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Unidade 3

EMOLUMENTOS, ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA, ISENÇÃO


DE EMOLUMENTOS, SELOS DE FISCALIZAÇÃO,
DAP/TFJ, MALOTE DIGITAL E CENTRAIS
ELETRÔNICAS

Conteudista: Eduardo Calais


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1) CÁLCULO E COBRANÇA DE EMOLUMENTOS


1.1. NATUREZA JURÍDICA DOS EMOLUMENTOS

 Constituição da República

“Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por
delegação do Poder Público. (Regulamento)

§ 1º Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e criminal dos


notários, dos oficiais de registro e de seus prepostos, e definirá a fiscalização de seus
atos pelo Poder Judiciário.

§ 2º Lei federal estabelecerá normas gerais para fixação de emolumentos relativos


aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro. (Regulamento)

§ 3º O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público de


provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de
concurso de provimento ou de remoção, por mais de seis meses.”

 Julgados do STF sobre a natureza jurídica dos emolumentos

 Emolumentos – natureza jurídica de taxa. “Representação de


inconstitucionalidade. Custas e emolumentos judiciais e extrajudiciais. Sua
natureza jurídica. Decreto n. 16.685, de 26 de fevereiro de 1981, do governo do
Estado de São Paulo. – não sendo as custas e os emolumentos judiciais ou
extrajudiciais preços públicos, mas, sim, taxas, não podem eles ter seus valores
fixados por decreto, sujeitos que estão ao princípio constitucional da legalidade
(par. 29 do artigo 153 da emenda constitucional n. 1/69), garantia essa que não
pode ser ladeada mediante delegação legislativa. Representação julgada
procedente para declarar a inconstitucionalidade do Decreto 16.685, de 26 de
fevereiro de 1981, do governo do Estado de São Paulo” (STF - Rp 1094-SP, j.
em 8/8/1984, Rel. Min. Soares Munoz. Relator para acórdão Min. Moreira Alves,
T. Pleno).
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 Custas e emolumentos. Natureza jurídica. “Necessidade de lei para sua


instituição ou aumento. O STF já firmou o entendimento, sob a vigência da
emenda constitucional n. 1/69, de que as custas e os emolumentos têm a
natureza de taxas, razão por que só podem ser fixadas em lei, dado o princípio
constitucional da reserva legal para a instituição ou aumento de tributo. Regras
não recepcionadas pela emenda constitucional n. 1/69, o que implica dizer que
estão elas revogadas. Recurso extraordinário conhecido e provido” (STF - RE
116.208-MG, Minas Gerais, j. em 20/4/1990, DJ de 8/6/1990, Pleno, Rel. Min.
Moreira Alves).

 Custas e emolumentos – natureza jurídica. “AÇÃO DIRETA DE


INCONSTITUCIONALIDADE – CUSTAS JUDICIAIS E EMOLUMENTOS
EXTRAJUDICIAIS – NATUREZA TRIBUTÁRIA (TAXA) – DESTINAÇÃO
PARCIAL DOS RECURSOS ORIUNDOS DA ARRECADAÇÃO DESSES
VALORES A INSTITUIÇÕES PRIVADAS – INADMISSIBILIDADE –
VINCULAÇÃO DESSES MESMOS RECURSOS AO CUSTEIO DE ATIVIDADES
DIVERSAS DAQUELAS CUJO EXERCÍCIO JUSTIFICOU A INSTITUIÇÃO DAS
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS EM REFERÊNCIA – DESCARACTERIZAÇÃO DA
FUNÇÃO CONSTITUCIONAL DA TAXA – RELEVÂNCIA JURÍDICA DO
PEDIDO – MEDIDA LIMINAR DEFERIDA. NATUREZA JURÍDICA DAS
CUSTAS JUDICIAIS E DOS EMOLUMENTOS EXTRAJUDICIAIS. – A
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou orientação no sentido de que
as custas judiciais e os emolumentos concernentes aos serviços notariais e
registrais possuem natureza tributária, qualificando-se como taxas
remuneratórias de serviços públicos, sujeitando-se, em consequência, quer no
que concerne à sua instituição e majoração, quer no que se refere à sua
exigibilidade, ao regime jurídico-constitucional pertinente a essa especial
modalidade de tributo vinculado, notadamente aos princípios fundamentais que
proclamam, dentre outras, as garantias essenciais (a) da reserva de
competência impositiva, (b) da legalidade, (c) da isonomia e (d) da anterioridade.
Precedentes. Doutrina. SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS. – A atividade notarial
e registral, ainda que executada no âmbito de serventias extrajudiciais não
oficializadas, constitui, em decorrência de sua própria natureza, função revestida
de estatalidade, sujeitando-se, por isso mesmo, a um regime estrito de direito
público. A possibilidade constitucional de a execução dos serviços notariais e de
registro ser efetivada “em caráter privado, por delegação do poder público” (CF,
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art. 236), não descaracteriza a natureza essencialmente estatal dessas


atividades de índole administrativa. – As serventias extrajudiciais, instituídas
pelo Poder Público para o desempenho de funções técnico-administrativas
destinadas “a garantir a publicidade, a autenticidade, a segurança e a eficácia
dos atos jurídicos” (Lei n. 8.935/94, art. 1º), constituem órgãos públicos
titularizados por agentes que se qualificam, na perspectiva das relações que
mantêm com o Estado, como típicos servidores públicos. Doutrina e
Jurisprudência. – DESTINAÇÃO DE CUSTAS E EMOLUMENTOS A
FINALIDADES INCOMPATÍVEIS COM A SUA NATUREZA TRIBUTÁRIA. –
Qualificando-se as custas judiciais e os emolumentos extrajudiciais como taxas
(RTJ 141/430), nada pode justificar seja o produto de sua arrecadação afetado
ao custeio de serviços públicos diversos daqueles a cuja remuneração tais
valores se destinam especificamente (pois, nessa hipótese, a função
constitucional da taxa – que é tributo vinculado – restaria descaracterizada) ou,
então, à satisfação das necessidades financeiras ou à realização dos objetivos
sociais de entidades meramente privadas. É que, em tal situação, subverter-se-
ia a própria finalidade institucional do tributo, sem se mencionar o fato de que
esse privilegiado (e inaceitável) tratamento dispensado a simples instituições
particulares (Associação de Magistrados e Caixa de Assistência dos Advogados)
importaria em evidente transgressão estatal ao postulado constitucional da
igualdade”. Precedentes. (ADI 1378- ES, j. em 30/11/1995, pleno, DJ de
30/5/1997, Rel. Min. Celso de Mello) (medida cautelar). Ação Direta de
Inconstitucionalidade julgada prejudicada em razão da perda superveniente de
seu objeto. (ADI 1378-ES, j. em 13/10/2010, DJ de 9/2/2011, Rel. Min. Dias
Toffoli).

