CONSÓRCIO INTERINSTITUCIONAL NORDESTE

TESTE DE PROGRESSO - 2ºsem/2023

Nome do Aluno CPF

INSTRUÇÕES:
• Verifique se este caderno de prova contém um total de 120 questões, numeradas de 1 a 120.
• Caso contrário, solicite ao fiscal da sala um outro caderno completo.
• Para cada questão existe apenas UMA resposta correta.
• Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher uma resposta.
• Essa resposta deve ser marcada na FOLHA DE RESPOSTAS que você recebeu.

VOCÊ DEVE:
• Procurar, na FOLHA DE RESPOSTAS, o número da questão a que você está respondendo.
• Verificar no caderno de prova qual a letra (A, B, C, D) da resposta que você escolheu.
• Marcar essa letra na FOLHA DE RESPOSTAS, preenchendo por completo o círculo correspondente à
letra escolhida.

ATENÇÃO:
• Marque as respostas com caneta esferográfica de tinta azul ou preta.
• Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação
dessa questão.
• Responda a todas as questões.
• Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de aparelhos eletrônicos.
• Você terá 4h (quatro horas) para responder a todas as questões e preencher a Folha de Respostas.

11 de outubro de 2023
"Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia".

edudata
2 Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023
 GINECOLOGIA / OBSTETRÍCIA
1. Gestante de 26 anos, G2P1A0, com idade gestacional de 30
semanas, calculada por ultrassonografia precoce. Parto anterior:
cesariana, com 38 semanas, há 3 anos, por apresentação pélvica
fetal. A mulher deu entrada no pronto atendimento da
maternidade com queixas de dores abdominais tipo cólicas desde
o dia anterior, que hoje se intensificaram. Ao exame: 2 contrações
rítmicas de 35 segundos de duração em 10 minutos de avaliação.
Batimentos cardiofetais de 136bpm. PA = 120x70mmHg. Toque:
colo uterino central, grosso, dilatado 2cm, bolsa íntegra, feto
cefálico e alto (Plano -3 de De Lee). Diante do quadro, qual a
melhor conduta?
(A) Indicar cesariana imediatamente.
(B) Internar para tocólise e corticoterapia.
(C) Acompanhar trabalho de parto normal.
(D) Prescrever analgésicos para uso ambulatorial.
2. Gestante de 25 anos, estudante de enfermagem, G1P0A0,
com IG (DUM) de 12 semanas, confirmada por ultrassonografia
realizada hoje, logo antes da sua segunda consulta de pré-natal.
Desconhece seu histórico vacinal na infância, mas trouxe os
exames solicitados pela enfermeira na primeira consulta.
Resultados: sorologia para rubéola IgM (-) e IgG (-); sarampo
IgM (-) e IgG (-); HbsAg (-); Anti-HBs (+). Diante da história e dos
resultados de exames, recomende o esquema vacinal mais
apropriado:
(A) DT (2 doses); DtPA (1 dose); Influenza (1 dose)
(B) DT (3 doses); DtPA (1 dose); Influenza (1 dose); hepatite B
(3 doses)
(C) DT (2 doses); DtPA (1 dose); Influenza (1 dose); hepatite B
(3 doses)
(D) DT (2 doses); DtPA (1 dose); Influenza (1 dose); Sarampo
(1 dose); Rubéola (1 dose)
3. Uma senhora comparece ao posto de saúde para pedir ajuda,
pois sua sobrinha vem ameaçando matar o próprio filho, nascido
há três dias. Disse que sua sobrinha não dorme e diz que não vai
mais amamentar a criança, ficando muito irritada e agitada, não
sendo possível manter uma conversa. Já tomou da mão da
sobrinha uma faca, em um momento em que ela alegava ter
alguém no quarto querendo matar sua família. A senhora informa
que não havia ninguém no quarto na ocasião, e que a sobrinha
fica “conversando sozinha”. Considerando essa situação, a
provável patologia mental apresentada pela sobrinha é:
(A) Blues puerperal
(B) Transtorno do pânico
(C) Transtorno da ansiedade
(D) Psicose puerperal
Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023
4. Paciente de 26 anos, casada, é acompanhada em
ambulatório de um hospital público com quadro de infertilidade
conjugal por obstrução tubária bilateral e endometriomas
ovarianos. Não teve sucesso na indução de ovulação para coleta
de oócitos. Comparece à consulta em companhia de uma prima
de 25 anos, que se propõe a fazer doação de oócitos. De acordo
com a normatização ética sobre o assunto, a doação poderá ser
realizada?
(A) Sim, pois a proibição de doação de gametas ocorre quando
há parentesco.
(B) Não, pois a permissão da doação de gametas restringe-se
ao segundo grau (irmãs).
(C) Sim, pois há permissão da doação de gametas entre
parentes até o 4º grau (primas).
(D) Não, pois os doadores não devem conhecer a identidade
dos receptores e vice-versa.
5. Paciente de 23 anos, com histórico de lúpus eritematoso
sistêmico, com anticorpos antifosfolípide reagentes, procura a
equipe da ESF (Estratégia de Saúde da Família) para orientação
anticoncepcional, pois vinha em uso de anticoncepcional oral
hormonal combinado (estinilestradil + gestodeno). Não deseja
usar DIU de cobre, devido ao passado de fluxo menstrual
moderado, que a incomodava. Ao considerar os critérios de
elegibilidade da OMS para os métodos contraceptivos, o médico
da equipe poderia continuar com a medicação?
(A) Sim, pois a condição clínica apresentada é categoria 2 para
o uso da medicação.
(C) Sim, pois os benefícios são maiores do que os possíveis
malefícios.
(B) Não, a menos que métodos mais adequados não estejam
disponíveis.
(D) Não, pois há contraindicação absoluta devido à doença de
base.
6. Paciente de 23 anos procura atendimento médico relatando
cólicas menstruais intensas desde a menarca, aos 12 anos. Faz
uso de compressas em região pélvica, com alívio parcial e
transitório. O quadro interfere em suas atividades cotidianas
durante o período menstrual. Apresenta ciclos menstruais
regulares, com duração média de 28 dias. Nega iniciação sexual.
Além disso, não há histórico de doenças crônicas ou cirurgias
abdominais. Sem outras queixas. Ao exame físico, não são
observadas anormalidades relevantes, hímen íntegro.
Considerando o caso apresentado, qual dos seguintes passos de
investigação é mais apropriado a seguir para a abordagem da
queixa nessa paciente?
(A) Solicitar ultrassonografia pélvica para avaliar presença de
miomas ou outras patologias.
(B) Realizar dosagem de hormônios tireoidianos para verificar
possíveis disfunções na tireoide.
(C) Indicar tomografia de pelve para investigação de nefrolitíase
ou patologias intestinais.
(D) Recomendar a dosagem de Ca125 para investigação de
endometriose e massas anexiais.
3
7. Uma gestante de 30 anos, primigesta, vem para primeira
consulta pré-natal no segundo trimestre, com idade gestacional
de 25 semanas. Ela não tem comorbidades e não está tomando
nenhum medicamento regularmente. Sua pressão arterial no
início da gravidez era de 120/80mmHg. Hoje, em sua primeira
consulta de pré-natal, sua pressão arterial é de 140/90mmHg. Ela
relata edema em mãos e tornozelos, além de dores de cabeça
ocasionais. Os exames de sangue não mostram anormalidades,
incluindo hemograma e enzimas hepáticas. Com base no caso
clínico apresentado, qual é a medida diagnóstica mais importante
para confirmar a suspeita clínica nessa gestante?
(A) Teste oral de tolerância à glicose com 75g
(B) Exame de ultrassom morfológico
(C) Dosagem de proteína na urina
(D) Análise sérica de cálcio e ferro
8. Gestante de 28 anos, G1P0 (gravidez atual é a primeira), com
37 semanas e 4 dias de gestação, é admitida na maternidade
com pressão arterial de 150/100mmHg, com edema generalizado,
com cefaleia e dor epigástrica, além de proteína na urina
(300mg/dL). Ela está em trabalho de parto inicial. O exame de
ultrassom revela que o feto está em posição cefálica e com sinais
de vitalidade normais. Os resultados de outros exames de
laboratório estão dentro dos limites normais. Qual é a conduta
mais recomendada a ser tomada para essa gestante?
(A) Indicar cesária e administrar sulfato de magnésio e
analgésicos para alívio de dor.
(B) Administrar sulfato de magnésio e monitorar a pressão
arterial, monitorando o trabalho de parto.
(C) Prescrever anti-hipertensivos e indicar indução imediata do
parto, devido aos riscos de vida do bebê.
(D) Manter conduta expectante com corticoterapia e anti-
hipertensivos, além de monitoração fetal.
9. Gestante de 40 anos, com 35 semanas de idade gestacional,
vem a consulta de pré-natal com resultado de glicemia de jejum
de 112mg/dL. Relata que, quando aferida em casa, em jejum,
vem oscilando entre 95 e 120mg/dL. Está em controle dietético e
atividades físicas desde 20 semanas de gestação, quando seu
TOTG de 75g se mostrou alterado. Desde então, apresentou bom
controle glicêmico e demais exames sem anormalidades. Exames
de vitalidade fetal estão normais. Qual a melhor conduta a seguir?
(A) Prescrever hipoglicemiante oral 1g diário à noite.
(B) Indicar esquema de insulina NPH em 2 ou 3 doses diárias.
(C) Iniciar corticoterapia e programar interrupção da gestação.
(D) Manter dieta e exercícios, com monitoramento da glicemia
de 6/6 horas.
4 Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023
10. Gestante, 30 anos, Gesta 3 Para 2, dois partos vaginais
anteriores, admitida na urgência obstétrica em trabalho de parto a
termo. Apresenta boa dinâmica uterina e evolução satisfatória da
descida da apresentação, porém acompanhada de sangramento
genital escasso, que persiste durante todo o período de dilatação.
Nega episódios de sangramento ao longo do pré-natal. A ausculta
dos BCF variou entre 140 e 160bpm, sem desacelerações.
Qual a hipótese diagnóstica mais provável para esse
sangramento?
(A) Placenta prévia
(B) Rotura uterina parcial
(C) Rotura de seio marginal
(D) Rotura de vasa prévia
11. Mulher de 28 anos, G2P1, apresenta-se amenorreica há 6
semanas. Chega à triagem obstétrica com queixa de
sangramento vaginal discreto e dores em baixo ventre há 2 dias.
Ao exame físico, apresenta PA = 100x60mmHg e FC = 90bpm.
Ao toque vaginal: colo fechado, sangramento discreto em dedos
de luva. Abdome sem sinais de irritação peritoneal. Realizou -
HCG quantitativo, que foi de 2.200mUI/mL. Uma USG
transvaginal revelou saco gestacional em trompa uterina direita
medindo 2,9cm, com embrião sem atividade cardíaca e ausência
de líquido livre em fundo de saco. Qual a melhor conduta?
(A) Metotrexate
(B) Expectante
(C) Laparoscopia
(D) Laparotomia
12. Primigesta de 13 anos vem para iniciar o pré-natal na UBS.
A genitora da mesma, ansiosa com a gravidez precoce,
conseguiu antecipar para a menor alguns exames que julgou
importantes. Dentre os mesmos, você se depara com os
seguintes resultados:
VDRL: não reagente
FTA-ABS: reagente
A adolescente nega infecções prévias.
Diante destes resultados, qual a conduta mais adequada de
acordo com a recomendação do Ministério da Saúde?
(A) Seguir acompanhamento de rotina.
(B) Iniciar tratamento de acordo com estádio.
(C) Solicitar outro teste não-treponêmico (diferente do
realizado).
(D) Solicitar outro teste treponêmico (diferente do realizado).
13. Gestante de 35 anos, G4P3 (sendo os 3 vaginais), 40
semanas de gestação, teve pré-natal de baixo risco e sem
intercorrências, foi admitida em trabalho de parto há 10 horas. Às
22:00 horas, você foi reavaliar a progressão do trabalho de parto
e viu que a paciente se encontra com 10cm de dilatação,
apresentação cefálica no plano +3 de De Lee. BCF = 100bpm;
DU: 4/40’’/10”. Neste momento você chama o preceptor. Diante
do caso, qual será a conduta mais adequada?
(A) Realizar passagem de vácuo extrator.
(B) Indicar cesariana.
(C) Realizar manobra de Kristeller.
(D) Iniciar ocitocina.
14. Gestante, 30 anos, G2P1, no curso da 32ª semana de
gestação, chega à Emergência Obstétrica bastante angustiada,
pois está com quadro semelhante ao filho de 5 anos,
diagnosticado com “catapora” há 15 dias. Refere apenas o
aparecimento de “bolhinhas que coçam muito” disseminadas no
corpo. Nega febre, tosse ou outros sintomas. Exame físico geral e
obstétrico sem alterações, mas percebe-se a presença de
vesículas disseminadas em tronco e membros. Diante do caso,
qual a conduta mais adequada?
(A) Realizar internamento para interrupção da gestação, proibir
lactação até remissão das vesículas e indicar vacinação
precoce do neonato.
(B) Prescrever sintomáticos e encaminhar ao Serviço de
Medicina Fetal para investigação de acometimento fetal.
(C) Realizar internamento para realização de Aciclovir por via
intravenosa, visando redução do risco fetal.
(D) Prescrever sintomáticos e acalmar a gestante, visto que
nessa idade gestacional a chance de acometimento fetal é
muito baixa.
17. Mulher, 55 anos, G2P2, com ciclos irregulares, com
labilidade emocional, aumento do fluxo menstrual, irritabilidade,
insônia e fogachos. Nega comorbidades. Qual a conduta
adequada?
(A) Avaliação clínica e iniciar reposição hormonal com
estrógenos.
(B) Realizar exames de prevenção e iniciar o uso de inibidores
seletivos de recaptação de serotonina-fluoxetina.
(C) Avaliação clínica e iniciar reposição hormonal com
estrógenos e progesterona.
(D) Realizar exames de prevenção e orientar mudanças de
hábitos, introduzindo atividade física e medicação indutora
do sono.
18. Multípara, 40 anos, diabetes gestacional descontrolada, em
trabalho de parto a termo. De acordo com o partograma e a
cardiotocografia, qual a conduta?

