Cláusula de advertência” (*) b. o meio de comunicação empregado.
0 a 250 cm 2
Corpo 16 c. a intenção de permitir a perfeita comunica-
ção das “cláusulas de advertência” e de facili-
251 a 500 cm 2
Corpo 20
tar sua apreensão pelo público;
501 a 1000 cm 2
Corpo 24
1000 a 1500 cm 2
Corpo 26 3. Estão dispensadas da “cláusula de adver-
1501 a 2000 cm 2
Corpo 30 tência” a publicidade legal, as campanhas de
2001 a 3000 cm 2
Corpo 36 cunho institucional e os formatos expressa-
3001 a 4000 cm 2
Corpo 40 mente especificados no item 6 do Anexo “P”.
4001 a 5000 cm 2
Corpo 48 Esta resolução entra em vigor nesta data, exi-
gindo-se seu cumprimento a partir do dia 10
Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser de abril de 2008.
considerados desde que atendam à finalidade
de orientar o público e estejam em conformi- ANEXO “Q”
dade com o item 2 desta Resolução. Testemunhais, Atestados, Endossos
(*) Os tamanhos não especificados serão pro-
porcionalizados, tomando-se por base a defi- Testemunhal é o depoimento, endosso ou ates-
nição para 500 cm2. tado através do qual pessoa ou entidade dife-
rente do Anunciante exprime opinião, ou refle-
1.6. No meio Internet, integrará a mensagem te observação e experiência própria a respeito
publicitária, qualquer que seja a forma ado- de um produto. De acordo com esta definição,
tada. o testemunhal pode ser classificado como:

1.7. Nos cartazes, pôsteres e painéis exibidos no 1. Testemunhal de especialista/perito


ponto-de-venda, além da “cláusula de adver- É o prestado por depoente que domina co-
tência” de moderação mencionada no item 4 nhecimento específico ou possui formação

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 43


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

profissional ou experiência superior ao da mé- 2. Testemunhal de Pessoa Famosa.


dia das pessoas. a. O anúncio que abrigar o depoimento de
pessoa famosa deverá, mais do que qualquer
2. Testemunhal de pessoa famosa outro, observar rigorosamente as recomenda-
É o prestado por pessoa cuja imagem, voz ou ções do Código.
qualquer outra peculiaridade a torne facilmen- b. O anúncio apoiado em testemunhal de pes-
te reconhecida pelo público. soa famosa não deverá ser estruturado de for-
ma a inibir o senso crítico do Consumidor em
3. Testemunhal de pessoa comum ou Consumi- relação ao produto.
dor c. Não será aceito o anúncio que atribuir o su-
É o prestado por quem não possua conhe- cesso ou fama da testemunha ao uso do pro-
cimentos especiais ou técnicos a respeito do duto, a menos que isso possa ser comprovado.
produto anunciado. d. O Anunciante que recorrer ao testemunhal
de pessoa famosa deverá, sob pena de ver-se
4. Atestado ou endosso privado da presunção de boa-fé, ter presente a
É o emitido por pessoa jurídica, refletindo a sua responsabilidade para com o público.
sua posição oficial.
3. Testemunhal de Pessoa Comum ou Consumi-
Por se reconhecer no testemunhal, em qual- dor.
quer de suas modalidades, técnica capaz de a. Sempre que um consumidor for identifica-
conferir maior força de comunicação, persua­ do, seu nome e sobrenome devem ser verda-
são e credibilidade à mensagem publicitária, deiros.
este Anexo introduz as seguintes recomenda- b. Os modelos profissionais, os empregados
ções especiais, além das já instituídas no corpo do Anunciante ou das Agências de Propagan-
do Código (Artigo 27, § 9º): da não deverão se fazer passar por Consumi-
dor comum.
1. Testemunhal de Especialista/Perito. c. O testemunho de Consumidor ficará limi-
a. O anúncio deverá sempre nomear o depo- tado à experiência pessoal com o produto,
ente e apresentar com fidelidade a sua qualifi- não podendo alcançar assuntos de natureza
cação profissional ou técnica. técnica ou científica a respeito dos quais não
b. O produto anunciado deverá ter estrita cor- possua capacitação ou habilitação profissional
relação com a especialidade do depoente; compatível.
c. O anúncio que se apoiar em testemunho
isolado de especialista ou perito não deverá 4. Atestado ou Endosso.
causar a impressão de que ele reflita o consen- a. O atestado ou endosso emitido por pessoa
so da categoria profissional, da entidade ou jurídica deverá refletir a sua posição oficial a
da associação a que, eventualmente, pertença. respeito do assunto.
d. O testemunho prestado por profissional es- b. Aplicam-se ao atestado ou endosso as reco-
tará limitado pelas normas legais e éticas que mendações deste Anexo, em especial as ati-
disciplinam a respectiva categoria. nentes ao testemunhal de especialistas/peritos.