 Emolumentos – taxa – natureza jurídica. “1) – CUSTAS – EMOLUMENTOS –


ISENÇÃO. Ao primeiro exame, não se apresenta com relevância jurídica maior
articulação sobre a impertinência de Estado-membro dispor sobre isenção do
pagamento de emolumentos, fazendo-o relativamente ao registro de atos
constitutivos de entidades beneficentes de assistência social declaradas de
utilidade pública. Competência concorrente prevista no artigo 24, inciso II, da
Constituição Federal, exsurgindo, em face da norma geral prevista no artigo 236,
§ 2º, a possibilidade de os Estados exercerem a competência legislativa plena.
(ADI 1624-MG, j. em 25/6/1997, Pleno, DJ de 14.12.2001, Rel. Min. Marco
Aurélio) 2) – CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CUSTAS E EMOLUMENTOS.
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LEI ESTADUAL QUE CONCEDE ISENÇÃO: CONSTITUCIONALIDADE. Lei


12.461, de 7.4.97, do Estado de Minas Gerais. I.- Custas e emolumentos são
espécies tributárias, classificando-se como taxas. Precedentes do STF. II.- À
União, ao Estado-membro e ao Distrito Federal é conferida competência para
legislar concorrentemente sobre custas dos serviços forenses, restringindo-se a
competência da União, no âmbito dessa legislação concorrente, ao
estabelecimento de normas gerais, certo que, inexistindo tais normas gerais, os
Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas
peculiaridades (C.F., art. 24, IV, §§ 1º e 3º). III.- Constitucionalidade da Lei
12.461/97, do Estado de Minas Gerais, que isenta entidades beneficentes de
assistência social do pagamento de emolumentos. IV.- Ação direta de
inconstitucionalidade julgada improcedente”→ (ADI 1624-MG, j. em 8/5/2003, T.
Pleno, DJ de 13/6/2003, Rel. Min. Carlos Velloso).

 Emolumentos – natureza jurídica – taxa – poder de polícia. “Já ao tempo da


EC 1/69, o STF firmou entendimento no sentido de que ‘as custas e os
emolumentos judiciais ou extrajudiciais’, por não serem preços públicos, “mas,
sim, taxas, não podem ter seus valores fixados por decreto, sujeitos que estão
ao princípio constitucional da legalidade. Esse entendimento persiste, sob a
vigência da Constituição de 1988. O art. 145 admite a cobrança de “taxas, em
razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a
sua disposição’. Tal conceito abrange não só as custas judiciais, mas, também,
as extrajudiciais (emolumentos), pois estas resultam, igualmente, de serviço
público, ainda que prestado em caráter particular (art. 236). Mas sempre fixadas
por lei.” (STF→ADI 1444-PR, Paraná, j. em 12/2/2003, DJ de 11/4/2003, T.
Pleno, Rel. Min. Sidney Sanches.

o Poder de polícia – taxa de fiscalização judiciária. No parecer seguinte,


o Prof. Sacha Calmon Navarro Coêlho e Igor Mauler Santiago sustentam
ser inconstitucional a instituição de taxa de fiscalização judiciária, contra
notários e registradores, em virtude da impossibilidade jurídica de
cobrança de taxa de polícia contra servidores lato senso – como o são
esses profissionais da fé pública.→ A inconstitucionalidade da taxa de
fiscalização judiciária exigida dos notários e registradores em
decorrência do poder de polícia – taxa mineira de fiscalização judiciária
– aspectos tributários e criminais. Sacha Calmon Navarro Coêlho e
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Igor Mauler Santiago. (COÊLHO, Sacha Calmon Navarro & SANTIAGO,


Igor Mauler. A inconstitucionalidade da taxa de fiscalização judiciária
exigida nos notários e registradores em decorrência do poder de polícia
- taxa mineira de fiscalização judiciária - aspectos tributários e criminais.
Disponível em: https://sachacalmon.com.br/wp-
content/uploads/2010/09/A-inconstitucionalidade-da-taxa-de-
fiscalizacao-judiciaria-exigida-dos-notarios-e-registradores-em-
decorrencia-do-Poder-de-Policia.pdf. Acesso em:xx).

 Custas e emolumentos – serventias judiciais e extrajudiciais – natureza


jurídica. I. Ação direta de inconstitucionalidade: L. 959,do Estado do Amapá,
publicada no DOE de 30.12.2006, que dispõe sobre custas judiciais e
emolumentos de serviços notariais e de registros públicos, cujo art. 47 –
impugnado – determina que a “lei entrará em vigor no dia 1° de janeiro de 2006”:
procedência, em parte, para dar interpretação conforme a Constituição ao
dispositivo questionado e declarar que, apesar de estar em vigor, a partir de 1°
de janeiro de 2006, a eficácia dessa norma, em relação aos dispositivos que
aumentam ou instituem novas custas e emolumentos, se iniciará somente após
90 dias da sua publicação. II – Custas e emolumentos: extrajudiciais: natureza
jurídica. É da jurisprudência do Tribunal: emolumentos judiciais ou extrajudiciais
têm taxa.III. Lei tributária: prazo nonagesimal. Uma vez que o caso trata de
taxas, devem observar-se as limitações constitucionais ao poder de tributar,
dentre essas a prevista no art. 150, I II, c, com a redação dada pela EC 42/03,
prazo nonagesimal para que a lei tributária se torne eficaz.→(ADI 3.694-7,
Amapá, j. em 20/6/2006, DJ de 6/11/2006, Rel. Min. Sepúlveda Pertence).

 A jurisprudência do STF firmou orientação no sentido de que as custas judiciais


e os emolumentos concernentes aos serviços notariais e registrais possuem
natureza tributária, qualificando-se como taxas remuneratórias de serviços
públicos, sujeitando-se, em consequência, quer no que concerne à sua
instituição e majoração, quer no que se refere à sua exigibilidade, ao regime
jurídico-constitucional pertinente a essa especial modalidade de tributo
vinculado, notadamente aos princípios fundamentais que proclamam, entre
outras, as garantias essenciais (a) da reserva de competência impositiva, (b) da
legalidade, (c) da isonomia e (d) da anterioridade. (ADI 1.378 MC, Rel. Min.
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Celso de Mello, j. em 30/11/1995, P, DJ de 30/5/1997) = ( ADI 3.826, Rel. Min.


Eros Grau, j. em 12/5/2010, P, DJE de 20/8/2010).

1.2. CÁLCULO E COBRANÇA DE EMOLUMENTOS

“Art. 236 da CR/88. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado,
por delegação do Poder Público.

(...)

§ 2º Lei federal estabelecerá normas gerais para fixação de emolumentos relativos aos
atos praticados pelos serviços notariais e de registro”.

Lei 10.169/2000 – Lei Geral de Emolumentos – Dispositivos Legais mais


importantes

“Art. 1º Os Estados e o Distrito Federal fixarão o valor dos emolumentos relativos aos
atos praticados pelos respectivos serviços notariais e de registro, observadas as normas
desta Lei.

