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MÓDULO I

HIGIENE
OCUPACIONAL

Prof. Dr. Walter dos Reis Pedreira Filho1


Pesquisador Titular da Fundacentro - SP
Profª. MSc. Fernanda Anraki Vieira2
Perita Judicial do TRT3 - MG e TRT8 – PA

1 Ǫuímico Industrial. Mestre e Doutor em Ǫuímica Analítica.


2 Eng. Ǫuímica e Seg. do Trabalho. Mestra em Trabalho, Saúde e Ambiente.
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INTRODUÇÃO À HIGIENE OCUPACIONAL
A Higiene Ocupacional é uma ciência, que tem como finalidade antecipar, reconhecer,
avaliar e controlar os riscos ocupacionais nos ambientes de trabalho. São ações relacionadas à
redução dos riscos e prevenção de doenças ocupacionais causadas por agente ambientais.

Os passos clássicos na prática de higiene ocupacional são:


1. O reconhecimento dos possíveis riscos à saúde no ambiente de trabalho;
2. A avaliação de perigos, que é o processo de avaliar a exposição e chegar a
conclusões quanto ao nível de risco para a saúde humana;
3. A prevenção e controle de perigos, que é o processo de desenvolvimento e
implementação de estratégias para eliminar, ou reduzir a níveis aceitáveis,
a ocorrência de agentes e fatores nocivos no ambiente de trabalho, além de
prestar contas à proteção ambiental.

A abordagem ideal para a prevenção de riscos é a


“ação preventiva antecipada e integrada”, que deve incluir:
– Saúde ocupacional e avaliações de impacto ambiental, antes do projeto e instalação de
qualquer novo local de trabalho;
– Seleção da tecnologia mais segura, menos perigosa e menos poluente (“produção mais limpa”);
– Local ambientalmente adequado;
– Projeto adequado, com layout adequado e tecnologia de controle adequada, inclusive para o
manuseio e descarte seguro dos efluentes e resíduos resultantes;
– Elaboração de diretrizes e regulamentos para treinamento sobre a operação correta dos
processos, incluindo práticas seguras de trabalho, manutenção e procedimentos de emergência.

A importância de antecipar e prevenir todos os tipos de poluição ambiental não pode ser
subestimada. Há, felizmente, uma tendência cada vez maior de considerar as novas tecnologias
do ponto de vista dos possíveis impactos negativos e sua prevenção, desde o projeto e instalação
do processo até o manuseio dos efluentes e resíduos resultantes, no chamado berço abordagem
ao túmulo. Desastres ambientais, que ocorreram em países desenvolvidos e em desenvolvimento,
poderiam ter sido evitados pela aplicação de estratégias de controle apropriadas e procedimentos
de emergência no local de trabalho.
Os aspectos econômicos devem ser vistos em termos mais amplos do que a usual
consideração inicial de custo; opções mais caras que oferecem boa saúde e proteção ambiental
podem se mostrar mais econômicas a longo prazo. A proteção da saúde dos trabalhadores e do
meio ambiente deve começar muito antes do que costuma acontecer. Informações e conselhos
técnicos sobre higiene ocupacional e ambiental devem estar sempre disponíveis para aqueles
que projetam novos processos, máquinas, equipamentos e locais de trabalho. Infelizmente,
essas informações muitas vezes são disponibilizadas muito tarde, quando a única solução é a
adaptação cara e difícil, ou pior, quando as consequências já foram desastrosas.

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RECONHECIMENTO DE RISCOS

O reconhecimento dos riscos é uma etapa fundamental na prática da higiene ocupacional,


indispensável para o planejamento adequado das estratégias de avaliação e controle dos
riscos, bem como para o estabelecimento de prioridades de atuação. Para o dimensionamento
adequado das medidas de controle, também é necessário caracterizar fisicamente as fontes de
contaminantes e as vias de propagação dos contaminantes.
O reconhecimento de riscos leva à determinação de:
- Quais agentes podem estar presentes e em que circunstâncias;
- A natureza e a possível extensão dos efeitos adversos associados à saúde e ao bem-estar.
A identificação de agentes perigosos, suas fontes e as condições de exposição requerem
amplo conhecimento e estudo cuidadoso dos processos e operações de trabalho, matérias-
primas e produtos químicos utilizados ou gerados, produtos finais e eventuais subprodutos,
bem como das possibilidades de formação acidental de produtos químicos, decomposição
de materiais, combustão de combustíveis ou presença de impurezas. O reconhecimento da
natureza e magnitude potencial dos efeitos biológicos que tais agentes podem causar se
ocorrer superexposição requer conhecimento e acesso a informações toxicológicas. As fontes
internacionais de informação incluem o Programa Internacional de Segurança Química (IPCS),
Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC) e Registro Internacional de Produtos
Químicos Potencialmente Tóxicos, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(UNEP-IRPTC). Os agentes que apresentam riscos à saúde no ambiente de trabalho incluem
contaminantes transportados pelo ar; produtos químicos não transportados pelo ar; agentes
físicos, como calor e ruído; agentes biológicos; fatores ergonômicos, como procedimentos de
elevação e posturas de trabalho inadequados; e estresses psicossociais.

AVALIAÇÃO DE HIGIENE OCUPACIONAL

As avaliações de higiene ocupacional são realizadas para avaliar a exposição dos


trabalhadores, bem como para fornecer informações para o projeto, ou para testar a eficiência,
das medidas de controle.
A avaliação da exposição dos trabalhadores a riscos ocupacionais, como contaminantes
transportados pelo ar, agentes físicos e biológicos, é abordada em outra parte deste capítulo. No
entanto, algumas considerações gerais são feitas aqui para uma melhor compreensão do campo
da higiene ocupacional.
É importante ter em mente que a avaliação de riscos não é um fim em si mesma, mas deve
ser considerada como parte de um procedimento muito mais amplo que se inicia com a constatação
de que determinado agente, capaz de causar danos à saúde, pode estar presente no trabalho meio
ambiente, e conclui com o controle desse agente para que ele seja prevenido de causar danos. A
avaliação de perigos abre caminho para, mas não substitui, a prevenção de perigos.

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AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO

A avaliação da exposição visa determinar a quanto de um agente os trabalhadores foram


expostos, com que frequência e por quanto tempo. Diretrizes a esse respeito foram estabelecidas
tanto em nível nacional quanto internacional – por exemplo, EN 689, preparada pelo Comitê
Européen de Normalization (Comitê Europeu de Padronização) (CEN 1994).
Na avaliação da exposição a contaminantes do ar, o procedimento mais usual é a avaliação
da exposição por inalação, que requer a determinação da concentração no ar do agente ao qual
os trabalhadores estão expostos (ou, no caso de partículas em suspensão, a concentração no ar
de a fração relevante, por exemplo, a “fração respirável”) e a duração da exposição. No entanto,
se outras vias além da inalação contribuirem consideravelmente para a absorção de um produto
químico, uma avaliação errônea pode ser feita observando apenas a exposição por inalação.
Nesses casos, a exposição total deve ser avaliada, e uma ferramenta muito útil para isso é o
monitoramento biológico.