44 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


5. Normas Relacionadas com a Obtenção e Vali- na, respeitando sempre o uso adequado do
dade dos Testemunhais. produto.
a. Todo Anunciante, ou sua Agência, estará c. Não poderá conter mensagem que exceda
obrigado a comprovar/demonstrar a veracida- os termos do registro. Não omitirá ou mini-
de do testemunhal, sempre que isto lhe for mizará – seja por texto, imagem ou sugestão
solicitado. – toxicidade e a ação sobre o meio ambiente.
b. O testemunhal obtido mediante câmera Apontará sempre os cuidados e indicações es-
oculta só poderá ser veiculado com a auto- pecíficos, determinados pela autoridade com-
rização expressa da testemunha ou de seus petente.
responsáveis. É aceitável que essa autorização d. Não conterá expressões como “inofensivo”,
seja obtida através de remuneração. “não tóxico”, “inócuo” ou equivalente, salvo
se o fizer de forma qualificada e comprovável.
6. Normas Relacionadas com a Divulgação de e. Não exibirá pessoas em cenário de aplica-
Testemunhos e Atestados. ção sem que se apresentem convenientemente
a. O Anunciante, ou a sua Agência de Pro- protegidas por indumentária e acessórios tec-
paganda, deverá obter autorização escrita da nicamente recomendáveis.
testemunha antes de proceder à veiculação. f. Não deverá, sob qualquer pretexto, utilizar
Essa autorização poderá ser exigida pelos modelo infantil ou que aparente ser menor de
veí­culos. idade.
b. Anunciantes concorrentes deverão abster-se g. Sujeito, nos termos da legislação federal, a
da utilização do testemunhal de uma mesma receituário, deverá conter necessariamente a
pessoa ou entidade, sempre que dela possa indicação “consulte um agrônomo”.
redundar confusão para o Consumidor. h. Não deverá associar o produto, por texto,
imagem ou sugestão, a qualquer outro que se
ANEXO “R” destine à alimentação ou saúde, ressalvadas as
Defensivos Agrícolas propostas institucionais.

O anexo “R” deve ser lido em consonância com 2. Sendo os defensivos agrícolas reconhecida-
as Leis Federais nº 9.294/96, nº 10.167/00 (e mente classificados como bens de produção,
suas posteriores alterações) e regulamentação sua publicidade deverá, sempre que possível:
em vigor. Além de obedecer as normas gerais a. Ser informativa e didática, evitando-se que
deste Código, em especial as inscritas em sua seja tratada como de bem de consumo;
seção 10 – Poluição e Ecologia, os anúncios de b. Estimular o bom uso do solo e a defesa do
defensivos agrícolas deverão observar as reco- meio ambiente.
mendações específicas a seguir dispostas:
3. Tendo em vista que em nosso país a co-
1. O anúncio de defensivo agrícola: municação dos Anunciantes com o homem do
a. Não poderá ser veiculado se o produto não campo se opera costumeiramente através de
estiver regularmente registrado no órgão com- contato com agrônomos, vendedores, repre-
petente do Serviço Público Federal. sentantes de cooperativas etc., recomenda-se
b. Não descuidará do público a que se desti- que toda peça publicitária distribuída direta-

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 45


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

mente ao usuário (prospectos, volantes, ca- b. não deverá provocar o temor popular;
lendários, manuais etc.) atenda aos princípios c. não apresentará o possuidor de arma de
estabelecidos neste Anexo. fogo em situação de superioridade em relação
a perigos ou pessoas;
4. As recomendações do Código e deste Ane- d. não exibirá crianças ou menores de idade;
xo deverão ser observadas, com igual rigor, na e. não se valerá de testemunhal, a não ser de
propaganda de produtos destinados a peque- educadores, técnicos, autoridades especiali-
nas hortas, pomares e plantações urbanas. zadas, esportistas e caçadores, formulado no
sentido de alertar e educar o Consumidor;
5. Tendo em vista que a mensagem se desti- f. não oferecerá facilidades ou brindes para
na ao homem do campo, recomenda-se que aquisição do produto.
o anúncio seja preciso, claro e, sobretudo,
responsável. Essa responsabilidade é reforça- 3. O anúncio deverá ainda:
da pela certeza de que o uso inadequado do a. cingir-se à apresentação do modelo, suas
produto afeta não apenas a pessoa que deci- características e preço;
de sua aplicação, mas transcende a outras, se b. evidenciar que a utilização do produto exi-
prolonga pelo meio ambiente e pode alcançar, ge treinamento e equilíbrio emocional;
mesmo, a economia do país. c. colocar em relevo o risco, para a comunida-
de, da guarda do produto em lugar inseguro.
ANEXO “S”
Armas de Fogo 4. O anúncio não será veiculado em publica-
ção dirigida ao público infanto-juvenil.
A publicidade de arma de fogo de uso civil
atenderá, além dos princípios estabelecidos 5. O anúncio só poderá ser veiculado pela Te-
no Código, às seguintes recomendações espe- levisão no período das 23 horas às 6 horas.
ciais:
Sobre o segmento tratado no presente Anexo,
1. O anúncio deverá deixar claro que a aquisi- vide também a Lei Federal 10.826/2003 e re-
ção do produto dependerá de registro conce- gulamentação oficial em vigor.
dido por autoridade competente:
a. essa exigência não deve ser apresentada ANEXO “T”
como mera formalidade; Ices e Bebidas Assemelhadas
b. o anúncio não deverá divulgar facilidades
de registro. Considera-se bebida alcoólica, para os efeitos
da ética publicitária, aquela que como tal for
2. O anúncio não deverá ser emocional. Assim classificada perante as normas e regulamentos
sendo: oficiais a que se subordina o seu licenciamen-
a. não exibirá situações dramáticas e nem se to. Este Código, no entanto, estabelece distin-
valerá de notícias que induzam o consumidor ção entre três categorias de bebidas alcoóli-
à convicção de que o produto é a única defesa cas: as normalmente consumidas durante as
ao seu alcance; refeições, por isso ditas de mesa (as Cervejas