15. Mulher, 28 anos, chega à urgência com quadro de dor em

hipogástrio, febre de 38ºC, estado geral comprometido, com
náuseas e vômitos persistentes há 24 horas. Apresenta
corrimento amarelado e, ao toque vaginal, há dor à mobilização
do colo e à palpação dos anexos. Qual a conduta recomendada?

(A) Internamento, hidratação e administração de azitromicina,

ciprofloxacina, com realização de ultrassonografia após 24
horas.
(B) Internamento, hidratação e administração de ceftriaxona,
doxiciclina e metronidazol, considerando investigação
pélvica de abscesso tubo-ovariano.
(C) Tratamento ambulatorial com doxiciclina, metronidazol e
dipirona. Controle com ultrassonografia transvaginal após 3
dias de tratamento.
(D) Tratamento ambulatorial com dipirona, ceftriaxona,
doxiciclina e metronidazol. Controle com ultrassonografia
transvaginal após 3 dias de tratamento.

16. Mulher de 26 anos, solteira, com namorado, comparece ao

consultório médico por quadro de corrimento amarelado há 3 dias,
com leve odor e prurido eventual. Ao exame, evidencia-se colpite
intensa, com micro ulcerações no colo uterino. Nega relações
com outras pessoas nos últimos 60 dias. Qual a melhor conduta
diagnóstica e terapêutica a seguir?

(A) Coleta de Gram de conteúdo vaginal e Nistatina via vaginal.

(B) Cultura de conteúdo vaginal e Miconazol, associado a
metronidazol via vaginal.
(C) Coleta de Papanicolau e Nistatina associada a Metronidazol
via vaginal.
(D) Coleta de exame a fresco de conteúdo vaginal e
Metronidazol oral para o casal.

(A) Mudar posição da paciente

(B) Uso de ocitocina
(C) Cesárea
(D) Uso de fórceps para término do parto

Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023 5

19. Primigesta, 31 anos, chega à urgência com 30 semanas de
gravidez, com quadro de cefaleia pulsátil, escotomas cintilantes,
associada a dor em epigástrio, náuseas e vômitos. Ao exame:
bom estado geral, eupneica, consciente, vígil, PA 160x110mmHg.
Após decúbito: PA 140x110mmHg, FCF 150bpm, rítmico.
Ausência de contrações uterinas e colo uterino impérvio. Exames
laboratoriais: hematócrito 32%; Hemoglobina 10g/dL; TGO
250U/L; TGP 280U/L; DHL 800U/L; 90.000 plaquetas/mm3,
creatinina 1,0mg/dL. Qual o diagnóstico e a conduta?
(A) Síndrome HELLP, sulfato de magnésio, hidralazina,
betametasona e aguardar 48h.
(B) Síndrome HELLP, sulfato de magnésio, hidralazina e
interrupção da gravidez.
(C) Pré-eclâmpsia com sinais de gravidade, hidralazina,
betametasona e repetir exames após 48h.
(D) Pré-eclâmpsia com sinais de gravidade, alfametildopa,
nifedipina, sulfato de magnésio e indução do parto normal.
20. Mulher de 44 anos, G1P0A1, comparece a consulta
ginecológica devido a alteração em ciclo menstrual. Informa que
apresentava ciclos com duração de 30 dias, com fluxo moderado;
contudo, nos últimos 6 meses, apresenta ciclos com fluxo intenso
e presença de coágulos. Relata dismenorreia moderada e
adinamia durante período menstrual. Nega outros sintomas ou
comorbidades. Faz uso de DIU de levonogestrel como método de
contracepção.
Ao exame físico: vulva sem lesões aparentes. Exame Especular:
colo anterior, com coágulo em fundo de saco posterior e pequena
quantidade de sangue fluindo por OCE. Toque vaginal bimanual:
fundo de útero palpável na altura de cicatriz umbilical, sem
abaulamentos, retrações ou dor à mobilização de colo.
Trouxe consigo resultado de ultrassonografia transvaginal: útero
globoso, volume de 230cm3; eco endometrial de 7mm, com
miométrio de textura heterogênea. Ovário esquerdo 3,8mm3,
ovário direito 4,3mm3. Com base nos achados, qual a principal
hipótese diagnóstica?
(A) Adenomiose
(B) Endometriose
(C) Leiomioma
(D) Sangramento disfuncional
21. Paciente, 40 anos, comparece a consulta ginecológica
devido a fluxo menstrual intenso há cerca de 3 meses. Relata
ciclos regulares, intervalos de 32 dias, com fluxo menstrual com
duração de oito dias e sangramento excessivo. Queixa-se
também de dismenorreia, com intensidade 8/10. Nega
dispareunia, sangramentos fora do período menstrual ou qualquer
queixa ginecológica além desse quadro. Ao exame: abdômen
flácido e indolor. Exame ginecológico sem alterações, presença
de colo uterino normal. Toque vaginal indolor, útero móvel.
Considerando a principal hipótese diagnóstica do caso, qual o
exame complementar indicado e a possibilidade terapêutica
inicial?
(A) Citologia oncótica. Histeroscopia cirúrgica.
(B) Coagulograma. Histerectomia.
(C) Ressonância magnética. Análogo de GnRh.
(D) US transvaginal. Anticoncepcional ou DIU mirena.
6 Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023
22. Mulher de 57 anos, G3P3, menopausada aos 48 anos,
procura atendimento médico em ambulatório devido a quadro de
sangramento uterino há cerca de 3 meses, intermitente, de
volume moderado. Nega terapia hormonal prévia. Ao exame
físico, apresenta IMC de 38kg/m2. Ao exame ginecológico,
conteúdo vaginal sanguinolento escasso, sem lesões de colo,
útero móvel, aumentado de tamanho a 2cm acima da sínfise
púbica. Restante do exame físico sem alterações. O ultrassom
transvaginal revela útero discretamente aumentado, eco
endometrial de 7mm, anexos sem alterações. Qual a melhor
conduta a seguir no manejo dessa paciente?
(A) Recomendar cirurgia de histerectomia com estadiamento
cirúrgico.
(B) Realizar histeroscopia cirúrgica com biópsia dirigida do
endométrio.
(C) Indicar ressonância magnética de pelve para estadiamento
pré-operatório.
(D) Solicitar colposcopia e excisão da zona de transformação do
colo uterino.
23. Mulher de 40 anos comparece a consulta de rotina em posto
de saúde. Refere mastalgia bilateral cíclica, que se intensificou no
último ano. Nega comorbidades ou uso de medicações. Na
história familiar, relata que a mãe teve câncer de mama aos 50
anos. Exame físico não apresenta alterações. Qual a conduta de
rastreamento de câncer de mama recomendada neste caso?
(A) Solicitar mamografia.
(B) Orientar ressonância das mamas.
(C) Iniciar com ultrassonografia das mamas.
(D) Tranquilizar a paciente e não solicitar exames.
24. Mulher de 28 anos, com queixa de corrimento branco, sem
odor e com prurido leve, comparece ao posto de saúde para
resultado da citologia oncótica realizada há 2 meses: presença de
células escamosas e metaplásicas imaturas, leve processo
inflamatório, microbiota Lactobacillus, presença de citólise,
negativo para lesão intraepitelial e malignidade. Exame do ano
anterior sem alterações. Qual a conduta indicada para o caso em
questão?
(A) Repetir o exame citológico em 12 meses, devido à presença
de células metaplásicas.
(B) Indicar colposcopia, devido à presença de células
metaplásicas.
(C) Orientar nova coleta citológica após 3 anos, devido à
ausência de alterações.
(D) Realizar tratamento para vulvovaginite, devido à presença
de citólise.
PEDIATRIA
25. Uma mãe comparece à consulta de puericultura com seu
bebê de 4 meses em aleitamento materno exclusivo, relatando
que deseja introduzir fórmula infantil. Ao ser examinado, houve
ganho de peso adequado e ele contemplava todos os
diagnósticos em saúde. Em relação às vantagens do aleitamento
materno frente às fórmulas, assinale a alternativa verdadeira:
(A) Menor interação entre mãe e bebê.
(B) Maior controle sobre a quantidade consumida.
(C) Maior disponibilidade de nutrientes.
(D) Facilidade de preparo.
26. Qual das seguintes alternativas é verdadeira sobre a
introdução de alimentos sólidos na dieta de bebês menores de 1
ano?
(A) É recomendado oferecer alimentos variáveis, coloridos e
com texturas diferentes.
(B) A primeira comida sólida a ser oferecida aos bebês deve ser
sempre cereal.
(C) A introdução de alimentos sólidos deve ser iniciada a partir
dos 4 meses de idade.
(D) Os alimentos sólidos devem substituir o leite materno ou
fórmula infantil complementares a partir dos 6 meses de
idade.
27. Lactente de 7 meses, peso 8.200g, chega com sua genitora
ao posto de saúde, com quadro de diarreia com fezes líquidas há
2 dias, 10 episódios nas últimas 24h, sem muco e sem sangue.
Nega febre, teve um episódio isolado de vômito, porém aceita
líquidos e consegue mamar. Ao exame: EGR, olhos encovados,
mucosas secas, irritado, com muita sede, tempo de enchimento
capilar de 3 segundos, pulsos normais. Restante do exame físico
normal. Assinale a assertiva correta:
(A) Trata-se de uma desidratação grave, deveremos iniciar
hidratação venosa com o plano C.
(B) Lactente não se encontra desidratado, deverá ser liberado
para casa com o plano A.
(C) Criança deverá ser encaminhada de imediato para o
hospital de referência para ser avaliada pelo pediatra, por
não ser adequado tratar criança com diarreia e desidratação
no posto de saúde.
(D) Lactente desidratado moderado, deverá permanecer no
posto de saúde e iniciar o plano B, oferecendo soro de
reidratação oral aos poucos e o seio materno, por um
período em torno de 4 horas, com reavaliações frequentes
até que haja desaparecimento dos sinais de desidratação.
28. Criança de 10 anos, em acompanhamento ambulatorial, com
diagnóstico de asma brônquica. Iniciou o acompanhamento há 3
meses e na primeira consulta a doença foi classificada como
“asma não controlada”. Foi prescrito tratamento com corticoide
inalatório, dose baixa recomendada, mantido para idade e as
recomendações de controle ambiental. O retorno foi agendado
para 60 dias, mas a família só pôde retornar após 3 meses de uso
do tratamento. A mãe e o paciente referem melhora do quadro,
mas o paciente apresenta sintomas noturnos, em média 3 vezes
por semana, e tem sintomas associados a esforços físicos. As
recomendações de higiene ambiental estão sendo seguidas e a
adesão ao tratamento está adequada. Considerando estas
informações, analise as afirmativas abaixo e assinale a correta:
(A) A dose de corticoide inalatório deverá ser duplicada.
(B) Deve ser iniciada associação do corticoide inalatório com
beta-2 agonista de ação curta.
(C) O tratamento atual deverá ser mantido até completar seis
meses.
(D) Deve ser iniciada associação do corticoide inalatório com
beta-2 agonista de ação prolongada.
Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023
29. Nas pneumonias comunitárias, o uso inicial de antibióticos é
empírico, baseado na situação epidemiológica da região e
considerando os agentes etiológicos mais prevalentes na faixa
etária do paciente. Considere uma criança de 5 anos, com quadro
febril agudo, tosse e taquipneia, ausculta com crepitações
localizadas em base pulmonar direita. Estado geral conservado,
estrófico, sem fatores de risco para gravidade. Qual a conduta
inicial?
(A) Solicitar uma radiografia de tórax e aguardar o resultado
para tomada de decisão.
(B) Iniciar penicilina cristalina em unidade hospitalar,
acompanhando a evolução do quadro.
(C) Iniciar tratamento ambulatorial com Amoxicilina e marcar
reavaliação com 48 a 72 horas.
(D) Iniciar tratamento com macrolídeos por 5 dias e marcar
reavaliação após o tratamento.
30. Escolar de 8 anos de idade deu entrada na emergência com
queixa de cefaleia, vômitos e convulsão tônico-clônica
generalizada, que cedeu espontaneamente após dois minutos.
Menor previamente hígida, nega episódios convulsivos
anteriormente. Tem registro de PA aferida na última consulta
médica há 2 meses, no percentil entre 50-90 para idade e
estatura. Ao exame: em regular estado geral, sem sinais
neurológicos focais, sem sinais de irritação meníngea. Pressão
arterial (PA) aferida em três momentos neste atendimento, mostra
PA sistólica e diastólica > 30mmHg acima do percentil 95 para
idade e estatura. Neste caso, como deve ser a conduta médica?
(A) Droga anti-hipertensiva de ação rápida para redução da
pressão arterial, não mais de 25% nas próximas 8 horas.
(B) Diurético de alça visando normalização da pressão arterial
nas próximas seis horas.
(C) Bloqueador de canal de cálcio para redução da pressão
arterial em até sete dias.
(D) Droga anti-hipertensiva e diurético endovenoso para
normalização da pressão arterial em até duas horas.
31. Você está no ambulatório de pediatria e atende um escolar
de 8 anos, apresentando dor abdominal recorrente e constipação
intestinal, caracterizada por fezes endurecidas duas a três vezes
por semana há seis meses. Refere que frequentemente suja a
cueca com pequenas quantidades de fezes e às vezes nota
sangramento nas fezes durante a evacuação. Ao exame: IMC
abaixo do z-score -3. Estatura no z-score -3. Abdômen com
massa de formato cilíndrico medindo 2,5x7cm no hipogástrico à
esquerda. Presença de fissura anal. Que sinal de alarme este
paciente apresenta para provável constipação de causa orgânica?
(A) Cueca suja frequentemente de fezes e frequência de
evacuação < 4 vezes/semana.
(B) IMC e estatura abaixo do z-score -3.
(C) Fezes com sangue e presença de fissura anal.
(D) Dor abdominal recorrente.
7
32. Escolar de 7 anos, com quadro de edema, urina escura e
diminuição do volume urinário. Ao exame físico apresenta edema
periorbitário, de abdome e de membros inferiores 2+. Pressão
arterial no percentil > p95 + 12 para estatura e idade. Tratou
amigdalite purulenta há duas semanas. Você suspeita de
glomerulonefrite pós-estreptocócica e solicita um sumário de
urina. Quais achados deste exame melhor caracterizam e
reforçam sua hipótese diagnóstica?
(A) Cilindros hemáticos e hematúria.
(B) Cilindros leucocitários e leucocitúria.
(C) Cilindros epiteliais e proteinúria.
(D) Cilindros granulosos e lipidúria.
36. Você recebe paciente do sexo masculino, oito anos de
idade, no consultório pediátrico para avaliação. Mãe refere que
menor “sempre foi o menor entre os seus amiguinhos”. Apresenta
quadros frequentes de diarreia aquosa desde o segundo ano de
vida, 3 a 4 vezes ao dia, fezes com restos alimentares, sem
sangue ou muco. Atualmente mede 110cm. Já procurou pediatra
outras vezes e fez vários tratamentos para verminoses, sem alívio
dos sintomas. O pai tem 173cm e é saudável, a mãe mede 162cm
e é asmática leve. Há 1 ano, a estatura do menor era de 108cm.
Ao exame: parece ter estatura proporcionada, desnutrido,
distensão abdominal, hipotrofia muscular. Tanner G1P1.