A prática da higiene ocupacional


se preocupa com três tipos de situações:
1. Estudos iniciais para avaliar a exposição dos trabalhadores
2. Acompanhamento/vigilância
3. Avaliação da exposição para estudos epidemiológicos.

A principal razão para determinar se há superexposição a um agente perigoso no


ambiente de trabalho é decidir se as intervenções são necessárias. Isso muitas vezes, mas não
necessariamente, significa estabelecer se há cumprimento de um padrão adotado, que geralmente
é expresso em termos de limite de exposição ocupacional. A determinação da situação de “pior
exposição” pode ser suficiente para cumprir este propósito. Com efeito, se se espera que as
exposições sejam muito altas ou muito baixas em relação aos valores-limite aceitos, a exatidão
e a precisão das avaliações quantitativas podem ser menores do que quando se espera que as
exposições estejam mais próximas dos valores-limite. De fato, quando os perigos são óbvios,
pode ser mais sensato investir recursos inicialmente em controles e realizar avaliações ambientais
mais precisas após a implementação dos controles.
Muitas vezes são necessárias avaliações de acompanhamento, principalmente se houver
necessidade de instalar ou melhorar medidas de controle ou se forem previstas mudanças nos
processos ou materiais utilizados. Nesses casos, as avaliações quantitativas têm um importante
papel de vigilância em:
– Avaliar a adequação, testar a eficiência ou divulgar possíveis falhas nos sistemas de controle;
– Detectar se alterações nos processos, como temperatura de operação, ou nas matérias-primas,
alteraram a situação de exposição.
Sempre que uma pesquisa de higiene ocupacional for realizada em conexão com um
estudo epidemiológico para obter dados quantitativos sobre as relações entre exposição e efeitos
na saúde, a exposição deve ser caracterizada com alto nível de exatidão e precisão. Nesse caso,
todos os níveis de exposição devem ser adequadamente caracterizados, pois não bastaria, por

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exemplo, caracterizar apenas a pior situação de exposição. Seria ideal, embora difícil na prática,
manter sempre registros de avaliação de exposição precisos e exatos, pois pode haver uma
necessidade futura de ter dados históricos de exposição.
Para garantir que os dados de avaliação sejam representativos da exposição dos
trabalhadores e que os recursos não sejam desperdiçados, uma estratégia de amostragem
adequada, levando em conta todas as possíveis fontes de variabilidade, deve ser projetada e
seguida. As estratégias de amostragem, bem como as técnicas de medição, são abordadas em
“Avaliação do ambiente de trabalho”.

INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS

O grau de incerteza na estimativa de um parâmetro de exposição, por exemplo, a


concentração média real de um contaminante no ar, é determinado através do tratamento
estatístico dos resultados das medições (por exemplo, amostragem e análise). O nível de confiança
nos resultados dependerá do coeficiente de variação do “sistema de medição” e do número de
medições. Uma vez que haja uma confiança aceitável, o próximo passo é considerar as implicações
para a saúde da exposição: o que isso significa para a saúde dos trabalhadores expostos: agora?
no futuro próximo? em sua vida profissional? haverá impacto nas gerações futuras?
O processo de avaliação só é concluído quando os resultados das medições são
interpretados à luz de dados (às vezes chamados de “dados de avaliação de risco”) derivados
de estudos toxicológicos experimentais, epidemiológicos e clínicos e, em certos casos, ensaios
clínicos. Deve-se esclarecer que o termo avaliação de risco tem sido usado em conexão com
dois tipos de avaliação – a avaliação da natureza e extensão do risco resultante da exposição
a produtos químicos ou outros agentes, em geral, e a avaliação de risco para um determinado
trabalhador. ou grupo de trabalhadores, em uma situação de trabalho específica.
Na prática da higiene ocupacional, os resultados da avaliação da exposição são
frequentemente comparados com os limites de exposição ocupacional adotados, que se destinam
a fornecer orientação para a avaliação de perigos e para estabelecer níveis alvo de controle. A
exposição acima desses limites requer ação corretiva imediata através da melhoria das medidas
de controle existentes ou implementação de novas. De fato, as intervenções preventivas devem
ser feitas no “nível de ação”, que varia de acordo com o país (por exemplo, metade ou um quinto
do limite de exposição ocupacional). Um baixo nível de ação é a melhor garantia de evitar
problemas futuros.
A comparação dos resultados da avaliação de exposição com os limites de exposição
ocupacional é uma simplificação, pois, entre outras limitações, muitos fatores que influenciam
a absorção de produtos químicos (por exemplo, suscetibilidades individuais, atividade física e
constituição corporal) não são contabilizados por esse procedimento. Além disso, na maioria
dos locais de trabalho há exposição simultânea a muitos agentes; portanto, uma questão muito
importante é a de exposições combinadas e interações de agentes, pois as consequências para a
saúde da exposição a um determinado agente isoladamente podem diferir consideravelmente das
consequências da exposição a esse mesmo agente em combinação com outros, principalmente
se houver sinergismo ou potencialização de efeitos.

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MEDIDAS PARA CONTROLE

Medidas com o objetivo de investigar a presença de agentes e os padrões de parâmetros


de exposição no ambiente de trabalho podem ser extremamente úteis para o planejamento e
desenho de medidas de controle e práticas de trabalho.

Os objetivos de tais medições incluem:


– Identificação e caracterização da fonte;
– Localização de pontos críticos em sistemas fechados ou gabinetes (por exemplo, vazamentos);
– Determinação de caminhos de propagação no ambiente de trabalho;
– Comparação de diferentes intervenções de controle;
– Verificação de que a poeira respirável se assentou junto com a poeira grossa visível, ao usar
sprays de água;
– Verificando se o ar contaminado não está vindo de uma área adjacente.

Os instrumentos de leitura direta são extremamente úteis para fins de controle,


principalmente aqueles que podem ser usados ​​para amostragem contínua e refletem o que
está acontecendo em tempo real, revelando assim situações de exposição que podem não ser
detectadas e que precisam ser controladas. Exemplos de tais instrumentos incluem: detectores
de foto-ionização, analisadores infravermelhos, medidores de aerossol e tubos detectores. Na
amostragem para obter uma imagem do comportamento dos contaminantes, desde a fonte em
todo o ambiente de trabalho, a exatidão e a precisão não são tão críticas quanto seriam para a
avaliação da exposição.
As medições também são necessárias para avaliar a eficiência das medidas de controle.
Nesse caso, a amostragem na fonte ou a amostragem de área são convenientes, isoladamente
ou em adição à amostragem pessoal, para a avaliação da exposição dos trabalhadores. Para
garantir a validade, os locais para amostragem “antes” e “depois” (ou medições) e as técnicas
utilizadas devem ser as mesmas, ou equivalentes, em sensibilidade, exatidão e precisão.

PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS

O principal objetivo da higiene ocupacional é a implementação de medidas adequadas


de prevenção e controle de riscos no ambiente de trabalho. Padrões e regulamentos, se não
forem cumpridos, não têm sentido para a proteção da saúde dos trabalhadores, e a aplicação
geralmente requer estratégias de monitoramento e controle. A ausência de padrões legalmente
estabelecidos não deve ser um obstáculo para a implementação das medidas necessárias para
prevenir exposições nocivas ou controlá-las ao nível mais baixo possível.
Quando perigos graves são óbvios, o controle deve ser recomendado, mesmo antes da
realização de avaliações quantitativas. Às vezes pode ser necessário mudar o conceito clássico
de “reconhecimento-avaliação-controle” para “reconhecimento-controle-avaliação”, ou mesmo
para “reconhecimento-controle”, se não existirem capacidades de avaliação de perigos. Alguns
exemplos de perigos com necessidade óbvia de ação sem a necessidade de amostragem

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ambiental prévia são galvanoplastia realizada em uma sala pequena e não ventilada, ou
usando uma britadeira ou equipamento de jateamento de areia sem controles ambientais ou
equipamentos de proteção. Para tais riscos à saúde reconhecidos, a necessidade imediata é o
controle, não a avaliação quantitativa.
A ação preventiva deve, de alguma forma, interromper a cadeia pela qual o agente
perigoso – um produto químico, poeira, uma fonte de energia – é transmitido da fonte para o
trabalhador. Existem três grupos principais de medidas de controle: controles de engenharia,
práticas de trabalho e medidas pessoais.
A abordagem de prevenção de riscos mais eficiente é a aplicação de medidas de controle
de engenharia que previnem exposições ocupacionais através da gestão do ambiente de
trabalho, diminuindo assim a necessidade de iniciativas por parte dos trabalhadores ou pessoas
potencialmente expostas. As medidas de engenharia geralmente requerem algumas modificações
de processo ou estruturas mecânicas e envolvem medidas técnicas que eliminam ou reduzem
o uso, geração ou liberação de agentes perigosos em sua fonte ou, quando a eliminação da
fonte não é possível, medidas de engenharia devem ser projetadas para prevenir ou reduzir a
disseminação de agentes perigosos no ambiente de trabalho por:
– Contendo-os;
– Removendo-os imediatamente além da fonte;
– Interferindo na sua propagação;
– Reduzindo sua concentração ou intensidade.

As intervenções de controle que envolvem alguma modificação da fonte são a melhor


abordagem porque o agente nocivo pode ser eliminado ou reduzido em concentração ou
intensidade. As medidas de redução da fonte incluem substituição de materiais, substituição/
modificação de processos ou equipamentos e melhor manutenção dos equipamentos.
Quando as modificações na fonte não são viáveis, ou não são suficientes para atingir o nível
desejado de controle, a liberação e disseminação de agentes perigosos no ambiente de trabalho
deve ser evitada pela interrupção de seu caminho de transmissão por meio de medidas como
isolamento (por exemplo, sistemas fechados, recintos), ventilação de exaustão local, barreiras e
blindagens, isolamento de trabalhadores.
Outras medidas destinadas a reduzir as exposições no ambiente de trabalho incluem
design adequado do local de trabalho, ventilação de diluição ou deslocamento, boa limpeza e
armazenamento adequado. A rotulagem e os sinais de alerta podem auxiliar os trabalhadores em
práticas de trabalho seguras. Sistemas de monitoramento e alarme podem ser necessários em
um programa de controle. Monitores para monóxido de carbono em torno de fornos, para sulfeto
de hidrogênio em trabalhos de esgoto e para deficiência de oxigênio em espaços fechados são
alguns exemplos.
As práticas de trabalho são uma parte importante do controle – por exemplo, trabalhos em
que a postura de trabalho de um trabalhador pode afetar a exposição, como se um trabalhador
se inclina sobre seu trabalho. A posição do trabalhador pode afetar as condições de exposição
(por exemplo, zona de respiração em relação à fonte do contaminante, possibilidade de absorção
pela pele).

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Por fim, a exposição ocupacional pode ser evitada ou reduzida colocando uma barreira
protetora no trabalhador, no ponto crítico de entrada do agente nocivo em questão (boca, nariz,
pele, ouvido) – ou seja, o uso de dispositivos de proteção individual. Ressalta-se que todas
as outras possibilidades de controle devem ser exploradas antes de se considerar o uso de
equipamentos de proteção individual, pois este é o meio menos satisfatório para o controle
rotineiro de exposições, principalmente a contaminantes transportados pelo ar.
Outras medidas preventivas pessoais incluem educação e treinamento, higiene pessoal e
limitação do tempo de exposição. Avaliações contínuas, por meio do monitoramento ambiental
e da vigilância sanitária, devem fazer parte de qualquer estratégia de prevenção e controle de
perigos. A tecnologia de controle apropriada para o ambiente de trabalho também deve incluir
medidas para a prevenção da poluição ambiental (ar, água, solo), incluindo a gestão adequada
de resíduos perigosos.
Embora a maioria dos princípios de controle aqui mencionados se apliquem a contaminantes
transportados pelo ar, muitos também são aplicáveis ​​a outros tipos de perigos. Por exemplo, um
processo pode ser modificado para produzir menos contaminantes do ar ou para produzir menos
ruído ou menos calor. Uma barreira de isolamento pode isolar os trabalhadores de uma fonte de
ruído, calor ou radiação.
Muitas vezes, a prevenção se concentra nas medidas mais conhecidas, como ventilação
de exaustão local e equipamentos de proteção individual, sem a devida consideração de outras
opções de controle valiosas, como tecnologias alternativas mais limpas, substituição de materiais,
modificação de processos e boas práticas de trabalho. Muitas vezes acontece que os processos
de trabalho são considerados imutáveis ​​quando, na realidade, podem ser feitas mudanças que
efetivamente previnem ou pelo menos reduzem os perigos associados.
A prevenção e o controle de riscos no ambiente de trabalho requerem conhecimento
e engenhosidade. O controle eficaz não requer necessariamente medidas muito caras e
complicadas. Em muitos casos, o controle de riscos pode ser alcançado por meio de tecnologia
apropriada, que pode ser tão simples quanto um pedaço de material impermeável entre o ombro
nu de um trabalhador portuário e um saco de material tóxico que pode ser absorvido pela pele.
Também pode consistir em melhorias simples, como colocar uma barreira móvel entre uma fonte
ultravioleta e um trabalhador, ou treinar trabalhadores em práticas de trabalho seguras.
Os aspectos a serem considerados ao selecionar as estratégias e tecnologias de controle
apropriadas incluem o tipo de agente perigoso (natureza, estado físico, efeitos na saúde, vias
de entrada no corpo), tipo de fonte(s), magnitude e condições de exposição, características de o
local de trabalho e a localização relativa das estações de trabalho.
Devem ser asseguradas as habilidades e recursos necessários para o correto projeto,
implementação, operação, avaliação e manutenção dos sistemas de controle. Sistemas como ventilação
de exaustão local devem ser avaliados após a instalação e verificados rotineiramente a partir de então.
Somente o monitoramento e a manutenção regulares podem garantir a eficiência contínua, pois
mesmo sistemas bem projetados podem perder seu desempenho inicial se forem negligenciados.
As medidas de controle devem ser integradas aos programas de prevenção e controle de
riscos, com objetivos claros e gestão eficiente, envolvendo equipes multidisciplinares compostas
por higienistas ocupacionais e outros profissionais de saúde e segurança ocupacional, engenheiros

