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Revisa Goiás 3 Série LP e Mat Maio - Junho-Estudante
Revisa Goiás 3 Série LP e Mat Maio - Junho-Estudante
Revisa Goiás 3 Série LP e Mat Maio - Junho-Estudante
e Matemática
Estudante
Maio/Junho - 2024
Revisa Goiás
LÍNGUA PORTUGUESA
GRUPO DE ATIVIDADES veiculado em programações televisivas, redes sociais,
plataformas de streaming, rádios, outdoors, jornais
Semana 1 - Maio etc. Geralmente, nos anúncios publicitários predo-
mina a função conativa/apelativa da linguagem para
Caro(a) estudante, convidamos você a ler os tex- comover e convencer seus receptores a consumirem
tos com atenção, uma vez que é importante se apro- ou concordarem com o que é anunciado.
priar do gênero em estudo e da temática abordada. Disponível em:https://www.portugues.com.br/redacao/anuncio-publicitario.html. Acesso em 06 de fev. 2024 (adaptado).
14. No texto em análise predomina a linguagem dos de sentido próprio, ou seja, o “sentido/significado”
( ) verbal ( ) não verbal recai sobre o verbo principal. Retomando o trecho:
‘Sua vida digital não vai ficar sem o WhatsApp.’, qual é
( ) verbal e não verbal (mista).
a locução verbal? Indique o verbo auxiliar e o principal.
15. Por meio da linguagem, também realizamos dife-
rentes ações: tentamos convencer o outro a fazer (ou GRUPO DE ATIVIDADES
dizer) algo, transmitimos informações, ordenamos,
pedimos, demonstramos sentimentos, assumimos
compromissos, construímos representações mentais SISTEMATIZANDO
sobre o mundo, enfim, pela linguagem organizamos o os conhecimentos
nosso dia a dia, a nossa vida... Nos anúncios publicitá-
rios, geralmente, predomina uma função da linguagem Caro(a) estudante, continuamos juntos(as) para
que busca transmitir uma mensagem com o objetivo de aprender cada vez mais! Nestas atividades, vamos
persuadir/convencer o interlocutor a aceitar uma ideia, avançar um pouco mais nos nossos conhecimentos.
ou vender um produto. Que função é esta? Vamos lá?
(A) Função referencial ou denotativa: o foco da men-
sagem é na informação, nesse caso, a intenção é
transmitir ao interlocutor dados da realidade de uma
forma direta e objetiva, priorizando as palavras em-
pregadas em seu sentido real/denotativo.
(B) Função poética: a intenção do produtor do texto
está voltada para a construção da mensagem, priori-
zando uma linguagem mais elaborada com elemen-
tos expressivos, como a sonoridade, o ritmo, os sen- Disponível em: https: //bocaabocacomunicacao.com/propaganda-x-publicidade/. Acesso em: 9 fev. 2024.
tidos conotativos.
(C) Função conativa (apelativa): quando a intenção
do produtor da mensagem é influenciar, envolver, o
destinatário, nesse caso, a mensagem se organiza em A publicidade tem como função publicar, isto é,
forma de chamamento, apelo, súplica, ordem, obje- tornar público. Nesse sentido, faz uso dos meios de
tivando convencer/persuadir o leitor a aceitar uma comunicação para chamar a atenção do público. Já a
ideia, comprar um produto. propaganda tem foco mais objetivo de vender uma
ideia, um produto ou serviço. Sendo assim, a publici-
(D) Função Fática: a preocupação do emissor é man-
dade e a propaganda são ferramentas de promoção
ter o contato com o interlocutor, abrindo, ou prolon-
e divulgação, porém ambas têm objetivos diferentes.
gando um canal de comunicação com frases, como
No entanto, muitas vezes, são usadas como sinôni-
“Veja bem...” ou “Entende?”.
mos, visto o caráter persuasivo, tanto da propaganda
(E) Função metalinguística: quando a preocupação quanto da publicidade. Ambos os gêneros costumam
do emissor está voltada para o próprio código, ou apresentar textos cuja mensagem pretende sensibi-
seja, o código da língua portuguesa é o tema da men- lizar / atrair o interlocutor, para tanto faz uso de ima-
sagem. Em alguns casos, utiliza-se a língua para expli- gens, recursos audiovisuais, música, efeitos sonoros
car a própria língua. e luminosos. A veiculação, nos dois casos, pode acon-
tecer por meio impresso, pela TV, rádio ou internet.
16. O pronome é uma palavra que acompanha ou subs-
titui um substantivo. Os pronomes possessivos trazem Leia o texto.
uma ideia de “posse”, associada às pessoas do discurso, Texto IV
isto é: a primeira pessoa do discurso é aquela que fala, a
segunda com quem se fala e a terceira de quem se fala.
No trecho: “Sua vida digital não vai ficar sem o WhatsA-
pp.”, qual palavra é o pronome possessivo? Esse prono-
me faz referência a que pessoa do discurso? Explique.
18. O anúncio publicitário elaborado pelo Ministério 24. QUESTÃO 24 – (ENEM - 2023)
Público da Bahia chama a atenção para o racismo, um
tema necessário e atual na sociedade brasileira. Ainda
que polêmico, é de grande relevância a discussão e cir-
culação desse assunto, seja em formatos tradicionais,
seja nas mídias (redes sociais). Considerando as carac-
terísticas do gênero anúncio publicitário, o texto em
estudo, tem a finalidade de
(A) noticiar um fato.
(B) promover uma ideia.
(C) relatar um acontecimento.
(D) criticar um comportamento.
Esse anúncio publicitário, veiculado durante o contex-
(E) defender um ponto de vista.
to da pandemia de covid-19, tem por finalidade
19. O “vocativo” é um termo que cumpre, no texto, a (A) divulgar o canal telefônico de atendimento a ca-
função de chamar a atenção do interlocutor ou colocá- sos de violência contra a mulher.
-lo em evidência no discurso. Ele aparece geralmente (B) informar sobre a atuação de uma entidade defen-
separado por alguma pontuação, a mais comum é a vír- sora da mulher vítima de violência.
gula. No texto em estudo, qual é a expressão que revela
(C) evidenciar o trabalho da Defensoria Pública em
que o anunciante conversa / chama / interpela o leitor?
relação ao problema do abuso contra a mulher.
20. No anúncio estudado, quais são os dois verbos que (D) alertar a sociedade sobre o aumento da violência
estão no modo imperativo e sintetizam a linguagem contra a mulher em decorrência do coronavírus.
convincente e persuasiva da propaganda? (E) incentivar o público feminino a denunciar crimes
de violência contra a mulher durante o período de
21. Qual é a principal informação apresentada no texto? isolamento.
Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2023_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 15 fev. 2024.
22. Na construção do anúncio publicitário, consideran- Estudante, para chegar à resposta da questão 44
do a linguagem verbal e não verbal, qual é o principal (Enem), além da leitura analítica do texto, é fundamen-
recurso que contribui para que a mensagem seja mais tal considerar o enunciado: “Essa campanha publicitária
efetiva e convença o leitor? do Ministério da Saúde visa”, ele chama a atenção para
uma ideia de “finalidade” do ‘Ministério da Saúde”. Refli-
23. No texto, a frase: “Racismo. Eu enfrento com a ver- ta sobre o que você já sabe sobre anúncio / ‘campanha
dade.”, leva o interlocutor à reflexão... Assim, reflita e publicitária’ e observe com muito cuidado o sentido de
responda a pergunta que também compõe o anúncio: cada verbo que está presente na questão: ‘divulgar’ /
“E você, como enfrenta o racismo?” ‘apresentar’ / ‘defender’ / ‘orientar’ / ‘informar’.
Essa campanha publicitária do Ministério da Saúde visa opiniões (argumentos), ou mesmo exposições man-
(A) divulgar um conjunto de benefícios proporciona- tendo a objetividade das informações apresentadas.
dos pela amamentação. A reportagem pode aparecer em suporte impresso
(jornais e revistas), digital (internet) ou audiovisual
(B) apresentar tratamentos para infecções respira-
(televisão).
tórias em bebês.
(C) defender o direito das mulheres de amamentar
em público.
(D) orientar sobre os exercícios para uma boa ama- A Reportagem do ponto de vista estrutural, ge-
mentação. ralmente, organiza-se em: título, lead e corpo do
(E) informar sobre o aumento de anticorpos nas texto. Pode ser classificada em: expositiva, opinativa
mães. ou interpretativa. A diferença entre “notícia” e “re-
Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2023_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 15 fev. 2024.
portagem” é basicamente a extensão. A reportagem
é mais longa e, por isso, apresenta elementos que
funcionam como suporte à informação, como depoi-
GRUPO DE ATIVIDADES mentos, os fatos históricos e os dados.
publicado nesta quinta-feira na revista Science traz um ato, ação ou acontecimento e a “consequência” é
evidências de que a ação humana e o ambiente urbano o resultado positivo ou negativo de uma determinada
estão orientando a evolução de plantas de forma se- causa. No título: “Urbanização intensa já afeta evolu-
melhante e em escala mundial. ção de organismos na Terra”, há uma ideia antecipada
“O fato de que uma planta responde evolutivamen- de causa? Justifique.
te às mudanças do ambiente urbano é algo muito mais
intenso do que verificar, por exemplo, um efeito em 6. Justifique a utilização da palavra ‘intensa’ na estru-
determinado contexto, como a produção de um fruto turação do título do texto, a qual contribui para a com-
ou a germinação precoce”, diz Milton Ribeiro, docente preensão de uma problemática que é comprovada ao
do campus da Unesp em Rio Claro, um dos pesquisado- longo do texto. A que classe gramatical essa palavra
res envolvidos no projeto. “Uma reflexão que pode ser pertence? Justifique.
feita a partir desse artigo é que embora o processo de
7. A construção do título nesse texto pode ser conside-
urbanização seja relativamente recente, se comparado
rada um recurso persuasivo? Justifique.