33. Você está de plantão na UPA e atende uma escolar de 8

anos, apresentando sede intensa e diurese aumentada há uma
semana, que evoluiu com sonolência há 6 horas.
Exame físico: estado geral grave, desidratada+++/4+, pálida+/4+,
taquipneica, FC = 84bpm e sonolenta. Ausculta cardíaca e
pulmonar normais. Feitos exames na urgência: Gasometria
arterial: pH = 7,16 e HCO3 = 8mEq/L.
K sérico = 5,6mEq/L (valor de referência 3,5 a 5,2mEq/L).
Sódio sérico = 128mEq/L (valor de referência 135 a 145mEq/L).
Glicemia = 284mg/dL.
Qual a conduta inicial?

(A) Hidratação de expansão com soro fisiológico a 0,9%.

(B) Correção da hipercalemia.
(C) Correção da glicemia com insulina NHP.
(D) Bicarbonato de sódio para correção da acidose metabólica. Diante do quadro acima, qual a melhor recomendação?

34. Lactente jovem, em aleitamento materno exclusivo, é trazido
à emergência, pois apresentou raios de sangue nas fezes. Na
anamnese há relato de choro frequente, regurgitação e vômitos
esporádicos. Apresenta ainda lesões eczematosas em região de
dobras do antebraço e joelho. Diante do quadro, qual deve ser a
conduta inicial?
(A) Suspender o aleitamento materno e introduzir fórmula.
(B) Prescrever ondansetrona e observar sintomas
gastrointestinais.
(C) Realizar Prick Test para diagnóstico de alergia à proteína do
leite de vaca.
(D) Suspender leite de vaca e derivados da dieta materna;
manter aleitamento materno.
35. Mulher comparece ao posto de saúde com sua filha, que
acaba de completar 2 anos de idade, para receber as vacinas
atrasadas. Relata que a criança ficou internada por 15 dias,
devido a quadro de bronquiolite há 10 meses, não tendo
retornado para a unidade desde então. Quais vacinas devem ser
indicadas no momento dessa consulta?
(A) Tríplice viral + Meningo C + COVID + Influenza
(B) Hepatite A + DTP + Poliomielite (VOP) + Tetraviral
(C) Penta + Poliomielite (VIP) + Pneumo10 + Rotavírus
(D) Meningo C + Tríplice Viral+ Poliomielite (VIP) + Pneumo10
(A) Radiografia com ingestão de bário.
(B) Realização de colonoscopia.
(C) Dosagem de antitransglutaminase.
(D) Teste terapêutico com exclusão de lactose da dieta.
37. Criança de três anos de idade, sexo masculino, é levada
para consulta ambulatorial com relato dos pais de que fala apenas
pequenas frases, apesar de algumas vezes repetir o que outras
pessoas dizem ou o que escuta na televisão. Apresenta também
irritabilidade e inquietação quando está em ambientes cheios e
com muito barulho, realizando movimentos repetidos de balançar
o corpo para frente e para trás ou mexer rapidamente os braços.
A mãe acha estranho seu filho não gostar de brincar com outras
crianças, além de se incomodar quando seus primos tiram seus
brinquedos do lugar, preferindo ficar isolado. Em atendimento, a
criança não olha quando é chamada e é possível perceber que
brinca enfileirando os carrinhos que estão no consultório. Qual o
diagnóstico mais provável para a criança?
(A) Comportamento normal e adaptativo esperado para o
estágio do desenvolvimento.
(B) Transtorno do espectro autista.
(C) Transtorno de oposição desafiante.
(D) Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

8 Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023

38. Criança de 2 anos é admitida na enfermaria de pediatria
com quadro de edema em membros inferiores (2+/4+) há cinco
dias, irritabilidade, afebril, queda de cabelo acentuada, pele
ressecada, com algumas manchas hipocrômicas, hipocorada
(3+/4+), ausculta cardiopulmonar sem alterações, abdômen
distendido com fígado palpável a cinco centímetros abaixo do
rebordo costal direito. Ela tem seis irmãos e os pais estão
desempregados. Ao ser colocado na curva, apresenta escore Z
peso para idade = -1,8 DP, estatura para idade = -2,3 DP, IMC
para a idade = -3,2 DP. O hemograma demostrou hemoglobina =
8,9g/dL e hematócrito = 28%. De acordo com a hipótese
diagnóstica mais provável, o tratamento inicial, além do controle
de hipotermia, hipoglicemia e dos distúrbios hidroeletrolíticos,
segundo recomendações da Organização Mundial da Saúde,
deveria constar de:
(A) Dieta zero, realizar expansão volêmica endovenosa,
antibioticoterapia e prescrever concentrado de hemácias.
(B) Dieta zero, realizar expansão volêmica endovenosa,
diurético, suplementação de micronutrientes (vitaminas e
minerais) e prescrição inicial de ferro.
(C) Iniciar a reabilitação nutricional, realizar hidratação oral com
uma solução que contenha mais sódio e menos potássio,
diurético, antibioticoterapia e prescrição inicial de ferro.
(D) Iniciar a reabilitação nutricional, realizar hidratação oral com
uma solução que contenha menos sódio e mais potássio,
antibioticoterapia e suplementação de micronutrientes
(vitaminas e minerais).
39. Pré-escolar de quatro anos, sexo feminino, deu entrada na
emergência com quadro de parestesia em membros inferiores. A
genitora relata que a criança é vegana, pois não concorda que os
humanos se alimentem de “carne de animais que foram mortos
perversamente”. A investigação laboratorial apresenta:
Hb 8,4g/dL, VCM 110fL e hipersegmentação de neutrófilos. A
orientação pertinente é que a filha deva receber suplementação
de:
(A) Cobalamina, através da introdução na dieta de leite, gema
de ovo e vísceras.
(B) Vitamina A, através da ingestão na dieta de peixes, ostras e
óleo de fígado de peixe.
(C) Ácido ascórbico, através da ingestão de frutas e vegetais
cítricos, como kiwi, laranja e tomate.
(D) Colecalciferol, através da introdução na dieta de produtos
animais, como sardinha, gema de ovo e salmão.
40. Menina de 10 anos é trazida pela mãe à consulta com
quadro de início há 2 meses de febre intermitente, fadiga e perda
de peso. Ao exame, observa-se eritema em face, mais
notadamente na região malar, presença de aftas em palato duro,
além de eritema, edema e calor em articulação do punho direito e
joelho esquerdo. Foram solicitados exames laboratoriais que
evidenciaram linfopenia (<1.000 linfócitos/mm3) e trombocitopenia
(98.000 plaquetas/mm3). Com base neste quadro clínico, a
principal hipótese diagnóstica é:
(A) Leucemia linfoide aguda
(B) Doença de Behçet
(C) Artrite idiopática juvenil
(D) Lúpus eritematoso sistêmico juvenil
Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023
41. Paciente de 10 anos é levado ao pronto atendimento com
história de febre, cefaleia e vômitos. À avaliação clínica,
observados sinais de Kernig e Brudzinski e discreta rigidez de
nuca. Optado pela realização de punção lombar, que evidenciou
presença de diplococos Gram negativos na bacterioscopia do
líquor. Com base no quadro clínico e resultado dos testes
laboratoriais, qual é a conduta terapêutica mais adequada?
(A) Penicilina V de 6/6 horas por 7 dias e monitorização dos
contatos domiciliares por 72 horas.
(B) Penicilina cristalina de 4/4 horas por 10 dias e monitorização
dos contatos intradomiciliares por até 7 dias.
(C) Ceftriaxona de 12/12h por 7 dias e quimioprofilaxia dos
contatos intradomiciliares com rifampicina oral por 48 horas.
(D) Ceftriaxona de 12/12h por 14 dias e quimioprofilaxia dos
contatos intradomiciliares com rifampicina por 10 dias.
42. Criança de 2 anos é levada a consulta em Unidade Básica
de Saúde com quadro de febre alta (38,6ºC), tosse seca, coriza e
vermelhidão nos olhos há 4 dias. Há 24 horas notou o surgimento
de exantema maculopapular morbiliforme, que se iniciou no rosto
e evoluiu para o tronco e raiz de membros. A principal hipótese
diagnóstica é:
(A) Rubéola
(B) Exantema súbito
(C) Eritema infeccioso
(D) Sarampo
43. Paciente, 5 anos de idade, vem apresentando febre
moderada, sudorese noturna e gânglios aumentados na região
cervical há 6 semanas, associados a perda de peso. O exame
físico mostrou gânglio cervical e supraclavicular à direita,
indolores, endurecidos, formando um conglomerado nodal, sem
sinais flogísticos. Tem um cachorro e um gato no domicílio, porém
sem contato próximo. Hemograma normal. Sorologia para
Epstein-Barr negativa. Realizada biópsia do gânglio
supraclavicular, cuja histopatologia revelou células de Reed-
Sternberg. Qual o diagnóstico mais provável?
(A) Toxoplasmose
(B) Linfoma de Hodgkin
(C) Mononucleose
(D) Doença de Kawasaki
44. Criança, 3 anos de idade, é levada à Unidade de Pronto
Atendimento com história de febre há 24 horas e crise convulsiva
tônico-clônica generalizada, há mais ou menos 20 minutos, que
durou cerca de cinco minutos, resolvendo-se espontaneamente.
Há dois dias vem apresentando tosse e coriza hialina. Nega
queda do estado geral anteriormente ao episódio, uso de
medicações e crises semelhantes. Uma tia materna tem epilepsia.
Exame físico: regular estado geral, eupneica, corada, hidratada,
acianótica, anictérica, febril (38,5ºC), sem outras alterações.
Exame neurológico normal. Qual a conduta indicada?
(A) Realizar punção lombar com exame do líquor.
(B) Iniciar profilaxia com anticonvulsivante.
(C) Observar a criança e orientar a família.
(D) Solicitar tomografia computadorizada de crânio.
9
45. Pré-escolar de 5 anos, logo após entrar em um serviço de
pronto atendimento com quadro de diarreia e vômitos de
repetição há 2 dias, evoluiu com esforço respiratório progressivo
nas últimas 6 horas, apresentando perda de consciência,
acentuação da palidez e um padrão respiratório de gasping. Não
se conseguiu obter pulsos carotídeos ou femorais. A conduta
imediata mais adequada neste caso é:
(A) Monitorizar imediatamente a paciente para confirmar a
parada cardiorrespiratória e então iniciar as manobras de
ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
(B) Iniciar imediatamente compressões torácicas vigorosas,
utilizando uma ou duas mãos sobre a metade inferior do
esterno, na frequência de 100 a 120/minuto enquanto
providencia máscara e ambu para ventilação.
(C) Avaliar vias aéreas e iniciar ventilação com ambu e
máscara, atento para que ela determine uma elevação
visível do tórax, na frequência de 10 ventilações por minuto.
(D) Obter acesso venoso para administração de etapa rápida
para expansão.
46. Você está no alojamento conjunto e avalia um recém-
nascido com 23 horas de vida. A mãe é O positivo e seu filho A
negativo. Não houve intercorrências no pré-natal, a idade
gestacional era 37 semanas e 6 dias, o peso ao nascer 3.100g e
o parto vaginal transcorreu bem, recebendo o recém-nascido
APGAR 9/9. Ele mama bem, tem eliminações presentes e ao
exame físico observa-se icterícia em zona III de Kramer. Como no
serviço tem o bilirrubinômetro transcutâneo disponível, dosa-se a
bilirrubina transcutânea total, que está em 13,3mg%. Diante
desse quadro de hiperbilirrubinemia neonatal, podemos afirmar
que:
(A) A incompatibilidade Rh deve ser a causa da icterícia e a ex-
sanguíneo transfusão está indicada nesse caso.
(B) O diagnóstico provável é de icterícia fisiológica e não requer
abordagem terapêutica, podendo ser planejada a alta
hospitalar.
(C) Esse é um quadro de icterícia precoce por provável
incompatibilidade ABO e a fototerapia deve ser iniciada.
(D) Icterícia do leite materno é o diagnóstico provável de acordo
com a idade gestacional, devendo ser suspenso o
aleitamento.
48. Durante uma consulta de um pré-escolar de 3 anos, sexo
masculino, com quadro de infecções respiratórias de repetição,
observa-se um raio-X de tórax que evidencia a presença de
fraturas consolidadas em costelas. No exame clínico, evidencia-
se a presença de hematomas de colorações diferentes, em dorso
e nádegas, que é atribuída pela mãe acompanhante a uma briga
com um colega de idade semelhante da vizinhança. Tem história
de ter apresentado, há 1 ano, fratura de úmero por queda de
mesmo nível na residência. Diante do caso acima, qual a melhor
conduta?
(A) Como as lesões presentes são leves, podemos permitir o
retorno da criança para a residência e fazer a notificação do
fato ao Conselho Tutelar da região.
(B) A notificação do fato ao Conselho Tutelar da região de
moradia do paciente só deverá ser feita após comprovação
dos maus tratos.
(C) Nos casos confirmados de violência, o prontuário do
paciente deverá ser disponibilizado para as autoridades
policiais, por se tratar de justa causa e dever legal.
(D) A criança deve ser internada para proteção e realizada a
notificação do fato à Vara da Infância e Juventude.
CLÍNICA MÉDICA
49. Homem de 48 anos apresenta palpitações recorrentes nos
últimos 3 meses, de duração autolimitada de alguns minutos.
Nega fatores desencadeantes, de melhora ou de piora. Hoje
apresentou um episódio mais intenso, que não cessou
espontaneamente, o que o fez procurar atendimento médico na
UPA. Nega comorbidades prévias.
Ao exame físico, encontra-se alerta, orientado e cooperativo,
Glasgow 15, PA 120x80mmHg, eupneico com SatO2 98%,
mantendo boa perfusão periférica, taquicárdico. O plantonista
solicita realização de ECG, mostrado a seguir:

47. Pré-escolar do sexo masculino é levado a um serviço de

pronto atendimento com história de febre (39,1ºC) há 2 dias,
acompanhada por vômitos, edema palpebral progressivo e dor no
olho direito. Acompanhante relata um quadro de infecção de vias
aéreas na semana anterior, com tosse, rinorreia e congestão
nasal. Ao exame apresenta-se febril, irritado e observa-se edema
e eritema palpebral no olho direito, que apresenta movimentos
oculares aparentemente preservados e sem proptose. Não são
observados ferimentos ou outras lesões cutâneas na região da Diante do exposto, assinale a alternativa com diagnóstico e
face. O diagnóstico e a abordagem mais adequada para o caso conduta adequados para o caso:
são:
(A) Fibrilação atrial crônica. Amiodarona endovenosa.
(A) Celulite periorbitária pré-septal. Solicitar internação
hospitalar e iniciar antibioticoterapia intravenosa (B) Fibrilação atrial aguda. Amiodarona endovenosa.
(ceftriaxona). (C) Taquicardia supraventricular. Adenosina.
(B) Celulite periorbitária pós-septal. Solicitar internação (D) Taquicardia ventricular. Cardioversão elétrica sincronizada.
hospitalar para antibioticoterapia intravenosa e parecer da
oftalmologia.
(C) Celulite periorbitária pré-septal. Iniciar tratamento
ambulatorial com antibioticoterapia oral (cefalexina).
Reavaliar em 24 a 48 horas.
(D) Celulite periorbitária pós-septal. Iniciar tratamento
ambulatorial com antibioticoterapia oral (amoxicilina +
clavulonato) e parecer da oftalmologia.