Parágrafo único. O valor fixado para os emolumentos deverá corresponder ao efetivo


custo e à adequada e suficiente remuneração dos serviços prestados”.

Art. 3º É vedado:

“II – fixar emolumentos em percentual incidente sobre o valor do negócio jurídico


objeto dos serviços notariais e de registro;
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III – cobrar das partes interessadas quaisquer outras quantias não expressamente
previstas nas tabelas de emolumentos;

IV – cobrar emolumentos em decorrência da prática de ato de retificação ou que teve


de ser refeito ou renovado em razão de erro imputável aos respectivos serviços
notariais e de registro;

VI - impor ao registro e averbação de situações jurídicas em que haja a interveniência


de produtor rural quaisquer acréscimos a título de taxas, custas e contribuições para o
Estado ou Distrito Federal, carteira de previdência, fundo de custeio de atos gratuitos e
fundos especiais do Tribunal de Justiça, bem como de associação de classe, ou outros
que venham a ser criados”. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020)

Lei Estadual 15.424/2004 – Dispositivos Legais mais importantes

“Art. 2º Os emolumentos são a retribuição pecuniária por atos praticados pelo


Notário e pelo Registrador, no âmbito de suas respectivas competências, e têm como
fato gerador a prática de atos pelo Tabelião de Notas, Tabelião de Protesto de Títulos,
Oficial de Registro de Imóveis, Oficial de Registro de Títulos e Documentos, Oficial de
Registro Civil das Pessoas Jurídicas, Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais e
Oficial de Registro de Distribuição.”

“Art. 9º Na hipótese de não se realizar o ato notarial ou de registro, os valores recebidos


serão restituídos ao usuário, deduzidas as quantias relativas às certidões porventura
fornecidas.”

“Art. 10. Os atos específicos de cada serviço notarial ou de registro, para cobrança de
valores, nos termos das tabelas constantes no Anexo desta Lei, são classificados em:

I - atos relativos a situações jurídicas sem conteúdo financeiro;

II - atos relativos a situações jurídicas com conteúdo financeiro e valores fixos, ou


fixados mediante a observância de faixas que estabeleçam valores mínimos e máximos,
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nas quais enquadrar-se-á o valor constante do documento apresentado aos serviços


notariais e de registro.

(...)

§ 3º Para fins de enquadramento nas tabelas, relativamente aos atos classificados no


inciso II do caput deste artigo, serão considerados como parâmetros os seguintes
valores, prevalecendo o que for maior, observado o disposto no § 4º deste artigo:

I - preço ou valor econômico do negócio jurídico declarado pelas partes;

II - valor do imóvel estabelecido no último lançamento efetuado pelo Município, para


efeito de cobrança de imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, ou
pelo órgão federal competente, para efeito de cobrança de imposto sobre a
propriedade territorial rural;

III - o valor do bem ou direito objeto do ato notarial ou registral utilizado para fins do
recolhimento do imposto sobre transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre
imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição, ou do
imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos;

IV - o resultado da divisão do valor do contrato pelo número de imóveis, nos registros


e escrituras de direitos reais de garantia, quando dois ou mais imóveis forem dados em
garantia, estejam ou não situados na mesma circunscrição imobiliária, tenham ou não
igual valor

(...)
XII - no registro de contrato de locação:

a) o valor da soma dos aluguéis mensais, tratando-se de contrato com prazo


determinado;

b) o valor da soma de doze aluguéis mensais, tratando-se de contrato com prazo


indeterminado;

c) o resultado da multiplicação do índice de reajuste sobre o número de meses, tratando-


se de contrato com cláusula de reajuste;

(...)
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XIII - o valor total dos bens móveis e semoventes e o valor de cada unidade imobiliária
transmitidos, excluída a meação, na lavratura de escritura de inventário e partilha,
independentemente do número de quinhões e herdeiros;

XIV - o valor correspondente ao que exceder a meação, na lavratura de escritura de


separação ou divórcio consensuais, independentemente da quantidade de bens e
direitos partilhados; XV - o valor dos bens e direitos a serem registrados, quando se
tratar de registro do formal de partilha.” (incluiu a meação no registro)

 Aviso 25/CGJ/20108 X MS processo nº 1.0000.18.077289-9/000 (0772899-


88.2018.8.13.0000)

 Aviso 31/CGJ/2019

“AVISA aos juízes de Direito, servidores, notários e registradores do Estado de Minas


Gerais e a quem mais possa interessar que fica suspensa a orientação contida no item
IX do Aviso da Corregedoria-Geral de Justiça nº 25, de 23 de março de 2018, que dispõe
sobre o procedimento de cobrança para registro de formal de partilha”.

“Art. 10-A. Após o registro do parcelamento do solo ou da incorporação imobiliária e até


a emissão da carta de habite-se, as averbações e registros relativos à pessoa do
incorporador ou referentes a direitos reais de garantias, cessões ou demais negócios
jurídicos que envolvam o empreendimento serão realizados na matrícula de origem do
imóvel e em cada uma das matrículas das unidades autônomas eventualmente abertas.

§ 1º Para efeito de cobrança de custas, emolumentos e Taxa de Fiscalização Judiciária,


as averbações e os registros relativos ao mesmo ato jurídico ou negócio jurídico e
realizados com base no disposto no caput serão considerados como ato de registro
único, não importando a quantidade de unidades autônomas envolvidas ou de atos
intermediários existentes”
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Art. 237-A. Após o registro do parcelamento do solo ou da incorporação


imobiliária, até a emissão da carta de habite-se, as averbações e registros relativos à
pessoa do incorporador ou referentes a direitos reais de garantias, cessões ou demais
negócios jurídicos que envolvam o empreendimento serão realizados na matrícula de
origem do imóvel e em cada uma das matrículas das unidades autônomas
eventualmente abertas. (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009)

§ 1o Para efeito de cobrança de custas e emolumentos, as averbações e os


registros relativos ao mesmo ato jurídico ou negócio jurídico e realizados com base
no caput serão considerados como ato de registro único, não importando a
quantidade de unidades autônomas envolvidas ou de atos intermediários
existentes.(Redação dada pela Lei nº 12.424, de 2011)

§ 2o Nos registros decorrentes de processo de parcelamento do solo ou de


incorporação imobiliária, o registrador deverá observar o prazo máximo de 15 (quinze)
dias para o fornecimento do número do registro ao interessado ou a indicação das
pendências a serem satisfeitas para sua efetivação. (Incluído pela Lei nº
11.977, de 2009)

§ 3º O registro da instituição de condomínio ou da especificação do


empreendimento constituirá ato único para fins de cobrança de custas e
emolumentos. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)

AVISO Nº 24/CGJ/2012

Avisa a todos os magistrados, servidores, notários e registradores do Estado de Minas,


bem como a quem mais possa interessar que “o art. 237-A, § 1º da Lei 6.015/73 aplica-
se a todos os parcelamentos e incorporações imobiliárias, não se encontrando restrito
às incorporações objeto do Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV”', nos termos
da decisão proferida pelo Conselho Nacional de Justiça no Procedimento de Controle
Administrativo nº 0005525-75.2009.2.00.0000 (200910000055254), a qual é
amplamente divulgada, em sua íntegra, no Anexo deste Aviso.
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 E os atos notariais?