à história evolutiva, podemos constatar que as espé-
cies já estão se adaptando. É um tempo curto, mas já 8. No segundo parágrafo, a que conclusão chegaram os
estamos medindo as consequências que levariam tal- pesquisadores da Unesp?
vez milhões de anos para se processarem” em outras
circunstâncias, diz ele.
Ribeiro explica que o convite para ingressarem no GRUPO DE ATIVIDADES
projeto se deveu à expertise dos pesquisadores do La-
boratório de Ecologia Espacial e Conservação (LEEC),
que ele coordena, na área de ecologia. Integrante do ampliando
grupo de pesquisa do câmpus de Rio Claro e coautor os conhecimentos
do artigo, o pós-doutorando João Carlos Pena foi o
responsável por liderar os trabalhos junto à rede base- 9. O texto, em estudo, parte de uma reportagem com-
ada no Canadá. (…) pleta, publicada no Jornal da Unesp, e apresenta uma
Trecho de reportagem do Jornal da Unesp. informação principal. Qual é essa informação?
Disponível em: https://jornal.unesp.br/2022/03/18/urbanizacao-intensa-ja-afeta-evolucao-de-organismos-na-terra/. Acesso em:
18 fev. 2024.
10. A reportagem analisada se propõe a discutir a pro-
2. A reportagem é um gênero jornalístico informativo, blemática com base em uma:
no qual o autor apresenta um tratamento mais apro- ( ) contextualização histórica e entrevistas com es-
fundado a um determinado assunto/tema, dando voz pecialistas.
a outras pessoas e instituições que podem apresentar ( ) descrição de ações humanas que destroem cer-
explicando as circunstâncias, causas e consequências. tas espécies.
Alguns elementos que marcam esse gênero são: o tem-
po, a construção de possíveis personagens, a citação 11. Releia o texto “Urbanização intensa já afeta evolu-
de falas, porém, tantos esses elementos, quanto a “lin- ção de organismos na Terra”. No trecho: “Em 2020, se-
guagem” podem variar de acordo com o público, o tema gundo os dados mais recentes da Organização das Na-
abordado e o veículo (meio de divulgação). O principal ções Unidas (ONU), as áreas urbanas já contabilizavam
objetivo do texto em estudo é 4,4 bilhões de pessoas, ou 56,2% da população global.
(A) relatar. (D) informar. E a tendência é que o crescimento continue em ritmo
(B) criticar. (E) descrever. acelerado, chegando a 68,4% dos habitantes do plane-
(C) instruir. ta no ano de 2050.”, predomina uma comprovação em
conformidade com os/as
3. Quem escreveu esse texto e em que veículo de co- ( ) dados ( ) datas ( ) exemplos
municação ele foi publicado?
12. No trecho: “A acomodação de um contingente po-
4. No trecho: “...o número de pessoas que residiam em pulacional dessas proporções nas cidades implica a
cidades com mais de 20 mil habitantes batia na marca formação de verdadeiros ecossistemas criados pelo ho-
dos 250 milhões de pessoas, ou o equivalente a cerca mem, além de profundas alterações no meio ambiente.”,
de 13% da população do planeta.”, predomina um fato qual é a relação estabelecida pela expressão destacada?
ou uma opinião?
13. Para apontar as alternativas adequadas à constru-
5. Considerando a ideia de causa e consequência, en- ção dessa argumentação no texto em estudo, conside-
tendemos que a “causa” é o motivo, a razão que explica re o trecho:
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SEDUC
Secretaria de Estado
da Educação
Revisa Goiás
“O fato de que uma planta responde evolutivamente zir o texto. A reportagem interpretativa é quando há
às mudanças do ambiente urbano é algo muito mais uma análise entre os fatos e outros elementos (dados
intenso do que verificar, por exemplo, um efeito em de- estatísticos, fatos, depoimentos entre outros, que ao
terminado contexto, como a produção de um fruto ou final do texto, encaminham e sugerem certa conclu-
a germinação precoce”, diz Milton Ribeiro, docente do são a respeito do assunto tratado.
campus da Unesp em Rio Claro, um dos pesquisadores
envolvidos no projeto.” Leia o texto.
( ) prevalece a fala de uma autoridade (pesquisador). Texto II
( ) a expressão ‘por exemplo’, foi usada para ressaltar Brasileiros passam em média 56% do dia em frente às
uma exemplificação. telas de smartphones e computadores
( ) a expressão ‘muito mais’, circunstancialmente, in- Especialistas alertam que o uso excessivo de aparelhos
tensifica a evolução de uma planta às mudanças do eletrônicos pode ocasionar prejuízos de grande impacto
meio urbano. para a saúde física e mental das pessoas
( ) o termo ‘ou’ estabelece uma ideia de alternância No Brasil, as pessoas passam aproximadamente 16
entre ‘um fruto’ e ‘a germinação precoce’. horas do dia acordadas, mas um dado chama a aten-
( ) ‘...docente do campus da Unesp em Rio Claro,’ é ção: mais da metade desse tempo é destinado ao uso
um aposto que explica quem é Milton Ribeiro. de smartphones e computadores. O levantamento
( ) as aspas foram utilizadas para mostrar que há a foi feito pela plataforma Electronics Hub, um site de
fala de alguém, isto é, marcar uma citação direta. informações eletrônicas, a partir da pesquisa Digital
2023:Global Overview Report da DataReportal, con-
( ) emprega-se a norma padrão da língua portuguesa. siderando 45 nações, e concluiu que o Brasil é o segun-
do país com mais pessoas em frente a uma tela. São
14. No trecho: “Embora não seja uma novidade o fato cerca de 56,6% das horas acordadas em frente a telas,
de que a transformação humana sobre os ambientes ou seja, cerca de nove horas do dia. Em primeiro lugar
esteja alterando de forma drástica os ecossistemas...”, do ranking estão os sul-africanos, que passam 58,2%
o elemento articulador destacado estabelece uma acordados usando o computador ou um smartphone.
ideia de
Ainda segundo a plataforma, uma possível expli-
(A) causa. (D) proporção. cação para esse tempo poderia estar ligada ao cresci-
(B) conclusão. (E) explicação. mento dos serviços de streaming on-line, com dados
(C) concessão. revelando que 64% dos usuários brasileiros de smar-
tphones são assinantes de serviços como Netflix,
Apple TV ou Prime Vídeo da Amazon. [...]
GRUPO DE ATIVIDADES Apesar dos inúmeros benefícios atrelados à tecno-
logia, tanto para o desenvolvimento econômico quanto
social do País, com o aumento de conexões e possibili-
SISTEMATIZANDO dades, o uso excessivo de aparelhos eletrônicos pode
os conhecimentos ocasionar prejuízos de grande impacto para a saúde
física e mental das pessoas, e também trazer percep-
Estudante, continuamos juntos(as) para aprender ções sobre para onde e como o País está caminhando
cada vez mais! Nestas atividades, vamos avançar um em seu desenvolvimento socioeconômico. [...]
pouco mais nos nossos conhecimentos. Por isso, va- Produtividade em questão
mos ler e analisar mais um texto considerando o que Para o professor de Psicologia Social Sérgio Kodato,
já sabemos sobre esse gênero refletindo sobre o nos- da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão
so conhecimento de mundo a respeito da temática. Preto (FFCLRP) da USP, a tecnologia é extremamente
Vamos lá? favorável para efeitos do desenvolvimento do País. No
entanto, ele apresenta uma série de fatores que levam
a um desequilíbrio nas situações de trabalho, entre os
aspectos pessoais e profissionais. [...]
As reportagens podem ser classificadas em: ex- Cuidados com a saúde
positivas, opinativas ou interpretativas. A expositiva é
Não é de hoje que os especialistas alertam para o
aquela que traz uma série de conteúdos informativos,
mal à saúde que o uso excessivo da tecnologia pode
prevalecendo a objetividade do texto. Já a opinativa
causar. Em seu último mapeamento de transtornos
é aquela em que há uma mescla entre exposição dos
mentais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reve-
fatos e a opinião do repórter responsável por condu-
lou que o Brasil possui a população com maior preva-
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SEDUC
Secretaria de Estado
da Educação
Revisa Goiás
gênero “artigo de divulgação científica”, geralmente, cos, como o artigo de divulgação científica, é comum
predominam verbos no tempo a utilização de referências a outros textos. Essa refe-
( ) presente ( ) pretérito ( ) futuro rência pode aparecer como citação direta (marcada
pelas aspas), ou indireta / parafraseada, isto é, a “ideia”
5. No trecho: “O lobo-guará não é um animal perigo- escrita com as nossas palavras). Considerando o texto
so ao homem. Não existe nenhum registro, em toda a (fragmento), observa-se uma informação direcionada
história, de um guará que tenha atacado uma pessoa, ao leitor mostrando que o Big Bang não foi uma explo-
mas, ainda assim, são vistos como “maléficos”. Por quê? são, mas sim uma expansão de matéria e energia. Esse
Porque, em ambientes degradados, o lobo, para sobre- aspecto é evidenciado no intertexto sintetizado no tí-
viver, acaba atacando galinheiros ou comendo aves tulo, predominantemente, por meio de / do
que são criadas soltas.”, as palavras e expressões des- ( ) um jogo de palavras.
tacadas fazem referência a ( ) uso de dois substantivos.
( ) primeira pessoa do discurso ( ) uso da expressão “do que.”
( ) segunda pessoa do discurso
( ) terceira pessoa do discurso 9. Retire do texto um trecho que apresenta a infor-
mação principal sobre o assunto científico abordado.
6. O título “O lobo que não é mau”, foi elaborado fa- Sublinhe as palavras / expressões-chave que indicam
zendo referência a outro(s) texto(s) (intertextualidade), esse assunto e, em seguida, justifique o que comprova,
criando uma contradição. Qual é(são) o(s) texto(s) refe- no texto, que essa informação apresentada é científica.
renciado(s) nesse título?
