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Meritíssimo Juiz Presidente, do Tribunal Africano dos Direitos do Homem e dos

Povos

Contestação em resposta à ação interposta pelo Centro para Justiça Erdana (CPJE)

O Estado de Karinda, representado pelo seu Governo, apresenta a seguinte


contestação em relação às alegações feitas pelo CPJE:

O direito de acesso à informação, como estabelecido no artigo 35 da Constituição de


Karinda de 1990, não foi violado. A Constituição estabelece que o acesso à
informação pode ser exercido se estiver previsto expressamente em legislação
nacional. Portanto, o governo não agiu de forma contrária à Constituição ao restringir
o acesso à informação de acordo com os requisitos legais.

No que diz respeito ao reassentamento das comunidades nativas da floresta de


Karinda, o governo de Karinda empreendeu esforços significativos para persuadir os
Ibuting a aceitar a compensação e a mudança para abrigos temporários. Qualquer
resistência por parte das comunidades não pode ser atribuída a uma má-fé do governo,
mas sim a preocupações legítimas das comunidades, que o governo estava disposto a
abordar por meio de negociações e diálogo.

O acordo assinado entre a Masii e o governo de Karinda em 3 de março de 2013 foi


retido devido a preocupações com a segurança do Estado. Dada a sensibilidade da
exploração de recursos naturais, a decisão de não divulgar o conteúdo do acordo foi
tomada em nome da segurança nacional, não como um ato de falta de transparência.

A recusa em divulgar os detalhes do acordo, mesmo diante das preocupações dos


deputados, foi baseada na avaliação do interesse nacional. O governo acredita que a
divulgação dos detalhes do acordo poderia afetar negativamente a vantagem
econômica do Estado no mercado regional de mineração de carvão e exploração de
petróleo. Essa decisão visa garantir o bem-estar econômico do país e não implica má-
fé.

A decisão de não divulgar o conteúdo do acordo não equivale à falta de transparência.


Em vez disso, reflete a necessidade de equilibrar a transparência com a segurança do
Estado. O governo permanece comprometido com os princípios democráticos e com a
proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos.

O governo de Karinda nega veementemente a violação das disposições da Carta


Africana e de outros tratados relevantes em relação ao reassentamento das
comunidades Ibuting e Piwi. Todas as ações tomadas pelo governo visaram proteger
os interesses nacionais e promover o desenvolvimento sustentável.

O governo está totalmente comprometido em garantir a proteção dos direitos das


crianças que fugiram da Floresta de Karinda. Comprometemo-nos a tomar todas as
medidas necessárias para proteger seu bem-estar, de acordo com a Carta Africana e a
Convenção sobre os Direitos da Criança.

Portanto, o Estado de Karinda requer a rejeição das alegações apresentadas pelo CPJE
e pede a Vossa Excelência que leve em consideração os legítimos interesses de
segurança e estabilidade do Estado ao avaliar este caso.

Aos 04 de Outubro de 2023

Governo de Karinda

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