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HENRIQUE SILVINO RIVELLI

CALISTENIA COMO FORMA DE TREINAMENTO PARA


MELHORAR A POTÊNCIA E ATIVAÇÃO MUSCULAR NO
GOLPE CHOKU-ZUKI

LONDRINA
2022
HENRIQUE SILVINO RIVELLI

CALISTENIA COMO FORMA DE TREINAMENTO PARA


MELHORAR A POTÊNCIA E ATIVAÇÃO MUSCULAR NO
GOLPE CHOKU-ZUKI

Projeto de pesquisa apresentado à


Disciplina 6DEF089 - Metodologia da
Pesquisa em Educação Física I do 2º ano do
Curso de Educação Física Bacharelado da
Universidade Estadual de Londrina, como
requisito parcial de avaliação.

Orientadora: Profa. Dra. Catiana Romanzini

LONDRINA
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização 3

1.2 Justificativa 3

1.3 Objetivo geral 4

2 REVISÃO DE LITERATURA 5

2.1 Subtópico 1 do tema de estudo 5

2.2 Subtópico 2 do tema de estudo 6

3 MÉTODOS 7

3.1 Caracterização do estudo 7

3.2 Seleção dos participantes 7

3.3 Instrumentos 7

3.4 Procedimentos da coleta de dados 7

3.5 Análise dos dados 8

4 CRONOGRAMA 9

REFERÊNCIAS 10
3

1 INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização

A calistenia é uma modalidade de treinamento físico que utiliza o peso


corporal como resistência, sem o uso de equipamentos ou aparelhos de
musculação. Essa forma de exercício tem se popularizado cada vez mais entre os
praticantes de artes marciais, como o karatê (AMINAEI et al. 2017), por exemplo. Em
particular, os praticantes de karatê têm buscado o treinamento com o próprio peso
corporal, como uma forma de melhorar sua força aplicada em diversas técnicas,
como no golpe “choku zuki”(LOPES FILHO et al. 2011), um dos mais importantes
golpes desse estilo de arte marcial.

O choku zuki é um golpe que se assemelha a um soco direto em outras


modalidades, este que exige uma combinação de força, velocidade e precisão para
ser executado com sucesso (FROSI, 2015). E é aí que entra a calistenia: ao treinar
movimentos que exigem a utilização dos mesmos músculos envolvidos no choku
zuki, como flexões de cotovelo, ombros e rotação do torso. Além disso, a calistenia
também ajuda a desenvolver a resistência muscular (DOS SANTOS, 2020), o que é
importante para que o praticante consiga manter a qualidade do golpe ao longo de
uma luta.

1.2 Justificativa

Tendo em vista a constante busca pelo desenvolvimento técnico no alto nível


das modalidades de lutas, novos golpes e metodologias de treinamento são criadas
ou reimaginadas a fim de sustentar a competitividade mundial.
Para tanto, existem inúmeras formas de contribuir para esta constante busca
por resultados melhores, dentre elas estão o desenvolvimento de novos métodos de
ensino da técnica, amplificação da força dinâmica, entre outros.
Com isso, a presente pesquisa se faz pertinente ao assunto, adicionando
mais informações pertinentes a equação que visa o alto nível do desempenho
humano físico específico
1.3 Objetivo geral
4

Analisar a eficiência de um treinamento para melhorar a força aplicada e a


ativação muscular no golpe de karatê choku zuki apenas com o peso corporal.
5

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Força aplicada em diferentes contextos

