E SALÁRIOS COM TODA NOSSA FORÇA É PRECISO LUTAR PARA QUE AS ASSEMBLEIAS SEJAM VERDADEIRAMENTE DEMOCRÁTICAS É PRECISO LUTAR PARA CONSTITUIR DIREÇÕES SINDICAIS CLASSISTAS E COMBATIVAS As direções sindicais colaboracionistas e apodrecidas acordos de lay-off, PDV etc. assinados pela burocracia têm impedido que os sindicatos sirvam de instrumento de sindical vendida ao patronato. Nesse exato momento, a luta contra as demissões, o rebaixamento salarial e as per- direção do Sindicato Metalúrgico do ABC aceitou mais das de direitos. um acordo de lay-off para os operários da Mercedes. A destruição de postos de trabalho na indústria cresce O Boletim Nossa Classe vem denunciando e lutando dia a dia. Isso vem ocorrendo não só no Brasil, mas em diariamente contra os acordos de demissão e de destruição todo o mundo. A informatização do processo de produção de direitos trabalhistas. Mas, somente os trabalhadores resulta em diminuição crescente da força de trabalho. As podem pôr fim a esses malditos acordos. Não se deve multinacionais são as que puxam o carro da modernização aceitar mais as assembleias antidemocráticas e manipula- e que mais demitem. É o caso das montadoras. A implan- das como a que ocorreu na Mercedes, para aprovar o lay- tação dos carros elétricos é utilizada para justificar a drás- off e a farsa da luta contra os altos juros. Ao contrário, tica redução dos empregos. cabia à assembleia se colocar por uma resposta verdadei- Como se vê, quem paga pela adaptação tecnológica ramente operária. da indústria é a classe operária, em primeiro lugar. Com o Trata-se de organizar a luta pela redução da jornada crescimento do desemprego industrial, o conjunto dos tra- de trabalho sem redução dos salários. Trata-se de acabar balhadores recebe as terríveis consequências sociais. com a terceirização e conquistar a estabilidade no empre- É o que acontece com a implantação da brutal refor- go. Essas duas reivindicações são o ponto de partida para ma trabalhista e com a lei da terceirização. A aplicação da a proteção de nossa força de trabalho e de nossas famílias. flexibilização capitalista do trabalho pelas montadoras foi O Boletim Nossa Classe condena todo acordo que às últimas consequências com a imposição dos PDV, lay- sacrifica o trabalho e protege o capital. Chama a classe off, banco de horas, redução de jornada com redução sala- operária a se unir em luta pela redução da jornada de rial etc. Esses mecanismos protegem os altos lucros dos trabalho, sem redução dos salários. Chama a pôr em pé capitalistas. E, por outro lado, precarizam os empregos, uma verdadeira democracia das assembleias e das deci- levam às demissões, eliminam direitos e desgraçam, as- sões coletivas. Chama a derrubar do poder dos sindica- sim, a vida da família operária. tos as direções que servem ao patronato e colocar no É um verdadeiro crime contra a classe operária os lugar delas uma direção verdadeiramente classista e de combate.
Aonde levará mais um lay-off na Mercedes? Construir as oposições
A direção do sindicato acei- lembrar que a Mercedes já havia sindicais classistas, essa tou, mais uma vez, o lay-off da demitido recentemente 3.600 traba- é a nossa tarefa multinacional alemã. Disse que lhadores e terceirizado o setor ope- está garantida a volta dos 1200 racional da fábrica. E o que fez a Os operários vêm mostrando seu operários, sendo que serão pagos direção do sindicato? Aceitou essa descontentamento com as direções sin- 100% do valor líquido dos salários. barbaridade como se fosse impos- dicais, que abandonaram a luta pelos Com isso, os burocratas sindicais sível de lutar pelos postos de traba- empregos, salários e direitos trabalhis- querem dizer que assim se estaria lho e pelos salários. tas. Não basta ficar com raiva dos acor- protegendo os empregos e salários. O Boletim Nossa Classe de- dos traidores. É preciso organizar desde O que tem acontecido de fato nuncia mais esse acordo traidor. as fábricas uma oposição sindical clas- com os lay-offs? As multinacionais Chama os operários a confiarem sista, democrática e combativa. utilizam para preparar uma nova em suas próprias forças, a defen- O Boletim Nossa Classe tem se onda de PDVs. É preciso também derem seu programa próprio de esforçado nessa tarefa, que, como sa- ter claro que a suspensão de con- reivindicações, a impor a demo- cracia das assembleias e a comba- bemos, não é fácil, mas é o caminho tratos pelo lay-off implica a perda para expulsar esses burocratas que se de tempo para aposentadoria, férias ter a direção sindical que serve e outros benefícios. É necessário aos interesses do patronato. apossaram de nossos sindicatos. Lutar pela efetivação dos Denúncia de operários da Mercedes trabalhadores terceirizados! Unidade dos terceirizados O Boletim Nossa Classe rece- Na primeira votação, a maio- e efetivos beu denúncias de metalúrgicos da ria dos trabalhadores não levantou Mercedes, que não aceitaram o as mãos, não deu apoio à proposta. Com a terceirização, os patrões re- acordo de lay-off e a farsa da luta Só na segunda votação, depois da duzem seus custos, dividem os trabalha- pela queda dos juros. Eis: direção mentir dizendo que organi- dores e cortam salários e direitos. A ter- “O sindicato fez assembleia zaria a luta, a proposta foi aprova- ceirização é como um câncer para a clas- aqui e veio com a mesma conversa da. O pior, o sindicato