46 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


e os Vinhos, objetos do Anexo “P”); demais b. as mensagens serão exclusivamente desti-
bebidas alcoólicas, sejam elas fermentadas, nadas a público adulto, não sendo justificável
destiladas, retificadas ou obtidas por mistura qualquer transigência em relação a este prin-
(normalmente servidas em doses, cuja publi- cípio. Assim, o conteúdo dos anúncios dei-
cidade é disciplinada pelo Anexo “A”); e a xará claro tratar-se de produto de consumo
categoria dos “ices”, “coolers”, “álcool pop”, impróprio para menores; não empregará lin-
“ready to drink”, “malternatives”, e produtos a guagem, expressões, recursos gráficos e au-
eles assemelhados, em que a bebida alcoólica diovisuais reconhecidamente pertencentes ao
é apresentada em mistura com água, suco ou universo infanto-juvenil, tais como animais
refrigerante, enquadrada em Anexo próprio (o “humanizados”, bonecos ou animações que
Anexo “T”), e no Anexo “A”, quando couber. possam despertar a curiosidade ou a aten-
As normas éticas que se seguem complemen- ção de menores nem contribuir para que eles
tam as recomendações gerais deste Código e, adotem valores morais ou hábitos incompatí-
obviamente, não excluem o atendimento às veis com a menoridade;
exigências contidas na legislação específica. c. o planejamento de mídia levará em con-
sideração este princípio, devendo, portanto,
A publicidade submetida a este Anexo: refletir as restrições e os cuidados técnica
e eticamente adequados. Assim, o anúncio
1. Regra geral somente será inserido em programação, pu-
Por tratar-se de bebida alcoólica — produto blicação ou website dirigidos predominante-
de consumo restrito e impróprio para determi- mente a maiores de idade. Diante de eventual
nados públicos e situações — deverá ser es- dificuldade para aferição do público predo-
truturada de maneira socialmente responsável, minante, adotar-se-á programação que me-
sem se afastar da finalidade precípua de difun- lhor atenda ao propósito de proteger crianças
dir marca e características, vedados, por texto e adolescentes;
ou imagem, direta ou indiretamente, inclusive d. os websites pertencentes a marcas de pro-
slogan, o apelo imperativo de consumo e a dutos que se enquadrem na categoria aqui
oferta exagerada de unidades do produto em tratada deverão conter dispositivo de acesso
qualquer peça de comunicação. seletivo, de modo a evitar a navegação por
menores.
2. Princípio da proteção a crianças e adolescentes
Não terá crianças e adolescentes como público- 3. Princípio do consumo com responsabilidade
alvo. Diante deste princípio, os Anunciantes e social
suas Agências adotarão cuidados especiais na A publicidade não deverá induzir, de qualquer
elaboração de suas estratégias mercadológicas forma, ao consumo exagerado ou irresponsá-
e na estruturação de suas mensagens publici- vel. Assim, diante deste princípio, nos anún-
tárias. Assim: cios de bebidas alcoólicas:
a. crianças e adolescentes não figurarão, de a. eventuais apelos à sensualidade não cons-
qualquer forma, em anúncios; qualquer pes- tituirão o principal conteúdo da mensagem;
soa que neles apareça deverá ser e parecer modelos publicitários jamais serão tratados
maior de 25 anos de idade; como objeto sexual;

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 47


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

b. não conterão cena, ilustração, áudio ou ví- 4. Cláusula de advertência


deo que apresente ou sugira a ingestão do Todo anúncio, qualquer que seja o meio em-
produto; pregado para sua veiculação, conterá “cláusu-
c. não serão utilizadas imagens, linguagem la de advertência” a ser adotada em resolução
ou argumentos que sugiram ser o consumo específica do Conselho Superior do CONAR,
do produto sinal de maturidade ou que ele a qual refletirá a responsabilidade social da
contribua para maior coragem pessoal, êxito publicidade e a consideração de Anunciantes,
profissional ou social, ou que proporcione ao Agências de Publicidade e Veículos de Comu-
consumidor maior poder de sedução ; nicação para com o público em geral. Dian-
d. apoiados na imagem de pessoa famosa, te de tais compromissos e da necessidade de
adotar-se-ão as mesmas condicionantes dis- conferir-lhes plena eficácia, a resolução levará
postas no item 2, letras “a”, “b”, “c” e “d” do em conta as peculiaridades de cada meio de
Anexo “Q” – Testemunhais, Atestados e En- comunicação e indicará, quanto a cada um de-
dossos; les, dizeres, formato, tempo e espaço de vei-
e. não serão empregados argumentos ou apre- culação da cláusula. Integrada ao anúncio, a
sentadas situações que tornem o consumo do “cláusula de advertência” não invadirá o con-
produto um desafio nem tampouco desvalori- teúdo editorial do Veículo; será comunicada
zem aqueles que não bebam; jamais se utiliza- com correção, de maneira ostensiva e enun-
rá imagem ou texto que menospreze a mode- ciada de forma legível e destacada. E mais:
ração no consumo; a. em Rádio, deverá ser inserida como encer-
f. não se admitirá que sejam elas recomen- ramento da mensagem publicitária;
dadas em razão do teor alcoólico ou de seus b. em TV, inclusive por assinatura e em Ci-
efeitos sobre os sentidos; nema, deverá ser inserida em áudio e vídeo
g. referências específicas sobre a redução do como encerramento da mensagem publicitá-
teor alcoólico de um produto são aceitáveis, ria. A mesma regra aplicar-se-á às mensagens
desde que não haja implicações ou conclusões publicitárias veiculadas em teatros, casas de
sobre a segurança ou quantidade que possa espetáculo e congêneres;
ser consumida em razão de tal redução; c. em Jornais, Revistas e qualquer outro meio
h. não se associará positivamente o consumo impresso; em painéis e cartazes e nas peças
do produto à condução de veículos; publicitárias pela internet, deverá ser escrita
i. não se encorajará o consumo em situações na forma adotada em resolução;
impróprias, ilegais, perigosas ou socialmente d. nos vídeos veiculados na internet e na tele-
condenáveis; fonia, deverá observar as mesmas prescrições
j. não se associará o consumo do produto ao adotadas para o meio TV;
desempenho de qualquer atividade profissio- e. nas embalagens e nos rótulos, deverá reite-
nal; rar que a venda e o consumo do produto são
k. não se associará o produto a situação que indicados apenas para maiores de 18 anos.
sugira agressividade, uso de armas e alteração
de equilíbrio emocional; 5. Mídia exterior e congêneres
l. não se utilizará uniforme de esporte olímpi- Por alcançarem todas as faixas etárias, sem
co como suporte à divulgação da marca. possibilidade técnica de segmentação, as