Como um dos principais componentes no que se diz respeito a treinamento


para atletas de lutas, a variável “força” se destaca, e para compreender sua
relevância, dois artigos analisaram suas manifestações em atletas de judô e jiu-jitsu
(SILVA, 2012; MORAES, 2019). No caso dos judocas, foi concluído que um
treinamento específico de força, principalmente manual, obteve resultados
significantes, ainda pontuando que o intervalo de recuperação entre as sessões de
treino se fez tão importante quanto a própria sessão em si. Para os atletas de
jiu-jitsu, os resultados foram similares, com enfoque em uma considerável força
resistiva.
A partir disso, é possível presumir que para o desenvolvimento de força
resistiva deve haver uma constante repetição do treinamento específico, juntamente
do tempo de descanso, resultando assim uma eficiência maior no esporte
(MORAES, 2019).
Em outro estudo com atletas de basquetebol e foco na força explosiva dos
membros inferiores (SANTO et al, 1997), houve resultados significativos no quesito
pretendido, tanto no grupo destreinado na modalidade quanto naqueles com
experiência. A partir da análise e relação de algumas pesquisas em esportes
diversificados com foco no parâmetro força (GONÇALVES et al, 2019; MARQUES,
2010; RODRIGUES FILHO et al, 2007; ALECRIM et al, 2019), é perceptivo uma
independência entre os treinamentos realizados, mesmo que de maneira superficial,
eles sigam a mesma instrução, variando os exercícios de modo a se assimilar a sua
respectiva modalidade. Todos eles demonstraram resultados positivamente
significativos para desenvolvimento de força específica.
Portanto, em decorrência dos estudos anteriormente citados, grande maioria
utiliza do treinamento pliométrico ou com pesos, além da junção destes, entretanto,
há uma falta de verificar a eficiência com treinamento exclusivamente com o peso do
corpo, tornando assim um largo campo a ser investigado, necessitando de
pesquisas para testar sua eficiência em esportes.
6

2.2 Treinamento calistênico

Diversos estudos têm investigado os efeitos do treinamento com peso


corporal, HIIT e treinamento com pesos em diferentes populações (AKCAN et al,
2020; SEELAN, 2018; ROSS et al, 2016; DOS SANTOS et al, 2020; PEZZI, 2019).
Em geral, essas modalidades de treinamento têm mostrado resultados significativos
em melhorias de desempenho, saúde e composição corporal.
O treinamento com o peso corporal, por exemplo, tem sido amplamente
estudado em populações que buscam melhorias em força, resistência e composição
corporal. Um estudo de 2015 pesquisou sobre o s efeitos decorrente do treinamento
calistênico em soldados pré treinados (GIST, 2015), e nele foram aplicadas 4
semanas de treinamento utilizando apenas o peso corporal de cada indivíduo.
No final do estudo, os autores indicaram uma reserva maior de tempo para a
prática do que a utilizada pelos mesmo, entretanto ainda com a falta de tempo
disponível, houveram mudanças consideráveis no sistema aeróbico e anaeróbico
dos cadentes, demonstrando assim uma eficiência no comportamento dos
voluntários durante sua rotina, incluindo trabalho e lazer.
7

3 MÉTODOS

3.1 Caracterização do Estudo

O estudo em questão será de caráter descritivo longitudinal, e com uma


abordagem qualitativa. Subsequentemente passará pelo Comitê de Ética em
Pesquisa com Seres Humanos (CEPESH-UEL).

3.2 Seleção dos participantes

Os participantes serão homens adultos, com faixa etária de 18-30 anos,


karatecas, exclusivamente do Shotokan, com graduação máxima de 3º Kyu. Estes
devem estar praticando seus treinos na respectiva modalidade por duas vezes na
semana, e não poderão estar praticando qualquer outro tipo de exercício físico,
incluindo outros esportes ou musculação. Também serão excluídos os atletas que
estiverem fazendo uso de remédios, suplementos, esteróides, ou dietas restritivas.
Só serão classificados como pertinentes à pesquisa aqueles que tiverem frequência
de 90% nas sessões. Todos os participantes assinarão o termo de consentimento
livre e esclarecido.

3.3 Instrumentos

Uma trena, uma “medicineball” de 2 kg (GAYA et al, 2016), bancos retos da


Iron Force Gym Equipment, Bolas de peso 10kg, tatames de EVA, e eletromiógrafo.