10. No texto, como estratégia de escrita, foi utilizada a
impessoalização, ou seja, o uso da 3ª pessoa. Explique
GRUPO DE ATIVIDADES
essa afirmação, considerando as características do gê-
nero e apresente um trecho que comprova essa impes-
ampliando soalidade no texto.
os conhecimentos
11. Na construção dos textos, desenvolver a coesão /
Leia o texto. coerência e a progressão das ideias, é uma necessidade,
pois as ideias do texto precisam ter sentido e estarem
Texto II
conectadas umas às outras. No trecho: “No intervalo de
Mais big do que bang um piscar de olhos, por exemplo, seria possível, portan-
A comunidade científica mundial recebeu, na se- to, que ocorressem mais de 10 trilhões de Big Bangs.”, as
mana passada, a confirmação oficial de uma descober- expressões: ‘por exemplo’ e ‘portanto’, foram utilizadas,
ta sobre a qual se falava com enorme expectativa há respectivamente, para estabelecer uma relação de
alguns meses. Pesquisadores do Centro de Astrofísica (A) causa e explicação. (D) explicação e concessão.
Harvard-Smithsonian (B) adição e conclusão. (E) exemplificação e conclusão.
revelaram ter obtido a mais forte evidência até ago- (C) oposição e condição.
ra de que o universo em que vivemos começou mesmo
pelo Big Bang, mas este não foi explosão, e sim uma sú-
bita expansão de matéria e energia infinitas concentra- GRUPO DE ATIVIDADES
das em um ponto microscópico que, sem muitas opções
semânticas, os cientistas chamam de “singularidade”. Semana 4 - Maio
Essa semente cósmica permanecia em estado latente
e, sem que exista ainda uma explicação definitiva, co- SISTEMATIZANDO
meçou a inchar rapidamente […]. No intervalo de um
piscar de olhos, por exemplo, seria possível, portanto,
os conhecimentos
que ocorressem mais de 10 trilhões de Big Bangs.
Disponível em:https://descomplica.com.br/gabarito-enem/questoes/2018/primeiro-dia/no-titulo-proposto-para-esse-texto-de-di- Estudante, o artigo de divulgação científica que
vulgacao-cientifica-ao-dissociar-os-elementos-da-expressao/. Acesso em 22 de fev. 2024.
você vai ler agora foi produzido por um biólogo e
7. O título do texto de divulgação científica faz referên- professor. No texto, a temática é apresentada em
cia a um acontecimento, estabelecendo uma relação tom de curiosidade, mas sem perder o caráter infor-
de intertextualidade. Qual é esse acontecimento? mativo. Por meio desse texto, o leitor vai perceber
que, ainda que ele não goste de baratas, elas são im-
portantes para o equilíbrio do ecossistema. Vamos
8. A referência a outros textos, de maneira integral ou
conferir lendo o texto?
parcial é uma “intertextualidade”. Nos textos científi-
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024
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SEDUC
Secretaria de Estado
da Educação
Revisa Goiás
esse enunciador deixa posicionamentos sugeridos, Frequentemente circulam na mídia textos de divulga-
subentendidos para influenciar o leitor (receptor da ção científica que apresentam informações divergen-
mensagem). E nessas situações comunicativas, há in- tes sobre um mesmo tema. Comparando os dois textos,
tenções de evidenciar, “certeza”, “dúvida”, “probabilida- constata-se que o Texto II contrapõe-se ao I quando
de”, “obrigatoriedade”, “proibição”, algum “sentimento” (A) comprova cientificamente que a vitamina D não
entre outros. No trecho: “Nesse momento, é possível é uma vitamina.
que você, algum familiar ou conhecido já tenham pen-
sado em como seria bom acabar com todas as baratas (B) demonstra a verdadeira importância da vitamina
do mundo.”, na expressão destacada predomina D para a saúde.
(C) enfatiza que a vitamina D é mais comumente produ-
( ) dúvida ( ) obrigatoriedade
zida pelo corpo que absorvida por meio de alimentos.
( ) probabilidade ( ) subjetividade
(D) afirma que a vitamina D existe na gordura dos
peixes e no leite, não em seus derivados.
(E) levanta a possibilidade de o corpo humano produ-
De olho no Enem! zir artificialmente a vitamina D.
Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2013/dia2_caderno6_cinza.pdf. Acesso em 26 de fev. 2024.
Um quebrou a perna, o outro partiu braços e cos- 7. A construção de um ‘enredo’, ou seja, da sequência
telas e ficaram ambos estatelados do susto e sem fala, de acontecimentos na história, exige também a presen-
na estrada. ça da “solução do conflito”, isto é, o “desfecho” (elemen-
Cora Coralina. In. Medos e assombrações. to que compõe a narrativa). Qual é o trecho do texto
que apresenta o desfecho?
2. O título pode fisgar o leitor e ajudá-lo na intuição
de sentidos, levantamento de hipóteses, por exemplo. 8. Os verbos são palavras que indicam ação / estado /
Pode despertar no leitor desejo de ler / conhecer o fenômeno da natureza. No trecho: “Entrou, espichou
texto. Leia o título do conto da escritora Cora Coralina bem as pernas, ajeitou a cabeça na almofadinha que ia
e escreva alguns sentimentos, sensações, emoções que dentro, puxou a tampa e, bem confortado, ouvia a chu-
esse título pode despertar. va cair.” , predominam “ações” gradativas / contínuas.
Justifique essa afirmação.
3. Quando se pensa na produção de “textos narra-
tivos”, é fundamental atentar-se para o fato de que o 9. No trecho: “...um caixão vazio de defunto, destinado
“enredo”, ou seja, a “história completa”, deve ser a “re- para uma pessoa falecida naquele distrito.”, a palavra
criação da realidade” e não uma “reprodução da reali- destacada é uma preposição que nesse trecho estabe-
dade”. Para que aconteça essa recriação, a narrativa, lece uma ideia de
ao ser construída, precisa de elementos característicos (A) adição. (D) conclusão.
e essenciais, dentre eles, os principais são: “enredo” - a
(B) oposição. (E) explicação.
sequência de acontecimentos da história / “narrador”
- a voz que conta a história / “personagem” - quem (C) finalidade.
participa da história / “lugar / espaço” - onde as ações
acontecem / “tempo” - quando as ações acontecem./ GRUPO DE ATIVIDADES
“desfecho” - solução para o conflito. No texto “Medo”,
um homem (personagem da história), que precisava se-
guir viagem “aceitou viajar na coberta com os volumes
e o caixão vazio.”, pois estava
ampliando
( ) cansado de viajar.
os conhecimentos
( ) com medo da estrada.
( ) começando a chover forte.
Existem vários tipos de contos, como por exem-
4. Os segmentos físicos que servem de cenário durante plo: conto de ficção científica. No enredo desse con-
o desenrolar das ações, movimentos das personagens to, há a presença de elementos que não existem em
durante a narrativa constituem o “espaço / lugar.” No nossa realidade, mas que poderiam existir devido ao
conto “Medo”, em qual lugar se passam os aconteci- avanço tecnológico e científico. Há o conto fantástico,
mentos, fatos da história narrada? ou seja, uma narrativa com a presença de persona-
gens e acontecimentos impossíveis na realidade sem
5. Uma narrativa pode ser pensada, estruturada con- explicação racional, elementos sobrenaturais. Existe,
siderando uma “situação inicial que caminha para uma também, o conto infantojuvenil, isto é, uma história
situação final.” No conto, por exemplo, as transforma- voltada para jovens e crianças. Geralmente, a lingua-
ções / ações decorrem do surgimento de um ‘conflito’ gem explorada nesses contos é mais simples e as te-
entre as personagens. O ‘conflito’ é um elemento que máticas são relacionadas a conflitos comuns na vida
está dentro do “enredo” e que rompe o equilíbrio da si- desse público-alvo. Existe, ainda, o conto de fadas,
tuação inicial por causa das atitudes de alguma perso- isto é, uma narrativa marcada pela existência de fadas
nagem ou de um acontecimento. O conflito movimenta e outras criaturas mágicas entre suas personagens.
as ações do texto. No conto “Medo”, quando esse con-
flito tem início? Explique.
Uma pitada de literatura!!!
6. O “conflito” na narrativa é o momento em que o equi- A linguagem do realismo é baseada na realida-
líbrio se rompe e as ações se desenvolvem até chegar de do cotidiano comum, marcada pela tendência ao
a um “clímax”, mais um elemento do enredo, que é o cientificismo e à oposição ao romantismo. Os escrito-
(ponto máximo de tensão resultante das ações / trans- res do realismo não utilizavam a subjetividade como
formações vividas pelas personagens da história). No forma de expressão em suas obras. Considerada uni-
conto “Medo”, qual é o ‘clímax’, isto é, o momento de versal, culta, impessoal, clara, direta e, obviamente,
maior tensão que balança a história? realista, a linguagem do realismo sofreu influência
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SEDUC
Secretaria de Estado
da Educação
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direta das obras literárias do século XIX, época em Por que quatro ou cinco? Rigorosamente eram
que os artistas seguiam a tendência da filosofia, do quatro os que falavam; mas, além deles, havia na sala
positivismo e da ciência. Os escritores do realismo um quinto personagem, calado, pensando, cochilando,
passaram a descrever pensamentos, sensações, sen- cuja espórtula no debate não passava de um ou outro
timentos, anseios, devaneios entre outros aspectos, resmungo de aprovação. Esse homem tinha a mesma
o que marcou bastante a linguagem do realismo. [...] idade dos companheiros, entre quarenta e cinquen-
No Brasil, Machado de Assis (1839-1908) é conside- ta anos, era provinciano, capitalista, inteligente, não
rado o grande percussor do realismo com a publi- sem instrução, e, ao que parece, astuto e cáustico.
cação do romance intitulado “Memórias Póstumas Não discutia nunca; e defendia-se da abstenção com
de Brás Cubas”, no ano de 1881, marca do início do um paradoxo, dizendo que a discussão é a forma po-
movimento no país. [...] Os artistas retratavam per- lida do instinto batalhador, que jaz no homem, como
sonagens mais reais com fraquezas, erros, pecados, uma herança bestial; e acrescentava que os serafins e
defeitos, anseios e pensamentos negativos. [...] As os querubins não controvertiam nada, e, aliás, eram a
principais caraterísticas do realismo no Brasil são: o perfeição espiritual e eterna. Como desse esta mesma
uso da veracidade e da contemporaneidade, a crítica resposta naquela noite, contestou-lha um dos presen-
à realidade social sofrida do período, o uso da ironia tes, e desafiou-o a demonstrar o que dizia, se era capaz.
como marca retórica e a descrição dos pensamentos Jacobina (assim se chamava ele) refletiu um instante, e
e anseios das personagens de forma realista. [...] respondeu:
Disponível em:https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/a-linguagem-do-realismo. Acesso em 29 de fev.