Tendo em vista que a lei refere-se exclusivamente aos atos registrais, levando em
consideração os princípios do Direito Tributário, entende-se que referida isenção ou
forma de cobrança não se estende aos atos notariais.

“Art. 11. As intervenções ou anuências de terceiros, desde que não impliquem outros
atos, não autorizam acréscimos de valores de emolumentos”.

 Necessidade de avaliar o motivo anuência/interveniência. Em muitos casos, essa


intervenção pode significar a omissão de um negócio jurídico que pode ser fato
gerador de emolumentos e outros tributos, tais como ITBI e ITCD.

1.3) ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA E ISENÇÃO DE EMOLUMENTOS

- Novo CPC
“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de
recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios
tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.

§ 1º A gratuidade da justiça compreende: IX - os emolumentos devidos a notários ou


registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato
notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo
judicial no qual o benefício tenha sido concedido.

§ 8º Na hipótese do § 1º, inciso IX, havendo dúvida fundada quanto ao preenchimento


atual dos pressupostos para a concessão de gratuidade, o notário ou registrador, após
praticar o ato, pode requerer ao juízo competente, para decidir questões notariais ou
registrais, a revogação total ou parcial do benefício ou a sua substituição pelo
parcelamento de que trata o § 6º deste artigo, caso em que o beneficiário será citado
para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se sobre esse requerimento.”
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- Lei 15.424/2004

“Art. 20. Fica isenta de emolumentos e da Taxa de Fiscalização Judiciária a prática de


atos notariais e de registro:

I - para cumprimento de mandado e alvará judicial expedido em favor de beneficiário


da justiça gratuita, nos termos do inciso IX do § 1º do art. 98 da Lei Federal n° 13.105,
de 16 de março de 2015, nos seguintes casos:

a) nos processos relativos a ações de investigação de paternidade e de pensão


alimentícia;

b) nos termos do art. 6° da Lei Federal n° 6.969, de 10 de dezembro de 1981 (usucapião


especial);

c) nos termos do § 2° do art. 12 da Lei Federal n° 10.257, de 10 de julho de 2001;

d) quando a parte for representada por Defensor Público Estadual ou advogado dativo
designado nos termos da Lei n° 13.166, de 20 de janeiro de 1999;

e) quando a parte não estiver assistida por advogado, nos processos de competência
dos juizados especiais de que tratam as Leis Federais nº 9.099, de 26 de setembro de
1995, e nº 10.259, de 12 de julho de 2001.”

- Código de Normas (Provimento Conjunto nº 93/2020)

“Art. 141. A gratuidade da justiça compreende os emolumentos devidos a notários ou


registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato
notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo
judicial no qual o benefício tenha sido concedido, observadas as disposições contidas
no art. 98 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015, Código de Processo Civil – CPC”.
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- Recomendação Conjunta nº 02/CGJ/2019

RECOMENDAM aos magistrados do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais –


TJMG que:
“I – se manifestem, expressa e fundamentadamente, acerca do pedido de concessão
de benefício da gratuidade de justiça, assim que provocados pela parte interessada e,
em caso de dúvida acerca da hipossuficiência alegada pela parte:
(...)
II – na excepcionalidade de entenderem pelo deferimento do referido benefício,
verifiquem a possibilidade de concessão parcial da gratuidade de justiça, nos
termos do § 5º do art. 98 do CPC;
III – no momento da fixação das custas finais, reavaliem a condição econômica do
beneficiário e, se necessário, adotem as providências elencadas no item II desta
Recomendação Conjunta;
IV – considerado o resultado útil do processo e dos provimentos jurisdicionais, com
efeitos patrimoniais para as partes, fundamentem a eventual extensão do benefício
fiscal da justiça gratuita aos demais atos sujeitos ao recolhimento de taxa
de fiscalização judiciária e de emolumentos.”

CNJ - Pedido de Providências n° 0004981-72.2018.2.00.0000 – Trecho do Voto

Cuida-se, conforme brevemente relatado, de embargos de declaração opostos em face


da suposta omissão da decisão proferida pelo Conselheiro Arnaldo Hossepian, na
qualidade de relator substituto.

Recorde-se que os embargos de declaração não têm previsão regimental. Todavia,


como se trata de decisão monocrática, e face à tempestividade do recurso interposto,
recebo como Recurso Administrativo, nos termos do artigo 115 do Regimento Interno.

Na decisão proferida no dia 15 de agosto de 2018, com base no Código de Processo


Civil, em precedentes deste Conselho sobre o tema e no direito fundamental do acesso
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à justiça, o Conselheiro Arnaldo Hossepian deferiu o pedido para determinar que “o 1º


ofício de Registro da comarca de Uberlândia receba e protocole o ato formal de partilha
referente ao processo judicial no 4032716- 62.2007.8.13.0702, bem como para
determinar que o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais atualize as normas
internas de forma a atender o previsto no artigo 98, § 1o do CPC, dando posterior
publicidade aos jurisdicionados sobre a extensão do direito à gratuidade de justiça aos
atos notariais.”

Contra tal decisão o requerente interpôs o presente recurso, pedindo que o Tribunal
atualizasse suas normas internas, de forma a se adequar também ao previsto no artigo
99, § 4º do CPC, uma vez que o artigo 109 do Provimento 260/2013 dispõe que:

“Para que sejam aplicadas as disposições do art. 20, I e § 1o da Lei Estadual no


15.424/2004, deverá constar dos mandados e alvarás judiciais, de forma expressa, a
informação de que a parte é beneficiária da justiça gratuita, bem como quando for o
caso, que está representada por defensor público ou advogado dativo, ou que não está
assistida por advogado, respectivamente nos termos das alíneas “d” e “e” do referido
dispositivo.”