3.4 Procedimentos de coleta dos dados

Os participantes serão divididos em três grupos de forma aleatória, sendo


eles GST (Grupo Sem Treinamento), GTC (Grupo Treinamento Calistênico) GTM
(Grupo Treinamento Musculação). O GST receberá a instrução de não executar
nenhum treinamento físico além das aulas de karatê; O GTC passará por sessões
de um programa treinamento com o próprio peso corporal, adaptando as
dificuldades conforme os participantes forem progredindo, e também pelas aulas de
8

karatê; O GTM passará por um programa de treinamento com pesos, adaptando os


pesos de acordo com a progressão dos participantes, além da prática das aulas de
karatê como os outros grupos. Os participantes passarão por 20 semanas por essas
rotinas de treinamento, antes da primeira sessão e depois da última ocorrerá o teste
de arremesso da medicineball, juntamente da eletromiografia dos músculos do
peitoral, deltóides,bíceps e tríceps.

3.5 Análise dos dados

Para identificar a divergência entre os grupos GST, GTC E GTM será usado o
teste t-student independente. A normalidade dos dados será avaliada pelo teste
Shapiro-Wilk.
9

4 CRONOGRAMA

Meses

Atividade 1º. 2º. 3º. 4º. 5º. 6º. 7º. 8º. 9º. 10º. 11º.

Elaboração X X X X
do projeto

Fundamenta X X
ção teórica

Aplicação X X X X X
metodológica

Revisão final X
10

REFERÊNCIAS

AKCAN, İbrahim Orkun; AYDOS, Latif; AKGÜL, Mustafa Şakir. The Effect of High
Intensity Interval Training in Different Forms Applied to Combat Athletes on Body
Composition and Muscular Strength. Turkish Journal of Sport and Exercise, v. 22,
n. 2, p. 196-201, 2020.

CHAVES, Leury Max Da Silva et al. EFEITO DO TREINAMENTO CALISTÊNICO


SOBRE A CAPACIDADE DE SALTO, AGILIDADE, FORÇA ISOMÉTRICA, E
RESISTÊNCIA EM JOVENS ADULTOS. In: Congresso Internacional de Atividade
Física, Nutrição e Saúde. 2017.

DA COSTA ALECRIM, João Victor et al. Efeito do treinamento pliométrico e


isométrico na força explosiva de atletas de handebol. Ciencias de la Actividad
Física UCM, v. 20, n. 2, p. 1-15, 2019.

DE MORAES, Renato Gomes Sá et al. Monitoramento das diferentes manifestações


da força muscular em judocas durante um mesociclo competitivo. 2019.

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DOS SANTOS, Gabriel Vinicius et al. Efeitos do treinamento com peso corporal e do
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randomizado. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, v. 19, n. 3, p.
180-191, 2020.

GIST, Nicholas H. et al. Effects of low-volume, high-intensity whole-body calisthenics


on army ROTC cadets. Military medicine, v. 180, n. 5, p. 492-498, 2015.

GONÇALVES, Carlota Antunes et al. Os efeitos do treino da força explosiva no


voleibol: breve revisão da literatura. Lecturas: Educación física y deportes, v. 23,
n. 248, p. 1, 2019.
11

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KOTARSKY, Christopher J. et al. Effect of progressive calisthenic push-up training on


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v. 32, n. 3, p. 651-659, 2018.

LOPES FILHO, Brandel José Pacheco; FROSI, Tiago Oviedo; LIMA, Claudia
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Zuki Chūdan. EFDeportes. com: revista digital, Buenos Aires, v. 16, n. 158, 2011.

MARQUES, Mário Cardoso; TRAVASSOS, Bruno; ALMEIDA, Ruben. A força


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amadores: Um estudo correlacional. Motricidade, v. 6, n. 3, p. 5-12, 2010.

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successful for athletic performance. Acta Kinesiologica, v. 15, n. 2, p. 41-47, 2021.

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curso, 2019.

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12

SEELAN, A. P.; SUBRADEEPAN, A. Impact of isolated and combined functional


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YAZDANI, Sodabe; AMINAEI, Mohsen; AMIRSEIFADINI, Mohhamadreza. Effects of


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2017.
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Apêndice 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

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