Você está na página 1de 6

QUÍMICA

Atomística II
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

ATOMÍSTICA II

O estudo da eletrosfera é uma parte essencial para o entendimento do con-


teúdo de tabela periódica e ligações químicas. Segundo o modelo atômico de
Bohr, a eletrosfera está dividida em níveis de energia.
A partir dessa informação, é possível acrescentar novas ideias sobre a estru-
tura da eletrosfera. Essas novas ideias foram acrescentadas para o entendi-
mento mais profundo do átomo.
Estudos mostraram que os níveis (órbitas) eletrônicos de todos os átomos se
agrupam em sete camadas. Em cada camada, os elétrons possuem uma quan-
tidade fixa de energia.

Atenção!
Antigamente, eram representados apenas dois elétrons na última camada.
Com o passar dos anos, há uma representação na qual, ao redor do núcleo,
encontram-se as camadas eletrônicas com a quantidade especificada de
elétrons.

Cada nível de energia n pode abrigar um número máximo de elétrons. Esse


número é calculado pela equação de Rydberg.
• Número máximo de elétrons por nível = 2.n2
ANOTAÇÕES

1
www.grancursosonline.com.br
QUÍMICA
Atomística II
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

Atenção!
O nível de energia, que é chamado de camada, também é conhecido como
número quântico principal.

A letra n, na equação, representa o número de camada. Dessa forma, é pos-


sível estimar a quantidade de elétrons que cada nível possui e ter uma ideia de
sua estrutura eletrônica.
Com a modernização dos equipamentos de análises, surgiu uma nova ideia
sobre a estrutura da eletrosfera.

Atenção!
Considerando o modelo de Bohr, sabe-se que, se há fornecimento de energia
para o átomo, o elétron transita, ou seja, passa de um nível mais interno para
um nível mais externo. Quando o elétron está no nível mais externo e volta
para o nível mais interno, ele libera energia, que pode ser na forma de luz
do espectro visível. Essa luz liberada pelo elétron é chamada de espectro de
emissão. Com o aperfeiçoamento dos equipamentos, foi possível perceber que
quando o átomo retorna para o nível mais interno, a energia não é liberada de
forma contínua, mas na forma de faixas.

Essa nova ideia indicava que os níveis seriam divididos em subníveis (estru-
turas finas dos espectros de emissão). Essas estruturas seriam conjuntos de
linhas distintas, muito próximas, que formavam as linhas espectrais. Conclui-se
que cada nível seria formado por uma quantidade de subníveis que iriam de zero
até (n-1).

Atenção!
A emissão de luz é feita por meio de faixas, que possuem microfaixas designadas
subníveis.
ANOTAÇÕES

2
www.grancursosonline.com.br
QUÍMICA
Atomística II
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

Esses subníveis estão relacionados às linhas do espectro dos elementos e


são representados pelas letras iniciais dos nomes que caracterizam essas linhas.
• A letra s vem do inglês sharp, que indica linhas nítidas, brilhantes.
• A letra p vem do inglês principal, que significa linhas principais.
• A letra d vem do inglês diffuse, que indica linhas difusas.
• A letra f vem do inglês fine, que indica linhas finas.

Os demais subníveis, que teoricamente seriam ocupados por átomos com z


≥ 121, são indicados pelas letras seguintes do alfabeto.

Atenção!
A eletrosfera está dividida em níveis divididos em subníveis, que são os números
quânticos secundários. Os subníveis são chamados de s, p, d e f. Cada nível
suporta uma quantidade máxima de elétrons, segundo a equação de Rydberg.

A tabela a seguir traz uma ideia de quantos elétrons cada nível e subnível
suporta.