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de produção, direção e trabalhadores. Os programas também devem incluir aspectos como
comunicação de perigos, educação e treinamento abrangendo práticas de trabalho seguras e
procedimentos de emergência.
Aspectos de promoção da saúde também devem ser incluídos, uma vez que o local de
trabalho é um cenário ideal para promover estilos de vida saudáveis ​​em geral e para alertar
sobre os perigos de exposições não profissionais perigosas causadas, por exemplo, por tiro sem
proteção adequada ou tabagismo.

AS LIGAÇÕES ENTRE HIGIENE OCUPACIONAL,


AVALIAÇÃO DE RISCOS E GESTÃO DE RISCOS

A avaliação de risco é uma metodologia que visa caracterizar os tipos de efeitos à saúde
esperados em decorrência de determinada exposição a um determinado agente, bem como
fornecer estimativas sobre a probabilidade de ocorrência desses efeitos à saúde, em diferentes
níveis de exposição. Também é utilizado para caracterizar situações de risco específicas. Envolve
a identificação do perigo, o estabelecimento de relações exposição-efeito e a avaliação da
exposição, levando à caracterização do risco.
O primeiro passo refere-se à identificação de um agente – por exemplo, um produto químico
– como causador de um efeito prejudicial à saúde (por exemplo, câncer ou envenenamento
sistêmico). A segunda etapa estabelece o quanto a exposição causa quanto de um determinado
efeito em quantas pessoas expostas. Este conhecimento é essencial para a interpretação dos
dados de avaliação da exposição.
A avaliação da exposição faz parte da avaliação de risco, tanto na obtenção de dados
para caracterizar uma situação de risco quanto na obtenção de dados para o estabelecimento de
relações exposição-efeito de estudos epidemiológicos. Neste último caso, a exposição que levou
a um determinado efeito ocupacional ou ambiental deve ser caracterizada com precisão para
garantir a validade da correlação.
Embora a avaliação de risco seja fundamental para muitas decisões que são tomadas na
prática da higiene ocupacional, tem efeito limitado na proteção da saúde dos trabalhadores, a
menos que se traduza em ações preventivas efetivas no local de trabalho.
A avaliação de risco é um processo dinâmico, pois novos conhecimentos muitas vezes
revelam efeitos nocivos de substâncias até então consideradas relativamente inofensivas;
portanto, o higienista ocupacional deve ter sempre acesso a informações toxicológicas
atualizadas. Outra implicação é que as exposições devem sempre ser controladas ao nível mais
baixo possível.

GERENCIAMENTO DE RISCOS NO AMBIENTE DE TRABALHO

Nem sempre é viável eliminar todos os agentes que apresentam riscos à saúde ocupacional,
pois alguns são inerentes aos processos de trabalho indispensáveis ​​ou desejáveis; entretanto, os
riscos podem e devem ser gerenciados.

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A avaliação de risco fornece uma base para o gerenciamento de risco. No entanto,
enquanto a avaliação de riscos é um procedimento científico, a gestão de riscos é mais pragmática,
envolvendo decisões e ações que visam prevenir, ou reduzir a níveis aceitáveis, a ocorrência de
agentes que possam trazer riscos à saúde dos trabalhadores, das comunidades do entorno e do
meio ambiente, respondendo também pelo contexto socioeconômico e de saúde pública.
A gestão de risco ocorre em diferentes níveis; as decisões e ações tomadas em nível
nacional abrem caminho para a prática da gestão de riscos no local de trabalho.

A gestão de riscos no local de trabalho


requer informações e conhecimentos sobre:
– Riscos para a saúde e sua magnitude, identificados e classificados de acordo com os resultados
da avaliação de risco;
– Requisitos e normas legais;
– Viabilidade tecnológica, em termos da tecnologia de controle disponível e aplicável;
– Aspectos econômicos, como os custos para projetar, implementar, operar e manter sistemas de
controle e análise de custo-benefício (custos de controle versus benefícios financeiros incorridos
pelo controle de riscos ocupacionais e ambientais);
– Recursos humanos (disponíveis e necessários);
– Contexto socioeconômico e de saúde pública.

Deve servir de base para decisões que incluem:


– Estabelecimento de uma meta de controle;
– Seleção de estratégias e tecnologias de controle adequadas;
– Estabelecimento de prioridades de ação em função da situação de risco, bem como do contexto
socioeconômico e de saúde pública existente (particularmente importante nos países em
desenvolvimento).

E que deve levar em conta as ações como:


– Identificação/busca de recursos financeiros e humanos (se ainda não estiver disponível);
– Desenho de medidas de controle específicas, que devem ser adequadas para a proteção da
saúde dos trabalhadores e do meio ambiente, bem como salvaguardar tanto quanto possível a
base de recursos naturais;
– Implementação de medidas de controle, incluindo provisões para procedimentos adequados de
operação, manutenção e emergência;
– Estabelecimento de um programa de prevenção e controle de perigos com gestão adequada e
incluindo vigilância de rotina.