2024 (adaptado).
- Pensando bem, talvez o senhor tenha razão.
Vai senão quando, no meio da noite, sucedeu que
Machado de Assis é um dos autores mais prová- este casmurro usou da palavra, e não dois ou três minu-
veis de serem temas de questões em vestibulares, tos, mas trinta ou quarenta. A conversa, em seus mean-
como na prova de literatura do Enem. Fundador da dros, veio a cair na natureza da alma, ponto que dividiu
Academia Brasileira de Letras, ele tinha um estilo de radicalmente os quatro amigos. Cada cabeça, cada
escrita marcante e suas obras contam com a meta- sentença; não só o acordo, mas a mesma discussão tor-
linguagem, a ironia e a intertextualidade, além de se nou-se difícil, senão impossível, pela multiplicidade das
fazerem presentes não só nas provas, mas também questões que se deduziram do tronco principal e um
no nosso cotidiano. Afinal, quem nunca acabou deba- pouco, talvez, pela inconsistência dos pareceres. Um
tendo com alguém sobre a hipótese de Capitu ter ou dos argumentadores pediu ao Jacobina alguma opi-
não traído Bentinho? nião, - uma conjetura, ao menos.
- Nem conjetura, nem opinião, redargüiu ele; uma ou
outra pode dar lugar a dissentimento, e, como sabem,
eu não discuto. Mas, se querem ouvir-me calados, pos-
so contar-lhes um caso de minha vida, em que ressalta
a mais clara demonstração acerca da matéria de que se
trata. Em primeiro lugar, não há uma só alma, há duas...
- Duas?
Disponível em:https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/enem/machado-de-assis-o-que-estudar-para-o-vestibular.
Acesso em 29 de fev. 2024. - Nada menos de duas almas. Cada criatura humana
traz duas almas consigo: uma que olha de dentro para
Leia o texto. fora, outra que olha de fora para entro....[...] A alma ex-
Texto II terior pode ser um espírito, um fluido, um homem, mui-
tos homens, um objeto, uma operação. Há casos, por
O espelho exemplo, em que um simples botão de camisa é a alma
Esboço de uma nova teoria da alma humana exterior de uma pessoa; - e assim também a polca, o
Quatro ou cinco cavalheiros debatiam, uma noite, voltarete, um livro, uma máquina, um par de botas, uma
várias questões de alta transcendência, sem que a dis- cavatina, um tambor, etc. Está claro que o ofício des-
paridade dos votos trouxesse a menor alteração aos sa segunda alma é transmitir a vida, como a primeira;
espíritos. A casa ficava no morro de Santa Teresa, a as duas completam o homem, que é, metafisicamente
sala era pequena, alumiada a velas, cuja luz fundia-se falando, uma laranja. Quem perde uma das metades,
misteriosamente com o luar que vinha de fora. Entre a perde naturalmente metade da existência; e casos há,
cidade, com as suas agitações e aventuras, e o céu, em não raros, em que a perda da alma exterior implica a
que as estrelas pestanejavam, através de uma atmos- da existência inteira. Shylock, por exemplo. A alma ex-
fera límpida e sossegada, estavam os nossos quatro ou terior aquele judeu eram os seus ducados; perdê-los
cinco investigadores de coisas metafísicas, resolvendo equivalia a morrer. "Nunca mais verei o meu ouro, diz
amigavelmente os mais árduos problemas do universo. ele a Tubal; é um punhal que me enterras no coração."
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Vejam bem esta frase; a perda dos ducados, alma exte- com a corte de D. João VI. Não sei o que havia nisso de
rior, era a morte para ele. Agora, é preciso saber que a verdade; era a tradição. O espelho estava naturalmen-
alma exterior não é sempre a mesma... te muito velho; mas via-se-lhe ainda o ouro, comido em
- Não? parte pelo tempo, uns delfins esculpidos nos ângulos
superiores da moldura, uns enfeites de madrepérola e
- Não, senhor; muda de natureza e de estado. Não
outros caprichos do artista. Tudo velho, mas bom...
aludo a certas almas absorventes, como a pátria, com
a qual disse o Camões que morria, e o poder, que foi a - Espelho grande?
alma exterior de César e de Cromwell. São almas enér- - Grande. E foi, como digo, uma enorme fineza,
gicas e exclusivas; mas há outras, embora enérgicas, de porque o espelho estava na sala; era a melhor peça
natureza mudável. Há cavalheiros, por exemplo, cuja da casa. Mas não houve forças que a demovessem do
alma exterior, nos primeiros anos, foi um chocalho ou propósito; respondia que não fazia falta, que era só por
um cavalinho de pau, e mais tarde uma provedoria de algumas semanas, e finalmente que o "senhor alferes"
irmandade, suponhamos. Pela minha parte, conheço merecia muito mais. O certo é que todas essas coisas,
uma senhora, - na verdade, gentilíssima, - que muda de carinhos, atenções, obséquios, fizeram em mim uma
alma exterior cinco, seis vezes por ano. Durante a esta- transformação, que o natural sentimento da mocidade
ção lírica é a ópera; cessando a estação, a alma exterior ajudou e completou. Imaginam, creio eu?
substitui-se por outra: um concerto, um baile do Cassi- - Não.
no, a rua do Ouvidor, Petrópolis...
- O alferes eliminou o homem. Durante alguns dias
- Tinha vinte e cinco anos, era pobre, e acabava de as duas naturezas equilibraram-se; mas não tardou que
ser nomeado alferes da Guarda Nacional. Não imagi- a primitiva cedesse à outra; ficou-me uma parte míni-
nam o acontecimento que isto foi em nossa casa. Minha ma de humanidade. Aconteceu então que a alma exte-
mãe ficou tão orgulhosa! tão contente! Chamava-me o rior, que era dantes o sol, o ar, o campo, os olhos das
seu alferes. Primos e tios, foi tudo uma alegria sincera moças, mudou de natureza, e passou a ser a cortesia
e pura. Na vila, note-se bem, houve alguns despeita- e os rapapés da casa, tudo o que me falava do posto,
dos; choro e ranger de dentes, como na Escritura; e o nada do que me falava do homem. A única parte do ci-
motivo não foi outro senão que o posto tinha muitos dadão que ficou comigo foi aquela que entendia com o
candidatos e que esses perderam. Suponho também exercício da patente; a outra dispersou-se no ar e no
que uma parte do desgosto foi inteiramente gratuita: passado. Custa-lhes acreditar, não?
nasceu da simples distinção. Lembra-me de alguns ra-
[...]
pazes, que se davam comigo, e passaram a olhar-me de
revés, durante algum tempo. Em compensação, tive De quando em quando, olhava furtivamente para
muitas pessoas que ficaram satisfeitas com a nomea- o espelho; a imagem era a mesma difusão de linhas, a
ção; e a prova é que todo o fardamento me foi dado por mesma decomposição de contornos... Continuei a ves-
amigos... Vai então uma das minhas tias, D. Marcolina, tir-me. Subitamente por uma inspiração inexplicável,
viúva do Capitão Peçanha, que morava a muitas léguas por um impulso sem cálculo, lembrou-me... Se forem
da vila, num sítio escuso e solitário, desejou ver-me, e capazes de adivinhar qual foi a minha ideia...
pediu que fosse ter com ela e levasse a farda. [...] Acha- - Diga.
va-me um rapagão bonito. Como era um tanto patusca, - Estava a olhar para o vidro, com uma persistên-
chegou a confessar que tinha inveja da moça que hou- cia de desesperado, contemplando as próprias feições
vesse de ser minha mulher. Jurava que em toda a pro- derramadas e inacabadas, uma nuvem de linhas soltas,
víncia não havia outro que me pusesse o pé adiante. E informes, quando tive o pensamento... Não, não são ca-
sempre alferes; era alferes para cá, alferes para lá, alfe- pazes de adivinhar.
res a toda a hora. Eu pedia-lhe que me chamasse João- - Mas, diga, diga.
zinho, como dantes; e ela abanava a cabeça, bradando
- Lembrou-me de vestir a farda de alferes. Vesti-a,
que não, que era o "senhor alferes". Um cunhado dela,
aprontei-me de todo; e, como estava defronte do es-
irmão do finado Peçanha, que ali morava, não me cha-
pelho, levantei os olhos, e... não lhes digo nada; o vidro
mava de outra maneira. Era o "senhor alferes", não por
reproduziu então a figura integral; nenhuma linha de
gracejo, mas a sério, e à vista dos escravos, que natural-
menos, nenhum contorno diverso; era eu mesmo, o al-
mente foram pelo mesmo caminho. Na mesa tinha eu o
feres, que achava, enfim, a alma exterior.
melhor lugar, e era o primeiro servido. Não imaginam.
