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ESCOLINHA GÊNIUS INFANTIL LTDA.

SIMULADO
18/11/2023
REDAÇÃO – ENSINO MÉDIO

ORIENTAÇÕES:
 Leia atentamente a proposta e os textos motivadores;
 Utilize caneta esferográfica azul ou preta;
 Evite borrões;
 Não é permitida nenhuma espécie de consulta, exceto sob autorização do (a) professor (a);
 Escreva a redação de forma legível;
 Enviar a redação com identificação (nome do aluno e turma).

PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “Aumento do tabagismo entre os jovens na sociedade brasileira contemporânea”, apresentando
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I:
Consumo de cigarro volta a aumentar entre jovens, alerta médica
De 2013 a 2019, houve redução da taxa de tabagismo entre pessoas de todas as idades, exceto na faixa etária
de 18 a 24 anos, que teve crescimento no consumo
Legais ou ilegais, cigarros fazem mal de qualquer jeito à sociedade e à economia. Impõem um elevado custo
ao sistema de saúde e sangram os cofres do Tesouro Nacional. Em meio a esse quadro assustador, os jovens são as
principais vítimas do tabagismo, pois são seduzidos pelos produtores de tabaco. É o que diz a médica e ex-secretária
executiva da Comissão Nacional de Controle do Tabaco, Tânia Cavalcante.
A especialista observa que, com o baixo preços do maço de cigarro, está se fumando cada vez mais cedo no
Brasil — há casos de crianças de 8 anos tendo contato com o tabaco. Não por acaso, a proporção de jovens que fumam
voltou a crescer. Passou de 10,8% para 10,9% entre 2013 e 2019. Esse valor mínimo nos maços, que não é reajustado
desde 2016, também seduz a população de mais baixa renda.
Segundo a médica, houve redução no consumo de cigarros entre pessoas de todas as idades, exceto entre
jovens de 18 a 24 anos. "Estamos com uma luz amarela. É claro que a inação (das autoridades) e o ajuste tributário (os
impostos sobre tabaco deveriam ser bem maiores) têm a ver com isso, porque o acesso econômico é um dos elementos
de maior impacto em relação à iniciação de jovens", explica.
Ela considera que os danos sociais e econômicos do mercado de tabaco e a pressão de fabricantes para manter
o tabagismo entre jovens formam um ciclo vicioso que encurta mais ainda o orçamento que os gestores públicos têm
para dar conta de novos e velhos problemas de saúde.
Tânia acredita, ainda, que o contrabando de cigarros precisa de uma solução em que a saúde e a economia
possam andar de mãos dadas."A questão tributária não é o problema e, sim, a corrupção, as penalidades e a aceitação
social das práticas de contrabando", afirma.
(Fonte: Correio Braziliense).