Da análise do artigo 20, inciso I, “d” e “e” e § 1º, da Lei Estadual 15.424/2004, verifica-
se que a isenção de emolumentos depende da representação por Defensor Público ou
advogado dativo, não contemplando aqueles que são patrocinados por advogados
privados. Confira-se:

“Fica isenta de emolumentos e da Taxa de Fiscalização Judiciária a prática de atos


notariais e de registro:

I- para cumprimento de mandado e alvará judicial expedido em favor de beneficiário da


justiça gratuita, nos termos do inciso IX do § 1o do art. 98 da Lei Federal no 13.105, de
16 de março de 2015, nos seguintes casos:

d) quando a parte for representada por Defensor Público Estadual ou advogado dativo
designado nos termos da Lei 13.166/99;
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e) quando a parte não estiver assistida por advogado, nos processos de competência
dos juizados especiais que tratam as Leis Federais nos 9099/95 e 10.259/2001;

§ 1º: A concessão da isenção de que trata o inciso I do caput deste artigo fica
condicionada a pedido formulado pela parte perante o oficial, no qual conste a sua
expressa declaração de que é pobre no sentido legal e de que não pagou honorários
advocatícios, para fins de comprovação junto ao Fisco Estadual, e na hipótese de
constatação da improcedência da situação de pobreza, poderá o notário ou registrador
exigir da parte o pagamento dos emolumentos e da Taxa de Fiscalização Judiciária
correspondentes.”

Todavia, em sentido oposto, o artigo 99, § 4º do CPC, prevê que “o pedido de gratuidade
de justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para
ingresso de terceiro ou em recurso” e o § 4º acrescenta que “a assistência do requerente
por advogado particular não impede a concessão da gratuidade de justiça.”

Ora, se, na esfera judicial, a gratuidade é deferida independentemente de a parte ser ou


não representada por advogado particular, desde que comprovada a hipossuficiência,
de igual forma deve ser nas serventias extrajudiciais. Isto porque o artigo 98 do CPC,
conforme já decidido na decisão de id. 3.202.298, a seguir transcrita, ao tratar sobre a
gratuidade de justiça, estabeleceu que ela compreende também os emolumentos
necessários à efetivação da decisão judicial ou a continuidade de processo judicial no
qual o benefício tenha sido concedido:

Pois bem, o artigo 98, que introduz a Seção IV do Código Processual Civil, ao dispor
sobre a gratuidade de justiça, estabelece que ela compreende “os emolumentos devidos
a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou
qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou a continuidade
de processo judicial no qual o benefício tenha sido concebido.”

De forma que, não há dúvidas de que o protocolo de partilha indeferido pelo 1º Ofício
da Comarca de Uberlândia, que ora se impugna, está devidamente regulado pelo
transcrito artigo. Por opção legislativa, deferido no âmbito judicial o benefício da
gratuidade de justiça, não há qualquer óbice ou necessidade de comprovação da
17

condição de pobreza nas serventias extrajudiciais para o seu processamento sem o


pagamento dos emolumentos devidos.

Não bastasse, o Plenário deste Conselho, por unanimidade, no julgamento da consulta


nº 6042.02-2017, em 20 de abril deste ano, cuja relatoria coube a mim, ao estender os
efeitos da gratuidade à escritura pública de inventário, partilha, separação e divórcio
consensual, quando processados diretamente nas serventias extrajudiciais, decidiu que
“a assistência jurídica é integral, e, mais que isso, a assistência gratuita àqueles que
dela necessitam deve ser vista com um direito fundamental a concretizar, envolvendo
também vias extrajudiciais de efetivação do acesso à ordem jurídica, sendo qualquer
lacuna ou regramento em contrário inadmissível configuração de retrocesso, vedado por
princípios constitucionais.”

Na hipótese desses autos, sequer há lacuna. A previsão é clara e não dá margens para
outra interpretação que não a extensão dos efeitos da gratuidade deferida judicialmente
ao processamento de atos notariais.

Recorde-se que o acesso à justiça é um direito fundamental, decorrente do princípio da


dignidade da pessoa humana, cuja obrigação de proteção cabe de forma essencial e
indelegável ao Estado. Obstar de forma administrativa, pautado no julgamento
discricionário do Tabelião ou mesmo do oficial de notas, quando o próprio juízo já deferiu
a gratuidade, equivale violar os preceitos constitucionais.

Por tais motivos, é necessário que o TJMG atualize o Provimento 260/2013, de forma a
adequá-lo, não só ao artigo 98, como também ao artigo 99, § 4º do CPC.
18

2) SELO DE FISCALIZAÇÃO

- PORTARIA-CONJUNTA Nº 09/2012/TJMG/CGJ/SEF-MG

DUPLA FUNÇÃO
19

CONSIDERANDO que “o selo de fiscalização destina-se a servir como


instrumento de fiscalização da prática dos atos notariais e de registro e
proteger os interesses dos usuários e da Fazenda Pública”, consoante o
disposto no art. 28, § 2º, da Lei Estadual nº 15.424, de 2004;

- Lei 15.424/2004 - Art. 4º É contribuinte, dos emolumentos e da Taxa de


Fiscalização Judiciária, a pessoa natural ou jurídica usuária dos serviços
notariais e de registro.

- Selo eletrônico

“Art. 8º A solicitação de lotes e a transmissão de dados do Selo de Fiscalização


Eletrônico serão feitas por meio do endereço eletrônico https://selos.tjmg.jus.br/sisnor,
mediante utilização de certificado digital do tipo token A3, segundo o padrão da
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira” (ICP-Brasil). (Nova redação dada pela
Portaria-Conjunta no 15/2019/TJMG/CGJ/SEF-MG)

“Art. 11 - A transmissão dos dados relativos aos selos utilizados e aos respectivos atos
notariais e de registro praticados será feita diariamente, até, no máximo, as 12 (doze)
horas do dia seguinte ao da utilização do selo.
20

§ 1º - As serventias cujas localidades não possuam acesso à internet efetuarão a


transmissão dos dados no prazo máximo de até 10 (dez) dias, contados da data da
utilização do Selo de Fiscalização Eletrônico.

§ 2º - Eventual suspensão ou interrupção dos serviços da rede mundial de


computadores - internet, que prejudique a observância dos prazos previstos neste
artigo, deverá ser comunicada imediatamente à Corregedoria-Geral de Justiça,
ficando excepcionalmente prorrogada, nesse caso, a transmissão dos dados até, no
máximo, as 12 (doze) horas do dia seguinte ao da normalização do serviço.

§ 3º - As serventias que deixarem de transmitir os dados na forma e prazo definidos


nesta Portaria-Conjunta, ou que o fizerem de modo irregular, ficarão impedidas de
adquirir novos lotes de selos até a completa regularização da pendência, sem
prejuízo de eventual responsabilização administrativa disciplinar.”