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INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO
TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA
A Revolução Industrial marcou o início da produção com uso de máquinas e mão de obra
assalariada em substituição ao modo artesanal de trabalho. Empregadores, ante a falta de
mecanismos legais para reger as relações de trabalho, submetiam seus empregados a condições
indignas de labor (VIEIRA, 2018).
Nesse contexto, das relações de emprego não regulamentadas, o trabalho assalariado
influenciou para o surgimento dos direitos sociais, através dos conflitos entre os proletariados e
empregadores, onde os trabalhadores reivindicavam por melhores condições de vida e trabalho.
Tal situação resultou no surgimento de normas coletivas e posterior interferência do Estado, na
regulamentação das relações de trabalho (VIEIRA, 2018).
Após a Primeira Guerra Mundial, sob o cenário de reestruturação social, a Organização
Internacional do Trabalho (OIT), criada pelo Tratado de Versalhes, em 1919, surgiu na conjuntura
política como organismo internacional responsável por promover o trabalho decente e produtivo,
em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade, dando origem ao conceito da
internacionalização da legislação trabalhista (VIEIRA, 2018).
No Brasil, após a abolição da escravatura e mediante a necessidade de mão-de-obra
assalariada, imigrante ou nacional, as lutas operárias e a tendência de internacionalização das
leis do trabalho propiciaram o desenvolvimento das leis trabalhistas brasileiras. Os primeiros
órgãos da Justiça do Trabalho, sob o Poder Executivo, foram os Tribunais Rurais em 1922, e a
legislação trabalhista no país teve início, de fato, na década de 1930, com a criação do Ministério
do Trabalho, Indústria e Comércio, em 1930, e com a criação das Comissões de Salário Mínimo,
em 1936, que previam o pagamento de adicional de salário para trabalhadores expostos a
condições insalubres (VIEIRA, 2018).
Os artigos 7º a 11 da Constituição Federal, tratam dos direitos dos trabalhadores. O
Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, aprova a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT,
que, conforme artigo 1º, “estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas de
trabalho, nela previstas”.
Segundo o Ministério do Trabalho, as Normas Regulamentadoras (NR) são disposições
complementares ao Capítulo V (Da Segurança e da Medicina do Trabalho) do Título II da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro
de 1977. Consistem em obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e
trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de
doenças e acidentes de trabalho.
As primeiras normas regulamentadoras foram publicadas pela Portaria MTb nº 3.214, de 8 de
junho de 1978. As demais normas foram criadas ao longo do tempo, visando assegurar a prevenção
da segurança e saúde de trabalhadores em serviços laborais e segmentos econômicos específicos.
A elaboração e a revisão das normas regulamentadoras são realizadas adotando o sistema tripartite
paritário, preconizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), por meio de grupos e
comissões compostas por representantes do governo, de empregadores e de trabalhadores.

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Nesse contexto, a Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) é a instância de
discussão para construção e atualização das normas regulamentadoras, com vistas a melhorar
as condições e o meio ambiente do trabalho.

As Normas Regulamentadoras vigentes são:


– NR-1 - Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais;
– NR-2 - Inspeção Prévia (Revogada);
– NR-3 - Embargo ou Interdição;
– NR-4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho -
SESMT;
– NR-5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA;
– NR-6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI;
– NR-7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO;
– NR-8 - Edificações;
– NR-9 - Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e
Biológicos (antigo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA);
– NR-10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
– NR-11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais;
– NR-12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos;
– NR-13 - Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações e Tanques Metálicos de Armazenamento;
– NR-14 - Fornos;
– NR-15 - Atividades e Operações Insalubres;
– NR-16 - Atividades e Operações Perigosas;
– NR-17 - Ergonomia;
– NR-18 - Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção;
– NR-19 - Explosivos;
– NR-20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis;
– NR-21 - Trabalhos a Céu Aberto;
– NR-22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração;
– NR-23 - Proteção Contra Incêndios;
– NR-24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
– NR-25 - Resíduos Industriais;
– NR-26 - Sinalização de Segurança;
– NR-27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho (Revogada);
– NR-28 - Fiscalização e Penalidades;
– NR-29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário;
– NR-30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário;
– NR-31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração
Florestal e Aquicultura;
– NR-32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde;
– NR-33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados;
– NR-34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, Reparação e
Desmonte Naval;

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– NR-35 - Trabalho em Altura;
– NR-36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e
Derivados;
– NR-37 - Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo;
– NR-38 - Segurança e Saúde no Trabalho nas Atividades de Limpeza Urbana e Manejo de
Resíduos Sólidos.

Todas as NR são obrigatórias, mas de um modo


geral, estão diretamente ligadas à higiene ocupacional:
– NR-1 - Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais;
– NR-6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI;
– NR-7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO;
– NR-9 - Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos
e Biológicos (antigo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA);
– NR-15 - Atividades e Operações Insalubres.

As demais NR complementam a gestão de saúde e segurança do trabalhador, devendo-se


atentar às suas revisões e atualizações, que estão ocorrendo de modo mais intenso nos últimos anos.

HIGIENE OCUPACIONAL E APOSENTADORIA ESPECIAL

A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes


públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à
assistência social. O trabalhador, após determinado período de contribuição previdenciária, tem
direito à aposentadoria que, dependendo das condições em que o trabalho foi realizado, pode
ser enquadrada como aposentadoria especial.
De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, a modalidade de aposentadoria
denominada especial tem características próprias, e sofreu sucessivas alterações da legislação
que compreendem análises de direitos adquiridos em vigência das leis e decretos correspondentes
a cada período trabalhado, apreciações eminentemente técnicas, de natureza médica, de Higiene
do Trabalho e de Engenharia de Segurança do Trabalho. Tal complexidade faz com que a análise
da aposentadoria especial seja criteriosa, porém passível de várias interpretações da legislação
e enquadramentos diferentes para as várias categorias (INSS, 2018).
A aposentadoria especial vem sofrendo constantes modificações que motivam frequentes
discussões, com a finalidade de uniformizar o entendimento técnico. A publicação do Decreto nº
10.410, de 30 de junho de 2020, e Decreto nº 8.123, de 16 de outubro de 2013, que alteraram
o Decreto nº 3.048, de 9 de maio de 1999, e da Portaria Interministerial MTE/MS/MPS nº 9, de 7
de outubro de 2014, modificaram a análise dos agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos
para fins de reconhecimento de tempo especial. O Recurso Extraordinário com Agravo – ARE nº
664.335, do Supremo Tribunal Federal, trouxe novo entendimento jurídico acerca da eficácia da
proteção individual em elidir os efeitos deletérios do agente nocivo físico ruído. A revogação do

15
parágrafo único do art. 244 da Instrução Normativa – IN nº 45/PRES/INSS, de 6 de agosto de
2010, pela IN nº 77/PRES/INSS, de 21 de janeiro de 2015, resultou em uma nova interpretação
sobre a análise da exposição ao agente nocivo biológico (INSS, 2018).
Isso significa que além de dominar os conhecimentos relativos à prática da higiene
ocupacional, é necessário também deter os conhecimentos da legislação previdenciária, pois cabe
ao profissional de saúde e segurança do trabalhador levantar tais informações nos ambientes de
trabalho e repassá-las, de forma compreensível, aos setores administrativos dos estabelecimentos,
que são responsáveis por transmiti-las ao governo através do sistema e-Social.