48 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


mensagens veiculadas em Mídia Exterior e e assemelhado estará sujeito às normas aqui
congêneres, sejam “outdoors”, “indoors” em previstas, especialmente as contidas no item 4.
locais de grande circulação, telas e painéis
eletrônicos, “back e front lights”, painéis em 8. Salas de espetáculos
empenas de edificações, “busdoors”, envelo- A veiculação em cinemas, teatros e salões le-
pamentos de veículos de transporte coleti- vará em consideração o disposto no item 2,
vo, peças publicitárias de qualquer natureza letra “c”.
no interior de veículos de transporte, veícu-
los empregados na distribuição do produto; 9. Ponto de venda
peças de mobiliário urbano e assemelhados A publicidade em pontos-de-venda deverá ser
etc., quaisquer que sejam os meios de comu- direcionada a público adulto, contendo adver-
nicação e o suporte empregados, limitar-se- tência de que a este é destinado o produto. As
ão à exibição do produto, sua marca e/ou mensagens inseridas nos equipamentos de ser-
slogan, sem apelo de consumo, mantida a viço, assim compreendidos as mesas, cadeiras,
necessidade de inclusão da “cláusula de ad- refrigeradores, luminosos etc., não poderão
vertência”. conter apelo de consumo e, por essa razão, fi-
cam dispensadas da “cláusula de advertência”.
6. Exceções
Estarão desobrigados da inserção de “cláusula 10. Consumo responsável
de advertência” os formatos abaixo especifi- Este Código encoraja a realização de campa-
cados que não contiverem apelo de consumo nhas publicitárias e iniciativas destinadas a
do produto: reforçar a moderação no consumo, a proibi-
a. a publicidade estática em estádios, sambó- ção da venda e da oferta de bebidas alcoóli-
dromos, ginásios e outras arenas desportivas, cas para menores, e a direção responsável de
desde que apenas identifique o produto, sua veículos.
marca ou slogan;
b. a simples expressão da marca, seu slogan 11. Aplicabilidade
ou a exposição do produto que se utiliza de As normas deste Anexo “T” não se aplicam à
veículos de competição como suporte; publicidade dos produtos que adotarem mar-
c. as “chamadas” para programação patroci- ca ou slogan, ou sinais e expressões de pro-
nada em rádio e TV, inclusive por assinatura, paganda, ou campanhas, ou personagens, ou
bem como as caracterizações de patrocínio elementos de comunicação associados a bebi-
desses programas; das alcoólicas, cujos anúncios sejam regidos
d. os textos-foguete, vinhetas de passagem e pelo Anexo “A”. Nessas hipóteses prevalece-
assemelhados. rão as restrições e recomendações dispostas
no Anexo “A”.
7. Comércio
Sempre que mencionar produto cuja publici- 12. Interpretação
dade é regida por este Anexo, o anúncio as- Em razão da natureza do produto, o CONAR,
sinado por atacadista, importador, distribui- os Anunciantes, as Agências de Publicidade, as
dor, estabelecimento varejista, bar, restaurante Produtoras de filmes publicitários e os Veículos