“Art. 14. A selagem dos atos notariais e de registro será feita por impressão
diretamente nos documentos e papéis a que se refere o art. 5º desta Portaria
Conjunta, facultando-se a utilização de etiqueta autoadesiva ou de etiqueta adesiva de
segurança, a ser adquirida pela serventia por intermédio do Colégio Notarial do Brasil -
Seção Minas Gerais - CNB-MG, com exceção dos atos de Autenticação de Cópia ou
de Documento Eletrônico e de Reconhecimento de Firma, os quais serão selados,
obrigatoriamente, por meio da utilização de etiqueta adesiva de segurança, conforme
cronograma a ser disponibilizado pela CGJ”.
21

3) DAP – DECLARAÇÃO DE APURAÇÃO E INFORMAÇÃO DE TAXA DE


FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA

PORTARIA-CONJUNTA Nº 03/2005/TJMG/CGJ/SEF-MG

“Art. 2º - A apuração e o recolhimento da TFJ serão efetuados pelo notário e pelo


registrador, devendo obedecer, relativamente aos atos praticados em cada serventia,
à seguinte escala:

I - do dia 1º ao dia 7 do mês, o recolhimento será até o dia 14 do mesmo mês;

II - do dia 8 ao dia 14 do mês, o recolhimento será até o dia 21 do mesmo mês;

III - do dia 15 ao dia 21 do mês, o recolhimento será até o dia 28 do mesmo mês;

IV - do dia 22 até o final do mês, o recolhimento será até o dia 7 do mês subsequente”;

“Art. 3º - A Corregedoria-Geral de Justiça disponibilizará, no Sistema Integrado de


Apoio à Fiscalização dos Serviços Notariais e de Registro - SISNOR:

I - os códigos das serventias, que serão utilizados como número identificador na


Corregedoria-Geral de Justiça;

II - os códigos dos atos notariais e de registro relacionados nas tabelas anexas à Lei
estadual no 15.424, de 30 de dezembro de 2004;

III - os valores dos emolumentos e da Taxa de Fiscalização Judiciária - TFJ, expressos


em moeda corrente do País e atualizados anualmente por meio de Portaria da
Corregedoria-Geral de Justiça.”

“Art. 6º - O titular da serventia localizada em município ou distrito desprovido de


estabelecimento bancário autorizado a receber tributos estaduais poderá recolher a
TFJ, mensalmente, até o dia 7 do mês subsequente ao dos atos praticados.”

“Art. 7º - Os prazos fixados para o recolhimento da TFJ só vencem em dia de


22

expediente normal na repartição fazendária e no estabelecimento bancário


autorizado a receber tributos estaduais.”

“Art. 8º - Para fins do disposto no parágrafo único do art. 26 da Lei estadual nº. 15.424,
de 2004, fica instituída a Declaração de Apuração e Informação da Taxa de
Fiscalização Judiciária - DAP/TFJ, que será transmitida por meio do Sistema
Integrado de Apoio à Fiscalização dos Serviços Notariais e de Registro - SISNOR,
conforme manual disponibilizado pela Corregedoria-Geral de Justiça.”

“Art. 9º - A Declaração de Apuração e Informação da Taxa de Fiscalização Judiciária -


DAP/TFJ será emitida pelo Notário e pelo Registrador, devendo ser obrigatoriamente
entregue ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais - TJMG, via transmissão
pela rede mundial de computadores - internet, através do endereço eletrônico
www.tjmg.jus.br, até o quinto dia útil do mês subsequente ao da prática dos atos.
(Nova redação dada pela Portaria-Conjunta no 28/2021/TJMG/CGJ/SEF-MG)

Parágrafo único - Eventual suspensão ou interrupção dos serviços da rede mundial de


computadores - internet, que prejudique a observância do prazo previsto neste artigo,
deverá ser comunicada imediatamente à Corregedoria-Geral de Justiça, hipótese em
que a transmissão da DAP/TFJ fica excepcionalmente prorrogada até, no máximo, o
dia seguinte ao da normalização do serviço.”

“Art. 10 - Ainda que a serventia não tenha praticado nenhum ato no mês, é
obrigatória a entrega da DAP/TFJ nos órgãos públicos indicados no artigo anterior,
devendo, neste caso, constar no campo ‘Observações’ a informação ‘sem movimento.”

4) MALOTE DIGITAL

O Malote Digital é um sistema desenvolvido com a finalidade de possibilitar


comunicações recíprocas, oficiais e de mero expediente. O sistema (originalmente
chamado Hermes) foi desenvolvido pelo TJ-RN para uso interno. Posteriormente, foi
cedido por meio de convênio ao CNJ, onde sofreu adaptações para permitir a troca
23

eletrônica de correspondências entre diversos órgãos do Poder Judiciário, passando a


ser conhecido como Malote Digital.

Atualmente, o sistema é utilizado por todo o Poder Judiciário em substituição à remessa


física de comunicações, acelerando o trâmite de documentos, representando uma
significativa economia ao erário.

PORTARIA Nº 2.665/CGJ/2013

Institui o Sistema Hermes - Malote Digital do Conselho Nacional de Justiça como meio
de comunicação oficial no âmbito dos órgãos e setores internos da Corregedoria-Geral
de Justiça e da Justiça de Primeira Instância do Estado de Minas Gerais, inclusive dos
Juizados Especiais, e dá outras providências.

“Art. 4º. O sistema instituído por esta Portaria também será utilizado pelos usuários
mencionados no caput do artigo 3º para comunicação de caráter administrativo com:

I – os serviços notariais e de registro do Estado de Minas Gerais, nos termos do


Aviso no 6/CGJ/2013.”

“Art. 147. São meios de comunicação oficiais:

I – o Sistema Hermes/Malote Digital do CNJ, a ser utilizado entre os serviços notariais


e de registro e entre estes e os órgãos do Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais.”

(...)

“Art. 148. O acesso ao sistema de que trata o inciso I do art. 147 deste Provimento
Conjunto será feito por meio de login, que corresponderá ao CPF do responsável pela
serventia, com a utilização da mesma senha usada para acesso ao SISNOR.”
24

“Art. 149. Em caso de alteração do responsável pela serventia, a nova senha de acesso
de que trata o art. 148 deste Provimento Conjunto será fornecida mediante atualização
cadastral perante a Corregedoria-Geral de Justiça.”

5) RECOMPE

5.1) ORIGEM

CR/88

“Art. 5

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

a) o registro civil de nascimento;

b) a certidão de óbito”;

Lei 10.169/2000

“Art. 8º Os Estados e o Distrito Federal, no âmbito de sua competência, respeitado o


prazo estabelecido no art. 9odesta Lei, estabelecerão forma de compensação aos
registradores civis das pessoas naturais pelos atos gratuitos, por eles praticados,
conforme estabelecido em lei federal.

Parágrafo único. O disposto no caput não poderá gerar ônus para o Poder Público”.

Lei 15.424/2004

“Art. 31. Fica estabelecida, sem ônus para o Estado, a compensação ao Oficial do
Registro Civil das Pessoas Naturais pelos atos gratuitos por ele praticados em
decorrência de lei, conforme o disposto no art. 8º da Lei Federal nº 10.169, de 29 de
dezembro de 2000, bem como a compensação pelos atos gratuitos praticados pelos
registradores de imóveis em decorrência da aplicação da Lei nº 14.313, de 19 de junho
de 2002.
25

Parágrafo único. A compensação de que trata o caput deste artigo será realizada com
recursos provenientes do recolhimento de quantia equivalente a 5,66% (cinco vírgula
sessenta e seis por cento) do valor dos emolumentos recebidos pelo Notário e pelo
Registrador”.