APOSENTADORIA ESPECIAL

A aposentadoria especial tem características preventiva e compensatória, vez que busca


diminuir o tempo de trabalho do segurado que, sujeito a condições especiais, exerce ou exerceu
atividade que, pela sua natureza, pode causar danos à saúde ou à integridade física. Além
de outros fatores, para obtenção deste tipo de aposentadoria, a Lei impunha ao segurado a
comprovação de exercício de atividade profissional em serviços considerados penosos, insalubres
ou perigosos, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos (INSS, 2018). A legislação
trabalhista regulamenta as atividades insalubres, na NR-15, e atividades perigosas, na NR-16,
não havendo regulamentação para atividades penosas.
Ao longo da legislação previdenciária, foi estabelecido que a comprovação da efetiva
exposição do segurado aos agentes nocivos fosse feita mediante formulário atualizado, na forma
estabelecida pelo INSS. Atualmente, o formulário é o Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP,
emitido pela empresa ou seu preposto, com base em Laudo Técnico das Condições Ambientais
do Trabalho – LTCAT, expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho,
com as informações sobre tecnologia de proteção coletiva e individual para neutralizar ou diminuir
a intensidade dos agentes nocivos para níveis abaixo dos limites de tolerância (INSS, 2018).

Para os períodos trabalhados anteriores 31/12/2003,


os seguintes formulários são aceitos:
I. IS no SSS-501.19, de 1971: Anexo I da Seção I do BS/
DS no 38, de 26 de fevereiro de 1971;
II. ISS-132: Anexo IV da parte II do BS/DG no 231, de 6 de dezembro de 1977;
III. SB-40: OS/SB no 52.5, de 13 de agosto de 1979;
IV. DISES BE 5235: regulamentado pela Resolução INSS/
PR no 58, de 16 de setembro de 1991 (emitidos entre 16
de setembro de 1991 e 12 de novembro de 1995);
V. DSS-8030: OS/INSS/DSS no 518, de 13 de outubro de 1995;
VI.DIRBEN 8030: IN INSS/DC no 39 de 26 de outubro de 2000 (INSS, 2018).

Para períodos laborados a partir de 1º de janeiro de 2004, conforme estabelecido pela


Instrução Normativa no 99/INSS/DC, de 5 de dezembro de 2003, em cumprimento ao §2º do art.
68 do RPS, o único documento para requerimento de aposentadoria especial é o PPP. O PPP é

16
um documento histórico laboral do trabalhador que reúne informações administrativas, registros
ambientais e resultados de monitoração biológica, durante todo o período em que este exerceu
suas atividades. Deverá ser mantido na empresa por vinte anos (INSS, 2018).

LAUDO TÉCNICO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO TRABALHO –


LTCAT

O LTCAT, previsto na Lei nº 8.213, de 1991, tem finalidade previdenciária na concessão da


aposentadoria especial. Portanto, não se deve confundir o laudo técnico de insalubridade e/ou
periculosidade com o LTCAT para avaliação de caracterização de condições especiais previstas
na aposentadoria especial.
Os laudos técnicos acima referenciados são documentos elaborados a partir de um
conjunto de procedimentos que tem por objetivo concluir, mediante exame, vistoria, indagação,
investigação, avaliação, se existem condições insalubres e/ou perigosas ou se existe efetiva
exposição a agentes nocivos, de acordo com a legislação pertinente. É importante o caráter
técnico pericial comum a esses laudos. Porém, alguns dos conceitos neles contidos são distintos.
O laudo para fins previdenciários depende de duas definições básicas: a nocividade e a
permanência. A nocividade é relativa aos agentes físicos, químicos, biológicos ou associação de
agentes capazes de causar danos à saúde ou à integridade física do trabalhador, previstos nos
diversos anexos dos decretos previdenciários. A permanência diz respeito à necessidade, para
caracterização de condições especiais, de que o trabalho exposto aos agentes nocivos ocorra
de modo permanente, não ocasional nem intermitente, indissociável da produção do bem ou da
prestação do serviço.
Outros documentos previstos nas Normas Regulamentadoras aprovadas pela Portaria nº
3.214, de 1978, do MTE podem ser utilizados como substitutos do LTCAT, desde que assinados
por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.

17
Fonte: INSS, 2018.

18
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO – PPP
ANEXO XVII
INSTRUÇÃO NORMATIVA PRES/INSS Nº 128, DE 28 DE MARÇO DE 2022
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO – PPP

19
20
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO PPP

CAMPO DESCRIÇÃO INSTRUÇÃO DE PREENCHIMENTO


DADOS ADMINISTRATIVOS
CNPJ relativo ao estabelecimento escolhido como domicílio tributário,
nos termos do art. 127 do CTN, no formato XXXXXXXX/XXXX-XX; ou
Matrícula no Cadastro Específico do INSS (Matrícula CEI) relativa à obra
CNPJ do Domicílio realizada por Contribuinte Individual ou ao estabelecimento escolhido
1 Tributário/ CEI/ como domicílio tributário que não possua CNPJ, no formato XX.XXX.
CAEPF/CNO XXXXX/XX, ambos compostos por caracteres numéricos; ou
Cadastro das Atividades Econômicas das Pessoas Físicas (CAEPF)
ou Cadastro Nacional de Obras (CNO) do empregador no formato,
respectivamente, XXX.XXX.XXX/XXX-XX e XX.XXX.XXXXX/XX.
NOME
2 Até quarenta caracteres alfanuméricos.
EMPRESARIAL
Classificação Nacional de Atividades Econômicas da Empresa - CNAE,
completo, com sete caracteres numéricos, no formato XXXXXX-X, instituído
pelo
3 CNAE
IBGE por meio da Resolução CONCLA nº 07, de 16 de dezembro de 2002. A
tabela de códigos CNAE - Fiscal pode ser consultada na internet, no site
www.cnae.ibge.gov.br
NOME DO
4 Até quarenta caracteres alfabéticos.
TRABALHADOR
BR - Beneficiário Reabilitado; PDH - Portador de Deficiência Habilitado;
NA - Não Aplicável.

Preencher com base no art. 93 da Lei nº 8.213, de 1991, que estabelece a


obrigatoriedade do preenchimento dos cargos de empresas com cem ou
mais empregados com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de
deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
5 BR/PDH
I - até 200 empregados 2%;

II - de 201 a 500 3%;

III - de 501 a 1.000 4%

IV - de 1.001 em diante 5%.


Número de Cadastro da Pessoa Física com onze caracteres numéricos, no
6 CPF
formato XXX.XXX.XXX-XX.
DATA DO
7 No formato DD/MM/AAAA
NASCIMENTO
8 SEXO (F/M) F - Feminino; M - Masculino
MATRÍCULA DO
9 TRABALHADOR Número único composto pelo código da empresa e pelo número do empregado.
NO eSOCIAL
DATA DE
10 No formato DD/MM/AAAA
ADMISSÃO
Regime de Revezamento de Trabalho, para trabalhos em turnos ou escala,
especificando tempo trabalhado e tempo de descanso, com até quinze
REGIME DE caracteres alfanuméricos.
11
REVEZAMENTO
Exemplo: 24 x 72 horas; 14 x 21 dias; 2 x 1 meses. Se inexistente, preencher
com NA - Não Aplicável.