[...] Se lhes disser que o entusiasmo da tia Marcolina che- [...]
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000240.pdf. Acesso em 29 de fev. 2024.
gou ao ponto de mandar pôr no meu quarto um grande
espelho, obra rica e magnífica, que destoava do resto da
casa, cuja mobília era modesta e simples... Era um es-
pelho que lhe dera a madrinha, e que esta herdara da
mãe, que o comprara a uma das fidalgas vindas em 1808
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19. Os textos podem fazer referências a outros textos, 23. Para que foi utilizado, predominantemente, o pon-
bem como a outros discursos (intertextualidade / inter- to de interrogação no trecho: “Em primeiro lugar, não
discursividade). Aponte um trecho no qual o escritor há uma só alma, há duas...
Machado de Assis faz referência à escrita do poeta Ca- - Duas?”
mões. Destaque em sua resposta o que disse o poeta.
(A) certeza. (D) indignação.
20. Em: “Entre a cidade, com as suas agitações e aven- (B) aceitação. (E) perplexidade.
turas, e o céu, em que as estrelas pestanejavam, atra- (C) indagação.
vés de uma atmosfera límpida e sossegada...”, a expres-
são destacada, considerando as figuras de linguagem, 24. Há palavras que são utilizadas na construção de um
é um / uma texto para indicar diversas circunstâncias, como: nega-
ção, modo, tempo, lugar, intensidade, dúvida entre ou-
(A) antítese. (D) eufemismo.
tras. No trecho: “O espelho estava naturalmente muito
(B) hipérbole. (E) personificação. velho..”, a palavra ‘muito’ foi utilizada para mostrar uma
(C) catacrese. circunstância. Qual?
Texto II
Testes 1. Esse texto foi escrito para
Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um (A) contar sobre o que aconteceu com: Bip, celular
site da internet. O nome do teste era tentador: “O que “tijolão” e disquete.
Freud diria de você ”. Uau. Respondi a todas as pergun-
tas e o resultado foi o seguinte: “Os acontecimentos da (B) descrever os tipos de aparelhos tecnológicos que
sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso fizeram sucesso.
você buscou conhecimento intelectual para seu ama- (C) relatar sobre o primeiro Macintosh criado por
durecimento”. Perfeito! Foi exatamente o que acon- Steve Jobs no passado.
teceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma (D) informar sobre os objetos tecnológicos que estão
consulta paranormal com o pai da psicanálise, e ele em desuso na atualidade.
acertou na mosca. (E) expor um ponto de vista a respeito dos equipa-
Estava com tempo sobrando, e curiosidade é algo mentos telefônicos e de mensagens.
que não me falta, então resolvi voltar ao teste e respon-
der tudo diferente do que havia respondido antes. Mar- 2. No trecho: “Equipamentos telefônicos e de mensa-
quei umas alternativas esdrúxulas, que nada tinham a gens, aparelhos de música, dispositivos para guardar
ver com minha personalidade. E fui conferir o resultado, informações, entre outros.”, o termo destacado esta-
que dizia o seguinte: “Os acontecimentos da sua infân- belece uma relação de
cia a marcaram até os 12 anos, depois disso você buscou (A) condição. (D) explicação.
conhecimento intelectual para seu amadurecimento”.
(B) finalidade. (E) concessão.
MEDEIROS, M. Doidas e santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado).
(C) conclusão.
ra. Um artigo publicado em novembro passado na re- na véspera, o caminhão de um comprador de galinhas e
vista American Journal of Preventive Medicine estima ovos, seo Abrãozinho Buristém, que carregava um rádio
que, em 2019, pelo menos 57 mil óbitos prematuros no pequeno, de pilhas, armara um fio no arame da cerca…
país teriam sido causados pela ingestão em demasia de Mas queriam escutar outra vez, por confirmação. — “A
ultraprocessados. Outro estudo, que saiu em dezembro estória é estável de boa, mal que acompridada: taca e
de 2022 na revista científica JAMA Neurology, sugere não rende…” — explicava o Zuz ao Dalberto.
que o consumo exacerbado desse tipo de alimento ace- Soropita começou a recontar o capítulo da nove-
lera em 28% o declínio da cognição geral dos adultos. [...] la. Sem trabalho, se recordava das palavras, até com
A partir de uma modelagem epidemiológica, os clareza — disso se admirava. Contava com prazer de
pesquisadores calcularam o número de mortes não demorar, encher a sala com o poder de outros altos
naturais ligadas ao consumo de ultraprocessados no personagens. Tomar a atenção de todos, pudesse con-
Brasil [...]. “Nossa modelagem considera como fator de tar aquilo noite adiante. Era preciso trazer luz, nem uns
risco para a ocorrência de mortes prematuras quanto enxergavam mais os outros; quando alguém ria, ria de
uma população consome de ultraprocessados e asso- muito longe. O capítulo da novela estava terminando.
cia esse dado à estimativa de risco e morte por todas ROSA, J. G. Noites do sertão (Corpo de baile). São Paulo: Global, 2021.
as causas, segundo a literatura científica internacio-
nal”, explica o biólogo Eduardo Nilson, pesquisador 5. O foco narrativo do conto, vidência uma narrador que
associado ao Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em (A) participa dos acontecimentos, sendo assim,
Nutrição e Saúde, da Universidade de São Paulo (Nu- é um personagem preocupado em mostrar suas
pens-USP) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em ações no enredo.
Brasília, autor principal do primeiro estudo. [...]
Disponível em:https://www.todamateria.com.br/texto-de-divulgacao-cientifica/. Acesso em 05 de mar. 2024 (adaptado).
(B) observa apenas os fatos ao seu redor para mos-
trar o que os personagens sentem e pensam no de-
3. Qual é o tema desse texto? correr da história.
(A) O declínio do processo mental de memória dos (C) não participa da história, mas tem onisciência de
brasileiros no Brasil. todos os acontecimentos e sabe sobre os pensamen-
tos e sentimentos dos personagens.
(B) O consumo excessivo de alimentos ultraproces-
sados e suas consequências. (D) se apresenta neutro e não deixa que o leitor per-
ceba a sua presença durante o desenrolar dos fatos
(C) As importantes publicações na revista American
que encaminham para um desfecho.
Journal of Preventive Medicine.
(E) está em terceira pessoa, é observador e tem
(D) Os dois trabalhos que se destacaram no país e as
consciência de todos os acontecimentos, sem mos-
mortes prematuras de brasileiros.
trar pensamentos dos personagens.
(E) O modelo epistemológico dos pesquisadores que
calculam o número de mortes naturais. Leia o texto.
(D) consumidor que tomar o remédio indicado nesse 7. Qual é o trecho que predomina a defesa do ponto de
anúncio não terá mais sintomas. vista do autor?
(E) composição do ácido acetilsalicílico e cafeína tor- (A) “Atualmente, é estimado que 65% das crianças
nam o remédio (Doril) analgésico e antitérmico. a entrar na escola primária hoje desempenharão fun-
ções que ainda não existem, uma indicação clara que
Leia o texto. será necessário reaplicar o conhecimento e tecnolo-
A tecnologia a abrir caminho para o futuro (mais humano) gia que temos às capacidades que impulsionarão o
mundo do trabalho no futuro.”
Por Fabio Rodriguez
(B) “Mas, apesar dos ajustes necessários, é certo que
A tecnologia tem o poder de fazer muitas coisas e
somos privilegiados por viver numa altura em que a
mudar o mundo tem sido uma delas. Se em 1820 po-
ciência e tecnologia nos podem assistir, tornando as
díamos esperar viver em média menos de 35 anos, e
nossas vidas mais fáceis e fazendo-nos repensar as
menos de 20% da população sabia ler e escrever, atual-
maneiras de desempenhar as nossas funções diárias.”
mente a esperança de vida duplicou e mais de 80% das
pessoas no mundo são alfabetizadas, um número que (C) “Todos os anos são desenvolvidas e aplicadas no-
sobe em Portugal. Para qualquer observador, é fácil vas tecnologias a incríveis ritmos e elas têm, possi-
verificar que estes avanços se devem primariamente à bilitado respostas a um largo espetro de desafios da
tecnologia, ao início da revolução industrial e consecu- humanidade.”
tiva transição para a era da informação. (D) “O que torna este período da história diferente
Atualmente, é estimado que 65% das crianças a en- prende-se precisamente com o ritmo de avanço tec-
trar na escola primária hoje desempenharão funções nológico: a tendência humana continua a ser pensar
que ainda não existem, uma indicação clara que será de forma linear...”
necessário reaplicar o conhecimento e tecnologia que (E) “E com a tecnologia a avançar de maneira expo-
temos às capacidades que impulsionarão o mundo do nencial serão as sociedades, leis e sistemas políticos
trabalho no futuro. Mas, apesar dos ajustes necessá- que terão de se adaptar...”
rios, é certo que somos privilegiados por viver numa
altura em que a ciência e tecnologia nos podem assistir, 8. No trecho: “Se em 1820 podíamos esperar viver em
tornando as nossas vidas mais fáceis e fazendo-nos re- média menos de 35 anos, e menos de 20% da popu-
pensar as maneiras de desempenhar as nossas funções lação sabia ler e escrever, atualmente a esperança de
diárias. Mas será que toda a tecnologia beneficiará o vida duplicou e mais de 80% das pessoas no mundo são
futuro da humanidade? alfabetizadas, um número que sobe em Portugal.”, pre-
Todos os anos são desenvolvidas e aplicadas novas domina um argumento de
tecnologias a incríveis ritmos e elas têm, possibilitado (A) princípio. (D) analogia histórica.
respostas a um largo espetro de desafios da humanida-
(B) senso comum. (E) causa/consequência.