10 Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023

50. Mulher de 60 anos, hipertensa, diabética e com histórico de
revascularização miocárdica há 5 anos, procurou a emergência
devido a quadro de mal-estar em região retroesternal e dispneia.
Ao eletrocardiograma:
Ao exame: PA 190x110mmHg, FC 104bpm, FR 28inc/min, SatO2
93% em ar ambiente. Na ausculta, apresentava crepitações
bibasais. Qual a conduta inicial adequada nesse cenário?
(A) Seriar enzimas cardíacas, administrar morfina, aspirina e
nitrato.
(B) Realizar raio X de tórax e administrar morfina e captopril.
(C) Administrar furosemida, realizar ecocardiograma e, se
normal, alta hospitalar.
(D) Avaliar PA em ambos os membros superiores e administrar
labetalol e nitroprussiato.
51. Homem de 45 anos, hipertenso e diabético, vem
apresentando níveis pressóricos elevados. Está em uso de
metformina 2g/dia, glicazida 60mg/dia, hidroclorotiazida 25mg/dia,
enalapril 40mg/dia e anlodipino 10mg/dia. Ao exame físico: ritmo
cardíaco regular, 2T, BNF, sem sopros; MVU presente sem ruídos
adventícios; FC 70; FR 18; Sat 98%. Segundo as Diretrizes
Brasileiras de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de
Cardiologia 2020, qual a meta terapêutica e qual a conduta
medicamentosa preferencial a ser tomada nesse caso?
(A) PA < 120/80mmHg e diurético poupador de potássio.
(B) PA < 120/80mmHg e betabloqueador não cardiosseletivo.
(C) PA < 130/80mmHg e betabloqueador cardiosseletivo.
(D) PA < 130/80mmHg e diurético poupador de potássio.
52. Mulher de 45 anos refere astenia, palidez, palpitações e
dispneia nas últimas semanas. Nega perda de peso. É
cronicamente constipada, passando até 5 dias sem evacuar e só
consegue após uso de laxante. Refere ciclos regulares a cada 28
dias, descrevendo necessitar de troca de absorvente a cada hora
no segundo dia, o de maior fluxo, além de eliminar coágulos de
até 3cm no maior diâmetro, desde que se submeteu a laqueadura
tubária, aos 35 anos. Procurou auxílio médico no ambulatório do
posto de saúde do seu município e um hemograma foi solicitado.
O achado esperado no hemograma e o mecanismo que levou à
alteração são, respectivamente:
(A) Anemia microcítica e hipocrômica; perda crônica por
sangramento transvaginal.
(B) Anemia macrocítica e hipocrômica; destruição autoimune do
fator intrínseco.
(C) Anemia microcítica e hipocrômica; perda crônica por
sangramento TGI.
(D) Anemia macrocítica e hipocrômica; doença intestinal
inflamatória no jejuno.
Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023
53. Mulher, 30 anos, sem comorbidadades, vai à consulta
queixando-se de disúria, dor lombar, febre de 39ºC, cefaleia, mal-
estar e urina com odor forte há 48 horas. Nega náuseas e
vômitos. Ao exame: estado geral regular, consciente e orientada,
febril, hidratada, PA 120/80mmHg, FC 88bpm, FR 16ipm,
TA 39ºC. Qual a abordagem adequada para esse quadro?
(A) Realizar radiografia de abdome, coletar EAS e urocultura e
iniciar antibioticoterapia via oral empírica.
(B) Iniciar antibioticoterapia via oral empírica, coletar EAS e
urocultura e posteriormente avaliar necessidade de exames
de imagem.
(C) Realizar ultrassonografia de rins e vias urinárias, coletar
EAS e urocultura e aguardar resultado para iniciar
antibióticos.
(D) Realizar TC de abdome com contraste, coletar EAS e
urocultura e iniciar antibioticoterapia via oral empírica.
54. Homem, 50 anos, diabético, apresentando quadro de febre e
tosse produtiva há 1 semana, evoluindo com desconforto
respiratório, sendo indicado internamento hospitalar. Exames
admissionais: Hb 12 (12 - 16); leucócitos 18.000 (4.000 - 10.000)
com desvio à esquerda; plaquetas 280.000 (150.000 - 350.000);
creatinina 5,4mg/dL (VN 0,5 - 1,2mg/dL); ureia 180mg/dL (VN 20 -
45mg/dL); potássio 7,7mEq/L (VN 3,5 - 5,0mEq/L); Na 143mEq/L
(VN 135 - 145mEq/L). Nas 24 horas seguintes, paciente
apresenta rebaixamento do sensório e redução do débito urinário
(anúrico nas últimas 24 horas). De acordo com o caso, marque a
alternativa correta em relação à conduta:
(A) Trata-se de IRA pré-renal; o tratamento inicial consiste em
expansão volêmica e observação por mais 24 horas.
(B) Trata-se de IRA KDIGO 3; o tratamento inicial consiste em
hemodiálise devido a hipercalemia, anúria e rebaixamento
do sensório.
(C) Trata-se de IRA renal ou intrínseca KDIGO 1 secundária à
sepse de foco pulmonar; iniciar antibioticoterapia intrínseca
e aguardar 24 horas para avaliação da injuria renal.
(D) Trata-se de IRA renal ou intrínseca KDIGO 2; o tratamento
consiste em expansão volêmica e início de antibiótico, não
existindo critérios para indicação de hemodiálise.
55. Homem, 68 anos, obeso, portador de Insuficiência Vascular
Periférica. Refere que há 5 dias apresentou mal-estar, febre não
mensurada e náusea e, há 2 dias, uma “vermelhidão” na perna
esquerda associada a calor, dor e edema. Relatou ainda ter
apresentado vesículas na perna, mas que ele rompeu. Segundo
relato do filho, o quadro iniciou após um trauma na perna. Por
orientação de uma vizinha, colocou uma mistura de ervas,
havendo uma piora significativa. Ao exame: Tax 38,5ºC. Demais
sinais vitais normais. Eritema, edema e calor, de bordas definidas,
em perna esquerda. Considerando este quadro, marque a
alternativa correta:
(A) A internação hospitalar é necessária e deve-se iniciar
antibioticoterapia endovenosa.
(B) O uso de corticoide oral alivia os sintomas, quando
associado ao AINE.
(C) A administração de cefalosporinas pode solucionar o quadro
sem internação.
(D) O debridamento cirúrgico por um cirurgião vascular é
mandatório.
11
56. Mulher, 27 anos, apresenta-se à consulta médica
queixando-se de perda ponderal involuntária de aproximadamente
6kg nos últimos 2 meses, além de sintomas como nervosismo e
insônia. Ela relata ainda que tem despertares noturnos motivados
por palpitações. Ao examiná-la, o médico observa que ela tem
uma frequência cardíaca aumentada (110 batimentos por minuto),
aumento difuso e simétrico da glândula tireoide com palpação
fibroelástica, sem nódulos palpáveis; com presença de frêmito e
sopro à ausculta. Com base no caso clínico apresentado, marque
a alternativa que descreve o diagnóstico clínico mais provável e
os exames laboratoriais que confirmam o diagnóstico:
(A) Hipotireoidismo de Hashimoto
TSH: 10mUI/mL (0,5 - 5,5mUI/mL)
T4 livre: 0,3ng/dL (0,7 - 1,8ng/dL)
ATPO: 350 (normal até 34UI/mL)
(B) Adenoma tóxico ou bócio nodular tóxico
TSH: 1,0mUI/mL (0,5 - 5,5mUI/mL)
T4livre: 0,8ng/dL (0,7 - 1,8ng/dL)
(C) Doença de Graves
TSH: 0,02mUI/mL (0,5 - 5,5mUI/mL)
T4 livre: 3,8ng/dL (0,7 - 1,8ng/dL)
TRAb: 13UI/L (normal até 1,75UI/L)
(D) Tireoidite subaguda de Quervain
TSH: 0,02mUI/mL (0,5 - 5,5mUI/mL)
T4livre: 3,8ng/dL (0,7 - 1,8ng/dL)
TRAb: 13UI/L (normal até 1,75UI/L)
57. No ambulatório de clínica médica, homem de 50 anos
retornou para mostrar exames solicitados na primeira consulta.
Dentre os resultados, foi evidenciado HbA1C 5,9%. O médico
disse que se tratava de um estado pré-diabetes, recomendou ao
paciente mudar radicalmente seu estilo de vida, praticando
exercícios e fazendo dieta, e que após três meses repetiria a
dosagem de HbA1C. O paciente perdeu seguimento e só retornou
ao médico após dois anos, queixando-se de turvação visual e
queimação em membros inferiores. Foram solicitados novos
exames laboratoriais, que retornaram com resultado da HbA1C de
11,5%. Qual a melhor conduta, neste momento, para o paciente
em questão?
(A) Metformina
(B) Inibidor da SGLT2
(C) Agonista do receptor do GLP-1
(D) Insulinoterapia
58. Homem, 47 anos, procurou atendimento médico
ambulatorial para realização de ‘’check-up’’. Durante a anamnese,
o médico já identificou vários erros alimentares e situações que
levam a um estilo de vida não saudável. Ao exame físico,
constatou medida da circunferência abdominal 105cm e PA
140x90mmHg. Solicitou alguns exames laboratoriais, que o
paciente trouxe na consulta de retorno, onde foi evidenciado HDL
55mg/dL, triglicerídeos 188mg/dL e glicemia de jejum 97mg/dL.
Quais parâmetros do paciente acima compõem o diagnóstico de
Síndrome Metabólica, segundo o NCEP-ATP III?
(A) Glicemia de jejum, HDL e circunferência abdominal.
(B) Circunferência abdominal, pressão arterial e triglicerídeos.
(C) Pressão arterial, circunferência abdominal e HDL.
(D) Triglicerídeos, HDL e pressão arterial.
12
59. Homem de 28 anos procura atendimento médico
ambulatorial com queixa de diarreia há cerca de 4 meses.
Durante a consulta, relatou dor abdominal e perda de peso de
cerca de 7kg. Relatava também saída de secreção mucopurulenta
de região perianal com dor à evacuação. Negava sangramentos.
Durante a investigação foi identificado anemia, deficiência de
vitamina B12 e a colonoscopia evidenciou inflamação segmentar
e transmural. Qual o diagnóstico mais provável deste paciente?
(A) Doença de Crohn
(B) Colite ulcerosa
(C) Intolerância à lactose
(D) Síndrome do intestino irritável
60. Você está no ambulatório de Clínica Médica quando chega
uma paciente de 32 anos, com quadro de dor abdominal há 4
horas, em aumento, iniciada em região epigástrica e agora
localizando-se em abdome superior, estendendo-se para o dorso.
Há também náusea, com 1 episódio emético. Ao exame físico
chamava atenção a presença de febrícula, taquicardia e dor
abdominal intensa, com rigidez à palpação, além de ruídos
hidroaéreos diminuídos. Ela trazia alguns exames: hemograma,
ureia e creatinina, glicemia de jejum, colesterol total e frações
sem alterações; ultrassom de abdome total com achado de
colelitíase com microcálculos em vesícula biliar. Diante do quadro
clínico da paciente, qual a principal suspeita diagnóstica?
(A) Dispepsia
(B) Colecistite
(C) Cólica renal
(D) Pancreatite
61. Mulher, 18 anos, procurou o ambulatório de clínica médica
com relato de astenia associada a dores articulares e lesões
avermelhadas em antebraços, que ficavam mais evidentes
quando se expunha ao sol, há cerca de 4 meses. Na última
semana, começou a apresentar edema em membros inferiores
(mmii). Ao exame: afebril, TA = 140x90mmHg. Foram observadas
úlceras orais e edema de mmii 2+/4+ até terço médio de pernas.
Qual o marcador laboratorial útil na avaliação da atividade da
doença que provavelmente esta paciente apresenta?
(A) Anticorpo antinuclear
(B) Anticorpo anti-dsDNA
(C) Velocidade de hemossedimentação
(D) Anticorpos anticitoplasma de neutrófilos
62. Mulher de 28 anos, secretária, vem à consulta ambulatorial
com queixa de cefaleia bilateral em região temporal, latejante, de
intensidade moderada, durando em torno de 6 horas cada
episódio e desencadeada geralmente quando tem privação do
sono, com agravamento pela atividade física. Apresentando o
sintoma semanalmente há cerca de 5 anos, com necessidade de
afastar-se do trabalho. Nega outros sintomas associados. Nunca
fez tratamento anteriormente. Considerando a principal hipótese
diagnóstica, qual a conduta mais recomendada para prevenção
das crises?
(A) Sumatriptano
(B) Ergotamina
(C) Propranolol
(D) Dipirona
Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023
63. Mulher de 60 anos de idade, apresenta há cerca de 2 horas
quadro de perda de força em braço e perna direitos. Sem histórico
de quadros semelhantes. Ao exame, PA 190/120mmHg, FC
82bpm, hemiparesia grau II membro superior D e grau III membro
inferior D, com diminuição da sensibilidade neste lado,
hemianopsia com desvio conjugado do olhar para a esquerda.
Tomografia computadorizada de crânio sem contraste com
discreta hipodensidade parietotemporal esquerda. Considerando
a principal hipótese diagnóstica, qual a conduta mais adequada
para essa paciente?
(A) Anticoagulação plena com enoxaparina
(B) Drenagem cirúrgica do hematoma intraparenquimatoso
(C) Nitroprussiato de sódio venoso
(D) Terapia trombolítica endovenosa
64. Mulher, 18 anos, é admitida na emergência com queixa de
tosse seca e sibilos expiratórios após uso de anti-inflamatório não
esteroidal. Ao exame: PA = 110x70mmHg, T = 36,8ºC, FC =
98bpm, FR = 24mrpm, SatO2 = 98%. Orientada, cooperativa, sem
uso de musculatura acessória. AP: MVUD, sibilos expiratórios
difusos. Baseado na classificação de gravidade, qual o tratamento
recomendado na sala de emergência?
(A) Salbutamol spray com espaçador a cada 20 minutos por 1
hora e prednisolona 40mg oral.
(B) Aerossol com fenoterol, de 30 em 30 minutos e
hidrocortisona 100mg endovenosa.
(C) Aerossol com oxigênio e fenoterol, repetindo após 40
minutos, se persistência de sibilos.
(D) Salbutamol spray 4 jatos, repetindo após 60 minutos.
65. Homem, 60 anos, atendido na UBS por apresentar cansaço
quando caminha um quarteirão, precisando andar mais devagar
ou parar para recuperar o fôlego. Apresenta tosse matinal com
expectoração clara há 4 anos, na maioria dos dias. Nega outros
sintomas. Consultou na emergência 1 vez pelos sintomas nos
últimos seis meses, sem necessitar internação. Ex-tabagista (30
maços/ano). Considerando a principal hipótese diagnóstica para
este paciente, qual a medicação a ser iniciada para o mesmo?
(A) Salbutamol + Budesonida
(B) Formoterol + Budesonida
(C) Sabutamol + Ipratrópio
(D) Formoterol + Tiotrópio
66. Mulher, 28 anos, casada, tabagista, vem apresentando
quadro depressivo caracterizado pela perda de energia e
interesse na vida, provocando um prejuízo na atenção e na
motivação. Nega que esteja se sentindo ansiosa, também nega
pensamentos obsessivos e/ou compulsões. Ela tem receio de
começar o tratamento com antidepressivo, pois no passado já fez
tratamento para um quadro depressivo e tomou um
antidepressivo que prejudicou muito sua libido, prejudicando sua
vida sexual. De acordo com o quadro, qual o antidepressivo mais
indicado nesse caso?
(A) Escitalopram, por agir diretamente na noradrenalina.
(B) Bupropiona, por agir diretamente na dopamina.
(C) Sertralina, por agir diretamente na serotonina.
(D) Amitriptilina, por agir diretamente na serotonina.
Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023
67. Flávia, 29 anos, trazida por familiares ao serviço de clínica
médica após episódio de tentativa de suicídio na noite de ontem.
No momento da consulta, apresenta-se clinicamente estável,
porém em crise de choro intenso e nervosismo. Possui
diagnóstico prévio de depressão. Ao conversar com familiares,
estes afirmam que a paciente iniciou quadro de tristeza intensa
aos 17 anos, com baixa autoestima, anedonia, insônia,
isolamento social, automutilação, delírios persecutórios,
alucinações auditivas de comando e ideação suicida. Desde
então, passa vários meses seguidos dessa forma, com exceção
de algumas vezes ao ano, em que se comporta diferente.
Familiares dizem: "Três vezes ao ano, durante 3 a 5 semanas, ela
passa a ficar animada, cheia de energia, falando rápido e às
vezes até fala sozinha. Vai para todas as festas da cidade
dirigindo rapidamente e durante várias horas, mesmo que tenha
dormido pouco. Faz várias compras de roupa e afirma com
frequência o quão bonita ela é”.
No decorrer dos 12 anos desde o diagnóstico, Flávia fez uso de
diversas medicações, por exemplo: fluoxetina, paroxetina,
venlafaxina, amitriptilina, diazepam, clonazepam. Porém, o
quadro permaneceu idêntico. No momento, faz uso de sertralina
(100mg, 1 vez ao dia) há seis meses. Qual o diagnóstico mais
provável e o tratamento medicamentoso indicado?
(A) Transtorno depressivo maior; manter sertralina, aumentando
a dose para 200mg/dia, associada a amitriptilina 25mg/dia.
(B) Transtorno depressivo maior; suspender sertralina e iniciar
mirtazapina 30mg/dia, associada a clonazepam 1mg/dia.
(C) Transtorno bipolar tipo I; suspender sertralina e iniciar
carbonato de lítio com 300mg/dia, associado a risperidona
1mg/dia.
(D) Transtorno bipolar tipo II; manter sertralina, retornar uso da
venlafaxina 150mg/dia e iniciar carbonato de lítio 300mg/dia.
68. Homem, 45 anos, comparece ao ambulatório referindo febre
baixa, astenia e náuseas há cerca de 18 dias. No sétimo dia a
febre regrediu, surgiu dor moderada em hipocôndrio direito e seus
olhos tornaram-se amarelados. Ao exame físico, há
hepatomegalia dolorosa e escleras ictéricas em 2+/4+. Traz
exames que foram solicitados em pronto atendimento há cinco
dias, cujo resultado mostra ALT (TGP) 20 vezes o limite superior
da normalidade, AST (TGO) 15 vezes o limite superior da
normalidade (LSN). Bilirrubina total 4,5mg, acima do LSN com
predomínio da fração direta. A pesquisa de anticorpos para
hepatite C foi reagente, a pesquisa do RNA do vírus da hepatite C
foi negativa, HBsAg não reagente, IgM e IgG anti-HBc não
reagentes, anti-HBsAg reagente, IgM e IgG anti-HVA reagentes.
Considerando o quadro descrito compatível com hepatite viral
(HV), assinale a alternativa correta:
(A) Aguda por HVA, passado de infecção por HCV e vacinação
para HBV.
(B) Crônica reativada por HCV e passado de infecção por HBV.
(C) Aguda por HCV, passado de infecção por HBV e vacinação
para HVA.
(D) Crônica reativada por HBV e passado de infecção por HCV.
13
69. Mulher, 40 anos, obesa, sedentária e hipertensa, é atendida
na UBS com história de febre, mialgia, odinofagia e cefaleia há 3
dias. Há 1 dia vem apresentando sensação de falta de ar. Teste
rápido de COVID-19 reagente. Relata que em casa mantém
saturação periférica de 98%, mesmo após médios esforços, como
tomar banho. Ao exame: PA = 140x80mmHg; FC = 90bpm; FR =
16irpm; Tax. = 38,0ºC; SatO2 = 98%. Bom estado geral, vigil,
orientada, hidratada, acianótica, anictérica, afebril, IMC = 30.
Cavidade oral: enantema de orofaringe. Exame cardiopulmonar,
abdominal e membros sem anormalidades. Com base nesse
caso, assinale a alternativa correta quanto à conduta a ser
adotada para a paciente:
(A) Receber nirmatrelvir/ritonavir oral, hidratação oral, uso de
sintomáticos e retornar ao serviço em 24h para reavaliação.
(B) Realizar tomografia computadorizada do tórax com
contraste e dosagens de D-dímero, ferritina e proteína C
reativa.
(C) Ser internada para monitorar a gasometria arterial e receber
hidratação venosa, antimicrobiano e suporte ventilatório.
(D) Ser orientada sobre repouso, hidratação oral, sintomáticos e
a procurar a UPA, se apresentar critérios de gravidade.
70. Homem, 30 anos, apresenta tosse produtiva com secreção
amarelada há 10 dias. Há 3 dias notou-se com febre, dor torácica
em hemitórax direito, além de adinamia e hiporexia. Foi atendido
na unidade básica de saúde e recebeu a prescrição de antibiótico
por via oral. Fez uso irregular da medicação e, como evoluiu com
piora clínica, veio a essa unidade de pronto atendimento (UPA). É
hipertenso em tratamento irregular, obeso e sedentário. Ao exame
admissional, verificaram-se: peso = 100kg; altura = 1,72m;
frequência respiratória de 30 incursões por minuto; frequência
cardíaca de 105 batimentos por minuto; temperatura axilar de
38,5ºC; hipocorado (1+/4+); desidratado (2+/+4); pressão arterial
de 90x60mmHg; Glasgow = 14; ausculta pulmonar com estertores
crepitantes em base de hemitórax direito. De acordo com os
critérios do Sepsis-3 (JAMA, 2016), o manejo clínico correto da
sepse nesse paciente, conforme o diagnóstico, é:
(A) Infecção de foco pulmonar sem disfunção orgânica;
internação hospitalar, coleta de hemoculturas, ressuscitação
volêmica com cristaloide (30mL/kg), antibioticoterapia
endovenosa de amplo espectro na primeira hora e solicitar
exames para calcular o quick SOFA.
(B) Sepse de foco pulmonar; internação hospitalar, coleta de
lactato sérico e hemoculturas, ressuscitação volêmica com
cristaloide (30mL/kg), antibioticoterapia endovenosa de
amplo espectro na primeira hora e solicitar exames para
calcular o SOFA.
(C) Sepse grave de foco pulmonar; internação hospitalar, coleta
de hemoculturas e lactato sérico, ressuscitação volêmica
com cristaloide (30mL/kg), antibioticoterapia endovenosa de
amplo espectro na primeira hora e prescrição imediata de
norarenalina.
(D) Choque séptico de foco pulmonar; internação em unidade
de terapia intensiva, coleta de lactato sérico e hemoculturas,
ressuscitação volêmica com cristaloide (30mL/kg),
antibioticoterapia endovenosa de amplo espectro na
primeira hora e prescrição imediata de noradrenalina e
dobutamina.
14 Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023
71. O Sr. João, 78 anos, procurou a unidade de saúde da família
com queixas de tremor nas mãos, lentidão nos movimentos e
rigidez muscular. Ele relata que os sintomas têm piorado
gradualmente nos últimos 2 anos. Além disso, ele percebeu
dificuldades em se levantar da cadeira e andar, com episódios de
perda de equilíbrio. O Sr. João também mencionou ter dificuldade
em manter a postura ereta por longos períodos e notou que sua
caligrafia se tornou menor e mais difícil de ler. Ele não tem
história prévia de lesão cerebral ou exposição a substâncias
tóxicas. Ao exame físico, apresenta um tremor de repouso
evidente nas mãos, que diminui quando ele inicia movimentos
voluntários. Ele demonstra bradicinesia, realizando movimentos
lentos e com dificuldade. A rigidez muscular é evidente quando se
manipulam suas extremidades. O exame neurológico não revela
outras anormalidades significativas. Com base no caso clínico
apresentado, qual é o primeiro passo para a abordagem
diagnóstica apropriada para o Sr. João?
(A) Encaminhar o paciente para realização de uma cintilografia
cerebral com TRODAT e ultrassom transcraniano.
(B) Realizar um exame de ressonância magnética para avaliar a
presença de lesões cerebrais.
(C) Prescrever medicamentos para melhorar o tremor e a
dificuldade para levantar das cadeiras e andar.
(D) Avaliar a presença de pelo menos dois dos quatro sinais:
tremor de repouso, bradicinesia, rigidez e instabilidade
postural.
72. O Sr. Carlos, 77 anos, é levado à unidade de saúde da
família pelos seus familiares, que estão preocupados com as
mudanças recentes em seu comportamento e memória. Eles
relatam que ele tem tido dificuldade em lembrar nomes de
pessoas próximas, esquece compromissos e parece confuso em
situações do dia a dia. Além disso, ele perdeu interesse em
atividades que costumava desfrutar e se tornou mais recluso. O
Sr. Carlos também tem episódios em que parece perdido em
ambientes familiares e desconhecidos. Após uma avaliação
inicial, o médico da unidade de saúde fornece informações aos
familiares sobre a possibilidade de o Sr. Carlos estar
apresentando sintomas iniciais de demência. Com base no caso
clínico apresentado, qual é a abordagem inicial mais apropriada
para lidar com o quadro inicial de demência do Sr. Carlos?
(A) Orientar a família a observar os sintomas com mais detalhes
e considerar a realização de testes e exames para um
diagnóstico definitivo.
(B) Prescrever medicamentos para tratar os sintomas de
esquecimento e confusão do paciente.
(C) Encaminhar o paciente para sessões de fisioterapia para
melhorar a mobilidade e a coordenação.
(D) Sugerir que o paciente se engaje em atividades sociais mais
intensas para estimular sua memória.
 CIRURGIA GERAL
73. Homem, 55 anos, é encaminhado para avaliação pré-
operatória. Fará uma colecistectomia videolaparoscópica. Há 8
meses foi colocado um stent coronário em um contexto eletivo.
Faz uso de ácido acetilsalicílico e clopidogrel. Nega diabetes ou
episódio anterior de AVC. Creatinina sérica 1,3mg%. Ausculta
cardiopulmonar sem alterações. Costuma caminhar regularmente
e relata ser capaz de subir 2 lances de escada sem sintomas. De
acordo com o quadro acima, qual a melhor conduta?
(A) Encaminhar para cirurgia, sem necessidade de exame
adicional.
(B) Contraindicar cirurgia, devido ao alto risco cirúrgico (> 1%).
(C) Solicitar um teste pré-operatório não invasivo para detecção
de isquemia miocárdica.
(D) Aguardar mais 4 meses para realizar a cirurgia eletiva,
devido à terapia antiplaquetária.
74. Homem, 21 anos, admitido na emergência em estado de
choque após facada na região abdominal. A equipe médica indica
laparotomia exploradora. Ao acessar a cavidade peritoneal, o
cirurgião identifica uma lesão no segmento III do fígado com
sangramento ativo aparentemente venoso e uma lesão de vaso
mesentérico. A melhor conduta inicial para o caso é:
(A) Aplicar compressas cirúrgicas sobre a lesão hepática e
realizar clipagem do vaso mesentérico.
(B) Realizar empacotamento da lesão hepática, seguido de
clipagem e posterior ligadura do vaso mesentérico.
(C) Aplicar substância hemostática sobre a lesão hepática e
realizar clipagem do vaso mesentérico.
(D) Realizar manobra de “Pringle” para controle do
sangramento hepático, seguido de ligadura do vaso
mesentérico.
75. Durante uma cirurgia abdominal em um paciente com
histórico de doença hepática crônica, com coagulopatia
associada, o médico encontra um vaso sanguíneo
significativamente dilatado e pulsátil. O paciente está sob
anestesia geral. Para melhor controle do sangramento durante a
cirurgia, qual abordagem é mais apropriada nesse cenário?
(A) Injeção local de agente vasoconstritor próximo ao vaso
dilatado.
(B) Aplicação tópica de solução salina gelada para induzir
vasoconstrição.
(C) Utilização de eletrocautério monopolar para coagular o vaso
dilatado.
(D) Realização de ligadura direta do vaso dilatado com sutura
de alta resistência.
76. Homem, 35 anos, antecedente de hérnia incisional há 2
anos, decorrente de laparotomia mediana por ferimento de arma
branca, admitido na emergência com dor abdominal há 1 dia,
náuseas, vômitos e abaulamento irredutível no local da incisão
abdominal. O abdome está distendido e é difusamente doloroso.
Os ruídos hidroaéreos estão aumentados e têm timbre alterado.
Não há sinais de peritonite. A área da hérnia está hiperemiada.
Paciente foi mantido em jejum, hidratação venosa e sonda
nasogástrica aberta. A melhor conduta para este paciente deve
ser:
(A) Redução manual da hérnia e observação.
(B) Tratamento inicial com antibioticoterapia e observação.
(C) Cirurgia de urgência, corrigindo a hérnia com tela.
(D) Cirurgia de urgência, corrigindo a hérnia com rafia.
Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023
77. Paciente masculino, 55 anos, admitido na emergência com
náuseas, vômitos, inicialmente com restos alimentares e, no
momento, com secreção gástrica. Refere parada de eliminação
de flatos há 48 horas e episódio de diarreia aquosa há 24 horas.
Relata perda de aproximadamente 15% do peso nos últimos 2
meses. Ao exame físico, emagrecido, pálido (+/4+), desidratado
(+++/4+), afebril, anictérico, eupneico, FC 110bpm. Abdome
escavado, com presença de massa palpável endurecida e indolor
ao nível do epigastro e RHA aumentados. Toque retal sem fezes
na ampola retal. Ausência de linfonodos palpáveis. Endoscopia
digestiva alta com lesão ulcerada e infiltrativa em antro gástrico
distal, com biópsia descrevendo adenocarcinoma (Borrmann 3),
TC de abdome com pequena quantidade de ascite e
espessamento peritoneal focal inferior a 2cm em mesogastro. Em
relação ao caso, a melhor conduta a ser realizada é:
(A) Dilatação endoscópica, pois é o melhor método paliativo em
longo prazo (mais de um ano).
(B) Radioquimioterapia paliativa, porque apresenta resposta
global superior a 95% neste estágio de doença.
(C) Gastrectomia paliativa, por não apresentar sinais de
enfermidade peritoneal de grande volume.
(D) Conduta expectante e início de suporte com cuidados
paliativos, pois o paciente tem perspectiva de sobrevida
menor que 3 meses.
78. Mulher, 60 anos, internada devido a icterícia, colúria e dor
abdominal no quadrante superior direito há 1 semana. Nega
perda ponderal e hiporexia. Sinal de Murphy e Curvoisier
negativos. Os exames indicam aumento das enzimas
canaliculares e da bilirrubina total às custas da bilirrubina direta.
Amilase e lipase normais. A ultrassonografia abdominal revelou
colelitíase e dilatação do ducto biliar comum. Diante desse
quadro, qual a conduta mais recomendada nessa paciente?
(A) Iniciar imediatamente terapia com antibióticos de amplo
espectro para tratar infecção da via biliar.
(B) Realizar TC de abdômen para estadiamento e em seguida
proceder com duodenopancreatectomia (cirurgia de
Whipple).
(C) Realizar, em caráter de urgência, colecistectomia com
exploração transoperatória de vias biliares por
colangiografia.
(D) Realizar colangiorressonância e, em seguida,
colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE)
para remover os cálculos do ducto biliar.
79. Homem, 65 anos, internado na enfermaria com diagnóstico
de neoplasia maligna do intestino grosso. TC de abdome
descreve massa em cólon descendente. Sem evidências de
metástases à distância. Baseando-se no cenário apresentado,
qual a estratégia cirúrgica mais adequada para ressecar o tumor e
garantir máxima chance de cura?
(A) Colectomia total com criação de ileostomia.
(B) Colectomia parcial do cólon descendente, linfadenectomia
retroperitonial com anastomose colocolônica.
(C) Ressecção local do tumor com margens amplas e
ileostomia.
(D) Amputação de reto abdominoperineal com criação de
colostomia permanente.
15
80. Homem, 67 anos, portador de neoplasia maligna do intestino
grosso, apresenta queixas de obstrução intestinal progressiva.
Durante a avaliação pré-operatória, são identificados sinais
clínicos de peritonite. Considerando o contexto, qual seria a
abordagem cirúrgica inicial mais indicada?
(A) Colectomia total com criação de ileostomia.
(B) Laparotomia exploradora com ressecção do segmento
acometido e anastomose primária.
(C) Ressecção do tumor com margens amplas e criação de
colostomia temporária.
(D) Drenagem percutânea seguida de quimioterapia
neoadjuvante.
81. Homem, 28 anos, vítima de espancamento há 30 minutos,
dá entrada na emergência referindo muita dor em hemitórax
direito. Exame físico: consciente, PA 130x90mmHg, FC 82bpm,
FR 26irpm, palpação dolorosa de 4º, 5º, 6º e 7º arcos costais à
direita, murmúrio vesicular presente, simétrico, com roncos.
Radiografia de tórax com fratura de 4 costelas em várias
posições, opacidade pulmonar na região das fraturas, ausência
de pneumotórax ou coleções pleurais. A conduta mais
recomendada é:
(A) Oxigênio suplementar, analgesia e internação.
(B) Analgesia, antibioticoterapia oral e liberação para o
domicílio.
(C) Oxigênio suplementar, antibioticoterapia e internação.
(D) Analgesia, colete torácico e encaminhamento para
fisioterapia.
82. Homem de 34 anos foi vítima de acidente automobilístico,
estava no banco traseiro, sem cinto de segurança. Houve choque
com um poste de iluminação e desaceleração súbita do veículo.
Na admissão hospitalar, está consciente e reclama de dor no
tórax e região escapular esquerda. Frequência respiratória =
26rpm, acianótico, FC = 118bpm, pulso cheio. PAS = 88mmHg. A
radiografia de tórax mostra alargamento do mediastino (cerca de
9cm), obliteração do botão aórtico e desvio da traqueia para a
direita. Não há evidência de hemotórax nem pneumotórax. A
hipótese diagnóstica mais provável é:
(A) Lesão de vasos da base
(B) Trauma cardíaco contuso
(C) Rotura traumática de aorta
(D) Alargamento do mediastino não traumático
83. Mulher jovem dá entrada na emergência, vítima de agressão
e apresentando múltiplas lesões, dentre elas três fraturas de
arcos costais. Está hemodinamicamente estável e com
insuficiência respiratória leve. Precisa ser sedada para realizar
uma tomografia de tórax. Qual fármaco pode garantir a sedação e
a analgesia durante o exame sem utilizar opioides?
(A) Etomidato
(B) Succinilcolina
(C) Propofol
(D) Cetamina
16 Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023
84. Homem, 32 anos, foi admitido na emergência após explosão
de uma caldeira a vapor, com queimaduras de segundo e terceiro
graus em toda a face anterior do tórax, abdômen, membros
superiores e nas duas coxas. Peso estimado de 70kg. Qual a
conduta mais apropriada?
(A) Punção de acesso venoso periférico na prega cubital e
infusão de 7.560mL de ringer lactato nas 8h iniciais.
(B) Dissecção venosa na altura do maléolo medial direito e
infusão de 10.080mL de ringer lactato nas 24h iniciais.
(C) Passagem de cateter PICC em um dos membros superiores
e infusão de 5.040mL de ringer lactato nas 6h iniciais.
(D) Punção de cateter venoso central para infusão de 15.120mL
de ringer lactato nas 16h iniciais.
85. Paciente masculino, 21 anos, vítima de colisão moto x carro,
chega em emergência de trauma, removido pelo SAMU, com
intubação orotraqueal, colar cervical e imobilizado em prancha,
sem lesões hemorrágicas aparentes. Ao exame, murmúrio
vesicular presente bilateral, SatO2 = 94% (em VM, FiO2 100%),
pele pálida, fria e úmida, FC 138bpm, PA 83x48mmHg. Durante o
atendimento inicial, é identificada uma instabilidade pélvica e
realizado um raio-X na sala de emergência (vide abaixo).
Qual a conduta mais adequada?
(A) Realização de um lavado peritoneal diagnóstico pelo
cirurgião geral.
(B) Avaliação da equipe de traumatologia-ortopedia para
proceder a uma fixação externa.
(C) Indicação de arteriografia diagnóstica em serviço de
hemodinâmica pela radiologia intervencionista.
(D) Manutenção do paciente em prancha rígida para transporte
ao centro cirúrgico, para realização de artrodese de coluna
cervical e lombossacra com a neurocirurgia.
86. Lactente de 9 meses admitido na UPA, pois há 5 horas
apresenta choro inconsolável, distensão abdominal e vômitos,
com progressão nas últimas 2 horas para evacuação com sangue
e muco. Mãe relata que a criança esteve gripada há uma semana.
Ao exame físico, palpada massa abdominal em hipocôndrio
direito. Solicitada radiografia simples de abdome, com resultado
inespecífico, e ultrassonografia de abdome total, que revelou
imagem com anéis concêntricos de camadas hipoecoicas e
hiperecoicas alternantes, com porção central hiperecoica em
região do hipocôndrio direito. Qual a hipótese diagnóstica mais
provável?
(A) Intussuscepção intestinal
(B) Divertículo de Meckel
(C) Apendicite aguda
(D) Volvo do intestino médio
87. Lactente masculino, 1 ano, nascido a termo, sem
comorbidades, apresenta desde o nascimento ausência de
testículo direito em bolsa. Ao exame físico, testículo direito é
palpável em região inguinal e não é passível de ser trazido à
bolsa ipsilateral, testículo esquerdo tópico e não há sinais clínicos
de hérnia inguinal associada. A melhor conduta para esta criança
é:
91. Mulher, 38 anos, encaminhada ao ambulatório com história
de surgimento de tumoração cervical há 2 meses. Nega outras
queixas. Nega tabagismo e etilismo. Ao exame físico, apresenta
nódulo com 2cm móvel e indolor, no nível jugular médio à direita.
Realizou punção aspirativa, com resultado positivo para células
malignas, com presença de células foliculares atípicas. Diante
deste resultado, qual deverá ser o próximo passo?