5.2 ) DA ADMINISTRACAO

Lei 15.424/2004

“Art. 32. O recolhimento a que se refere o parágrafo único do art. 31 desta Lei será feito
mediante depósito mensal em conta bancária específica, aberta pelo Sindicato dos
Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado de Minas Gerais - Recivil - e
administrada pela comissão de que trata o art. 33.

§ 1° A partir do recebimento dos emolumentos, o notário ou o registrador constitui-se


depositário dos valores devidos à compensação prevista no art. 31, até o efetivo
depósito na conta a que se refere o caput deste artigo. (§ 2° A conta a que se refere o
caput será identificada como “Recompe-MG - Recursos de Compensação.”

“Art. 33. A gestão e os devidos repasses dos recursos serão realizados por comissão
gestora integrada por cinco membros efetivos e respectivos suplentes, assim
distribuídos:

I - um representante indicado pela Associação dos Serventuários de Justiça do Estado


de Minas Gerais - Serjus;

II - um representante indicado pela Associação dos Notários e Registradores do Estado


de Minas Gerais - Anoreg-MG;

III - três representantes indicados pelo Sindicato dos Oficiais do Registro Civil das
Pessoas Naturais do Estado de Minas Gerais - Recivil.

§ 1º Entre os representantes dos registradores civis das pessoas naturais e os dos


notários e registradores, no mínimo um representante será oriundo de serventia com
sede no interior do Estado”.
26

“Art. 34. A destinação dos recursos previstos neste capítulo atenderá à seguinte ordem
de prioridade, após a dedução de 8% (oito por cento) para custeio e administração:

I - compensação aos registradores civis das pessoas naturais pelos atos gratuitos
praticados em decorrência de lei;

II - complementação de receita bruta mínima mensal das serventias deficitárias, até o


limite de R$780,00 (setecentos e oitenta reais) por serventia.

III - compensação aos registradores de imóveis pelos atos gratuitos praticados em


decorrência da aplicação da Lei nº 14.313, de 2002, tendo como limite máximo o valor
constante na tabela de emolumentos correspondente.

§ 1º Os registros de nascimentos e óbitos serão compensados até o limite máximo de


R$30,00 (trinta reais) por ato, os de casamento, até R$50,00 (cinquenta reais), e os
demais atos, havendo recursos, serão compensados em valores e segundo critérios
definidos pela comissão gestora.

§ 2º Para os efeitos desta Lei, compõe a receita bruta das serventias a soma dos valores
recebidos a título de emolumentos, inclusive de atos praticados por serviços notariais e
registrais anexos, se houver, e a compensação de que trata esta Lei”.

5.3) QUESTOES TRIBUTÁRIAS

EMENTA

“TRIBUTÁRIO. FUNDO NOTARIAL E REGISTRAL. VALORES PAGOS AOS


TITULARES DE SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO. COMPENSAÇÃO PELOS
SERVIÇOS PRESTADOS, POR IMPOSIÇÃO LEGAL, GRATUITAMENTE.
INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA.
27

1. Para evitar que a prestação de serviços de fornecimento gratuito de determinadas


certidões (como as relativas ao nascimento e óbito, por exemplo) acarretasse prejuízo
tributário aos titulares dos Serviços Notariais, o art. 75, III, do Decreto 3.000/1999 (RIR)
expressamente previu como parcela dedutível da base de cálculo do imposto de renda
“as despesas de custeio pagas, necessárias à percepção da receita e à manutenção da
fonte produtora.” 2. Quer isto dizer que a imposição, por lei, do dever de prestação
gratuita de alguns serviços não agravou a situação patrimonial do respectivo prestador,
tendo em vista que houve redução da base de cálculo da tributação pelo imposto de
renda. 3. Por outro lado, instituiu-se, mediante lei estadual, mecanismo destinado a
“compensar” a perda de arrecadação (arrecadação esta que está sujeita à incidência do
imposto de renda), o que, por si só, demonstra que não se trata de indenização por
decréscimo patrimonial. 4. Aplica-se, no ponto, o disposto no art. 43, § 1º, do CTN,
segundo o qual a "incidência do imposto independe da denominação da receita ou do
rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da
forma de percepção”. 5. Recurso Especial provido. (STJ – REsp nº 1.465.592 – Rio
Grande do Sul – 2ª Turma – Rel. Min. Herman Benjamin – DJ de 24/9/2014)

“ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam
os Ministros da SEGUNDA Turma do Superior Tribunal de Justiça: "A Turma, por
unanimidade, deu provimento ao recurso, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-
Relator(a)." Os Srs. Ministros Og Fernandes, Mauro Campbell Marques (Presidente),
Assusete Magalhães e Humberto Martins votaram com o Sr. Ministro Relator.

Dr(a). AMANDA DE SOUSA GERACY (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL –


LC 73/93), pela parte RECORRENTE: FAZENDA NACIONAL

Brasília, 02 de setembro de 2014 (data do julgamento).

MINISTRO HERMAN BENJAMIN – Relator.


28

RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO HERMAN BENJAMIN (Relator): Trata-se de Recurso Especial


interposto, com fundamento no art. 105, III, "a", da Constituição da República, contra
acórdão assim ementado:

TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. RESSARCIMENTO DE SERVIÇOS NOTARIAIS


E DE REGISTRO REALIZADOS GRATUITAMENTE EM RAZÃO DE PREVISÃO
LEGAL. COMPENSAÇÃO DETERMINADA POR LEI ESTADUAL. ACRÉSCIMO
PATRIMONIAL INEXISTENTE. 1. Existe lei estadual específica, determinando que
sejam compensados os serviços notariais e de registro pelos atos gratuitos praticados
por imposição legal. 2. Logo, não restam dúvidas de que, nos termos da Lei Estadual/RS
nº 12.692/2006, em seu art. 14, inciso II, estão sendo ressarcidos valores relativos a
serviços notariais e de registro realizados pelos Cartórios Notariais pelos atos gratuitos.
3. Não há falar em aquisição de rendimentos tributáveis passível de tributação pelo
imposto de renda, mas sim de valores ressarcidos pelo Estado do Rio Grande do Sul,
compensando os serviços notariais e de registro realizados em obediência à lei. 4. Tal
verba não se amolda ao disposto no art. 43 do Código Tributário Nacional, na medida
em que não acarreta acréscimo patrimonial.

A recorrente alega violação do art. 535 do CPC; dos arts. 39, XVI e XXIV, e 43 do
Decreto 3.000/1999; dos arts. 43, 97 e 111 do CTN; dos arts. 6º e 12 da Lei 7.713/1988
e do art. 46 da Lei 8.541/1992.

Foram apresentadas as contrarrazões.