de. Este ano assistimos a uma quantidade nunca antes
de vista de inovação num curto espaço de tempo, como (C) exemplificação.
resposta à situação de saúde pública vivida. Mas aplicar
a tecnologia para o bem da humanidade apenas emergi- 9. Em qual trecho predomina um fato?
rá como um pilar se integrar a inteligência humana e as (A) “...a tendência humana continua a ser pensar de
máquinas, com uma intenção clara de servir e chegar a forma linear...”
grandes fações da humanidade, para um bem coletivo. (B) “...nem toda a tecnologia é criada para beneficiar
Para isso é necessário ter em conta que, ao ritmo a humanidade.”
de inovações atual, nem toda a tecnologia é criada para (C) “é fácil verificar que estes avanços se devem pri-
beneficiar a humanidade. O que torna este período da mariamente à tecnologia...”
história diferente prende-se precisamente com o ritmo (D) “...o investimento é guiado para aquelas que ver-
de avanço tecnológico: a tendência humana continua dadeiramente ajudam a humanidade.”
a ser pensar de forma linear – quando projetamos as (E) “...mais de 80% das pessoas no mundo são alfabe-
expectativas para daqui cinco anos, comparamos com tizadas, um número que sobe em Portugal.”
as diferenças verificadas nos últimos cinco anos. E com
a tecnologia a avançar de maneira exponencial serão 10. No trecho: “Todos os anos são desenvolvidas e apli-
as sociedades, leis e sistemas políticos que terão de cadas novas tecnologias a incríveis ritmos e elas têm,
se adaptar, para se certificarem que o investimento é possibilitado respostas a um largo espetro de desafios
guiado para aquelas que verdadeiramente ajudam a da humanidade.”, o termo destacado refere-se às:
humanidade. [...] (A) maneiras. (D) funções diárias.
Disponível em:https://tek.sapo.pt/opiniao/artigos/opiniao-a-tecnologia-a-abrir-caminho-para-o-futuro-mais-humano. Acesso em
06 de mar. 2024 (adaptado).
(B) capacidades. (E) novas tecnologias.
(C) nossas vidas.
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Semana 1 - Maio (C) 26 ⋅ 25 ⋅ 24 ⋅ 23
(D) 26 + 26 + 26 + 26
(E) 26 ⋅ 26 ⋅ 26 ⋅ 26
Diagnóstico 6. Quatro casais irão ao teatro e, reservaram 8 poltro-
nas sequenciais pertencentes a uma mesma fileira.
1. Observe o fatorial a seguir De quantas maneiras distintas esses casais podem se
sentar de forma que duas pessoas de um mesmo casal
O valor desse fatorial é igual a sempre fiquem lado a lado?
(A) 120. (D) 1680. (A) 24 (D) 3072
(B) 336. (E) 2016. (B) 384 (E) 40 320
(C) 720. (C) 768
2. Uma pessoa possui 5 camisetas, 3 calças e 2 pares 7. (Enem 2017) O comitê organizador da Copa do
de sapatos. Mundo 2014 criou a logomarca da Copa, composta de
De quantas maneiras distintas essa pessoa pode vestir uma figura plana e o slogan “juntos num só ritmo” com
uma camiseta, uma calça e um par de sapatos? as mãos que se unem formando a taça Fifa. Conside-
re que o comitê organizador resolvesse utilizar todas
(A) 75 (D) 30
as cores da bandeira nacional (verde, amarelo, azul e
(B) 60 (E) 10 branco) para colorir a logomarca, de forma que regiões
(C) 50 vizinhas tenham cores diferentes.
3. Um grupo de pessoas foi entrevistado sobre suas
preferências de emissoras de rádio. Obteve-se o se-
guinte resultado: 150 pessoas preferem a rádio A, 135 a
rádio B, 75 ambas as rádios e 40 preferem outras rádios.
O número de pessoas entrevistadas foi:
(A) 400. (D) 285.
(B) 360. (E) 250.
(C) 300.
4. Em um jogo de cartas, Paulo precisa escolher 6 den-
tre 9 cartas diferentes. De quantas maneiras diferentes o comitê organizador da
De quantas maneiras diferentes essas cartas podem Copa poderia pintar a logomarca com as cores citadas?
ser escolhidas?
(A) 15 (D) 360
(A) 15 (D) 324 (B) 30 (E) 972
(B) 54 (E) 504 (C) 108
(C) 84
5. Qual expressão representa a quantidade de anagra- 8. Taíssa está participando de um jogo de tabuleiro no
mas (palavras), com 4 letras diferentes, que podem ser qual dois dados de seis faces, não viciados, são lança-
formados com um alfabeto de 26 letras? dos simultaneamente e, em seguida, a soma dos seus
(A) 26 ⋅ 4 resultados indica a quantidade de casas que o jogador
deve andar.
(B) 26 + 25 + 24 + 23
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Nessas condições, qual será a soma mais provável obti- Semana 2 - Maio
da por um jogador qualquer?
(A) 5 (D) 9 GRUPO DE ATIVIDADES
(B) 6 (E) 10
(C) 7 Quer aprender algo importante, que irá facilitar a sua
vida neste conjunto de aulas? Então, efetue as opera-
9. Considere uma urna com 10 bolas numeradas de 1 a ções a seguir.
10 de onde será retirada uma única bola.
a) 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = f) 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 + 2 ⋅1 =
Sabendo que o número da bola retirada é par.
Qual a probabilidade de que a bola a ser retirada conte- b) 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = g) 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 − 3 ⋅ 2 ⋅1 =
nha um número múltiplo de cinco?
1 3 c) 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
(A) (D) h) =
5 5 2 ⋅1 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
2 4 d) 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = i) =
(B) (E) 2 ⋅1 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
5 5
(C)
1 e) 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = j) 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 + 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 =
3 ⋅ 2 ⋅1 3 ⋅ 2 ⋅1 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
2
Simplificação de fatorial b) 5 ! = g) 5 !− 3! =
Quando temos uma divisão entre fatoriais, é re-
comendável utilizar a simplificação desses fatoriais. c) 6 ! = 7!
h) =
Como visto anteriormente, a divisão não é diferente 2!5!
da adição, da subtração e a da multiplicação. Desta 4! 9!
forma, não podemos simplesmente dividir os núme- d) = i) =
2! 4!5!
ros e preservar o fatorial.
Assim, para calcular a divisão de fatoriais, realiza- 5! 5! 9!
e) = j) + =
mos a simplificação do fatorial. 3! 3! 4!5!
Exemplo 1
2. Em um restaurante, é oferecido o famoso prato feito.
6! Todos os pratos possuem arroz, e o cliente pode esco-
4! lher uma combinação entre 3 possibilidades de carne
Resolução: (bife, frango ou lombo), 2 tipos de feijão (caldo ou tro-
O primeiro passo é identificar o maior dos fato- peiro) e 2 tipos de salada (vinagrete ou folhas). De quan-
riais, que no exemplo é o numerador 6! . Agora, po- tas maneiras distintas um cliente pode fazer o pedido?
demos observar que o denominador vale 4!, então
vamos reescrever o 6! como a multiplicação dos seus
antecessores até 4! . Vamos avançar?
6 ⋅ 5 ⋅ 4!
4!
PFC – Princípio Fundamental da Contagem
Como estamos multiplicando e dividindo por 4! , (Princípio Multiplicativo)
podemos simplificar a operação, restando:
A análise combinatória é a parte da matemática
6 ⋅ 5 ⋅ 4! que analisa a quantidade de agrupamentos possíveis
= 6⋅5
4! para determinadas situações, e o princípio funda-
Por fim, basta realizar a multiplicação: mental da contagem (princípio multiplicativo) é um
6⋅5 = 30 dos processos que se utiliza para calcular o total de
Exemplo 2 combinações possíveis nesses agrupamentos.
3! O princípio determina que se uma decisão 1 pode ser
7! tomada de n1 maneiras, e outra decisão d 2 pode ser toma-
Resolução: da de n2 maneiras, sendo essas decisões independentes.
Seguindo os mesmos passos, escreveremos a Desta forma, o número de maneiras que essas
multiplicação de 7 ! pelos seus antecessores até che- duas decisões podem ser tomadas é calculado pelo
gar no 3! : produto 𝑛1 · 𝑛2 .
3! ATENÇÃO: Em outras situações, a quantidade de
7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3! decisões pode ser maior do que duas.
Simplificando: O princípio multiplicativo é uma ferramenta que
3! 1 1 resolve grande parte dos problemas de contagem, po-
= = rém a sua aplicação direta na resolução de problemas
7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 840 nem sempre pode ser tão simples. No entanto, alguns
Lembre-se que: problemas possuem características em comum e são
recorrentes. Dessa forma, esses agrupamentos serão
n != n ⋅ ( n − 1) ⋅ ( n − 2 ) ⋅…⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 caracterizados e estudados separadamente a seguir.
e Exemplo 1: De quantas maneiras pode-se organi-
0! = 1 , 1! = 1 zar três pessoas em uma fila?
1ª decisão: escolher quem vai ficar em 1º lugar na
fila → 3 possibilidades, pois são 3 pessoas;
ATIVIDADES 2ª decisão: escolher quem vai ficar em 2º lugar na
→
fila 2 possibilidades, pois 1 pessoa já ocupou o 1º lugar;
1. Calcule o valor de cada expressão a seguir:
3ª decisão: escolher quem vai ficar em 3º lugar na
a) 4 ! = f) 4!+ 2! = →
fila 1 possibilidade, pois 2 pessoas já ocuparam os
dois primeiros lugares.
6. Para montar um sanduíche em uma lanchonete, Ma- do os números 1, 2 e 3 sem encontrar todas as possibi-
nuel tem a opção de escolher o pão, a salada, a carne, o lidades? Se sim mostre seu raciocínio.
molho e o queijo.