(A) Dosar testosterona livre e total. (A) Indicar biópsia excisional.

(B) Observar até os 2 anos de idade. (B) Iniciar tratamento para linfoma.
(C) Realizar orquidopexia direita. (C) Solicitar endoscopia digestiva alta.
(D) Solicitar ultrassonografia inguinal e de bolsa. (D) Investigar origem tireoideana.

88. Homem, 35 anos, tabagista, dá entrada na UPA com quadro 92. Homem, 45 anos, procura o ambulatório com queixa de dor
súbito de dor em torácica esquerda e dispneia progressiva há em queimação retroesternal, regurgitação e disfagia há cerca de 3
duas horas. Ao exame apresenta taquipneia, turgência de veia anos. IMC de 22,4kg/m2. Tabagista de longa data. O médico
jugular e diminuição do murmúrio vesicular, hipertimpanismo à orientou mudança do estilo de vida e tratamento por 3 meses com
percussão em hemitórax esquerdo. Diante do diagnóstico mais omeprazol. No entanto, ao retornar, refere pouca resposta
provável, qual a conduta mais recomendada? terapêutica. Foi solicitado estudo radiológico contrastado de
esôfago e estômago, que evidenciou uma hérnia de hiato de 3cm,
e endoscopia digestiva alta, com esofagite erosiva importante.
(A) Pericardiocentese Qual a conduta mais apropriada para este paciente?
(B) Intubação orotraqueal
(C) Punção venosa central (A) Substituir tratamento medicamentoso por antileucotrieno.
(D) Drenagem torácica (B) Indicar tratamento cirúrgico com hiatoplastia e
fundoplicatura.
89. Homem, 69 anos, obeso, procura o ambulatório de Urologia (C) Indicar tratamento cirúrgico com ressecção do esôfago
sem queixas no momento. Traz consigo os seguintes exames: distal.
PSA 12,5ng/dL; US: próstata de volume aumentado sem (D) Realizar endoscopias com biópsias seriadas para definir o
evidência de nódulos em seu interior. Qual a melhor indicação de melhor tratamento.
conduta para o caso?
93. A cirurgia bariátrica revolucionou o tratamento da obesidade,
(A) Vigilância ativa permitindo um resultado duradouro quando diante de uma boa
(B) Ressecção transuretral da próstata indicação. Abaixo, assinale qual o cenário que representa uma
(C) Biópsia transretal guiada por ultrassom boa indicação de cirurgia para a obesidade em mulheres,
(D) Ressonância magnética da próstata considerando os critérios atualmente recomendados no Brasil:

(A) IMC de 31, sem comorbidades.