21
Informações sobre as Comunicações de Acidente do Trabalho registradas pela
empresa na Previdência Social, nos termos do art. 22 da Lei nº 8.213, de 1991,
do art. 169 da CLT, do art. 336 do RPS,
12 CAT REGISTRADA aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 1999, do item 7.4.8, alínea “a”, da NR-07
do MTP e dos itens 4.3 e 6.1 do Anexo 13-A da NR-15 do MTP, disciplinado
pela Portaria MPAS nº 5.051, de 1999, que aprova o Manual de Instruções para
Preenchimento da CAT.
DATA DO
12.1 No formato DD/MM/AAAA.
REGISTRO
Com treze caracteres numéricos, com formato XXXXXXXXXX-X/XX.
12.2 NÚMERO DA CAT Os dois últimos caracteres correspondem a um número sequencial relativo ao
mesmo acidente, identificado por NIT, CNPJ e data do acidente.
Informações sobre o histórico de lotação e atribuições do trabalhador, por
período.
LOTAÇÃO E
13 A alteração de qualquer um dos campos - 13.2 a 13.7 - implica,
ATRIBUIÇÃO
obrigatoriamente, a criação de nova linha, com discriminação do período,
repetindo as informações que não foram alteradas.
Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA.
13.1 PERÍODO No caso de trabalhador ativo, a data de fim do último período não deverá ser
preenchida.
Local onde efetivamente o trabalhador exerce suas atividades. Deverá ser
informado o CNPJ do estabelecimento de lotação do trabalhador ou da
empresa tomadora de serviços, no formato XXXXXXXX/XXXX-XX ou Matrícula
CNPJ/CEI/CAEPF/
13.2 CEI da obra ou do estabelecimento que não possua CNPJ, no formato
CNO
XX.XXX.XXXXX/XX, ou o Cadastro das Atividades Econômicas das Pessoas
Físicas (CAEPF), no formato XXX.XXX.XXX/XXX-XX ou o Cadastro Nacional de
Obras (CNO) do empregador no formato XX.XXX.XXXXX/XX.
Lugar administrativo na estrutura organizacional da empresa, onde o
13.3 SETOR trabalhador exerce suas atividades laborais, com até quinze caracteres
alfanuméricos.
Cargo do trabalhador, constante na CTPS, se empregado ou trabalhador
13.4 CARGO avulso, ou constante no Recibo de Produção e Livro de Matrícula, se cooperado,
com até trinta caracteres alfanuméricos.
Lugar administrativo na estrutura organizacional da empresa, onde o
trabalhador tenha atribuição de comando, chefia, coordenação, supervisão ou
13.5 FUNÇÃO
gerência. Quando inexistente a função, preencher com NA - Não Aplicável, com
até trinta caracteres alfanuméricos.
Classificação Brasileira de Ocupação - CBO vigente à época, com seis
caracteres numéricos:
1 - No caso de utilização da tabela CBO relativa a 1994, utilizar a CBO
completa com cinco caracteres, completando com “0” (zero) a primeira posição;
2 - No caso de utilização da tabela CBO relativa a 2002, utilizar a CBO
completa com seis caracteres.
Alternativamente, pode ser utilizada a CBO, com cinco caracteres numéricos,
conforme Manual da GFIP para usuários do SEFIP:
13.6 CBO 1 - No caso de utilização da tabela CBO relativa a 1994, utilizar a CBO
completa com cinco caracteres.

2 - No caso de utilização da tabela CBO relativa a 2002, utilizar a família do


CBO com quatro caracteres, completando com “0” (zero) a primeira posição.
A tabela de CBO pode ser consultada na internet, no site
http://cbo.maisemprego.mte.gov.br/cbosite/pages/home.jsf
OBS.: Após a alteração da GFIP, somente será aceita a CBO completa, com seis
caracteres numéricos, conforme a nova tabela CBO relativa a 2002.

22
CÓDIGO DE
Código Ocorrência da GFIP para o trabalhador, com dois caracteres numéricos,
13.7 OCORRÊNCIA DA
conforme Manual da GFIP para usuários do SEFIP.
GFIP
Informações sobre a profissiografia do trabalhador, por período.
14 PROFISSIOGRAFIA A alteração do campo 14.2 implica, obrigatoriamente, a criação de nova linha,
com discriminação do período.
Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA.
14.1 PERÍODO No caso de trabalhador ativo, a data de fim do último período não deverá ser
preenchida.
Descrição das atividades, físicas ou mentais, realizadas pelo trabalhador, por
força do poder de comando a que se submete, com até quatrocentos caracteres
DESCRIÇÃO DAS alfanuméricos.
14.2
ATIVIDADES
As atividades deverão ser descritas com exatidão e de forma sucinta, com a
utilização de verbos no infinitivo impessoal.
REGISTROS AMBIENTAIS
Informações sobre a exposição do trabalhador a fatores de riscos ambientais,
por período, ainda que estejam neutralizados, atenuados ou exista proteção
eficaz.
Facultativamente, também poderão ser indicados os fatores de riscos
EXPOSIÇÃO A
ergonômicos e mecânicos. A alteração de qualquer um dos campos - 15.2 a
15 FATORES DE
15.8 - implica, obrigatoriamente, a criação de nova linha, com discriminação do
RISCOS
período, repetindo as informações que não foram alteradas.
OBS.: Após a implantação da migração dos dados do PPP em meio magnético
pela Previdência Social, as informações relativas aos fatores de riscos
ergonômicos e mecânicos passarão a ser obrigatórias.
Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA.
15.1 PERÍODO No caso de trabalhador ativo, a data de fim do último período não deverá ser
preenchida.
F - Físico; Q - Químico; B - Biológico; E

-Ergonômico/Psicossocial, M - Mecânico/de Acidente, conforme classificação


adotada pelo Ministério da Saúde, em “Doenças Relacionadas ao Trabalho:
15.2 TIPO Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde”, de 2001.
A indicação do Tipo “E” e “M” é facultativa.