• Pão: italiano, três queijos, sete grãos;
12. Quantos números naturais pares de 3 algarismos
• Salada: alface, tomate, pepino; distintos existem?
• Carnes: hambúrguer, frango, lombo;
• Molho: maionese, ketchup; 13. A lanchonete de uma escola oferece três tipos de
sucos e quatro tipos de refrigerantes. De quantas ma-
• Queijo: muçarela, cheddar, ricota. neiras diferentes um estudante pode adquirir um dos
tipos de bebida oferecidas por essa lanchonete?
Quantos sanduíches diferentes essa lanchonete pode
oferecer a Manuel, sendo que ele pode escolher ape-
nas um item de cada opção? 14. Quantos números de 3 dígitos são maiores que 390
e têm todos os dígitos diferentes?
7. Em uma sala há cinco pessoas para sentar-se em cin-
co lugares. De quantas maneiras diferentes essas cinco 15. (ENEM DIGITAL - 2020) Um modelo de telefone
pessoas podem se sentar? celular oferece a opção de desbloquear a tela usando
um padrão de toques como senha.
8. Sete amigos foram ao teatro e, numa fileira tinha sete
cadeiras para que eles pudessem se sentar. De quantos
modos diferentes esses sete amigos podem se sentar?
Semana 3 - Maio tam das duas cores. Calcule o número total de entre-
vistados.
Princípio Aditivo
Se um evento e1 tem n1 possibilidades distintas de
ocorrer e um evento e2 tem n2 possibilidades distin-
tas de ocorrer, e esses eventos são mutuamente ex-
clusivos (não acontecem ao mesmo tempo), então, o
número total de possibilidades de pelo menos um dos
eventos acontecer é dado por n1 + n2 .
O princípio aditivo da contagem realiza a união ( )
Conjunto A ∩ B : pessoas que gostam das duas cores
dos elementos de dois ou mais conjuntos. Isso por- → n ( A ∩ B) = 20
que a adição ( + ) e a união ( U ) relacionam-se, pois em
ambos os operadores há uma reunião de elementos. → n ( A ∪ B ) = n ( A ) + n ( B ) − n ( A ∩ B ) = 40 + 80 − 20 = 100
O princípio aditivo tem a sua origem na teoria dos
conjuntos, que estuda as propriedades que estabele- OBSERVAÇÃO: Quando se tratar de três conjuntos,
cem as relações entre os próprios conjuntos e entre deve se utilizar:
os elementos dos conjuntos.
n ( A ∪ B ∪ C=
) n ( A ) + n ( B) + n ( C ) – n ( A ∩ B) – n ( A ∩ C ) – n
Veremos a seguir a definição para o princípio adi-
tivo da contagem. n ( A ∪ B ∪ C=
) n ( A ) + n ( B) + n ( C ) – n ( A ∩ B) – n ( A ∩ C ) – n ( B ∩ C ) + n ( A ∩ B ∩ C )
Definição: Considerando A e B como conjuntos
finitos disjuntos, ou seja, com a sua intersecção vazia,
a união do número de elementos é dada por:
ATIVIDADES DE AMPLIAÇÃO
n ( A ∪ B )= n ( A ) + n ( B )
Exemplo: Em uma entrevista sobre a preferên-
cia de cor, entre o azul e o amarelo, 20 entrevistados 16. O Centro Cultural da cidade de Pedro disponibili-
responderam que preferem a cor azul e 80 respon- zou um festival com 5 filmes e 3 peças de teatro, po-
deram que preferem amarela. Calcule o número total rém, todos as 18h00. Qual é o número de possibilidade
de entrevistados. que Pedro tem para comparecer a esse festival?
Conjunto A: pessoas que preferem azul → n ( A ) =
20
Vamos Sistematizar?
AOMR MARO OARM ROAM
AORM MAOR OAMR ROMA
21. (ENEM 2020 DIGITAL) Eduardo deseja criar um poderá assistir esses documentários de forma que ela
e-mail utilizando um anagrama exclusivamente com as assista, obrigatoriamente, aos documentários sobre
sete letras que compõem o seu nome, antes do símbolo @. História de Goiás no mesmo dia?
O e-mail terá a forma *******@site.com.br e será de tal
modo que as três letras “edu” apareçam sempre juntas
e exatamente nessa ordem.
Ele sabe que o e-mail eduardo@site.com.br já foi criado
por outro usuário e que qualquer outro agrupamento
das letras do seu nome forma um e-mail que ainda não
foi cadastrado.
De quantas maneiras Eduardo pode criar um e-mail de- 25. Para aperfeiçoar a segurança durante o atendi-
sejado? mento aos seus clientes, um banco utiliza a seguinte
(A) 59 estratégia: ao receber a ligação, o atendente envia, por
mensagem de texto, uma chave de segurança para o
(B) 60
número de telefone registrado nos dados do cliente e
(C) 118 este, por sua vez, precisa confirmar essa chave ao aten-
(D) 119 dente que, assim, prosseguirá com o atendimento. Essa
(E) 120 chave é composta por dois ou mais algarismos distintos
entre 1; 3; 5; 7 ou 9. Quantas chaves diferentes podem
ser geradas por esse banco?
22. Em uma competição de xadrez, participam 10 joga-
dores. A premiação é feita aos três primeiros coloca-
dos. De quantas maneiras a premiação pode ocorrer?
29. (Enem 2016) Para cadastrar-se em um site, uma pes- A sensibilidade de um teste diagnóstico médico,
soa precisa escolher uma senha composta por quatro que avalia a capacidade do teste detectar a doença
caracteres, sendo dois algarismos e duas letras (maiús- quando ela está presente, fornece a probabilidade
culas ou minúsculas). As letras e os algarismos podem de, estando doente, ter um teste positivo. Testes de
estar em qualquer posição. Essa pessoa sabe que o alfa- alta sensibilidade são importantes para o rastreio de
beto é composto por vinte e seis letras e que uma letra doenças com implicações graves, em que é desacon-
maiúscula difere da minúscula em uma senha. selhada a presença de falsos negativos.
Disponível em: www.infowester.com. Acesso em: 14 dez. 2012.
O número total de senhas possíveis para o cadastra- A especificidade de um teste diagnóstico médico,
mento nesse site é dado por que avalia a capacidade do teste rejeitar a doença
quando ela está ausente, fornece a probabilidade de,
2 2
não estando doente, ter um teste negativo. Testes de
(A) 10 ⋅ 26 alta especificidade são importantes para doenças em
que o diagnóstico representa um impacto negativo
2
(B) 10 ⋅ 52
2 na vida e pretensões do paciente, como, por exemplo,
nos diagnósticos de cancro e SIDA.
4! Poderemos dizer que a sensibilidade e a especifici-
(C) 102 ⋅ 522 ⋅ dade representam as taxas de verdadeiros positivos e
2! verdadeiros negativos, taxas que correspondem às si-
4! tuações em que o teste acerta. Em contraposição exis-
(D) 102 ⋅ 262 ⋅
2!⋅ 2! tem também duas situações em que o teste erra cujas
probabilidades de ocorrência são conhecidas como
4!
(E) 102 ⋅ 522 ⋅ taxa de falsos-positivos e taxa de falsos-negativos. A
2!⋅ 2! primeira correspondendo à probabilidade de não es-
tando doente, ter um teste positivo, e a segunda à pro-
Semana 1 - Junho babilidade de estando doente, ter um teste negativo.
GRUPO DE ATIVIDADES
o que precisamos
saber?
Estudo de Caso
Em medicina, o sucesso de um diagnóstico passa, Os valores da sensibilidade e especificidade per-
frequentemente, pela análise dos resultados forne- mitem avaliar o poder de um teste diagnóstico, con-
cidos por testes diagnósticos médicos. tudo o cálculo destes valores tem como ponto de
Recorrendo ao resultado do teste diagnóstico é partida algo que se desconhece no momento em que
possível transitar de uma probabilidade a priori (a o paciente faz o teste - o verdadeiro estado de saúde
prevalência da doença) para uma probabilidade a do paciente. Posto isto, a decisão do médico terá que
posteriori (após o teste) em relação à possibilidade ser tomada com base noutros valores, designados
de presença da doença, alteração que se pretende por valor preditivo positivo (VPP), que corresponde
que conduza à redução da incerteza associada ao à probabilidade de um indivíduo cujo teste deu positi-
diagnóstico. A Teoria das Probabilidades, mais pre- vo, estar (de facto) doente, e valor preditivo negativo
cisamente o teorema de Bayes, permite quantificar (VPN), que corresponde à probabilidade de um indi-
a referida alteração de probabilidade, com base na víduo cujo teste deu negativo, estar (de facto) são.
prevalência da doença e propriedades do teste. Do ponto de vista da Teoria das Probabilidades,
Atendendo à impossibilidade de o resultado de os conceitos de sensibilidade, especificidade, VPP e
um teste diagnóstico permitir afirmar, peremptoria- VPN são probabilidades condicionadas.
mente, a presença ou ausência de doença, a escolha A probabilidade condicionada é um dos pilares da
do teste a realizar e a decisão a tomar, com base no tomada de decisão em diversas situações, mas cons-
resultado de um teste, passa pelo conhecimento do titui um desafio para a intuição humana, verificando-
poder que cada teste tem em detectar os enfermos e -se uma enorme incidência de equívocos aquando da
os sãos. Esta capacidade é traduzida pela sensibilida- sua interpretação.
de e especificidade do teste.
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024
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Considerando que no lançamento de um dado te- 10. Voltando ao experimento aleatório “lançamento
mos 6 valores possíveis ( Ω = {1; 2;3; 4;5; 6} ), calcula-se de dois dados distinguíveis”. Qual a probabilidade de
a probabilidade de ocorrência de cada um dos eventos: a soma dos pontos obtidos ser menor que 7 sabendo
2 1 que, num dos dados, saiu o número 4?