90. Mulher, 32 anos, sedentária, obesa, atendida em
ambulatório referindo dor de moderada intensidade, há cerca de 8
meses, sobre a articulação sacroilíaca, quadril, lateral da coxa e
perna, além de parestesia na região lateral da perna esquerda e
nos primeiros três dedos, diminuição da força para flexão dorsal
do hálux e pé esquerdos, e dificuldade para caminhar sobre o
calcanhar. Considerando a principal hipótese diagnóstica, qual a
conduta mais indicada para o caso?
(A) Indicar tratamento cirúrgico, pela presença de sintomas
neurológicos.
(B) Iniciar tratamento com dipirona, AINES e antidepressivos
tricíclicos.
(C) Orientar repouso e analgesia com opioides como primeira
opção.
(D) Programar injeções peridurais de corticosteroides de 15/15
dias, durante 6 meses.
(B) IMC de 34, com transtorno de ansiedade compensada.
(C) IMC de 40, com deficiência intelectual leve.
(D) IMC de 43, sem comorbidades.
94. O abdome agudo é uma síndrome dolorosa, que pode ser
secundária a uma condição clínica ou cirúrgica que, se não
tratada adequadamente, pode evoluir com piora clínica
progressiva. Qual das alternativas abaixo mais representa uma
indicação de cirurgia de urgência em um homem de 40 anos com
peritonite, tendo como causa provável apendicite aguda?
(A) Dor abdominal em cólica há 12 horas, ruídos hidroaéreos
aumentados e abdome indolor à palpação.
(B) Dor abdominal em cólica há 12horas, ruídos hidroaéreos
presentes e abdome doloroso à palpação.
(C) Dor abdominal contínua há 12 horas, ruídos hidroaéreos
abolidos e descompressão brusca dolorosa.
(D) Dor abdominal contínua há 12 horas, ruídos hidroaéreos
diminuídos e descompressão brusca indolor.

Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023 17

95. Homem, 49 anos, etilista crônico, abstêmio há 8 dias,
apresentando icterícia, ascite, sangramento digestivo (melena),
episódios de desorientação mental (alterações cognitivas
transitórias). Resultados de exames laboratoriais: AST 380mg/dL;
ALT 460mg/dL; INR 1,8; BT 9,8mg/dL; BI 6,4mg/dL; creatinina
2,4mg/dL (MELD > 30) e plaquetopenia (78.000céls/mm3).
Ultrassonografia abdominal mostrava fígado aumentado,
heterogêneo, com sinais de hepatopatia crônica, além de
esplenomegalia. Qual a conduta mais recomendada neste
momento para o paciente?
(A) Terapia endoscópica das varizes esofágicas e anastomose
portossistêmica intra-hepática transjugular (TIPS).
(B) Endoscopia digestiva alta diagnóstica, seguida de avaliação
para transplante hepático.
(C) Tratamento clínico com espironolactona, betabloqueador,
octreotide e transfusão de plasma fresco congelado e
concentrado de plaquetas.
(D) Cirurgia de Warren – derivação seletiva da veia porta
(derivação esplenorrenal distal).
98. A evolução histórica das políticas de saúde no Brasil
estabelece estreita relação com os movimentos políticos, sociais
e econômicos correspondentes. Entre as décadas de 1920 e
1980, a assistência à saúde não era ofertada de forma universal,
sendo restrita aos trabalhadores formais. Diante do exposto,
assinale a instituição responsável pela prestação da assistência à
saúde e o período da história brasileira no qual suas ações foram
executadas:
(A) Instituto Nacional de Previdência Social (INAMPS), a partir
de 1977, durante a Ditadura Militar.
(B) Ministério da Educação e Saúde Pública (MESP), a partir de
1930, durante a Era Vargas.
(C) Ministério da Saúde (MS), a partir de 1953, durante o
segundo governo de Vargas.
(D) Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), a partir de
1933, durante a Era Vargas.
99. Observe as figuras:

96. Paciente, 18 anos, vítima de acidente automobilístico,

internado na UTI com TCE grave, é diagnosticado com morte
encefálica. A família não aceita a doação de órgãos e tecidos.
Diante dessa situação e de acordo com as resoluções do CFM
que tratam do assunto, o médico plantonista:

(A) Poderá se recusar a desligar as bombas de infusão e

respiradores antes da assistolia, alegando tratar-se de delito
contra a vida.
(B) Deverá aguardar a ocorrência da parada cardiorrespiratória
do paciente, para então suspender o suporte terapêutico ao
paciente.
(C) Deverá informar, de modo claro e detalhado, o falecimento
do paciente aos familiares e suspender os procedimentos
de suportes terapêuticos ao paciente.
(D) Poderá assinar o atestado de óbito, registrando data e hora
da confirmação de morte encefálica na Declaração de Óbito.

SAÚDE COLETIVA

97. Mulher de 56 anos, tabagista, cozinheira, recentemente foi

diagnosticada pelo médico de família com hipertensão arterial.
Iniciou o tratamento medicamentoso, orientações sobre as
mudanças necessárias do estilo de vida e foi encaminhada para o
nutricionista para receber orientações. Trinta dias após o início do
tratamento, retornou ao Posto de Saúde para consulta com o
médico de família. Nesse momento, foi possível perceber que a
paciente estava seguindo o tratamento medicamentoso,
realizando as caminhadas diárias, seguindo as recomendações
do nutricionista, além de reduzir o consumo de sódio. O médico a
parabenizou e afirmou que, mantendo esse estilo de vida, ela
estaria prevenindo as comorbidades da hipertensão arterial. Esse
caso é um exemplo de qual diretriz do modelo assistencial do
SUS?
(A) Universalidade
(B) Equidade
(C) Descentralização
(D) Integralidade
(Fonte: Mendes, 2011 p.84, com adaptações)
Considerando as necessidades de saúde da população e as
atuações em saúde que consideram a diversidade
socioeconômico-cultural da sociedade brasileira, é correto afirmar
que as figuras acima, baseadas nas Redes de Atenção à Saúde,
constituem uma estratégia para:
(A) Promover uma atuação centralizada, tendo como porta de
entrada principal os serviços especiais de acesso aberto.
(B) Estimular uma ação verticalizada dos serviços de saúde,
considerando a Atenção Primária como receptor final dos
casos.
(C) Superar a fragmentação dos serviços de atenção, com o
objetivo de garantir um escopo de ações em saúde
integradas e resolutivas.
(D) Promover a atenção especializada como ordenadora dos
sistemas de saúde, em consonância com a vigilância
sanitária.

18 Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023

100. Um médico clínico atende em uma Unidade Básica de
Saúde (UBS) uma mulher de 46 anos, nuligesta, divorciada,
diabética, com quadro de sangramento uterino anormal há cerca
de 3 meses, com piora da duração do sangramento no último
mês, permanecendo quase continuamente. Relata ciclos
regulares de fluxo moderado previamente. Faz uso de metformina
1,5g/dia. Nega vida sexual há cerca de 1 ano. Nega histórico de
câncer na família. Ao exame físico: IMC 42kg/m2; PA
130/85mmHg. Ao exame especular, colo sem lesões, com
conteúdo sanguinolento em pequena quantidade, fluindo pelo
orifício externo do colo uterino. Exame ginecológico sem outros
achados. Traz ultrassom transvaginal recente, com imagem de
espessamento endometrial heterogêneo, sem outras
anormalidades. Nesse contexto, qual a abordagem mais
adequada em relação ao referenciamento da paciente?
(A) Encaminhar diretamente a paciente para um hospital de alta
complexidade, para agilizar a investigação adequada.
(B) Encaminhar a paciente para um especialista ou ambulatório
de referência, com profissionais e recursos adequados para
diagnosticar e conduzir o tratamento da condição suspeita.
(C) Realizar todos os exames possíveis na UBS antes de
encaminhar a paciente, a fim de minimizar a necessidade de
investigações adicionais em outra instituição.
(D) Realizar o referenciamento apenas após a tentativa de
tratamento completo na unidade atual, mesmo que isso
envolva algum atraso no início da intervenção
especializada.
101. A implantação de um sistema de referência e
contrarreferência entre os serviços que compõem a rede do SUS
local busca viabilizar:
(A) Integração com outros setores da economia.
(B) Conjugação de recursos financeiros e tecnológicos.
(C) Preservação da autonomia das pessoas.
(D) Hierarquização da rede de serviços de saúde.
102. A universalidade, a integralidade, a equidade, a
hierarquização, a regionalização e a participação popular estão no
contexto dialético e legal da conformação do Sistema Único de
Saúde. Em relação ao princípio da equidade, é correto afirmar
que consiste em:
(A) Oferecer atendimento indistinto a todos os usuários quanto
às questões curativas.
(B) Atender a todos os indivíduos igualmente, privilegiando as
questões curativas e de acordo com as prioridades definidas
pelo controle social.
(C) Tratar desiguais de maneira desigual, para que todas as
necessidades de saúde sejam atendidas da melhor forma e
de acordo com as diferenças e vulnerabilidades específicas.
(D) Realizar atendimento crescente dos níveis de atenção
primária para os mais complexos.
Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023
103. O Programa Saúde da Família (PSF), também conhecido
como Estratégia de Saúde da Família (ESF), foi implementado
nacionalmente pelo Ministério da Saúde na década de 1990. Essa
estratégia é prioritária para a reorganização da atenção básica no
Brasil, de acordo com os princípios doutrinários e organizativos do
SUS. A operacionalização dessa estratégia pressupõe a
responsabilização sanitária de uma equipe multiprofissional sobre
uma determinada população residente em um território, com
ênfase na promoção da saúde e na participação popular. Nesse
sentido, quanto à operacionalização da ESF, responda:
(A) Na trajetória de construção da Atenção Primária à Saúde
(APS) no Brasil, o modelo da ESF é considerado prioritário
para a consolidação e a ampliação da cobertura da APS no
país, com as ESF. As equipes dessa estratégia atuam em
Unidades Básicas de Saúde, em articulação com os demais
serviços de saúde da rede de atenção. Os profissionais da
ESF possuem atribuições específicas e também comuns a
todas as categorias profissionais.
(B) A ESF visa à reorganização da atenção básica no país, de
acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é
tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e
municipais como estratégia de expansão, qualificação e
consolidação da atenção básica, por favorecer uma
reorientação do processo de trabalho com maior potencial
de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da
atenção básica. Sendo resolutiva, complexa e com custo-
efetividade de ações e serviços de alto impacto financeiro.
(C) Quanto ao médico que trabalha na ESF, uma das suas
atribuições é realizar estratificação de risco e elaborar plano
de cuidados para as pessoas que possuem condições
crônicas no território. Esta atribuição pode ser
individualizada, sem a necessidade de que todos os
membros da equipe participem.
(D) Compreender o processo saúde-doença, enquanto condição
não influenciada pelos determinantes sociais, faz parte do
cotidiano de atribuições vivenciadas na prática pelos
profissionais que atuam na ESF.
104. Lucia é uma médica que trabalha em uma Estratégia
Saúde da Família em uma comunidade rural do interior do Ceará.
Curiosa para saber mais sobre a história da APS naquela
comunidade, resolve revisar os registros históricos da unidade e
percebe uma mudança significativa na abordagem da atenção à
saúde ao longo do tempo. Ela observa que, nas décadas de 1960
e 1970, a ênfase estava principalmente na assistência curativa.
No entanto, a partir da década de 1980, houve uma mudança
para uma abordagem mais holística da saúde, com foco na
prevenção e promoção da saúde.
Com base na situação apresentada, qual dos seguintes
enunciados é o mais correto em relação à evolução da atenção
primária à saúde e aos níveis de prevenção em saúde?
(A) Nas décadas de 1960 e 1970, a atenção primária à saúde
enfatizava principalmente a prevenção primária, enquanto a
partir da década de 1980, a ênfase mudou para a
assistência curativa.
(B) A atenção primária à saúde sempre teve um foco
predominante na prevenção terciária, independentemente
da década em questão.
(C) Ao longo das décadas, a atenção primária à saúde passou
por uma transformação, evoluindo de uma ênfase na
assistência curativa para uma abordagem mais ampla que
inclui prevenção, promoção e tratamento.
(D) A atenção primária à saúde sempre se concentrou na
prevenção primária, independentemente da década em
questão, com pouca atenção dada à assistência curativa.
19
105. Em um mundo cada vez mais interconectado, a abordagem
da saúde planetária desempenha um papel fundamental na
proteção da saúde de todas as formas de vida. Considerando
essa abordagem, qual é o principal objetivo da saúde planetária
em relação à prevenção de agravos à saúde?
(A) Estabelecer restrições comerciais para garantir o acesso
igualitário a serviços de saúde.
(B) Abordar os determinantes globais da saúde para proteger a
saúde de todas as formas de vida.
(C) Priorizar a saúde individual como base para a melhoria da
saúde global.
(D) Focar exclusivamente nas intervenções médicas para
controlar doenças emergentes.
106. Em uma região com alta incidência de doenças
transmitidas por mosquitos, como dengue, zika e chikungunya, as
autoridades de saúde implementaram um sistema de vigilância
para monitorar e controlar essas doenças. Esse sistema é
responsável por coletar, armazenar e analisar dados relacionados
aos casos notificados, identificando áreas de surto e auxiliando na
tomada de decisões para o combate aos vetores responsáveis
por essas enfermidades. A qual sistema de informação em saúde
o texto se refere?
(A) SINAN
(B) SIOPS
(C) SIM
(D) SINASC
107. Em um estudo de coorte foram seguidos 325 pacientes
com diabetes mellitus insulinodependentes, ao longo de 10 anos,
para avaliação da necessidade de amputações de membros
inferiores. Porém, ao longo do período, os pacientes foram sendo
submetidos a novos tratamentos hipoglicemiantes com redução
de parâmetros bioquímicos, sendo criados dois grupos: os
pacientes pobremente controlados e os pacientes bem
controlados. Assinale a alternativa que contém um resultado
favorável ao grupo do bom controle glicêmico como fator para
redução da incidência de amputações de membros inferiores:
(A) Bom controle: 22,5% de amputações / Mau controle: 7,0%
de amputações / p = 0,012.
(B) Bom controle: 22,5% de amputações / Mau controle: 27,0%
de amputações / p = 0,250.
(C) Bom controle: 25,0% de amputações / Mau controle: 27,0%
de amputações / p = 0,500.
(D) Bom controle: 28,0% de amputações / Mau controle: 52,0%
de amputações / p = 0,037.
20 Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023
108. Homem, 45 anos, casado, professor, procura atendimento
na unidade básica de saúde com queixas de adinamia,
indisposição geral, falta de coragem, ganho de peso nos últimos
anos. Antecedentes familiares: pai tem 70 anos, é portador de
DM2 e HAS; mãe tem 68 anos, obesa e HAS. Ao exame físico,
estava com peso 83kg, estatura 166cm, PA 140x80mmHg, FC
80ppm, circunferência abdominal 104cm. ACP fisiológica: abd
globoso por adiposidade, sem massas ou megalias palpáveis. Ext
sem alterações. Na investigação diagnóstica, realizada pelo
médico da atenção primária, foram solicitados diversos exames.
Considerando o contexto, assinale o item com a melhor
correlação clínica-laboratorial para diabetes mellitus tipo 2 para
este paciente:
(A) Exame de glicemia ocasional com resultado de 205mg/dL
confirma o diagnóstico.
(B) Glicemia de jejum com valor de 140mg/dL é bem sugestivo
de possível diagnóstico; deverá ser repetido para confirmar.
(C) Exame de TTGO com 75g de glicose, com medida de
glicemia após 2 horas com valor de 126mg/dL, confirma o
diagnóstico.
(D) Exame com dosagem de HbA1c com resultado de 7,0 exclui
o diagnóstico.
109. Paciente masculino, 32 anos, com quadro de febre de
início súbito há cinco dias, prostração e mialgia. Há três dias
associou-se exantema, acometendo tronco e região proximal dos
membros superiores e inferiores. No momento, procura o serviço
de pronto atendimento referindo dor abdominal contínua e
vômitos persistentes, o último episódio com presença de sangue.
Realizou pesquisa de antígeno NS1, que foi positivo. Ao exame:
PA 110/70mmHg; P 110ppm; T 36ºC. Orientado, cooperativo,
normocorado, acianótico, desidratado (++/4), eupneico. Ausculta
cardiopulmonar fisiológica. Abdome difusamente doloroso à
palpação, sem massas ou visceromegalias. Descompressão
brusca negativa. Considerando o quadro acima, classifique o
paciente quanto ao risco e indique o manejo inicial:
(A) Grupo B; solicitado hemograma completo e encaminhado
para observação com hidratação oral supervisionada e
prescrição de sintomáticos, até avaliação do exame
laboratorial.
(B) Grupo B; solicitado hemograma completo e encaminhado
para observação com hidratação parenteral e prescrição de
sintomáticos, até avaliação do exame laboratorial.
(C) Grupo C; indicada internação em enfermaria, iniciada
hidratação venosa imediata com soro fisiológico ou ringer
lactato. Devem ser solicitados hemograma, albumina,
tipagem sanguínea, creatinina, eletrólitos, transaminases e
ultrassonografia abdominal.
(D) Grupo D; indicada internação em UTI, iniciada hidratação
venosa imediata com soro fisiológico ou ringer lactato.
Devem ser solicitados hemograma, albumina, tipagem
sanguínea, creatinina, eletrólitos, transaminases e
ultrassonografia abdominal.
110. Homem, 68 anos, morador de abrigo para idosos, 113. O Brasil é um dos locais que tiveram mais impacto pela
comparece para recebimento de vacinas. A avaliação do cartão pandemia da Covid-19. O país tem 2,7% da população mundial,
vacinal mostra os seguintes registros: mas registrou cerca de 5,9% dos casos globais e 10,6% das
Vacina DT: 3 doses e 1 reforço em fev/2008. mortes globais.
Vacina para Hepatite B: 3 doses, sendo a última em abr/2006.
Tríplice viral: 1 dose em ago/2010.
H1N1: última dose em mai/2022.
De acordo com a orientação do calendário nacional de vacinação
do Ministério da Saúde, o paciente deve receber quais vacinas
nesse momento?