TEXTO II
Quase 1/4 dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos diz que já experimentou cigarro eletrônico
Resultado foi coletado durante pesquisa nacional, feita por telefone, que conversou com 9 mil brasileiros sobre
questões de saúde e hábitos saudáveis.
Já para toda a população brasileira, que inclui a faixa etária entre 18 e 24 anos, a prevalência foi de 8%, um
total de 4 milhões de pessoas.
A proporção de jovens usando cigarro eletrônico é parecida com o narguilé. Enquanto 22% dos jovens
afirmam ter tido ao menos uma experiência com esse tipo de equipamento, o índice é de 8% em toda a população
consultada na pesquisa.
Para tipos convencionais de tabagismo, como cigarros e charutos, o percentual foi um pouco menor nos
jovens. Segundo o Covitel, cerca de 9% deles afirmaram que fazem ou já fizeram uso desse tipo de produto. Para toda
a população entrevistada, o índice foi de 11%.
A pesquisa mostra que 43% das pessoas que já experimentaram cigarro eletrônico adquiriram o produto em
lojas, quiosques e bares (43%). Outros 30% compraram por meio da internet.
O estudo também levantou dados sobre consumo de álcool. A principal incidência entre os jovens foi vista no
nível abusivo de bebidas alcoólicas, caracterizado como a ingestão de quatro doses na mesma ocasião para mulheres
ou de cinco doses no caso de homens. Ao todo, 34% daqueles de 18 a 24 anos relataram uso do álcool dessa forma. Na
população como um todo, sem estratificar por idade, a prevalência foi de 24%.
O uso de cigarros eletrônicos principalmente entre os mais novos não é desconhecido por especialistas,
embora tenha sido a primeira vez um inquérito nacional, representativo de todo o país, tenha mensurado esse uso.
"A gente já via isso nas ruas, nos barzinhos e sabia que a coisa estava bombando, mas foi o Covitel que
identificou quão grave é isso neste momento", diz Pedro Hallal, professor da UFPel (Universidade Federal de Pelotas)
e um dos coordenadores do estudo.
Segundo ele, diferentemente de outros fatores de risco para doenças crônicas que tiveram alta associada à
pandemia de Covid-19, o aumento do uso de cigarros eletrônicos entre os jovens não tem relação com a crise sanitária.
"O tabagismo vinha numa curva muito sustentável de diminuição há décadas. Com a dificuldade de a indústria
invadir os novos mercados, precisaram criar uma novidade. E criaram. Essa conta não é da pandemia, é da indústria do
tabaco."
Jaqueline Scholz, diretora do programa de tratamento de tabagismo do InCor (Instituto do Coração) e que não
participou do Covitel, afirma que empresas produtoras direcionam esses equipamentos para as faixas etárias mais
jovens. "O produto foi feito para eles."
Mesmo que esses equipamentos de fumo sejam consumidos no Brasil, isso não deveria acontecer por falta de
autorização. A Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) produziu um relatório de junho de 2022 em que analisa
diversas evidências do uso de cigarros eletrônicos. Diante dele, a instituição optou por manter a proibição.
(Pesquisa de cigarros eletrônicos do Instituto Nacional do Câncer).

TEXTO III
A iniciação do tabagismo na adolescência se torna propícia quando há facilidades socioambientais e
familiares, tais como imitação do comportamento do grupo, amigo próximo e/ou pais fumantes, entre outras. O fácil
acesso ao cigarro também contribui para que esse quadro seja mais frequente entre os jovens, apontado como um fator
de iniciação e indução ao consumo. A PeNSE 2019 também considerou o percentual de jovens escolares entre 13 e 15
anos que já experimentaram cigarro alguma vez na vida. Entre os meninos, a taxa reduziu de 19,20% em 2015 para
15,61% em 2019, o que não foi observado da mesma forma entre as meninas: de 18,90% em 2015 para 18,43% em
2019.
Os jovens se tornam mais expostos e vulneráveis às novidades e modismos. Como é o caso do cigarro
eletrônico e do narguilé, dois produtos que contribuem com a iniciação para o uso do cigarro comum e que carregam
riscos extras à saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso do narguilé é mais prejudicial que o
uso de cigarro comum: uma sessão de 20 a 80 minutos de narguilé corresponde à exposição a todos os componentes
tóxicos presentes na fumaça de 100 cigarros. O uso coletivo e o ato de compartilhar o bocal entre outros usuários pode
resultar ainda na exposição a doenças como herpes, hepatite C e tuberculose.
Com o cigarro eletrônico, a história não é diferente. No Brasil, os alunos da rede privada, entre 13 e 17 anos
de idade, apresentaram os maiores percentuais de experimentação de cigarro eletrônico (e-cigarette) em 2019. Dentre
as regiões do Brasil, os maiores percentuais de experimentação de cigarro eletrônico ocorreram na região Centro-
Oeste (corroborando com o cenário nacional, a rede privada também se destacou: 24,3%). Já os menores percentuais
de experimentação ocorreram entre os estudantes da rede pública das regiões Nordeste (10,3%) e Norte (11,9%).
Fonte: Diário de Minas).

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