P (A) = e P ( B) =
6 6
Dessa forma, tem-se que: 11. Ao retirar uma carta de um baralho de 52 cartas,
2 1 2 1 qual a probabilidade de sair um “ás vermelho” sabendo
P ( A ) ⋅ P ( B )= ⋅ = = = 0, 0555… ≅ 5, 6%
6 6 36 18 que ela é de copas?
▶ Eventos complementares
C C
Se A é o evento complementar de A , então A 12. Considere uma urna com 10 bolas numeradas de 1
consiste em todos os resultados do espaço amostral a 10 de onde será retirada uma única bola. Qual a pro-
que não estejam incluídos no evento A . Dessa forma, babilidade de que a bola retirada contenha um número
tem-se: múltiplo de três, sabendo-se que o número da bola re-
( )
P AC = 1 − P ( A ) tirada é par?
Dois eventos complementares são mutualmente
exclusivos, ou seja, não possuem nenhum ponto em 13. (ENEM 2021 – Reaplicação/PPL) A senha de um
comum. cofre é uma sequência formada por oito dígitos, que
Exemplo: Ao lançar dois dados de seis faces, qual são algarismos escolhidos de 0 a 9. Ao inseri-la, o usu-
a probabilidade de não sair a soma 12 ? ário se esqueceu dos dois últimos dígitos que formam
essa senha, lembrando somente que esses dígitos são
Percebe-se que calcular a probabilidade de sair a distintos.
soma 12 é mais fácil:
Digitando ao acaso os dois dígitos esquecidos, a pro-
+ 1 2 3 4 5 6 babilidade de que o usuário acerte a senha na primeira
tentativa é
1 2 3 4 5 6 7
3 4 5 6 7 8 2 1
2 (A) (D)
8 100
3 4 5 6 7 8 9
1 2
(B) (E)
4 5 6 7 8 9 10 90 100
5 6 7 8 9 10 11 (C) 22
7 8 9 10 11 12 90
6
ATIVIDADES DE sistematização
a) Determine a probabilidade de retirarmos sucessi-
vamente e com reposição, uma maçã, uma pera e uma
9. Em uma escola com 300 alunos, farão prova final, só
laranja.
de português, 30 alunos; só de inglês, 15 alunos; e de
português e inglês, 10. Determine a probabilidade de b) Determine a probabilidade de retirarmos sucessi-
um aluno que fará prova final de português, fazer tam- vamente e sem reposição, uma maçã, uma pera e uma
bém prova final de inglês. laranja.
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16. No lançamento de dois dados perfeitos, qual é a Exemplo: Seja o experimento o lançamento de um
probabilidade de não sair a soma das faces igual a 3? dado. Temos que S = {1; 2; 3; 4; 5; 6}
Seja A a ocorrência de um número primo, ou seja,
17. (ENEM 2017 – LIBRAS) Um laboratório está de- A = {2; 3; 5}. Teremos A C ou A = {1; 4; 6}.
senvolvendo um teste rápido para detectar a presen-
ça de determinado vírus na saliva. Para conhecer a Propriedade importante: P ( A ) + P ( A C ) =
1
acurácia do teste é necessário avaliá-lo em indivíduos
A importância desta propriedade é que, casual-
sabidamente doentes e nos sadios. A acurácia de um
mente, a probabilidade de um evento é mais difícil de
teste é dada pela capacidade de reconhecer os verda-
ser calculada do que a probabilidade do evento com-
deiros positivos (presença de vírus) e os verdadeiros
plementar.
negativos (ausência de vírus). A probabilidade de o tes-
te reconhecer os verdadeiros negativos é denominada Exemplo: Em uma loja, existem 12 geladeiras
especificidade, definida pela probabilidade de o teste onde 4 estão com defeito. Qual a probabilidade de um
resultar negativo, dado que o indivíduo é sadio. O la- cliente, ao comprar duas geladeiras, levar pelo menos
boratório realizou um estudo com 150 indivíduos e os uma com defeito?
resultados estão no quadro.
Levar pelo menos uma com defeito, é o mesmo
que levar uma ou duas com defeito, ou seja, conside-
rando como A i o evento levar a “i-ésima” geladeira
com defeito, teremos:
P ( A1 ) =
4 ( ) (
P ( A1 ∩ A 2 ) ∪ P A1 ∩ A C2 ∪ P A1C ∩ A 2 )
Considerando os resultados apresentados no quadro, 12
a especificidade do teste da saliva tem valor igual a
(
P ( A1 ∩ A 2 ) ∪ P A1 ∩ A ∪ P A ∩ A 2
C
2 ) ( C
1 )
(doze geladeiras, sendo quatro
(A) 0,11. (D) 0,89. com defeito);
∅
A∩A = A∪A =
S
Semana 3 - Junho
( ) (
P ( A1 ∩ A 2 ) ∪ P A1 ∩ A C2 ∪ P A1C ∩ A 2 =)
(
→ 1 − A1C ∩ A C2 ) Vamos avançar?
8 7
→ 1− ⋅
12 11 Modelos de Probabilidades
56 Nas aulas anteriores, aprendemos a formação do
→ 1−
132 “modo de pensar” em probabilidade. Lembre-se:
132 56
→ − • Fenômenos definidos geralmente ocorrem da
132 132
mesma maneira e nas mesmas condições. Quando o
76 19 ou 57,57%
→ = evento muda quantitativa e qualitativamente, a ocor-
132 33 rência de fenômenos determinísticos muda direta-
mente em relação a essas mudanças.
• Um fenômeno aleatório (não determinístico)
ATIVIDADES pode produzir vários resultados diferentes, mesmo
sob as mesmas condições. O conjunto desses resul-
tados possíveis é chamado de espaço amostral. Em
1. Se P ( A ) = 0, 25 , determine P ( A c ) : cada evento (resultado provável) desse fenômeno,
associamos um número, chamado de probabilidade.
2. No lançamento de um dado perfeito, qual é a proba- Desta forma, a probabilidade é uma estimativa numé-
bilidade de não sair o número 6. rica da ocorrência desse evento na próxima vez que o
fenômeno se repetir.
3. No lançamento simultâneo de dois dados, qual a pro- Esta probabilidade pode ser calculada de diversas
babilidade de não sair a soma 4? formas, sendo as mais usuais:
• O cálculo a priori: quando se conhece perfeita-
4. No lançamento simultâneo de dois dados, vamos de- mente o espaço amostral e, considera-se os eventos
terminar a probabilidade de não sair a soma 5. unitários equiprováveis;
• O cálculo a posteriori: quando se possui uma co-
5. (Enem 2017) Um programa de televisão criou um leção de informações retrospectivas de ocorrência
perfil em uma rede social, e a ideia era que esse per- dos eventos e pode-se imaginar que, sob as mesmas
fil fosse sorteado para um dos seguidores, quando es- condições, os próximos resultados do fenômeno re-
ses fossem em número de um milhão. Agora que essa petirão, aproximadamente, o já ocorrido.
quantidade de seguidores foi atingida, os organizado-
res perceberam que apenas 80% deles são realmente
fãs do programa. Por conta disso, resolveram que to- Vamos estudar alguns casos:
dos os seguidores farão um teste, com perguntas obje-
tivas referentes ao programa, e só poderão participar Probabilidade geométrica
do sorteio aqueles que forem aprovados. Estatísticas Seja S o espaço amostral associado a um experi-
revelam que, num teste dessa natureza, a taxa de apro- mento A de um evento de S .
vação é de 90% dos fãs e de 15% dos que não são fãs. área de A
Defini-se: P ( A ) =
De acordo com essas informações, a razão entre a pro- área de S
babilidade de que um fã seja sorteado e a probabilida- Generalização:
de de que o sorteado seja alguém que não é fã do pro- área
grama é igual a medida de A
(A)
P= → medida= comprimento
(A) 1. medida de S contagem
(B) 4.
Exemplo:
(C) 6.
Qual a probabilidade de lançar um dardo e acertar
(D) 24.
a região definida pelo quadrado de lado 2 cm a seguir.
(E) 96.
área de A 4
P ( A=
) = = 0,16
área de S 25
A probabilidade de lançar um dardo e acertar
a região definida pelo quadrado de lado 2 cm Se em certo momento temos a informação de que o
é de 16%. atirador acertou o alvo. Qual deve ser a probabilidade
de que tenha atingido o disco central?
P {( H , H , M )} = P ( H ) × P ( H ) × P ( M ) = p × p × (1 – p ) = p 2 × (1 – p )
Modelo binomial
P {( H , M , H )} =
P (H )× P (M )× P (H ) =
p × (1 – p ) × p =
p 2 × (1 – p )
Seja um experimento aleatório qualquer que apre-
senta as seguintes características: P {( M , H , H )} = P ( M ) × P ( H ) × P ( H ) = (1 – p ) × p × p = p 2 × (1 – p )
(X 2 ) 3 ⋅ 0, 2704 ⋅ 0, 48 ≅ 0,3893
== vado exatamente um(C) sinal
3100 na cor verde?
10×2 290
Então, a probabilidade, dentre três nascimentos, de (A) (D) 3100
310
nascer dois meninos, é de 38,93%. 2
10×29 (E) 310
(B)
310
290
3!
(D) 3100
(X = 3) =⋅ C3,3 ( 0,52 ) ⋅ ( 0, 48 ) , onde
3 3− 3
= C3,3 = 1
3!⋅ ( 3 − 3) ! 2
(E) 310
(X =
3) =
1 ⋅ ( 0,52 ) ⋅ ( 0, 48 )
3 0
(X = 3) = 1 ⋅ 0,140608 ⋅1 ≅ 0,1406
Então, a probabilidade, dentre três nascimentos, de
nascer três meninos é de 14, 06%.
Agora podemos entender a fórmula inicialmente dada:
n!
P ( X = k ) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
, onde Cn,k =
k !× ( n − k ) !
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