É o relatório.
29

VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO HERMAN BENJAMIN (Relator):

Os autos foram recebidos neste Gabinete em 5.8.2014.

A tese de violação do art. 535 do CPC foi deficientemente fundamentada. Com efeito, a
recorrente vincula a tese de omissão à ausência de valoração sobre "a natureza
remuneratória dos juros de mora incidentes sobre verbas salariais recebidas
judicialmente" (fl. 181, e-STJ).

Sucede que o ponto apontado como omisso encontra-se integralmente dissociado da


questão controvertida nos autos, qual seja a inclusão, no conceito de renda ou proventos
de qualquer natureza, das verbas pagas pelo Estado do Rio Grande do Sul como
compensação pelos atos gratuitos praticados no âmbito dos serviços notariais e de
registro por imposição legal.

Aplicação, no ponto, da Súmula 284/STF.

A instância de origem, a despeito da oposição de Embargos Declaratórios, não emitiu


juízo de valor sobre os arts. 39, XVI e XXIV, e 43 do Decreto 3.000/1999; os arts. 97 e
111 do CTN; os arts. 6º e 12 da Lei 7.713/1988 e o art. 46 da Lei 8.541/1992.

Assim, ante a ausência de prequestionamento, é inviável o conhecimento do recurso


nesse ponto. Aplicação da Súmula 211/STJ.

No mérito, o ente público afirma que os valores repassados pelo Fundo Notarial e
Registral do Estado do Rio Grande do Sul, com base na Lei Estadual 12.692/2006,
30

destinados a "compensar" os serviços notariais e de registro prestados gratuitamente,


não se encontram incluídos no conceito de renda ou proventos de qualquer natureza, a
que se refere o art. 43 do CTN.

A esse respeito a Corte local assim se manifestou (fl. 148, e-STJ):

(…) não há falar em aquisição de rendimentos tributáveis passível de tributação pelo


imposto de renda, mas sim de valores ressarcidos pelo Estado do Rio Grande do Sul,
compensando os serviços notariais e de registro realizados em obediência à lei.

Assim sendo, tal verba não se amolda ao disposto no art. 43 do Código Tributário
Nacional, na medida em que não acarreta acréscimo patrimonial, tratando de mera
compensação por serviços gratuitos prestados pelos Cartórios Notariais.

Atendido o requisito do prequestionamento do tema controvertido, passo ao exame do


mérito.

A premissa adotada no acórdão recorrido é a de que o ressarcimento de valor suportado


pelo Cartório em razão da gratuidade do serviço por ele prestado, em cumprimento à
lei, possui natureza indenizatória, sem acarretar acréscimo patrimonial.

O entendimento, data venia, é equivocado.

Para evitar que a prestação de serviços de fornecimento gratuito de determinadas


certidões (como as relativas ao nascimento e óbito, por exemplo) acarretasse prejuízo
tributário aos titulares dos Serviços Notariais, o art. 75, III, do Decreto 3.000/1999 (RIR)
expressamente previu como parcela dedutível da base de cálculo do Imposto de Renda
"as despesas de custeio pagas, necessárias à percepção da receita e à manutenção da
fonte produtora".
31

Em outras palavras, quer isto dizer que a imposição, por lei, do dever de prestação
gratuita de alguns serviços não agravou a situação patrimonial do respectivo prestador,
tendo em vista que houve redução da base de cálculo da tributação pelo Imposto de
Renda.

Note-se, por outro lado, que houve previsão, por lei estadual, de mecanismo destinado
a "compensar" a perda de arrecadação que está sujeita à incidência do Imposto de
Renda, o que, por si só, demonstra que não se trata de indenização por um decréscimo
patrimonial, mas justamente o contrário.

Aplica-se, no ponto, o disposto no art. 43, § 1º, do CTN, segundo o qual a "incidência
do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização,
condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção".

Em relação aos autos, verifico que as parcelas incorretamente reputadas como isentas,
referentes aos anos-calendário de 2009 e 2010, correspondem, segundo informação da
recorrida, a R$ 57.699,02 e a R$ 84.345,94 (fl. 3, e-STJ).

Com essas considerações, dou provimento ao Recurso Especial para julgar


improcedente o pedido. Determino a inversão dos ônus de sucumbência.

É como voto.”

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 493, DE 26 DE SETEMBRO DE 2017

(Publicado(a) no DOU de 02/10/2017, seção 1, página 27)

Multivigente Vigente Original Relacional

“ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA - IRPF


EMENTA: RENDIMENTOS DE TRABALHO NÃO-ASSALARIADO. OFICIAL DE
CARTÓRIO. COMPENSAÇÃO POR ATOS GRATUITOS PRATICADOS EM
CUMPRIMENTO DE LEI. RECOLHIMENTO MENSAL OBRIGATÓRIO. NÃO
32

SUJEIÇÃO.
Não se sujeitam à apuração de imposto sobre a renda mensal obrigatório (carnê-leão)
os valores recebidos por oficial de cartório a título de compensação por atos gratuitos
praticados em cumprimento de determinação de lei.
RENDIMENTOS DE TRABALHO NÃO-ASSALARIADO. OFICIAL DE CARTÓRIO.
COMPENSAÇÃO POR ATOS GRATUITOS PRATICADOS EM CUMPRIMENTO DE
LEI. APURAÇÃO ANUAL. SUJEIÇÃO.
Sujeitam-se à apuração de imposto sobre a renda anual os valores recebidos por oficial
de cartório a título de compensação por atos gratuitos praticados em cumprimento de
determinação de lei.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 5.172, de 25 outubro de 1966 - Código Tributário
Nacional CTN), art. 43, inciso I, Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, arts. 1º e 3º,
Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007, arts. 1º a 3º, Decreto nº 3.000, de 1999 -
Regulamento do Imposto sobre a Renda (RIR/1999), arts. 45, 106 a 107, Instrução
Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, arts. 53 e 72, inciso I, e Anexo II,
Instrução Normativa RFB nº 1.558, de 31 de março de 2015.
ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - IRRF
EMENTA: RENDIMENTOS DE TRABALHO NÃO-ASSALARIADO. OFICIAL DE
CARTÓRIO. COMPENSAÇÃO POR ATOS GRATUITOS PRATICADOS EM
CUMPRIMENTO DE LEI. RETENÇÃO NA FONTE. SUJEIÇÃO.
Sujeitam-se ao Imposto sobre a Renda Retido na Fonte os valores recebidos por oficial
de cartório a título de compensação por atos gratuitos praticados em cumprimento de
determinação de lei.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 7º, inciso II, Lei
nº 11.482, de 31 de maio de 2007, arts. 1º a 3º, Decreto nº 3.000, de 26 de março de
1999 - Regulamento do Imposto sobre a Renda (RIR/1999), art. 628, Instrução
Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 22, inciso I, Instrução Normativa
RFB nº 1.558, de 31 de março de 2015.

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