O que determina a associação de agentes é a superposição de períodos com


fatores de risco diferentes.
Descrição do fator de risco, com até quarenta caracteres alfanuméricos.
15.3 FATOR DE RISCO Em se tratando do Tipo “Q”, deverá ser informado o nome da substância ativa,
não sendo aceitas citações de nomes comerciais.
Intensidade ou Concentração, dependendo do tipo de agente, com até quinze
INTENSIDADE / caracteres alfanuméricos.
15.4
CONCENTRAÇÃO Caso o fator de risco não seja passível de mensuração, preencher com NA -
Não Aplicável.
Técnica utilizada para apuração do item 15.4, com até quarenta caracteres
alfanuméricos.
TÉCNICA
15.5
UTILIZADA
Caso o fator de risco não seja passível de mensuração, preencher com NA -
Não Aplicável.
S - Sim; N - Não, considerando se houve ou não a eliminação ou a
neutralização, com base no informado nos itens 15.2 a 15.5, asseguradas
15.6 EPC EFICAZ (S/N)
as condições de funcionamento do EPC ao longo do tempo, conforme
especificação técnica do fabricante e respectivo plano de manutenção.

23
S - Sim; N - Não, considerando se houve ou não a atenuação, com base no
informado nos itens 15.2 a 15.5, observado o disposto na NR-06 do MTP,
assegurada a observância:
1. da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-01 do MTP (medidas de
proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do
trabalho e utilização de EPI, nesta ordem,
admitindo-se a utilização de EPI somente em situações de inviabilidade técnica,
insuficiência ou interinidade à implementação do EPC, ou ainda em caráter
15.7 EPI EFICAZ (S/N)
complementar ou emergencial);
2. das condições de funcionamento do EPI ao longo do tempo, conforme
especificação técnica do fabricante, ajustada às condições de campo;
3. do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTP;

4. da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, devendo


esta ser comprovada mediante recibo; e
5. dos meios de higienização.
Número do Certificado de Aprovação do MTP para o Equipamento de Proteção
Individual referido no campo 154.7, com cinco caracteres numéricos.
15.8 C.A. EPI
Caso não seja utilizado EPI, preencher com NA - Não Aplicável.
Observação do disposto na NR-06 do MTP, assegurada a observância:
1. da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-01 do MTP (medidas de
proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do
trabalho e utilização de EPI, nesta ordem,
admitindo-se a utilização de EPI somente em situações de inviabilidade técnica,
ATENDIMENTO
insuficiência ou interinidade à implementação do EPC, ou ainda em caráter
AOS REQUISITOS
complementar ou emergencial);
15.9 DAS NR-06 E NR-
01 DO MTP PELOS 2. das condições de funcionamento do EPI ao longo do tempo, conforme
EPI INFORMADOS especificação técnica do fabricante, ajustada às condições de campo;
3. do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTP;

4. da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, devendo


esta ser comprovada mediante recibo; e
5. dos meios de higienização.
RESPONSÁVEL
16 PELOS REGISTROS Informações sobre os responsáveis pelos registros ambientais, por período.
AMBIENTAIS
Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA.
16.1 PERÍODO No caso de trabalhador ativo, sem alteração do responsável, a data de fim do
último período não deverá ser preenchida.
Número de Cadastro da Pessoa Física com onze caracteres numéricos, no
16.2 CPF
formato XXX.XXX.XXX-XX.
Número do registro profissional no Conselho de Classe, com nove caracteres
alfanuméricos, no formato XXXXXX-X/XX ou XXXXXXX/XX.
REGISTRO
16.3 CONSELHO DE A parte “-X” corresponde à D - Definitivo ou P - Provisório.
CLASSE A parte “/XX” deve ser preenchida com a UF, com dois caracteres alfabéticos.

A parte numérica deverá ser completada com zeros à esquerda.


NOME DO
PROFISSIONAL
16.4 Até quarenta caracteres alfabéticos.
LEGALMENTE
HABILITADO

24
RESPONSÁVEIS PELAS INFORMAÇÕES
DATA DE EMISSÃO Data em que o PPP é impresso e assinado pelos responsáveis, no formato DD/
17
DO PPP MM/AAAA.
REPRESENTANTE
18 LEGAL DA Informações sobre o Representante Legal da empresa.
EMPRESA
NIT do representante legal da empresa com onze caracteres numéricos, no
NIT DO formato XXX.XXXXX.XX-X.
18.1 REPRESENTANTE
LEGAL O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI, sendo que, no caso de CI,
pode ser utilizado o número de inscrição no SUS ou na Previdência Social.
NOME DO
REPRESENTANTE Até quarenta caracteres alfabéticos.
LEGAL
18.2 CARIMBO DA
EMPRESA E
ASSINATURA DO Carimbo da empresa e assinatura, física ou eletrônica, do Representante Legal.
REPRESENTANTE
LEGAL
OBSERVAÇÕES
Devem ser incluídas neste campo informações necessárias à análise do PPP, bem como facilitadoras do requeri-
mento do benefício, como por exemplo: esclarecimento sobre alteração de razão social da empresa, no caso de
sucessora ou indicador de empresa pertencente a grupo econômico.

OBS.: É facultada a inclusão de informações complementares ou adicionais ao PPP.

25
MATERIAL COMPLEMENTAR

Instrução Normativa PRES/INSS nº 133, de 26 de maio de 2022.


Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-pres/inss-n-133-de-
26-de-maio-de-2022-403670931

Manual de Aposentadoria Especial. Atualizado pelo Despacho Decisório nº 479/DIRSAT/


INSS, de 25 de setembro de 2018.
Disponível em: https://www.chemicalexpert.com.br/_files/ugd/63f1f5_
eed05e591f7941bfa2dd5452ac1c55c8.pdf

26
REFERÊNCIAS

BRASIL. Decreto nº 10.410, de 30 de junho de 2020. Altera o Regulamento da Previdência


Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999.
Disponível em: <https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-10.410-de-30-de-junho-
de-2020-264503344>. Acesso em 16 Jan. 2023

BRASIL. Introdução à higiene ocupacional. São Paulo: Fundacentro, 2004.


Disponível em: <http://arquivosbiblioteca.fundacentro.gov.br/exlibris/aleph/a23_1/apache_
media/RTMECD7TATVD5N9BPN8STM7D8F68SI.pdf>. Acesso em 28 Jul. 2022.

BRASIL. Instrução Normativa PRES/INSS nº 133, de 26 de maio de 2022.


Disponível em: <https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-pres/inss-n-133-de-
26-de-maio-de-2022-403670931>. Acesso em 16 Jan. 2023

BRASIL. Normas Regulamentadoras.


Disponível em: <https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-
regulamentadoras-nrs>. Acesso em 16 Jan. 2023.

BREVIGLIERO, Ezio; POSSEBON, José; SPINELLI, Robson. Higiene ocupacional: agentes


biológicos, químicos e físicos. 6.ed. São Paulo: Senac, 2011. 452 p. ISBN 8573594772.
INSS. Manual de aposentadoria especial. DIRSAT: 2018.
Disponível em: https://www.chemicalexpert.com.br/_files/ugd/63f1f5_
eed05e591f7941bfa2dd5452ac1c55c8.pdf>. Acesso em 18 Jan. 2023.

RAMAZZINI, B. As doenças dos trabalhadores. São Paulo: Fundacentro; 1992.

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