(A) Reforço da DT (última dose há mais de dez anos), H1N1 de

2023 e Pneumocócica 23-Valente.
(B) Reforço da DT (última dose há mais de dez anos), segunda
dose do Tríplice Viral, H1N1 de 2023 e Pneumocócica 23-
Valente.
(C) Reforço da DT e Hepatite B (últimas doses de ambas foram
há mais de dez anos), febre amarela e H1N1 de 2023.
(D) Reforço da DT e Hepatite B (últimas doses de ambas foram
há mais de dez anos), H1N1 de 2023 e Pneumocócica 23-
Valente.

111. Considerando a heterogeneidade da população idosa e a

necessidade de planejar e organizar a atenção integral à saúde
do idoso, é correto afirmar:

(A) O primeiro passo para identificar as necessidades de saúde

da população idosa é a avaliação multidimensional,
realizada na Atenção Básica.
(B) O Projeto Terapêutico Singular visa aplicar os mesmos
objetivos de cuidados nos idosos atendidos na Rede de
Atenção à Saúde, garantindo a igualdade de direitos.
(C) Os ambulatórios especializados de Geriatria é quem devem
garantir resolutividade para a grande maioria dos problemas
de saúde da população idosa.
(D) Entre as funções da Atenção Básica, está a
responsabilização pela saúde dos usuários em qualquer
ponto de atenção à saúde em que estejam.

112. O processo de transição epidemiológica é um fenômeno

global que se dá à medida que mudanças políticas, econômicas e
culturais acontecem na sociedade. Esse processo tem um grande
impacto nas políticas de saúde de um país, que precisam ser
adaptadas para garantir uma assistência à saúde adequada às Baseado nos números de casos e óbitos no ano de 2020 a junho
necessidades emergentes da população. Neste contexto, qual de 2022, demonstrados nos gráficos acima, é correto afirmar que:
agravo cresceu e qual caiu, respectivamente, no ranking das
causas de mortalidade no Brasil?
(A) O número de pessoas infectadas até o dia 19/06/2022 já se
aproximava de 10 milhões de casos em 2022, número maior
(A) Arboviroses e diabetes do que os casos registrados em 2020, mesmo com o uso
(B) Coronariopatias e hepatites das vacinas Covid-19.
(C) Obesidade e hipertensão (B) O número de mortes até junho de 2022 é maior
(D) Hipertensão arterial e câncer proporcionalmente do que os de 2020 e 2021.
(C) Apesar de não detalhado nos gráficos, sabe-se que após a
vacinação os idosos deixaram de ser grupo de risco para
mortalidade.
(D) Pela análise dos óbitos de 2022, pode-se inferir que o Brasil
está livre da pandemia, já que 50 mil óbitos por uma doença
respiratória aguda é um número que indica retomada do
aumento da expectativa de vida.

Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023 21

114. Analise a pirâmide populacional abaixo e assinale a
alternativa correta:
116. Um novo teste de triagem começou a ser implantado para
rastrear a presença de câncer de colo de útero. Foram avaliadas
100 mulheres, sendo que 50 com CA de colo de útero e 50 sem a
doença. Dentre as mulheres com diagnóstico de CA de colo
uterino, 43 deram positivo no novo teste. Das 50 pacientes sem
CA, 49 deram negativo. Logo, houve 7 falsos negativos e 1 falso
positivo. Qual a sensibilidade do teste de triagem desenvolvido?

(A) 75%
(B) 86%
(C) 90%
(D) 98%

117. Um médico da Saúde da Família está cuidando de um

paciente do sexo masculino de 45 anos de idade que apresenta
um histórico familiar de doenças cardíacas. Qual das seguintes
ações está mais alinhada com as diretrizes para o cuidado
integral da saúde do homem?

(A) Encaminhar o paciente para um especialista em

(A) O percentual de homens com 80 anos ou mais diminuiu
entre 2012 e 2022.
(B) Houve aumento do percentual do grupo de adultos jovens
entre 2012 e 2022.
(C) Houve redução do percentual de mulheres nas faixas
etárias até 34 anos.
(D) A mortalidade das mulheres entre 70 e 74 anos é maior do
que a dos homens.
115. A Prática Baseada em Evidências (PBE) tem sido
considerada uma importante mudança de paradigma na educação
e no âmbito da saúde moderna. Ela é definida como uma
abordagem que associa a melhor evidência científica disponível,
com a experiência clínica e a escolha do paciente para auxiliar na
tomada de decisão. No campo da Atenção Primária à Saúde
(APS), há uma lacuna de estudos sobre a incorporação da PBE,
por ser considerado um cenário de atuação complexo. Que
fatores podem ser apontados como causa desta complexidade,
dificultando a utilização da PBE?
(A) Amplo papel da equipe de saúde como organizadores das
demandas locais.
(B) Estrito leque de atividades e competências dos profissionais
da APS.
(C) Característica epidemiológica local semelhante às dos
estudos da PBE.
(D) Homogeneidade cultural da população de abrangência da
APS.
dermatologia para um exame de pele, uma vez que a
prevenção de câncer de pele é essencial para homens.
(B) Solicitar uma densitometria óssea, uma vez que a
osteoporose é uma preocupação importante para saúde do
homem.
(C) Iniciar um programa de rastreamento de câncer de próstata
com exames regulares de PSA para o paciente.
(D) Avaliar o risco cardiovascular com base nos fatores de risco,
como pressão arterial e colesterol, discutir estilo de vida
saudável e realizar monitoramento regular.
118. Mulher de 35 anos de idade, sem histórico de gravidez ou
doenças ginecológicas significativas, procura atendimento médico
preventivo. O médico está revisando as Diretrizes e
recomendações para o Cuidado Integral à Saúde da Mulher e
está planejando a abordagem de cuidados preventivos para essa
paciente. Qual das seguintes ações está mais alinhada com as
diretrizes para o cuidado integral da saúde da mulher?
(A) Recomendar que a paciente inicie a realização anual de
mamografia para rastreamento de câncer de mama,
independentemente de fatores de risco específicos.
(B) Prescrever contraceptivos hormonais para a paciente, uma
vez que eles são uma escolha eficaz para contracepção e
podem ser iniciados imediatamente.
(C) Avaliar o estado vacinal da paciente e administrar vacinas
recomendadas, seguindo as diretrizes de imunização para
mulheres de sua idade.
(D) Encaminhar a paciente para laqueadura tubária como
medida preventiva de gravidez indesejada.

22 Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023

119. Em uma unidade móvel de uma equipe de consultório na
rua, o médico recebe uma adolescente de 13 anos apresentando
sinais de agressões, escoriações e hematomas em diversas
partes do corpo, visível ausência de higiene pessoal, além de
possível situação de desnutrição. Diante do caso em apreço,
baseando-se na PNAB 2011/2017 e na Resolução 40 do
Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), qual das ações
a seguir está mais alinhada com a perspectiva de atenção à
saúde de crianças e adolescentes em situação de rua?

(A) Encaminhar, de imediato, a adolescente a uma Delegacia

Especializada em Atendimento a Mulheres vítimas de
violência, comunicar ao Conselho Tutelar e solicitar exame
de corpo de delito.
(B) Acolher e buscar construir relação de confiança com a
adolescente, a partir da escuta qualificada, com vistas a
atender às necessidades mais urgentes e encaminhar o
processo de cuidado com equipes interdisciplinares e
intersetoriais.
(C) Solicitar a presença de pai/mãe ou responsável com
documentos da adolescente, para definir os tipos de
acompanhamento psicossocial e de saúde adequados e
buscar a corresponsabilidade no cuidado à saúde da
adolescente.
(D) Acolher e avaliar a necessidade de cuidados de urgência,
prescrever medicamentos e mobilizar a equipe de
enfermagem para limpeza das lesões e realização de
curativos, se necessário.

120. Para se alcançar a efetiva implementação e consolidação

da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas
(PNASPI) (BRASIL, 2013) deverão ser consideradas e priorizadas
ações para situações especiais. Estas situações são
caracterizadas, essencialmente, por risco iminente, especificidade
do processo saúde-doença, impactos econômico e social de
grandes projetos de desenvolvimento, vulnerabilidade derivada do
tipo de contato, exposição a determinados agravos, suicídio,
desastres ambientais, dentre outros. Diante dessas
circunstâncias, entre as ações e situações especiais a serem
contempladas na política, estão:

(A) Prevenção de agravos à saúde em povos com pouco

contato, com estabelecimento de recomendações especiais
que notifiquem as causas do impacto causado à saúde no
momento do contato e pelos desdobramentos já existentes.
(B) Controle de agravos à saúde indígena nas regiões de
fronteira, com delimitação e afastamento das instituições
dos países vizinhos e estabelecimento de normas técnicas
especiais que diminuam o impacto causado pela invasão
desses países.
(C) Proteção das populações indígenas em áreas sob influência
de grandes projetos de desenvolvimento econômico e
social, como os empreendimentos de exploração mineral,
transferindo-as para áreas mais isoladas e seguras.
(D) Combate à fome e à desnutrição, e implantação do
Programa de Segurança Alimentar e nutricional para os
povos indígenas, incentivo à agricultura de subsistência e à
utilização de tecnologias apropriadas para beneficiamento
de produtos de origem extrativa.

Consórcio Interinstitucional Nordeste - Teste de Progresso - outubro/2023 23