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Metodologia
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CURSO ( ENFERMAGEM)
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
NATAL/RN
2021
INTRODUÇÃO
A maternidade é um período de bastante mudanças físicas e psicológicas na vida de
uma mulher, pois estabelece a transição da mulher para um novo papel social: o de ser mãe.
Um exemplo de mudança psicológica, é a ansiedade de como será o parto. Anteriormente, o
atendimento ao parto era exercido por parteiras no próprio espaço domiciliar, com a
presença de familiares e pessoas de confiança pela mulher, o nascimento da criança era feito
de forma natural e humanizada. Entretanto, com o passar dos anos, houve significativas
mudanças para este evento, com a presença de um médico capacitado e/ou enfermeiro
obstetra, além de apresentarem tecnologias e manobras que aceleram este fator. Os benefícios
dessas tecnologias são de grande importância quando há risco para mãe e bebê pois salvam
vidas, porém não devem ser feitas de maneira rotineira, pois contribui para a desumanização
do parto e o abre caminho para práticas e intervenções desnecessárias, podendo ser levada
para a violência obstétrica. A violência obstétrica acontece durante o processo do pré-parto,
parto e pós-parto, é considerado uma invasão ao corpo da mulher, seja por profissionais de
saúde ou pessoas próximas.
Os autores (Sanfelice et al., 2014; Wolff & Waldow, 2008) definem a violência
obstétrica como violência psicológica, caracterizada por ironias, ameaça e coerção,
assim como a violência física, por meio da manipulação e exposição desnecessária
do corpo da mulher, dificultando e tornando desagradável o momento do parto.
DESENVOLVIMENTO
Como fora mostrado acima, o conceito de violência obstétrica é bem complexo e
abrange um enorme leque de ações e omissões em desfavor da mãe e do seu bebe neonato,
podendo ocorrer antes, durante e após o parto. Essa prática segue invisível no Brasil, mesmo
tendo uma em cada quatro mulheres brasileiras vítimas de violência obstétrica de acordo com
pesquisas realizadas no Brasil. (Fundação Perseu Abramo, e Sesc, Mulheres Brasileiras e
Gênero nos Espaços Público e Privado,2010, em 26 de junho de 2015.)
A violência obstétrica ocorre da onde menos se espera e pode ser praticada de maneira
física, verbal e/ou psicológica. O simples ato de negar a gestante o direito de possuir um
acompanhante familiar ou de sua escolha, em qualquer procedimento desde o pré-natal,
antes, durante e após o parto gera uma violação obstétrica, além de ir em contramão as
orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde) e em desconformidade com a final
legalidade. Afinal, é um direito garantido por lei que obriga os serviços de saúde a permitir a
presença do acompanhante conforme a própria de nº 11.108 de 07 de abril de 2005.
SILVA, I.SA. da; SANTOS, M.A.S.; PEREIRA, M.F.L.F.; FERRAZ, R.S.R. PERCEPÇÃO
SOCIAL DE PUÉRPERAS SOBRE VIOLÊNCIA NO TRABALHO DE PARTO E PARTO:
REVISÃO INTEGRATIVA. Orientador: Valdemir de França Souza, 2016. 29 f. TCC
(Graduação) - Curso de Enfermagem, Departamento de Enfermagem, Faculdade Integrativa
de Pernambuco, Recife, 2016.