não falou se operária. As empresas começaram de sempre, defendendo a empresa. nada sobre como ficaria a situação terceirizando os serviços de limpeza, Começaram justificando que devi- dos trabalhadores com contrato depois o refeitório, a segurança e outros. do à falta de peças, alta dos juros e temporários demitidos em outubro A lei da terceirização de Temer, aprova- queda nas vendas, a fábrica iria e os que vencem o contrato agora da no Congresso Nacional, permitiu às produzir apenas em um turno, du- em maio”. empresas terceirizarem setores diretos da rante dois ou três meses, a partir O Boletim Nossa Classe rece- produção. Com o avanço da terceiriza- de maio. Depois de apresentar os be as denúncias como sendo ver- ção, hoje, dentro das fábricas, existem motivos da empresa, eles não de- dadeiros gritos de rejeição à políti- vários pisos salariais e vários sindicatos. ram opções. Falaram que para en- ca de conciliação e de traição das Os trabalhadores estão divididos. Além frentar a redução na produção a direções sindicais burocratizadas. proposta da fábrica era o lay-off e dos terceirizados, têm ainda os trabalha- A denúncia dos companhei- dores com contrato temporário. Os ter- pediram votação. Não perguntaram ros só confirma o que o Nossa nem quem concordava ou não con- Classe vem falando. A direção ceirizados e ganham, em média, 1/3 do cordava. Só informaram que a em- dos metalúrgicos do ABC deixou salário pago aos que são efetivos. presa daria o lay-off em maio e de ser representante dos trabalha- As direções do Sindicato dos Meta- perguntaram ‘vocês estão cien- dores e passou a ser representante lúrgicos do ABC e dos demais sindica- tes?’. dos patrões. Quando faz assem- tos, ligadas à CUT e as outras centrais, Não apresentaram nenhuma bleias, parece membros do RH da passaram a aceitaram a terceirização até contraproposta dos trabalhadores. empresa. Faz e fala sempre o que mesmo na produção. Simplesmente informaram e pedi- a empresa manda. Não apresenta O Boletim Nossa Classe chama os ram o voto de aceitação dos traba- nenhuma proposta para defender companheiros a organizarem em cada lhadores. Os trabalhadores coloca- os empregos, os salários e os di- fábrica a luta para acabar com a tercei- dos em lay-off ficam com o con- reitos dos trabalhadores, para se opor e combater a proposta patro- rização e impor aos patrões a efetivação trato de trabalho suspenso e o tem- de todos os terceirizados. Acabar com po não conta para as férias, 13° e nal de demissões, terceirização, redução de salários e direitos. os salários diferenciados para as mes- aposentadoria. mas funções, e a divisão entre os traba- lhadores. Trabalho igual, salário igual.
AUMENTAM OS ACIDENTES E MORTES NO TRABALHO
É NECESSÁRIO CONSTITUIR AS CIPAS CLASSISTAS E 1º de Maio: trabalhadores levantam INDEPENDENTES DOS PATRÕES! a bandeira de redução da jornada Acidentes de trabalho ma- dendo sua vida nas fábricas para de trabalho e salário mínimo vital tam sete trabalhadores por dia. manter os altos lucros da patro- Essa é a divulgação do próprio nal. A precarização, agravada Em vários países do mundo, as mani- órgão burguês, o SmartLab. O com a terceirização, tem mutila- festações mostraram a disposição da classe número de trabalhadores mortos do ou ceifado vidas de parte da operária em lutar pelos empregos, salários e subiu em 36% - foram 2.538 classe operária. direitos. Na França, o protesto se concentrou mortes. Isso sem contar com os contra a violenta reforma da previdência. Na O Boletim Nossa Classe Coreia do Sul, a poderosa manifestação le- trabalhadores precarizados nos defende a constituição de Cipas subempregos e autônomos. De e Comissões de fábricas de luta, vantou a bandeira de redução da jornada 2012 a 2022, registraram-se classistas e independentes. Im- sem reduzir os salários e elevação do salário 6.774.543 notificações de aci- por o controle operário da pro- mínimo. Onde houve 1º de Maio de luta, os dentes e 25.492 acidentes com dução, como única forma de explorados foram às ruas para defender sua mortes. garantir condições seguras de força de trabalho e a vida de suas famílias. A classe operária vem per- trabalho. No Brasil, infelizmente, o 1º de Maio realizado pelas centrais sindicais foi trans- formado em palco de apoio ao governo Lu- la. Para isso, essas direções colaboracionis- 15º MÊS DE GUERRA NA UCRÂNIA tas tiveram de renunciar e negar a defesa dos empregos, do salário mínimo vital e pela revogação das reformas trabalhista e previ- O Boletim Nossa Classe tem feito uma campanha internaciona- denciária de Temer e Bolsonaro. lista pelo fim da guerra, por uma paz sem anexação e sem nenhuma O Boletim Nossa Classe rejeitou o 1º imposição dos Estados Unidos e da OTAN. A continuidade da guerra de Maio governista e participou do 1º de na Ucrânia está se transformando em uma grande conflagração mun- Maio da Praça da Sé. Apesar de minoritá- dial. rio e com pouca participação operária, foi O Boletim Nossa Classe chama os operários a fortalecerem a um 1º de Maio independente dos governan- bandeira de fim da guerra. Somente a classe operária unida e em tes e de defesa do programa de reivindica- luta pode acabar com a guerra de dominação. ção dos explorados.
A (Des) Necessidade de Regulamentação Da Dispensa Coletiva No Brasil Uma Análise Sob A Ótica Do Valor Social Do Trabalho e Da Dignidade Da Pessoa Humana