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 49


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

de Comunicação adotarão a interpretação mais áudio e vídeo durante fração de tempo corres-
restritiva para as normas dispostas neste Anexo. pondente a, pelo menos, um décimo da dura-
ção da mensagem publicitária.
Aprovado pelo Conselho Superior do CONAR Utilizar-se-á o seguinte formato: cartela úni-
em 18/02/08. ca, com fundo azul e letras brancas de forma
a permitir perfeita legibilidade e visibilidade,
RESOLUÇÃO Nº 03/08 REF. ANEXO “T” permanecendo imóvel no vídeo ou na tela. A
cartela obedecerá ao gabarito RTV de filma-
Complementa o Anexo “T” – Ices e Bebidas As- gem, no tamanho padrão de 36,5 cm x 27 cm
semelhadas, do Código Brasileiro de Autorregu- (trinta e seis e meio centímetros por vinte e
lamentação Publicitária, de 18/2/08. sete centímetros); as letras serão da família ti-
pográfica Univers, variação Médium, corpo 48,
O Conselho Superior do CONAR resolve: caixa alta. A locução constará apenas da leitu-
ra da frase escolhida
1. A “cláusula de advertência” prevista no item Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser
4 do Anexo “T” conterá uma das seguintes fra- considerados desde que atendam à finalidade
ses: de orientar o público e estejam em conformi-
- “BEBA COM MODERAÇÃO” dade com o item 2 desta Resolução.
- “A VENDA E O CONSUMO DE BEBIDA AL-
COÓLICA SÃO PROIBIDOS PARA MENORES” 1.3. No meio Jornal, será inserida em retângulo
- “ESTE PRODUTO É DESTINADO A ADUL- de fundo branco, emoldurada por filete inter-
TOS” no, em letras de cor preta, padrão Univers 65
- “EVITE O CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCO- Bold, caixa alta, nas seguintes dimensões:
OL”
- “NÃO EXAGERE NO CONSUMO” Jornal Tamanho Padrão
- “QUEM BEBE MENOS, SE DIVERTE MAIS” Anúncio “Cláusula de advertência” (*)
- “SE FOR DIRIGIR NÃO BEBA” 1 Página Corpo 36
- “SERVIR BEBIDA ALCOÓLICA A MENOR DE
1/2 Página Corpo 24
18 É CRIME”
1/4 Página Corpo 12
Obs.: As frases acima não excluem outras, que
atendam à finalidade e sejam capazes de re- Jornal Tamanho Tablóide
fletir a responsabilidade social da publicidade. Anúncio “Cláusula de advertência” (*)
1 Página Corpo 24
1.1. No meio Rádio, será veiculada durante fra- 1/2 Página Corpo 15
ção de tempo suficiente para sua locução pau- 1/4 Página Corpo 12
sada e compreensível.
Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser
1.2. Nos meios TV, inclusive por assinatura e considerados desde que atendam à finalidade
Cinema, quaisquer que sejam os suportes uti- de orientar o público e estejam em conformi-
lizados para o comercial, será veiculada em dade com o item 2 desta Resolução.

50 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


(*) Os tamanhos não especificados serão pro- Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser
porcionalizados tomando-se por base a defini- considerados desde que atendam à finalidade
ção para 1/4 de página. de orientar o público e estejam em conformi-
dade com o item 2 desta Resolução.
1.4. No meio Revista será inserida em retân- (*) Os tamanhos não especificados serão pro-
gulo de fundo branco, emoldurada por filete porcionalizados, tomando-se por base a defi-
interno, em letras de cor preta, padrão Univers nição para 500 cm2.
65 Bold, caixa alta, nas seguintes dimensões:
1.6. No meio Internet, integrará a mensagem
Anúncio “Cláusula de advertência” (*) publicitária, qualquer que seja a forma adotada.
Página Dupla /
Página Simples Corpo 18 1.7. Nos cartazes, pôsteres e painéis exibidos no
ponto-de-venda, além da “cláusula de adver-
1/2 Página Corpo 12
tência” de moderação mencionada no item 4
1/4 Página Corpo 6
do Anexo “T”, será inscrita também de forma
legível, em cores contrastantes com o fundo
Obs.: Outros formatos alternativos poderão ser
da mensagem, a seguinte frase: “VENDA E
considerados desde que atendam à finalidade
CONSUMO PROIBIDOS PARA MENORES DE
de orientar o público e estejam em conformi-
18 ANOS”.
dade com o item 2 desta Resolução.
Obs.: Determinação contida no art. 81, nº II
(*) Os tamanhos não especificados serão pro-
do Estatuto da Criança e do Adolescente, arti-
porcionalizados tomando-se por base a defini-
go 81, n° II.
ção para 1/4 de página.
2. Na interpretação das recomendações dispos-
1.5. Na mídia exterior e congêneres, quaisquer
tas no Anexo “T” e nesta Resolução, seja para
que sejam os suportes utilizados para o anún-
efeito de criação, produção e veiculação do
cio, será incluída em retângulo de fundo bran-
anúncio, seja no julgamento de infração ética
co, emoldurada por filete interno, em letras de
por seu descumprimento, levar-se-á em conta:
cor preta, padrão Univers 65 Bold, caixa alta,
a. o conteúdo da mensagem;
nas seguintes dimensões:
b. o meio de comunicação empregado.
c. a intenção de permitir a perfeita comunica-
Anúncio “Cláusula de advertência” (*) ção das “cláusulas de advertência” e de facili-
0 a 250 cm 2
Corpo 16 tar sua apreensão pelo público;
251 a 500 cm 2
Corpo 20
501 a 1000 cm 2
Corpo 24 3. Estão dispensadas da “cláusula de adver-
1000 a 1500 cm 2
Corpo 26 tência” a publicidade legal, as campanhas de
cunho institucional e os formatos expressa-
1501 a 2000 cm 2
Corpo 30
mente especificados no item 6 do Anexo “T”.
2001 a 3000 cm 2
Corpo 36
Esta resolução entra em vigor nesta data, exi-
3001 a 4000 cm 2
Corpo 40 gindo-se seu cumprimento a partir do dia 10
4001 a 5000 cm 2
Corpo 48 de abril de 2008.

