Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 3

Universidade Federal do Paraná

Setor de Educação
História da Educação Brasileira e Paranaense
Prof. Marcus Levy Bencostta
Atividade Avaliativa 01 - Quadro Comparativo
Nome(s): Francisco Lopes GRR: 20236323
Jesuítas e as crianças no Brasil quinhentista * Escola pública para os negros e os pobres no
Texto
Brasil: uma invenção imperial **
Segundo texto podemos notar alguns pontos O principal objetivo deste artigo: Escolas Públicas para
interessantes: Negros e Pobres no Brasil: A Invenção do Império, é
1. Analisar o papel dos jesuítas na educação infantil: analisar o papel das escolas públicas no Brasil imperial,
Explorar como os jesuítas estabeleceram escolas e especialmente sua relação com os negros e os pobres. O
colégios para ensinar crianças tanto indígenas objetivo é compreender como a política educacional foi
quanto colonas, introduzindo nelas não apenas o desenvolvida e implementada nesse período,
ensino religioso, mas também os princípios básicos destacando as diversas formas de exclusão e
de leitura, escrita e aritmética. marginalização que esses grupos sociais enfrentaram
2. Examinar os métodos de catequese: Investigar os nos ambientes escolares.
métodos utilizados pelos jesuítas para catequizar as Através de análise histórica e crítica, este artigo examina
crianças indígenas, incluindo a utilização de como a política educacional tem sido usada como meio
linguagem, rituais e práticas educacionais adaptadas de controle social e manutenção da ordem estabelecida.
à cultura e ao contexto local. Também examina como as ideologias de superioridade
3. Discutir o impacto da educação jesuíta na formação branca e racial influenciaram a estrutura do sistema
cultural e social das crianças: Analisar como a educacional brasileiro e contribuíram para a exclusão e
educação promovida pelos jesuítas influenciou a discriminação dos negros e dos pobres.
formação cultural e social das crianças, tanto
Este artigo pretende contribuir para uma consideração
indígenas quanto colonas, e como essas influências
mais profunda das raízes históricas da desigualdade
perduraram ao longo do tempo.
educacional neste país, revelando as contradições e
4. Contextualizar a educação jesuíta dentro do
desigualdades no sistema educacional do Brasil imperial.
contexto da colonização portuguesa: Situar a
Além disso, serão disponibilizadas subvenções para o
atividade educacional dos jesuítas dentro do
Apresente os objetivos desenvolvimento de políticas públicas mais inclusivas e
contexto mais amplo da colonização portuguesa no
dos textos (20 pontos) igualitárias no sector da educação.
Brasil, destacando suas relações com o sistema
colonial, a Igreja Católica e os interesses políticos e Abaix selecionei alguns materisi úteis para leitura e
econômicos da época. entendimento:
Para confirmar esses objetivos existem obras que podem SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das raças:
nos auxiliar em relação a isso com uma variedade de Cientistas, instituições e questão racial no Brasil (1870-
fontes primárias e secundárias, incluindo documentos 1930). Companhia das Letras, 1993.
históricos, relatos de viajantes, cartas e registros SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e. A pedagogia social
jesuíticos, além de estudos acadêmicos sobre a história de um projeto de nação. In: MOREIRA, Antônio Flávio
da educação colonial e da presença jesuíta no Brasil. Barbosa; SILVA, Tomaz Tadeu da. (orgs). Territórios
Algumas das fontes que podem ajudar a entender mais contestados: o currículo e os novos mapas políticos e
sobre o assunto: culturais. Petrópolis: Vozes, 1995.
FERREIRA, Luiz Orlando Carneiro. A educação do negro
Boxer, C. R. (1950). "The Portuguese Seaborne Empire, brasileiro: de suas condições sociais à problemática do
1415–1825." Hutchinson. acesso à escola pública. Estud. av., São Paulo , v. 9, n. 25,
Bethell, L. (Ed.). (1987). "Colonial Brazil." Cambridge 1995 . Available from
University Press. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid
Schwartz, S. B. (1985). "Sugar Plantations in the =S0103-40141995000200011&lng=en&nrm=iso. access
Formation of Brazilian Society: Bahia, 1550-1835." on 30 Apr. 2024. Epub Aug 04, 2016.
Cambridge University Press. https://doi.org/10.1590/S0103-40141995000200011.
Monteiro, J. M. (1994). "Negros da Terra: Índios e
SOUZA, Jessé. A modernização seletiva: uma
Bandeirantes nas Origens de São Paulo." Companhia das
reinterpretação do dilema brasileiro. Belo Horizonte:
Letras.
Editora UFMG, 2000.
Alguns exemplo que demonstram a eficácia das O artigo “Escolas Públicas Brasileiras para Negros e
estratégias mencionadas pelo autor: Pobres: A Invenção do Império” fornece informações
importantes sobre estratégias educacionais que foram
A educação como ferramenta de conversão religiosa: usadas no passado para melhorar a educação em
contextos de desigualdade social. Abaixo estão quatro
Os jesuítas usaram a educação como uma ferramenta
