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RESUMO
Por exemplo, não seria possível negociar um intervalo de almoço menor do que uma
hora, padrão estabelecido pela CLT. Mas com a reforma, os trabalhadores poderão
negociar uma pausa de até meia hora, o que pode ser visto como uma
desvantagem. Com a aprovação da proposta, os acordos passaram a prevalecer
sobre o que diz a lei, mesmo que sejam menos favoráveis para o funcionário
violando assim, alguns princípios constitucionais.
Mas alguns pontos, como seguro-desemprego e 13º salário, não poderão ser
alterados.
Vejamos os principais pontos que comprovam tal assertiva: não haverá mais
a obrigatoriedade de o sindicato homologar a rescisão de contratos de
trabalho de empregados com contratos de trabalho firmados há mais de um
ano, valendo a assinatura firmada no termo de rescisão apenas entre o empregado
e o empregador.
Assim como a demissão individual, a demissão em massa não carecerá
mais da concordância do sindicato, podendo ser feita diretamente pela
empresa sem a interferência sindical. Dentre tantas perdas, a menor delas é a
alteração da natureza da contribuição sindical que passa de compulsória à
facultativa tanto para os empregados como para os empregadores.
Por outro lado, o ponto positivo da Reforma é que ela fará com que o
sindicalismo tenha que evoluir a fim de, efetivamente, garantir representatividade e
legitimidade aos trabalhadores.
Caberá essa missão aos novos lideres sindicais, que deverão estar dispostos
à luta pelo resgate do equilíbrio entre a relação trabalhador/empregador, diante das
novas modalidades de empregos da atualidade.
3 CONCLUSÃO
Diante de tudo o que foi exposto, podemos afirmar com propriedade que a
nova Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017, denominada de Reforma Trabalhista,
viola cabalmente diversos dispositivos da Constituição Federal. Mais do que isso, as
novas modificações implementadas representam a verdadeira precarização das
relações de trabalho, sob o pretexto de modernização da Justiça do Trabalho.
A nova Lei, como posta, permite que não só a CLT, mas também a
Constituição tenham seu conteúdo esvaziado. Conquistas históricas estão sendo
minimizadas ou até mesmo extintas com o intuito apenas de atender uma pequena
parcela da sociedade: o 1% dos mais ricos. Afinal, essa é a lógica do sistema
capitalista. Lógica esta que defende que dar liberdade é retirar direitos, entregando
os trabalhadores à livre negociação com seus tomadores de trabalho, majorando
jornada, fixando prescrição intercorrente, retirando direitos, etc.