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 51


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

ANEXO “U” para com o meio ambiente e a sustentabilidade


Apelos de sustentabilidade e levará em conta os seguintes princípios:

É papel da Publicidade não apenas respeitar e 1. Concretude


distinguir, mas também contribuir para a for- As alegações de benefícios socioambientais
mação de valores humanos e sociais éticos, deverão corresponder a práticas concretas
responsáveis e solidários. adotadas, evitando-se conceitos vagos que en-
O CONAR encoraja toda Publicidade que, sejem acepções equivocadas ou mais abran-
ao exercer seu papel institucional ou de ne- gentes do que as condutas apregoadas.
gócios, também pode orientar, desenvolver e A publicidade de condutas sustentáveis e am-
estimular a sociedade objetivando um futuro bientais deve ser antecedida pela efetiva ado-
sustentável. ção ou formalização de tal postura por parte
da empresa ou instituição. Caso a publicidade
Regra Geral apregoe ação futura, é indispensável revelar
(1) Para os efeitos deste Anexo, entender-se-á tal condição de expectativa de ato não concre-
por “Publicidade da Responsabilidade Socio- tizado no momento da veiculação do anúncio.
ambiental e da Sustentabilidade” toda a publi-
cidade que comunica práticas responsáveis e 2. Veracidade
sustentáveis de empresas, suas marcas, produ- As informações e alegações veiculadas deve-
tos e serviços. rão ser verdadeiras, passíveis de verificação e
(2) Para os efeitos deste Anexo, entender-se-á de comprovação, estimulando-se a disponibi-
por “Publicidade para a Responsabilidade So- lização de informações mais detalhadas sobre
cioambiental e para a Sustentabilidade” toda as práticas apregoadas por meio de outras
publicidade que orienta e incentiva a socieda- fontes e materiais, tais como websites, SACs
de, a partir de exemplos de práticas responsá- (Seviços de Atendimento ao Consumidor) etc.
veis e sustentáveis de instituições, empresas,
suas marcas, produtos e serviços. 3. Exatidão e Clareza
(3) Para os efeitos deste Anexo, entender-se-á As informações veiculadas deverão ser exatas
por “Publicidade de Marketing relacionado a e precisas, expressas de forma clara e em lin-
Causas” aquela que comunica a legítima asso- guagem compreensível, não ensejando inter-
ciação de instituições, empresas e/ou marcas, pretações equivocadas ou falsas conclusões.
produtos e serviços com causas socioambien-
tais, de iniciativa pública ou particular, e reali- 4. Comprovação e Fontes
zada com o propósito de produzir resultados Os responsáveis pelo anúncio de que trata este
relevantes, perceptíveis e comprováveis, tanto Anexo deverão dispor de dados comprobató-
para o Anunciante como também para a causa rios e de fontes externas que endossem, senão
socioambiental apoiada. mesmo se responsabilizem pelas informações
socioambientais comunicadas.
Além de atender às provisões gerais deste Có-
digo, a publicidade submetida a este Anexo de- 5. Pertinência
verá refletir a responsabilidade do anunciante É aconselhável que as informações socioam-

52 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


bientais tenham relação lógica com a área de ciante, agência e veículo do cumprimento das
atuação das empresas, e/ou com suas marcas, demais normas éticas dispostas neste Código.
produtos e serviços, em seu setor de negó-
cios e mercado. Não serão considerados per- ANEXO “V”
tinentes apelos que divulguem como benefí- Publicidade de Serviços de Telecomunicação
cio socioambiental o mero cumprimento de Modalidade Internet Móvel
disposições legais e regulamentares a que o
Anunciante se encontra obrigado. Este Anexo visa estabelecer regras para os
anúncios de serviços de telecomunicações, a
6. Relevância disciplinar inicialmente e de forma específica
Os benefícios socioambientais comunicados a comunicação dos serviços de internet móvel,
deverão ser significativos em termos do im- em complemento às normas gerais deste Códi-
pacto global que as empresas, suas marcas, go, e sem prejuízo do cumprimento das leis e
produtos e serviços exercem sobre a socieda- regulamentos setoriais.
de e o meio ambiente – em todo seu processo
e ciclo, desde a produção e comercialização, I. Da Comunicação de Internet Móvel:
até o uso e descarte.
1. Nos anúncios de serviço de Internet Móvel,
7. Absoluto o anunciante utilizará linguagem clara e aces-
Tendo em vista que não existem compensa- sível para o consumidor e disponibilizará as
ções plenas, que anulem os impactos socioam- seguintes informações essenciais a respeito do
bientais produzidos pelas empresas, a publici- serviço, e ainda:
dade não comunicará promessas ou vantagens a. Ao mencionar o preço, delimitará o serviço
absolutas ou de superioridade imbatível. As abrangido, informará quais as suas regras, suas
ações de responsabilidade socioambiental não restrições e formas de cobrança;
serão comunicadas como evidência suficien- b. Ao mencionar o objeto da oferta/promo-
te da sustentabilidade geral da empresa, suas ção do serviço, informará os limites de uso da
marcas, produtos e serviços. franquia do serviço de que trata este Anexo;
c. Ao mencionar eventuais aplicativos que uti-
8. Marketing Relacionado a Causas lizem Internet Móvel, disponibilizará esclare-
A publicidade explicitará claramente a(s) cimentos gerais sobre o funcionamento de tais
causa(s) e entidade(s) oficial(is) ou do terceiro aplicativos, especificamente no que se refere à
setor envolvido(s) na parceria com as empre- forma de consumo de dados e o volume de da-
sas, suas marcas, produtos e serviços. dos consumidos em média, por tipo de acesso; e
O anúncio não poderá aludir a causas, movi- d. Prestará informações claras e precisas, evi-
mentos, indicadores de desempenho nem se tando a confusão entre produtos e prestadoras.
apropriar do prestígio e credibilidade de ins-
tituição a menos que o faça de maneira auto- 2. Deve ficar explícito na comunicação:
rizada. a. As informações essenciais, dispostas no item
As ações socioambientais e de sustentabilida- 1 acima, e outras específicas da oferta/promo-
de objeto da publicidade não eximem anun- ção e seus benefícios;