Através dos estudos de Heisenberg, percebeu-se que não era possível deter-
minar exatamente todas as condições iniciais de um sistema atômico. Essa cita-
ção ficou conhecida como Princípio da Incerteza, que traz a ideia de que “não
é possível determinar ao mesmo tempo a posição e a velocidade do elétron”.
Dessa forma, o orbital é aquela região do átomo onde a probabilidade de se
encontrar o elétron é máxima.
ANOTAÇÕES

3
www.grancursosonline.com.br
QUÍMICA
Atomística II
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

Com o aperfeiçoamento das análises, observou-se que a primeira raia do


espectro de emissão do hidrogênio era constituída de duas raias finas.

Atenção!
Foram feitos estudos sobre o espectro de emissão do hidrogênio porque é o
átomo mais simples que existe.

Essa explicação foi elaborada por dois cientistas que partiram da relação
entre carga elétrica e magnetismo. “Todas as vezes que uma carga elétrica se
movimenta, cria-se, nas imediações, um campo magnético.”
O elétron é dotado de carga elétrica e está em constante movimento ao redor
do núcleo.
Se o elétron for dotado de movimento de rotação (spin), haverá, na região
imediatamente próxima do elétron, a criação de um campo magnético. A intera-
ção entre o campo magnético de translação e rotação do elétron pode ocorrer de
duas maneiras, paralelos e antiparalelos.
Cada uma dessas possibilidades está associada a um estado diferente de
energia, embora muito próximos. Esses estados diferenciados são designados
+ ½ e – ½.

Atenção!
+ ½ e – ½ surgiram das duas raias finas que o elétron do hidrogênio gera no
espectro de emissão.

Dessa forma, um orbital pode conter no máximo 2 elétrons, desde que pos-
suam spins opostos: paralelo e antiparalelo. É comum representar os spins dos
elétrons por duas setas ou semissetas apontando em sentidos contrários: ↑ ↓
A cada orbital é atribuído um número quântico magnético m, de modo que,
para cada valor do número quântico relacionado ao subnível secundário, o mag-
nético assuma valores inteiros que variam de .

4
www.grancursosonline.com.br
QUÍMICA
Atomística II
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

Atenção!
A distribuição dos elétrons nos orbitais é feita a partir da caraterística da
repulsão magnética, que influencia no modo como os elétrons são distribuídos.
Essa distribuição dos elétrons segue uma regra chamada regra de Hund.

Quando o orbital está completo, dizemos que os dois elétrons estão empa-
relhados e, quando o orbital está incompleto, dizemos que os elétrons estão
desemparelhados.
Sabemos que elétrons diferentes entre si não podem ter o mesmo conjunto
de números quânticos. Esse problema do princípio de exclusão de Pauling foi
resolvido através da Regra de Hund.
Essa regra estabelece que o preenchimento dos subníveis será feito adicio-
nando-se um elétron em cada orbital e após o subnível apresentar-se com o pre-
enchimento quase completo, coloca-se o segundo elétron.

Direto do concurso
1. (CESPE/CFO–DDF/2011) Na maior parte das usinas nucleares, utiliza-se a
fissão do urânio–235 (U–235) como fonte de energia. Em tal processo, um
átomo de U–235 é bombardeado com um nêutron, o que causa a sua fissão
e gera um átomo de criptônio–92 (Kr–92) e um átomo de bário–141 (Ba–
141). Durante a fissão, ocorre também a emissão de três nêutrons, o que,
por sua vez, pode desencadear a fissão de outros átomos de U–235 e gerar
uma reação em cadeia.
ANOTAÇÕES

5
www.grancursosonline.com.br
QUÍMICA
Atomística II
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

Tendo como referência as informações acima, julgue o item em que se se-


gue.
95 Um átomo de urânio, em seu estado fundamental, apresenta quatro elé-
trons desemparelhados.

Comentário
Observando a tabela periódica, o urânio tem número atômico 92, portanto é
preciso realizar a distribuição eletrônica, seguindo a tabela de Linus Pauling, e
verificar quantos elétrons há no último subnível.

GABARITO

1. C

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Eduardo Ulisses.
ANOTAÇÕES

6
www.grancursosonline.com.br

Você também pode gostar