exemplos específicos de estratégias e seus efeitos.
eficaz para difundir o cristianismo entre os povos
indígenas do Brasil colonial. Eles estabeleceram escolas Introdução das Escolas Normais: Durante o Império
chamadas “escolas de alfabetização” que não apenas Brasileiro, as escolas normais foram criadas como
ensinavam habilidades básicas de leitura e escrita, mas estratégia para formar professores e fortalecer o
também categorizavam as crianças e as apresentavam sistema educacional. ESTE TIPO DE escolas ofereciam
aos princípios da fé católica. Estas escolas foram uma formação pedagógica para preparar professores
essenciais para a conversão religiosa das comunidades para o ensino primário. A eficácia desta estratégia
indígenas, permitindo aos Jesuítas consolidar a sua reflecte-se no aumento da disponibilidade de
influência e estabelecer bases sólidas para o crescimento professores qualificados e na educação ministrada nas
da Igreja Católica na região. escolas públicas, especialmente para as populações
negras e pobres que tradicionalmente têm acesso
A educação como forma de controle social:
limitado à educação formal.
Além de promover a conversão religiosa, as medidas
Expansão do ensino primário: No século XIX, foram
educativas jesuítas também funcionavam como
feitos esforços no Brasil para expandir o acesso ao
mecanismo de controle social. Ao educar as crianças
ensino primário, especialmente para grupos
indígenas de acordo com os princípios católicos e
marginalizados. A criação de escolas públicas em zonas
Analise como as ações europeus, os jesuítas moldaram os seus pensamentos e
urbanas e rurais e a introdução do ensino obrigatório e
educacionais serviram ações de acordo com os valores e normas da sociedade
gratuito aumentaram as taxas de alfabetização e
como estratégias para colonial. Isto não só facilitou a integração das
proporcionaram educação básica a crianças de famílias
o fortalecimento da comunidades indígenas na cultura dominante, mas
negras e pobres.
Educação nesses dois também ajudou os colonizadores a reter o poder e a
manter a ordem social estabelecida que governava a Políticas de Inclusão Social: Ao longo da história do
contextos históricos.
população indígena. Brasil, diversas políticas foram implementadas com o
Apresente 04 objetivo de promover a inclusão social e educacional de
(exemplos) exemplos A educação como meio de manutenção do sistema
grupos marginalizados, como os negros e os pobres.
específicos para colonial:
Por exemplo, são fornecidos programas de bolsas de
ilustrar a eficácia As medidas educativas jesuítas visavam também manter estudo que permitem que estudantes de baixos
dessas estratégias. o sistema colonial e assegurar o controlo europeu sobre rendimentos frequentem escolas e universidades
(80 pontos) as terras recém-descobertas. Os Jesuítas criaram uma privadas, reduzindo assim as barreiras financeiras à
geração de crianças indígenas para servir os interesses obtenção de uma educação de qualidade. 4.444 Criação
coloniais, proporcionando uma educação que de universidades públicas: No século XX, houve um
privilegiava a língua, a cultura e a religião da colónia. grande movimento no Brasil em direção à criação de
Estas crianças educadas pelos jesuítas serviram muitas universidades públicas, cujo objetivo era oferecer
vezes como intermediários entre as comunidades ensino superior de qualidade a uma grande parcela da
indígenas e os colonizadores, facilitando a exploração e população. Estas universidades proporcionaram
aproveitamento dos recursos naturais da região em oportunidades educativas a estudantes de diversas
nome das metrópoles europeias. origens socioeconómicas, incluindo negros e pobres,
A educação como meio de controle do trabalho: permitindo o acesso ao ensino superior anteriormente
Além de converter e controlar os povos indígenas, os reservado à elite.
jesuítas também usaram a educação como meio de Esses exemplos ilustram como as intervenções
fornecer mão de obra qualificada para atender às educacionais têm sido utilizadas como estratégia para
necessidades das colônias. Eles treinaram jovens melhorar a educação no contexto histórico de
indígenas em habilidades práticas como carpintaria, desigualdade social no Brasil. Estas incluem medidas
agricultura e artesanato para que pudessem servir como como a formação de professores, a expansão do ensino
trabalhadores em fazendas, plantações e missões básico, medidas de inclusão social e a criação de
jesuítas. Esta formação prática não só beneficiou os universidades públicas para expandir o acesso à
interesses económicos dos colonizadores, educação e promover a igualdade de oportunidades
proporcionando uma fonte de mão-de-obra barata e educativas para grupos historicamente marginalizados.
qualificada, mas também manteve a dependência da
população indígena dos jesuítas e das estruturas
coloniais.
A partir do artigo consegui tirar 05 conclusões As principais conclusões do autor que cheguei são as
importantes sobre o texto: seguintes:

1. A educação como ferramenta de evangelização: Uma Origens históricas das escolas públicas brasileiras: Os
das principais conclusões é que os jesuítas utilizaram a autores argumentam que as escolas públicas brasileiras
educação como ferramenta fundamental para a têm suas raízes na era imperial, quando foram
evangelização dos povos indígenas. Eles acreditavam estabelecidas como instituições a serviço das
que a conversão precoce das crianças locais ao necessidades do Estado e de seu povo. . Em vez de
cristianismo era essencial para a difusão da fé católica. servirem os interesses dos negros e dos pobres,
controlam a elite. Esse contexto histórico continua a
2. Catecismo e Controle Social: Os Jesuítas moldar a estrutura e a prática das escolas públicas
estabeleceram escolas e internatos para crianças brasileiras hoje.
indígenas, onde elas não apenas aprendem os princípios Reproduzindo as desigualdades sociais: O autor
da fé cristã, mas também desenvolvem hábitos de enfatiza que as escolas públicas brasileiras têm sido
pensamento sociais, comportamentais e culturais. historicamente um meio de reproduzir as
Considerado um missionário. Isto serviu não só para a desigualdades sociais, em vez de promover a igualdade
catequese, mas também para controlar e moldar as de oportunidades. Ele argumenta que as escolas
sociedades indígenas em benefício da Igreja Católica e públicas muitas vezes não conseguem satisfazer as
do Império Português. necessidades das comunidades negras e pobres e
perpetuam as hierarquias sociais existentes.
3. Assimilação Cultural: O autor afirma que os Jesuítas Racismo Estrutural na Educação: O autor discute o
seguiram uma abordagem de assimilação cultural que papel do racismo estrutural na educação brasileira,
lhes permitiu integrar elementos da cultura indígena na manifestado na discriminação institucional, na falta de
educação e na prática religiosa. O seu objetivo era tornar representação no currículo e nas práticas educacionais
Apresente as principais que marginalizam os alunos negros. Destaca a
o Cristianismo mais acessível e aceitável para os povos
conclusões do(a)s necessidade de reconhecer e abordar o racismo
indígenas e encorajar a sua conversão.
autores sistémico para promover uma educação mais inclusiva
(20 pontos) e equitativa.
4.Conflito e Resistência: Apesar dos esforços dos
Desafios enfrentados pelas escolas públicas: Os autores
Jesuítas, houve resistência de algumas tribos indígenas à
destacam os muitos desafios enfrentados pelas escolas
sua influência e controle. Algumas comunidades
públicas no Brasil, incluindo falta de financiamento,
resistiram à conversão ao cristianismo e à imposição da
infraestrutura instável, má qualidade da educação e
cultura europeia, levando a conflitos e tensões entre
desigualdades regionais no acesso à educação. Estou
locais e missionários.
fazendo isso. Estas questões contribuem para a
perpetuação das desigualdades sociais e dificultam a
5. Impacto de longo prazo: Por fim, o autor enfatiza o concretização do potencial transformador das escolas
impacto duradouro que a presença dos Jesuítas teve na públicas.
história e na cultura do Brasil. Suas práticas pedagógicas A necessidade de políticas educacionais mais inclusivas:
e pedagógicas deixaram marcas profundas na sociedade Finalmente, os autores enfatizam a importância de
brasileira, influenciando não só a religião, mas também políticas educacionais que reconheçam e levem em
a língua, a cultura e a identidade do país. conta as necessidades especiais das comunidades
negras e pobres do Brasil. Defendemos a introdução de
Estas são algumas das principais conclusões que o autor medidas como currículos mais diversificados,
aborda em seu artigo. Eles mostram como a educação e programas de apoio e investimento em infraestruturas
a evangelização desempenharam um papel importante escolares nas zonas mais desfavorecidas para promover
na colonização portuguesa e na construção da uma educação mais justa e inclusiva.
identidade nacional do Brasil. Essas conclusões refletem a complexidade dos desafios
enfrentados pelas escolas públicas brasileiras e a
necessidade de uma educação abrangente e
abrangente para promover uma educação de qualidade
para todos os alunos, independentemente de sua
origem socioeconômica ou étnica.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

* CHAMBOULEYRON, R. Jesuítas e as crianças no Brasil Quinhentista. In: DEL PRIORE, M. História das
Crianças no Brasil. Editora Contexto, São Paulo, 1991, p. 55-83.

** VEIGA, C. G. Escola pública para os negros e os pobres no Brasil: uma invenção imperial. Revista
Brasileira de Educação, 2008, v.13, n. 39, p. 502-516.

Você também pode gostar