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 53


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

b. O prazo de vigência da oferta/promoção; a. Para cumprimento do disposto neste Anexo,


c. Critérios e prazo de elegibilidade à oferta/ serão observadas as particularidades e limita-
promoção; ções de cada meio de comunicação em que
d. Preços aplicáveis e regras de reajuste da serão veiculados os anúncios das ofertas/pro-
oferta/promoção dos serviços para aparelho moções dos serviços de que trata este Anexo
celular. (rádio, TV, web, lojas e locais de atendimento
de agentes autorizados, ou impressos, con-
3. Na comunicação da oferta de Internet Mó- tact centers, SMS, entre outros). Recomenda-
vel, devem ainda ser disponibilizadas informa- se, assim, a indicação no texto do anúncio de
ções sobre: qualquer outra forma de comunicação onde
a. Abrangência da oferta do serviço de que o consumidor poderá acessar as informações
trata este Anexo, bem como a indicação do completas da oferta/promoção, como o exem-
endereço onde encontrar o mapa de cobertura plo: “consulte regulamento e mais informa-
da prestadora de serviço de telecomunicações; ções dessa oferta/promoção no endereço in-
b. Restrições à utilização do serviço; dicado”.
c. Limites de franquia e condições aplicáveis
após consumida a franquia do serviço de que
trata este Anexo;
d. Taxas de velocidade de transmissão nas co-
nexões de dados, nos termos da regulamenta-
ção vigente, incluindo, sem a tanto se limitar,
as velocidades de referência para baixar arqui-
vos (download) e para enviar arquivos (uplo-
ad), de acordo com a tecnologia utilizada;
e. Volume médio do consumo de dados em mí-
dias sociais, provedores de vídeo e/ou e-mails;
f. Possibilidade de a prestadora alterar sua gra-
de de produtos e substituir o pacote contrata-
do por outro equivalente, cumpridas as nor-
mas aplicáveis.

4. Os anúncios deverão ser equilibrados. As-


sim, ao enfatizar benefício, havendo condição
ou restrição relevante (aplicável em grande
parte das situações e/ou que afetem conside-
ravelmente a prestação do serviço), elas de-
vem ser também esclarecidas ao consumidor
na mesma peça. O detalhamento completo da
prestação do serviço poderá ser disponibiliza-
do por meio de outros canais de comunicação
do Anunciante.

54 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


SÚMULAS DE
JURISPRUDÊNCIA
Denomina-se súmula a decisão, aprovada Súmula nº 1, de 15 de agosto de 1988
pelo Plenário do Conselho de Ética, que ra-
tifica jurisprudência pacífica do Conar e que “O ANÚNCIO DE PRODUTO FARMACÊU-
caracteriza objetivamente uma infração aos TICO POPULAR SUJEITO À LEGISLAÇÃO
dispositivos do Código Brasileiro de Autor- SANITÁRIA E NÃO REGISTRADO PERANTE
regulamentação Publicitária. O ÓRGÃO COMPETENTE DO MINISTÉRIO
DA SAÚDE PODERÁ TER A SUA VEICULA-
As súmulas são numeradas em ordem se- ÇÃO IMEDIATAMENTE SUSTADA.”
quencial e contêm os Artigos pertinentes do
Código. A súmula poderá dispensar, à sua Fundamento: Artigos 1º e 50, letra “c”, do
simples invocação pelo relator do feito, o Código Brasileiro de Autorregulamentação
seu parecer, bem como fundamentar a con- Publicitária e seu Anexo “I”, item 1.
cessão de uma medida liminar de sustação
da veiculação do Anúncio. Súmula nº 2, de 15 de agosto de 1988

Até a presente data, dezembro de 2021, “PRODUTO FARMACÊUTICO CONSIDE-


existem nove decisões sumuladas: RADO ÉTICO PELA AUTORIDADE SANI-
TÁRIA (aquele cuja comercialização se faça
somente mediante prescrição médica) NÃO
PODERÁ SER ANUNCIADO EM VEÍCULO
DE COMUNICAÇÃO DE MASSA E SUA DI-
VULGAÇÃO PODERÁ SER IMEDIATAMEN-
TE SUSTADA.”

Fundamento: Artigos 1º e 50, letra “c”, do


Código Brasileiro de Autorregulamentação
Publicitária.

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 55


CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

Súmula nº 3, de 15 de agosto de 1988 Súmula nº 5, de 11 de fevereiro de 1993

“O ANÚNCIO DE PRODUTO OU SERVIÇO “NENHUM ANÚNCIO, A NÃO SER OS DA


SUJEITO A REGISTRO OU LICENCIAMEN- PRÓPRIA INSTITUIÇÃO, PODERÁ SE UTI-
TO DE AUTORIDADE PÚBLICA FEDERAL, LIZAR DO SÍMBOLO OFICIAL E OU DO
ESTADUAL OU MUNICIPAL TERÁ SUA VEI- NOME DO CONAR, NEM MESMO PARA
CULAÇÃO SUSTADA LOGO QUE FOR APU- ENALTECER ATOS OU DECISÕES DO CON-
RADA A INSATISFAÇÃO DESSAS EXIGÊN- SELHO.”
CIAS LEGAIS.”
Fundamento: Artigos 1º, 5º, 43 e 50, letra
Fundamento: Artigos 1º e 50, letra “c”, do “c”, do Código Brasileiro de Autorregula-
Código Brasileiro de Autorregulamentação mentação Publicitária.
Publicitária.
Súmula nº 6, de 17 de junho de 1993
Súmula nº 4, de 7 junho de 1990
“A NÃO INDICAÇÃO DE DIREÇÃO MÉDI-
“ANÚNCIO DE ARMAS DE FOGO NÃO CA, OU MÉDICO RESPONSÁVEL, COM O
DEVERÁ SER EMOCIONAL; NÃO DEVERÁ NOME DO PROFISSIONAL E RESPECTIVO
SUGERIR QUE O REGISTRO DO PRODU- REGISTRO NO CONSELHO REGIONAL DE
TO SEJA UMA FORMALIDADE SUPERADA MEDICINA AUTORIZA O DEFERIMENTO
FACILMENTE COM OS SERVIÇOS OFERECI- DA MEDIDA LIMINAR DE SUSTAÇÃO DA
DOS PELO ANUNCIANTE; NÃO FARÁ PRO- VEICULAÇÃO DA PUBLICIDADE DE TRA-
MOÇÕES, NÃO APREGOARÁ FACILIDADE TAMENTO OU OUTROS SERVIÇOS MÉDI-
DE PAGAMENTO, REDUÇÃO DE PREÇOS COS, INDEPENDENTEMENTE DOS ASPEC-
ETC.; ALÉM DISSO NÃO SERÁ VEICULA- TOS QUE AINDA POSSAM OU DEVAM SER
DA EM PUBLICAÇÃO DIRIGIDA A CRIAN- ANALISADOS, POSTERIORMENTE, PELO
ÇAS OU JOVENS E NEM NA TELEVISÃO, CONSELHO DE ÉTICA.”
NO PERÍODO QUE ANTECEDER ÀS 23
HS ATÉ AS 6 HS. DEVERÁ, POR OUTRO Fundamento: Artigos 1º e 50, letra “c”, do
LADO, EVIDENCIAR QUE A UTILIZAÇÃO Código Brasileiro de Autorregulamentação
DO PRODUTO EXIGE TREINAMENTO E Publicitária e seu Anexo “G”, itens 3 e 4,
EQUILÍBRIO EMOCIONAL E ACONSELHA- letras “a” e “b”.
RÁ A SUA GUARDA EM LUGAR SEGURO E
FORA DO ALCANCE DE TERCEIROS.”

Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º e 50, letra “c”,


do Código Brasileiro de Autorregulamenta-
ção Publicitária e seu Anexo “S”, itens de 1,
2, 3, 4 e 5.

56 CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA


Súmula nº 7, de 5 de dezembro de 2002 Súmula nº 9, de 5 de outubro de 2017

O ANÚNCIO QUE DIVULGAR VENDA DE “ANÚNCIOS DE BEBIDAS ALCOÓLICAS –


PRODUTO MEDIANTE PAGAMENTO EM DIVULGADOS EM QUALQUER VEÍCULO
PARCELAS DEVERÁ REVELAR OBRIGATO- DE COMUNICAÇÃO OU PLATAFORMA –
RIAMENTE: 1) O PREÇO À VISTA; 2) NÚ- NÃO DEVEM CONTER APELO IMPERATI-
MERO E O VALOR DAS PRESTAÇÕES; 3) VO DE CONSUMO E NÃO PODEM DEIXAR
AS TAXAS DE JUROS INCIDENTES; 4) OS DE EXPOR OSTENSIVAMENTE UMA CLÁU-
DEMAIS ENCARGOS A SEREM, EVENTU- SULA DE ADVERTÊNCIA PARA RESPON-
ALMENTE, SUPORTADOS PELO CONSUMI- SABILIDADE SOCIAL NO CONSUMO DO
DOR; E 5) O PREÇO TOTAL A PRAZO.” PRODUTO, SUJEITANDO-SE OS ANÚN-
CIOS INFRATORES AO DEFERIMENTO DE
Fundamento: artigos 1º, 27, e § 3º, 50 letra MEDIDA LIMINAR DE SUSTAÇÃO”
“c”, do CBARP e seu ANEXO “F”
Fundamento: arts. 1º, 3º, 50, letra “c” do Có-
Súmula nº 8, de 7 de dezembro de 2006 digo Brasileiro de Autorregulamentação Pu-
blicitária e seus Anexos A itens 1, 5, 7 e 8;
“ANÚNCIOS DE BEBIDA ALCOÓLICA DE Anexo P, itens 1, 4, 6 e 7 e Anexo T, itens
QUALQUER ESPÉCIE, EM MÍDIA EXTE- 1, 4, 6 e 7.
RIOR, DEVEM RESTRINGIR-SE À EXPOSI-
ÇÃO DO PRODUTO, SUA MARCA E/OU
SLOGAN, SEM APELO DE CONSUMO, IN-
CLUÍDA SEMPRE A CLÁUSULA DE ADVER-
TÊNCIA, SUJEITANDO-SE OS ANÚNCIOS
INFRATORES AO DEFERIMENTO DE ME-
DIDA LIMINAR DE SUSTAÇÃO.”

Fundamento: Artigos 1º, 3º, 50, letra “c” do


Código Brasileiro de Autorregulamentação
Publicitária e em seus Anexos “A”, itens 2 e
6, “P”, itens 2 e 5 e “T”, itens 2 e 5.

CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA 57


As entidades fundadora e cofundadora do CONAR,
ABA, Associação Brasileira de Anunciantes, e IAB,
Interactive Advertising Bureau, contribuíram em apoio
para a produção desta edição do Código Brasileiro de
Autorregulamentação Publicitária.

Conselho nacional de Autorregulamentação publicitária

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